Sem chance de fuga.

1227 Words
Tártaro Narrando Entrei no banheiro, a Camila estava embaixo do chuveiro, a água escorrendo naquele corpo que me tira do sério. Não resisti. Fødi com ela de novo, dessa vez no pêlo. Porr@, o que eu tô fazendo com essa mina? Tudo que eu jurei que não ia mais fazer. Mas ela me provoca de um jeito que não dá pra segurar. Quando tava quase gözando, ela virou pra mim e falou: — Não joga dentro, joga no chão. Mano, jogar no chão? Tá maluca? Não tinha a menor intenção de fazer isso. Aquele corpaço ali na minha frente, eu vou desperdiçar. Despejei na bundïnha redonda dela. Terminamos o banho. Quando saímos, ela ficou me olhando, com aquele sorrisinho de quem sabe o poder que tem. Peguei um dos meus roupões e joguei pra ela. — Toma, usa isso por enquanto. Ela vestiu o roupão, e enquanto ela tava ali se ajeitando, perguntei de novo: — Qual teu tamanho mesmo, Camila? Ela respondeu e olhou em volta, perguntou pela roupa que estava vestida, eu disse que joguei, ela olhou para lixeira embaixo da mesa e pegou a roupa toda rasgada, me olhou encredula segurando os trapos nas mãos. — Você é maluco? — Ela perguntou. — Você ainda tem dúvidas — Respondi, encarando ela, Camila jogou a roupa de volta na lixeira. Mandei uma mensagem na hora pra Beatriz, minha filha, pedindo pra ela comprar umas roupas no tamanho da Camila. — Compra umas peças no M, roupas femininas, pra mim — escrevi. Na mesma hora, a Bia respondeu: — Pra quem são essas roupas? — Faz o que tô mandando, sem pergunta. Depois a gente conversa. Camila tava em pé, me encarando, meio desconfiada, mas eu só dei um sorriso de canto e falei: — Espera aí, minha filha vai trazer roupas para você, eu vou te levar para ligar para sua irmã. Me troquei rápido, e quando estávamos saindo do quarto, dei de cara com os meus filhos. Os quatro parados, um olhando pro outro, tipo sem acreditar no que tavam vendo. Só faltou a Bia ali pra completar o time. — Pai, o que tá rolando? — perguntou o Oliver, com a cara mais cínica do mundo. Respirei fundo. Não tô com a menor paciência pra dar explicação. Camila me olhou e sorriu, olhou para os meus filhos, com aquela cara de mandada que ela tem. — O que tá rolando é o seguinte: vocês me dão licença, que a gente vai entrar no escritório. — E quem é essa, pai? — O Breno sempre metido, perguntou com aquela curiosidade que irritava. — A gente conversa depois, beleza? — cortei, passando por eles. Os quatro continuaram me encarando, mas nenhum ousou falar mais nada. Assim que a gente entrou no escritório, fui direto pra gaveta. Peguei um celular que já tava preparado. Esse celular aí, quem mexeu foi o Bruninho. O número é confidencial e a localização dele dá em outro estado, só pra confundir quem tentar rastrear. Se alguém for meter o louco e hackear, vai parar lá em Sampa. Sem chance de me rastrear. Camila olhou pra mim, desconfiada. Pegou o telefone e já mandou: — De quem é isso aqui? — Meu — respondi, seco. Ela riu, debochada, achando que tava me tirando. — Conta outra, Tartaro. Teu celular tá no teu bolso. Dei um sorriso de canto, já meio impaciente, e retruquei: — Tenho vários. Agora liga logo e vê se resolve isso, mas ó... não diz onde tá, nem com quem. Cuidado com o que tu vai falar. Ela me olhou por um segundo, como se tentasse entender se eu tava falando sério. Aí suspirou, ligou e começou a falar com a irmã. Fiquei só observando. Camila mandou o papo que tinha reencontrado um amigo da faculdade e que tava com ele. Falou umas baboseiras sobre saudade e amor e Desligou rapidinho. Quando ela já tava digitando outro número, não pensei duas vezes: tomei o celular da mão dela. — Quem c@ralho você ia ligar agora? — perguntei, encarando. — Era pra minha amiga — ela respondeu, tentando manter a calma. — A dona do pijama que você rasgou. A pessoa que eu tava na casa antes de você me sequestrar. Revirei os olhos e guardei o celular de volta na gaveta. — Ninguém mais vai receber ligação antes de eu checar quem é essa tua amiga. Não confio em você, Camila. Malandrona demais pro meu gosto. Ela se inclinou sobre a mesa, como se quisesse me desafiar ou me provocar, sei lá. O roupão abriu um pouco e, porr@, foi impossível não reparar. Engoli seco. Tava me födendo pra manter o controle. Tava precisando buscar minha calma até no fundo do olho do meu próprio cü, se fosse necessário. Camila, olhando direto nos meus olhos, sem desviar, perguntou: — Onde tá o Cássio? Ah, essa merda de Cássio de novo. Não acredito que esse nome tá saindo da boca dela. — O que você fez com o Cássio, Onde está o meu Amigo? — a voz dela saiu firme, A mina tava ficando bolada. Eu ri, meio de canto, e disparei, seco: — Tratamento VIP, Camila. Tá como se estivesse num hotel cinco estrelas — eu disse, meio debochado, dando de ombros. Ela, do jeito que é, não ia deixar por menos. Logo veio: — Quero ver ele. Agora. Eu soltei um riso baixo, balançando a cabeça. Ela é insistente, mas eu não ia ceder assim fácil. — Só quando suas roupas chegarem, querida — eu disse, tirando onda, como se tivesse todo o tempo do mundo. Camila me encarou daquele jeito que só ela sabe, desafiadora, mas ao mesmo tempo, sei lá, tinha algo nela que me prendia. Ela deu um passo pra frente, me encarando nos olhos: — E você? Não vai me apresentar pros seus filhos, não? — soltou, jogando verde. Eu parei de rir na hora. Encostei na parede, cruzei os braços e olhei sério pra ela. Não era brincadeira, não era hora. Tinha muita coisa em jogo. E ela, com aquela língua afiada, ainda me provoca. Resolvi mostrar quem manda aqui. Com um movimento rápido, segurei o queixo dela, apertando de leve, mas o suficiente pra ela sentir que a conversa tinha mudado de tom. Eu puxei o rosto dela pra perto, sem tirar os olhos dos dela, e beijei sua boca, sem pressa. A boca dela era macia, e a gente ficou assim por alguns segundos, aquele beijo quente, lento, como se o tempo tivesse parado ali. Quando desgrudei, ainda com os lábios encostando nos dela, falei baixo, mas firme: — Fica quietinha, Camila. A sua vida tá nas minhas mãos. Ela sorriu, aquele sorriso cheio de confiança. Não me soltei do rosto dela, e ela mandou: — Se fosse pra me matar, você já teria feito isso, Tártaro — ela respondeu, com uma voz provocante, de quem tinha certeza de que tava certa. — E não teria födido comigo duas vezes. Que porr@, tô tão previsível assim, não quero matar ela, mas também não quero que ela meta o pé de perto de mim. Preciso botar a cabeça no lugar, mas não dei pra pensar com a Camila na janela, contando o tanto de vapor que passava na propriedade, parecia que tava planejando a fuga, coitada, daqui ela só sai comigo.
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