A filha do pastor (Morro)

6-Debora

Débora Narrando

Eu acordo com o meu celular despertando às 3 horas da manhã e como de costume, eu me levanto e desligo o despertador do celular , eu me ajoelho ao lado da minha cama e começo a orar ao senhor, eu peço proteção a todos aqueles que moram no morro, eu peço para que Deus venha transformar o coração daqueles que estão fora dos seus caminhos, e quando eu estou orando vem aquele homem na minha mente o tal do tenebroso eu fechava os olhos para orar e eu só conseguia ver ele e não entendi qual era o mistério que Deus tem comigo e com esse homem, então comecei a pedir ao senhor que venha me mostrar e revelar em sonhos para que eu possa entender Qual que é o propósito de Deus colocar ele no meu caminho, porque nada que Deus faz em vão, tudo tem um propósito e eu sei que algo Deus quer que eu faça ou quer me usar de alguma forma.

Eu volto a dormir depois de um bom tempo rolando na cama e eu acabo pegando no sono eu acordo às 8:00 da manhã com meu celular despertando .

Eu me levanto e me ajoelho na minha cama novamente e faço mais uma oração pedindo ao senhor que venha me mostrar qual o mistério desse homem e de que forma Deus quer me usar na vida dele, então eu ofereço a Deus um jejum em prol disso, eu me levanto e vou até o banheiro tomo um banho e visto um vestido soltinho de ficar em casa mesmo faço um coque frouxo no cabelo e desço até a cozinha.

–Bom dia mamãe, a paz do senhor Jesus Cristo –Eu digo e ela sorri pra mim.

–Bom dia, linda e paz –Ela diz , passando o café.

–Você vai querer comer o quê querida ,quer uma crepioca , eu vou fazer para você –a minha mãe disse dando um sorriso para mim.

–Nao, mamãe obrigada, mas eu não vou tomar café –eu digo saindo da cozinha, eu vou até a lavanderia e começo a colocar as roupas que estavam no cesto para lavar a minha mãe já entende quando eu digo que não quero tomar café, ela já sabe que eu estou em jejum , quando a gente jejua a Deus a gente não pode ficar falando para o próximo que está fazendo jejum, jejum é uma coisa só sua e do senhor , então é aquele momento que você tem de ficar em oração falando com Deus.

Eu passo a manhã toda na lavanderia da minha casa lavando roupa , recolhendo as que secavam e passando algumas, principalmente as camisas do papai , quando eu vejo já estava dando meio-dia , então subi para o meu quarto e tomei um banho para tirar o suor do corpo que estava muito calor , eu vesti um vestido tubinho até o joelho com uma f***a do lado um palmo acima do joelho Preto , eu penteio o cabelo e faço um coque frouxo, estava muito calor , eu passei um perfume e uma maquiagem bem discreta no rosto eu me ajoelhei na minha cama e voltei a orar ao senhor entregando o meu jejum só depois de fazer isso então eu desci até a cozinha para almoçar com meus pais.

–Filha, eu não te vi hoje –O meu pai diz me dando um beijo na cabeça.

–Paz do senhor pai –Eu digo e ele sorri.

–A paz meu bem, hoje a tarde eu vou lá visitar o aparelho e Gaspar, você quer ir junto? O meu pai perguntou e eu neguei com a cabeça.

–Eu até gostaria de ir papai, mas eu já tenho um compromisso ,vou visitar a dona Sandra –Eu digo e ele me encara.

–A mãe do dono do morro? Ele pergunta e eu concordo com a cabeça.

–Cuidado, minha filha, ela e a filha são uns anjos em pessoa, mas os dois filhos dela não são flor que se cheire ,você sabe como entrar e sair num lugar desse ,vigia –Ele diz e eu concordo.

Nós fizemos a oração para comer o alimento e almoçamos em plena paz do senhor, comemos enquanto conversávamos sobre um evento que seria feito no final de semana na igreja, seria o congresso de adolescentes na igreja onde outras igrejas vinham com os adolescentes para se apresentar na nossa, quando tem evento assim a igreja enche de visitantes e sempre ganhamos almas pra Jesus.

Eu terminei de lavar a louça com a minha mãe e peguei o meu celular e vi que já eram duas horas da tarde, eu peguei a minha Bíblia e coloquei na minha bolsa e coloquei na minha costas, eu me despedi da minha mãe e subi o morro caminhando, eu já estava na metade do caminho quando uma moto parou do meu lado.

–E aí –Ele diz com aquela voz rouca me deixando nervosa, eu encaro ele e digo.

–Oi –Eu digo e começo a caminhar em direção onde eu já estava indo.

–Ta indo onde princesa? Ele pergunta e eu encaro ele.

–Estou indo na sua casa, a sua mãe me convidou pra ir até lá –Eu digo e ele concorda com a cabeça.

–Sobe aí que eu te levo – Ele diz todo sério e eu n**o com a cabeça.

–Voce só pode estar brincando, eu nunca iria andar na sua garupa , Deus tenha misericórdia, agora eu vou indo, muito obrigada pela carona – Eu digo e volto a caminhar, ele acelera a moto dele e sobe cantando pneu, eu subo caminhando, depois de uns vinte minutos eu chego até lá, é a última casa do morro, uma casa enorme e muito linda, eu chego no portão e um vapor vem falar comigo.

–E aí Débora, tá fazendo oque aqui? O Jorge diz, ele é filho de uma irmã da igreja, eu sinto muito por ele ter tomado ess caminho.

–Eu vim ver a dona Sandra –Eu digo e ele concorda.

–Espera aí um pouco –Ele diz .

–Deixa a mina entrar Jorge –O tal tenebroso diz e o Jorge abre o portão pra mim e eu caminho em direção a casa, ele me encara e dá um sorriso safado que me incomoda, eu disfarço, mas o meu coração gela e as minhas mãos estão suando.

–Debora , que bom que você veio –A dona Sandra diz vindo na minha direção.

Continua....