A Fuga

1252 Words
Camila Narrando A tensão no ar era palpável. Ele estava parado bem na minha frente, me encarando com aqueles olhos que pareciam poder ver através de qualquer máscara que alguém tentasse usar. Só que dessa vez, eu não estava com máscara alguma. Era só eu, ali, diante do Tártaro, mas eu não vou dizer o que ele quer. Podemos jogar esse jogo, posso ir mais longe do que ele imagina. Ele se aproximou de novo, só que dessa vez mais perto do que nunca. Senti a respiração dele quase tocar a minha pele. E, antes que eu pudesse reagir, a mão dele já estava no meu pescoço novamente. Não apertou forte como da primeira, foi suave no início. Olhou bem fundo nos meus olhos e perguntou, com a voz baixa, quase um Rosnado. — O que você quer comigo? — ele apertou um pouco mais. — E o que você sabe sobre mim? Eu encarei ele de volta. O silêncio entre nós era tão grosso que parecia que até o tempo tinha parado. Não falei nada. Só continuei olhando dentro daqueles olhos, que estava me esquecendo. Ele apertou mais forte. Dessa vez, deu pra sentir a pressão aumentar, a respiração ficou curta, mas eu não recuei. Não ia dar esse gosto pra ele. — Fala logo — ele insistiu, a voz agora mais carregada. — O que você quer comigo? Mais uma vez, não respondi. Só que agora, tinha algo a mais no jeito que ele me olhava. Não era só raiva, tinha outra coisa ali. Curiosidade? Desconforto? Não dava pra saber ao certo. Eu mantive o olhar, segurando firme, mesmo com a mão dele me sufocando um pouco mais a cada segundo. Tártaro soltou um Rosnado, irritado com o meu silêncio, e de repente, tirou uma arma de trás da cintura. Foi rápido, mas não o suficiente pra me pegar de surpresa. Ele encostou o cano gelado no meu rosto e me encarou de novo, ainda mais perto, ainda mais intenso. — O que você sabe sobre mim, hein? — ele repetiu, dessa vez com um olhar mais sério, como se estivesse realmente me ameaçando. — Responde, porr@! Eu finalmente quebrei o silêncio. — Sei o suficiente — falei, tentando manter a voz firme, mesmo com o cano da arma pressionado contra mim. — Aquilo que todo mundo sabe. E aquilo que você não faz questão nenhuma de esconder. Os olhos dele brilharam por um segundo, mas não era satisfação. Ele estava irritado, talvez frustrado por não conseguir me intimidar do jeito que queria. — Tá achando que pode brincar comigo, é? — ele rosna, apertando um pouco mais a arma contra a minha pele. — Diz logo a verdade, Garota. Eu senti a adrenalina percorrer meu corpo, mas ainda assim, segurei o olhar dele. Eu sabia o que ele queria. Queria que eu me rendesse, que eu me quebrasse ali, naquela hora. Mas eu não ia dar esse prazer pra ele. Pelo contrário. Mesmo com o risco de a arma disparar, falei bem devagar, olhando nos olhos dele. — A verdade? — eu perguntei, deixando o silêncio crescer antes de continuar. — A verdade é que eu tô louca pra dar pra você. A mudança nos olhos dele foi instantânea. Algo dentro dele estalou, como se o controle que ele tanto se orgulhava de ter tivesse sido quebrado de vez. Ele soltou a arma, deixando ela cair no chão, e avançou em cima de mim como um anïmal selvagem que finalmente encontrou a presa que queria. Senti o corpo dele me pressionar com uma força que eu não tinha certeza se era de raiva ou de desejo. Talvez fosse os dois. As mãos dele subiram pelos meus braços, descendo depois pela minha cintura, e o calor do toque dele queimava minha pele. Era isso que ele queria o tempo todo. Um jogo de poder, de controle. Só que, dessa vez, ele não tinha mais controle nenhum. Eu tinha desafiado ele, e agora ele não sabia o que fazer com isso. Eu fechei os olhos por um segundo, sentindo a pressão do corpo dele sobre o meu, as mãos explorando Cada centímetro. E naquele momento, eu soube que não tinha mais volta. Tártaro me tirou de cima do Carro, me colocou em pé, entre os dois carros, ele me olhou nos olhos, como se pedisse autorização. Puxei ele pela camisa, e o beijei, dando toda autorização que ele desejava. Ele segurou na barra do meu vestido e puxou pra cima, paramos o beijo para ele conseguir tirar a minha roupa, aproveitei e tirei a camisa dele. Ele me olhou me devorando, eu estava apenas de calcinha, ele passou as pontas dos dedos pelo meu corpo inteiro, deixando a minha pele arrepiada. — Gostosa do Caralhø — Ele rosnou. Seu abdômen sarado ali na minha frente, Tártaro tem um corpo perfeito, parece até uma escultura de tão lindo, não resisti cravei as unhas no peitoral dele e desci rasgando, ele rosnou. E me beijou até roubar meu fôlego. Tártaro beijou o meu pescoço, alternando entre mordidas e chupões. A cada toque dele, meu corpo incendiava ainda mais. Quando ele passou a língua no bico dos meus seïos, soltei um gemïdo. — Haaaa.... Ele abocanhou meus seïos, chupando com força, estávamos entregues, nem parece que fui ameaçada de morte, por esse Maluco. Ele me pegou no colo novamente e me sentou em cima da mala do carro do Cássio, Tártaro arrastou minha calcinha pro lado, arqueei o corpo sentindo os dedos dele encostarem na minha Büceta que já estava molhadinha. Tártaro passou a língua na minha entrada, soltei um gemido, quase esquecendo que estávamos na rua, porr@, podemos ser presos por atentado ao pudor. Ainda bem que esse lado é deserto. Ele começou a chupar a minha Büceta, usando apenas a sua lingua habilidosa, Tártaro explorava cada cantinho como se fosse íntimo, como se conhecesse o meu corpo. Eu estava gostando do que acontecia, mas não da forma como estava sendo conduzida. Eu precisava parar com aquilo imediatamente, Isso não pode acontecer. Não posso me envolver com ele dessa forma, isso já foi longe demais. Mas a sensação estava deliciosa, senti tudo dentro de mim esquentar, meu corpo tremer de leve. Eu sabia que estava gozando, aquela sensação de alívio tomando conta de mim. Gozei na boca dele, enquanto ele pedia todo o meu mel, assim que ele lambeu a última vez. Ele se afastou um pouco para tirar o restante da sua roupa, eu acho, essa foi a oportunidade que vi para fugir. Pulei, e corri enquanto ele gritava, ele estava com as calças abaixadas, entrei no Carro do Cássio a chave estava na ignição. Engatei a ré e sai da rua, já pegando a transversal, Os capangas dele estavam na outra esquina, para chegar na transversal teriam que voltar a rua toda. Eu estava só de calcinha, o Coração acelerado, olhando pelo retrovisor. Mas ele não me seguiu. Já na avenida movimentada, parei no acostamento, peguei uma camisa do Cássio que estava no painel e vesti, dei partida e fui direto pra casa da Lud. Deixei o carro na esquina e entrei na rua correndo, Ainda bem que as pessoas ainda estavam na frente da casa, cheguei correndo para falar com a Ludmilla. — Camila! O que aconteceu? — Amiga, preciso da tua ajuda. Eu sei que não acabou, ele vai vir atrás de mim, mas é isso que eu quero. Vou prende-lo, mas antes disso, eu vou deixar ele louquinho.
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