Continuação
Débora Narrando
Eu entro na casa que é muito linda e grande, eu nunca imaginei que aqui no morro teria uma casa dessas, eu entro e vou atrás dela, ela me guia até a sala e eu me sento no sofá comprimentando a Joice que estava sentada também.
–Seja muito bem vinda querida –A dona Sandra diz e eu sorrio pra ela.
–Obrigada senhora –Eu digo e ela sorri.
–Eu vou buscar o bolo que eu fiz, eu já volto –Ela diz e eu concordo, ela sai indo pra cozinha e eu vejo o tenebroso entrando na sala, ele se senta no outro sofá e eu fico muito sem graça.
–Debora, você não quis mais estudar? –A Joice perguntou pra mim quebrando o clima.
–Nao, eu não tenho tempo, eu sou muito ocupada com as coisas da igreja –Eu digo e ela arregala os olhos.
–E você não pensa em casar não, ter uma família?– Ela pergunta e eu concordo.
–Claro que eu penso, mas é tudo no tempo de Deus, eu só vou me casar quando Deus me mostrar quem é a pessoa certa, tudo que eu faço na vida e na direção do senhor–Eu digo e ela me encara de boca aberta.
–Mas tu nunca namorou?– Ela pergunta e eu n**o com a cabeça e vejo o tenebroso me analisar, ele me encara e eu desvio o olhar dele , olhando pra ela.
–Nossa Débora , você é tão linda, não é possível que não apareça nenhum pretendente –Ela diz e eu dou de ombros.
–Claro que aparece, mas nada foi da vontade de Deus, agora mesmo tem um filho de um pastor que cismou que eu vou ser a sua esposa dele, mas comigo só se Deus me mostrar –Eu digo e ela me encara.
–Mas como Deus faz isso, comigo ele nunca falou –Ela diz e eu n**o com a cabeça.
–Primeiro temos que ter i********e com Deus, eu orei muito ,jejuei e fiz campanhas pra Deus falar comigo, hoje ele me dá visão e me mostra coisas em sonhos, as vezes eu não entendo, mas tudo tem um significado –Eu digo e ela me olha de boca aberta.
–Voce toma suco de laranja, minha filha ou prefere coca cola –A dona Sandra diz e eu digo.
–Eu bebo qualquer coisa –Eu digo e ela sorri, ela coloca na mesinha de centro a forma de bolo e uma jarra de suco natural de laranja, ela nos serve e nós ficamos ali comendo e eu falando do amor de Deus pra elas, ele se sentiu na mesa da sala e ficou mexendo no notebook mas eu via ele a todo tempo me olhando.
–Debora, eu te chamei aqui porque eu quero fazer uma doação pra tua igreja, pra te ajudar com algum projeto pras crianças –A dona Sandra diz e eu arregalo os olhos.
–Serio, Deus ou ou as minhas orações, eu sempre quis fazer algo com as crianças mas me falta a verba pra isso ,viu como Deus é fiel, ele está usando a senhora pra abençoar a casa do senhor–Eu digo e ela me encara com um Sorriso de canto.
–Aqui está, todo mês eu vou te dar uma quantia dessa – Ela diz me entregando um envelope cheio de nota de cem reais.
–Mas aqui tem muito dinheiro, não precisa de tudo isso–Eu digo vendo o tanto que tem no envelope.
–Fica tranquila que isso não vai fazer falta pra gente –Ela diz e eu dou um abraço nela.
–Muito obrigada dona Sandra, eu vou orar muito pra que Deus venha abençoar grandemente a sua casa e a sua família –Eu digo e ela sorri pra mim.
–Debora quando podemos fazer o estudo que a gente ia fazer? –A Joice diz .
–Podemos fazer duas vezes na semana, eu estou livre na terça e na quinta feira, se estiver bem pra você –Eu digo e ela concorda.
–Pode ser a tarde, por que eu não gosto de acordar cedo –Ela diz sorrindo e eu concordo.
–Pode ser então, eu venho no mesmo horário –Eu digo e ela concorda, eu saio me despeço das duas e saio da casa dela caminhando, quando eu estou passando no portão eu escuto ele me chamar.
–Debora – Ele diz e o meu corpo todo de arrepia só com a som da sua voz, eu me viro e encaro ele.
–Sim –Eu digo olhando em seus olhos.
–Eu também quero fazer essa aula aí contigo, mas tem que ser na surdina –Ele diz e eu encaro ele sem entender.
–Aula de que? Eu pergunto.
–Dessa que tu vai fazer com a Joice, que tu fala do teu Deus –Ele diz e eu sorrio pra ele.
–Mas é claro , podemos fazer no mesmo dia, depois dela –Eu digo sorrindo e ele concorda.
–Mas tem que ser no sigilo, ninguém pode saber –Ele diz e eu concordo.
–Agora eu preciso ir –Eu digo e ele segura o meu braço.
–Espera que eu levo você, vou só pegar o carro –Ele diz sério e eu encaro ele.
–Nao precisa não, eu vou caminhando mesmo, já estou acostumada –Eu digo passando por ele e saindo do portão, eu vejo que ele fica me olhando ,mas eu sigo o meu caminho, muito feliz com o meu Deus que é fiel e tem feito as coisas perfeitas.
Continua....