Novata

1167 Words
Madeleine Thomas Guardei meu diário novamente na maleta e o escondi numa gaveta. Comecei a observar. O Meu novo quarto era de paredes rústicas de pedra, cama ao fundo de frente a um enorme espelho, junto ao espelho uma bancada de madeira com várias portas e gavetas. Eu esperava mesmo que fosse um lugar muito espaçoso, afinal era um castelo. Sentei em frente ao closet olhando a porta minuciosamente. Entrei com um pouco de receio do que usar já que eu não conseguia pensar em nada tão adequado. A moda não evoluiu muito, na verdade, estamos reciclando estilos há algumas décadas. Por sorte, alguém já havia arrumado minhas coisas. Peguei as roupas que estavam perto da porta: uma blusa azul com espartilhos, uma calça legging preta e botas. Tomei um banho rápido e me vesti para descer novamente. Eu não estava com sono. Eu queria me enturmar com meus novos amigos. Na verdade eu queria muito que aquela sensação r**m com Christian sumisse. De todos ele era quem mais me intrigava. Eu desci as escadas, quase me perdendo pelo castelo quando cheguei a Biblioteca. Nicolas e Kenny estavam sentados lendo alguma coisa sobre astronomia. — Madeleine! – Kenny me olhou um pouco impressionado e levantou me dando uma meia reverência. Nicolas fez igual. Eles tinham modos de vampiros antigos e me peguei curiosa para saber quantos anos eles tinham. — Me chamem apenas de Maddy, por favor. — eu respondi tentando ser casual. — Vamos morar todos juntos afinal. — Certo, Maddy. — Nicolas falou, piscando um olho para mim, — Kenny não tem um apelido, mas você pode me chamar de Nick. — Okay, então, Nick. — eu respondi mordendo o interior da minha boca. Nicolas puxou a cadeira num gesto rápido. — Sente-se, senhorita. — ele se aproximou e inalou profundamente. O que fez meu corpo formigar um pouco. Ele estava tão próximo que eu escutava o coração batendo lento e aquele som fez meu estômago cair um pouco e querer inclinar o pescoço para ele. Que diabos estava acontecendo comigo? — Você está muito cheirosa. — ele disse limpando a garganta e se afastando depois de um tempo. — Obrigado. — eu respondi sentindo minhas bochechas queimarem. Certo, eu não tinha muito contato com outros homens desde a morte do meu marido. Eu sequer tinha pensado em outros homens até chegar nesse castelo. Vampiros eram conhecidos como a raça mais atraente da face da terra por um motivo: Tudo em um vampiro é elaborado para ser atraente. Independente de quão bonito se é antes da transição. Você automaticamente fica atraente e irresistível como um Deus nórdico para que suas presas sejam facilmente atraídas. Mas esses caras… Esses caras era absurdamente sexys. Os traços refinados, os corpos duros e malhados feitos pedras. A pele sem nenhuma mancha, os dentes tão brancos e perfeitos e a voz que saia melodiosa. Eles se entreolharam e sorriram de maneira cúmplice. Que diabos? Eu tinha algo de errado no rosto? — O que vocês estão fazendo de interessante? — eu perguntei quebrando o silêncio. — Estudando os efeitos das fases da lua nas nossas habilidades. — explicou Nicolas, voltando sua atenção para o livro à sua frente. — É fascinante como a lua cheia amplifica nossa força e velocidade. — Além de aumentar a nossa sede duas vezes mais, é claro. — acrescentou Kenny, com um sorriso que deixava entrever seus caninos brancos. Eles eram tão sexys e tão polidos. Que meu rosto estava completamente vermelho. Eu não tinha um espelho, mas eu sabia que sim. — Você quer ficar aqui e aprender sobre isso com a gente ou quer tentar achar algo mais interessante para fazer com as meninas? — Kenny perguntou apoiando o queixo nas duas mãos. — Elas estão no andar de cima. Eu não sei porque, mas eu gostava muito da ideia de estudar sobre a minha nova vida. Eu sei, é meio entediante, mas cara, conhecendo mais sobre as coisas que sou capaz de fazer agora eu vou conseguir concluir minha vingança o mais rápido possível. Fora que Nicolas e Kenny eram dois colírios para os olhos. Simplesmente uma visão pecaminosa dos meus sonhos mais eróticos. Antes que eu pudesse responder a pergunta de Kenny, a sensação de alguém me observando fez os pelos do meu pescoço se eriçarem. Uma presença familiar e perturbadora entrou na biblioteca. Christian, com seu sorriso e******o de desdém, aproximou-se lentamente, seus olhos frios fixos em mim. — Ora, se não é a novata — disse ele, com uma voz que parecia gotejar sarcasmo. — Já se acostumou a ser uma de nós? Ou ainda está tentando entender o básico? Sério, porque ele me deixava assim? Porque eu estava intimidada? Ele era só mais um homem. Ignorei a provocação, mesmo que meu sangue fervesse. — Estou me adaptando, obrigada por perguntar, Christian. E gentil da sua parte fingir que se importa. — respondi, tentando manter a voz calma e controlada. Ele arqueou uma sobrancelha, claramente não esperando uma resposta tão firme. Nicolas e Kenny trocaram olhares e bufaram uma risadinha baixa. Enquanto Christian deu de ombros de maneira relaxada. — Bem, espero que você esteja estudando bastante — continuou Christian, um sorriso cínico surgindo em seus lábios. — Não queremos que ninguém se perca nas suas primeiras missões. — Estudar não vai ser um problema para mim. Nunca foi um problema. — respondi, levantando o queixo. — E estou ansiosa para as missões, novamente obrigado por ser tão atencioso. Eu dei um sorriso na direção dele e fiz uma careta debochada. Christian deu uma risada seca e se afastou, mas não sem antes lançar um último olhar de desdém na minha direção. — Não liga para ele, Maddy. — disse Nick tentando aliviar o clima. — Ele é assim com todos os novatos. Com o tempo, você vai ver que ele não é tão terrível. — Eu espero que você esteja certo, Nick. — respondi, tentando sorrir. — Vou lembrar disso das próximas vezes que eu sentir vontade de esganar ele. Kenny gargalhou e me passou um livro. Por que ele parecia tão incomodado com a minha presença? Havia algo nele, além do desdém e sarcasmo, que me intrigava profundamente. Era como se ele estivesse lutando contra algo dentro de si, uma batalha interna que eu não conseguia entender. E isso me deixava tão frustrada quanto curiosa. — Sabe, ele realmente não é tão r**m quanto parece — disse Kenny, interrompendo meus pensamentos. — Christian tem suas razões para ser assim. Ele passou por muita coisa. — Eu imagino, Kenny. — respondi, tentando manter o tom casual. — Mas isso não justifica ele ser tão desagradável. — Verdade. — concordou Nick. — Mas todos temos nossos demônios, Maddy. E às vezes, a melhor maneira de enfrentá-los é com um pouco de paciência e compreensão. — Vou tentar lembrar disso. — respondi, suspirando. — Vamos voltar ao estudo. Passei a noite estudando com eles, absorvendo o máximo de conhecimento possível.
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