Capítulo 7 - Marginal.

1096 Words
Emily narrando. Dia seguinte… Acordei em pleno domingo com minha cabeça latejando e com muita d0r. Me levantei pra comer e tomar um remédio lembrando da cena horrível de ontem. Não sei o que eu vou fazer pra acabar com essa merd@ de relacionamento, foram dois anos jogados no lixo. Me sentei no sofá ligando a TV e deixei as lágrimas caírem pelo meu rosto, não sei o que deu no Breno, ele nunca foi assim. Dei um pulo com a cigarra tocando, susto do caralh0! Fui até a porta do AP e olhei pelo olho mágico, graças a Deus não era Breno e sim o Farinha. Abri a porta o encarando, que desceu os olhos pro meu baby doll se/Xy. — Eae — falou entrando. — Oi — fechei a porta. — Não atende minhas ligações por quê? — Se jogou no sofá. — Celular descarregou — Me sentei ao lado dele. — Vim me despedir — arregalei os olhos. — Tá louco? — Ele negou — Vai pra onde? — RJ, vou pegar uma parada lá. — E se tu ficar lá por muito tempo? — perguntei preocupada. — Iih... Que que tem pô? — É que a gente fica, ué, vou sentir falta. — Hum — falou sem graça — Mas volto logo, esquenta não — fui pro colo dele deixando minhas pernas de cada lado da sua cintura. — Você tá bem? — Tô pô — suspirou. — Hum — falei vendo ele olhar pra mim. — Que foi isso? — tocou no meu rosto percebendo os machucados. — Eu caí, me machuquei — falei passando a mão nos cortes e afastando a mão dele. — Tá toda “morgada” aí, “slk” — tirou o boné deixando no braço do sofá. — Tô cansada, a semana foi muito corrida. — Até ontem tu tava boazinha e hoje tá assim? Que que tá pegando? — Já disse que não foi nada, Farinha — Me levantei indo até a cozinha tentando fugir do assunto — Quer tomar café? — Quero, bota aí — falou sério. Preparei umas coisas deixando na mesa. Coloquei a água do café pra ferver e abri o armário. Pulei tentando pegar o Nescafé e pelo visto chamei a atenção dele. Me sentei no balcão de mármore vendo que ele estava vindo pegar. — Pede ajuda pelo menos né, não ia conseguir pegar nem a p@u — esticou o braço pegando o Nescafé e deixando em cima de bancada. Não falei nada, apenas puxei ele pela gola da camisa dando um beijo, sentindo aquele cheiro gostosinho que só ele tem, suas mãos pela minha b***a. — Minha amiguinha já tava com saudades de você — falei já com minha “p****a” piscando. — Decidi te comer no café da manhã — Eu ri colocando as mãos pela nuca dele. Ele me puxou pela cintura e pude sentir o volume na calça moletom dele roçar na minha coxa. Escutei alguém abrir a porta do AP e vir até a gente, foi rápido demais. Era Breno. — Que p***a é essa Emily? — perguntou nervoso. Desci do balcão e fui até ele — Breno, vai embora — Pedi. — É com ele que tu me trai? — É Breno, é com ele — falei sem mostrar nervosismo. Olhei pra Farinha que continuava no mesmo canto sem dar um “piu”, só observando. — Vagabund0 do caralh0, olha a cara de marginal dele, Emily — apontou. Transa melhor que você. Pisquei e Farinha tava mirando uma arma na cabeça dele. Comecei a ficar nervosa, minhas pernas já estavam bambas. — Lava tua boca pra falar de mim, porr@ — esfregou a glock na cabeça dele — Tem a “DR” que tu quiser com ela, mas não pisa no meu calo não, zé — falou sério — Tu me conhece nessa porr@? — Ela tem namorado, e sou eu, ela tem que ficar só comigo. — Pelo visto tu não tá dando conta, não tenho culpa se ela veio ciscar no terreno dos outros, neg0 fogo pra ninguém não, “rapá”. Tentei puxar o braço de Farinha — Se mete não Emily — Me encarou seriamente. — Emily não é do teu porte não. — Abre a boca, porr@ — ordenou, seus olhos transmitiam muita raiva — Mandei abrir c*****o. Breno abriu a boca e Farinha enfiou a ponta da arma da boca dele. — Se tu ficar de gracinha pro meu lado, tu fica sem a língua, sem a boca e sem a porr@ toda, tá escutando caralh0? Não se tira bandid0 no bagulho, te desrespeitei pra tu me chamar de marginal “mermão”? — Breno negou com a cabeça morrendo de medo. Minhas mãos estão tremendo e eu rezo nos meus pensamentos pra Farinha não atirar. Não que eu não queira me livrar do Breno, mas ninguém tem direito de tirar a vida de ninguém, sem falar que isso ia ser um problemão. — Então sossega e baixa a bola pro meu lado, eu podia te matar agora se eu quisesse, mas não vou matar não, vou deixar... E se vier se criando pra mim de novo vai comer bala, ia preparar uma morte lenta pra tu — disse sério e tirou a arma da boca do Breno. Olhei pra Breno que me olhou com um olhar intimidador. — Rala, tá fazendo o que aqui ainda? Ele deu as costas saindo do AP, porém antes me olhou com cara de quem iria me matar, me arrepiei. Olhei pra Farinha, claro que devo satisfação a ele, mas e agora? Oque eu vou dizer? — Farinha... Eu... — Precisa se explicar não pô, acha que esse tempo todo eu caí no papo do tal "escritor"? — falou debochado. Meu corpo se aliviou, mas por que ele ficou comigo sabendo de tudo? Sabendo que eu tinha outro? — Ah... Não sabia que você sabia — falei envergonhada. — Puxei tua ficha, o desgraçado mandou tu ir pra casa na chuva naquela noite. — Como cê sabe? — Um carinha do AP dele me disse, vacilão do caralh0 esse Breno, se esbarrar na minha vai acordar com a boca cheia de formiga. — Nossa — Foi ele que fez isso no teu rosto né? — Foi — confirmei. — Tu é b***a de deixar. — Você disse que veio aqui pra se despedir né? — mudei rápido de assunto. — Então... — deu um sorrisinho de lado tirando a blusa. Vista do caralh0, hein.
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