Hoje, essa föda não me escapa.

1214 Words
Tártaro Narrando Voltei pra sede do comando, cabeça a mil, cheio de coisa pra resolver, mas só queria jogar o corpo na cama e esquecer dessa porr@ toda por uns minutos. Entrei no meu quarto, me livrei das roupas sujas que tava usando desde cedo, liguei o chuveiro e deixei a água quente cair nas minhas costas, como se pudesse levar a tensão e a sujeira do dia com ela. Queria que fosse tão simples. Mas, claro, nunca é. Depois do banho, peguei uma bermuda qualquer vesti e me joguei na cama. Só queria apagar. Mas a mente tava acelerada, nem a porr@ do cansaço era capaz de parar meus pensamentos, que estava o Caos. Foi aí que ouvi batidas na porta. — Entra! — gritei, sem ânimo de levantar pra ver quem era. A porta abriu devagar e eu vi Bruninho, meu moleque, entrar com aquela cara de quem já sabia que tinha merda no ar. — E aí, pai. O que tá pegando? — Ele veio logo perguntando, sem rodeios. Suspirei pesado antes de responder. Não tava afim de jogar mais coisa na cabeça do garoto, mas também não dava pra esconder muito. Ele já tá no meio do jogo faz tempo. — Uma mina aí, sabe demais. Só que o bagulho ficou doido e ela conseguiu fugir — respondi, meio seco, sem entrar muito em detalhe. Bruninho me olhou com aquela expressão de quem já tava ligando os pontos. — É a Camila, né? — perguntou direto, sem nem piscar. Só assenti com a cabeça. O moleque não é bobo. Sabia que o buraco era mais embaixo. — Quer que eu investigue ela? Mas vou precisar de pelo menos uma foto, né, pai? — Ele já tava se armando pra resolver a parada. Eu levantei da cama, passei a mão no queixo e pensei um pouco. Camila mexeu demais comigo, e não era só porque fugiu, me deixando de paü na testa e com o gosto da sua büceta delícia na boca. O problema é maior, bem maior. — Volta lá na fita do Le' Blanc. Dá um zoom quando ela entra e sai do carro. Deve ter alguma imagem boa lá. Bruninho deu um sorriso rápido, daqueles de quem já tava com o plano formado na cabeça, e saiu do quarto sem perder tempo. Fiquei ali, deitado, fritando na ideia de que a Camila sabia demais. Essa mina mexeu comigo de um jeito que não tô acostumado. Mulher nenhuma tinha feito isso até agora, não tava preparado pra uma merda assim. Tá ligado? Quando eu encontrar essa Mandada de novo, as coisas vai ser diferentes. Muito diferentes. Alguns minutos depois, Bruninho voltou, já com o notebook debaixo do braço. Ele colocou na mesa ao lado da cama e começou a mexer, rápido, focado. Logo encontrou uma imagem nítida da Camila. Eu me ajeitei na cama, curioso pra ver o que ele tinha achado. — Aí, pai, olha é essa? — Bruninho abriu um sorriso, e eu notei que ele tava se divertindo com a situação. — Qual é a graça, moleque? — perguntei, desconfiado, mas também curioso. — Nada, pai, é que ela é gata, né? Soltei uma risada baixa e dei um sorriso de canto. — Gata e gostosa, mas vamo com calma, moleque. Tira essa ideia suja da cabeça — falei, mas sabia que ele já tava viajando, e eu não quero que ele pense muito, essa Morena vai ser lanchinho do papai. Enquanto ele continuava tentando encontrar mais informações sobre ela, acendi um beck e comecei a fritar, soltando a fumaça devagar, vendo ela subir pro teto. Preciso descobrir o que exatamente Camila sabe sobre mim e, mais importante, o que ela tem contra mim. Essa mina mexeu comigo, pensei com o baseado entre os dedos, queimando devagar. Preciso saber o que ela sabe. Depois, eu vou Fuder com ela até me saciar, até ela não conseguir mais andar. Sorri sozinho, só de imaginar. Mas o sangue ainda ferve. Só depois que eu souber tudo, aí, eu decido o destino dela. Porque essa mandada não sabe onde se meteu. Não sabe o terreno onde tá pisando. Eu vou mostrar pra ela que não se brinca comigo. Camila me deixou irritado, mexeu com meu orgulho, e ninguém faz isso e fica impune. Olhei pro Bruninho, que ainda mexia no computador, sem falar nada. Ele sabia que eu tava numa missão pessoal. Não era só mais uma mulher. Camila é um problema. Um problema que eu ia resolver do jeito que sempre resolvi tudo na minha vida: com sangue frio. — Vai descansar, Bruninho. Deita lá no outro quarto, dá um tempo pro teu juízo, que daqui a pouco você continua nessa tua busca insana. Ele fez que não com a cabeça no começo, mas eu insisti. Não ia deixar o menino fritar na mente assim por minha causa. Fui até ele, abracei e dei um beijo na cabeça. Bruninho me olhou meio derrotado, mas sabia que eu tava certo. Saiu do quarto, cabeça baixa, e foi deitar no outro cômodo. Me afundei na poltrona e fechei os olhos, nem sei como, mas acabei cochilando também. De repente, o rádio estoura no meu ouvido. Era o Gibi. A voz dele veio clara: “Peguei a Camila, chefe. Tô indo pra sede. Tá com um capuz na cabeça, não vai dar trabalho.” Acordei no susto, já sentindo a adrenalina bombar. Levantei rápido, nem quis perder tempo. Tomei um banho corrido, só pra dar aquela acordada. Sei que hoje vai ser um dia longo. Vesti a primeira coisa que vi pela frente: uma calça jeans rasgada, uma camiseta qualquer, e calcei os tênis. A parada toda não ia ser elegante, então Föda-se o estilo. Na moral, enquanto eu fazia a rotina, minha mente já tava no que vou fazer com a Camila, essa Mandada, achou que ia passar a perna em mim. Agora é questão de tempo até ela ser trazida pro nosso terreno. Fui pra minha sala, Me sentei na cadeira, encostei e respirei fundo. Sabia que o Gibi ia chegar logo, então não adianta me afobar. Peguei o back, acendi e deixei a fumaça subir devagar. Cada tragada era um lembrete de que o controle tava na minha mão. Cada trago que eu dava no beck era um momento a menos pro encontro final. Meus pensamentos se misturavam na fumaça, enquanto eu organizava a porr@ toda na minha cabeça. A Camila vai pagar caro por ter me subestimado. Tô lá, encostado na cadeira, batucando os dedos na mesa, o tempo passando devagar. O silêncio só era quebrado pelo som do beck queimando e da minha respiração. Fico imaginando o que se passa na cabeça dela agora, trancada no carro, sem ver nada, com aquele capuz. Deve tá pensando em mil formas de sair dessa, mas no fundo sabe que o cerco fechou. Levantei da cadeira, caminhei até a janela da sala, olhei pra rua, a cidade lá fora seguindo seu ritmo enquanto eu tava prestes a dar um fim nessa novela. O beck já tava no fim, quase apagando. Joguei a bituca fora, me encostei de novo na cadeira e fechei os olhos por um instante. E o pensamento foi um só. Hoje, essa föda não me escapa.
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