Capítulo 05

1343 Words
Pamela narrando Voltei pra casa da minha bi, coloquei um pijama e fiquei deitada no sofá, ela já me convidou pra morar aqui várias vezes com ela, mas eu sou muito desconfiada de tudo, e eu odeio a sensação de estar incomodando alguém, não gosto disso e eu sempre aprendi a ser sozinha, por mais que essa bi seja a minha luz, eu tô acostumada já a guardar o meu sofrimento pra mim, eu não gosto de pagar de coitada pra ninguém, tenho horror a isso Acabei dormindo no sofá mesmo e acordei as 4h da manhã sozinha, acho que meu organismo já tá até acostumado, porque não consegui mais pegar no sono, fiquei pensando nos meus sonhos e planos, quero alugar uma kitnet fora daqui, bem longe, pode ser no fim do mundo, desde que eu não tenha mais nenhum tipo de contato com os meus “pais” e eles nunca descubram onde estarei morando, esse é de longe o meu maior desejo, me ver livre deles, não vejo a hora desse sonho se tornar realidade Levantei fiz minhas higienes, já coloquei o biquíni e o vestido pra descer pra praia daqui a pouco e trabalhar, e fui fazer um café, não sei se a bi vem agora, ou se vai ficar com o boy dela durante todo o dia, mas vou deixar as coisas prontas, é o mínimo que eu posso fazer pela estadia que ela me proporciona - pamela- ouço o grito da minha mãe no portão e já bufo frustrada - pamela eu sei que você está aí sai no portão agora - ela gritava estética, são cinco da manhã cara, é muito s*******o - para de gritar na porta dos outros tá maluca - eu falo irritada aparecendo na porta e descendo na sua direção - o que você fez que seu pai sumiu e não apareceu em casa até agora - ela fala me balançando pelo braço - e eu que tenho que ter feito algo ?- confronto ela que me encara com ódio- eu não sei dele e não quero saber tão cedo depois de mais uma vergonha que ele me fez passar- falo irritada com ela - você não fez mais que a sua obrigação de ter p**o as dívidas dele - ela aponta o dedo na minha cara - e eu preciso de dinheiro porque naquela casa não tem nada pra comer - ela fala e eu respiro fundo - pois vá procurar um emprego porque eu não fico me matando de trabalhar pra vocês destruírem tudo não - eu grito irritada também - eu já avisei aqui no morro- aponto pra ela- eu não p**o mais uma dívida de vocês eu to cansada - falo e ela levanta a mão pra me bater quando uma moto para com tudo do nosso lado quase em cima dela - que p***a tá acontecendo aqui ?- vejo o dono do morro e já sei que vai vim problema - assunto de família digao- minha mãe fala e eu vejo ela assumindo outra postura, de p**a- tô dando um corretivo na minha filha- ela fala e eu cruzo os braços a encarando e o tal digao me olha - da pra você sair do portão da minha prima e voltar da onde veio e me deixar em paz - eu falo e ela da risada - primo, ele é um homem, sua s*******o- ela é preconceituosa, e eu respiro fundo pra não faltar com o respeito e mandar ela ir tomar no cu- ele é a vergonha da família inteira e você quer ser igual- ela grita e eu só respiro fundo - só vai embora pelo amor de Deus e me deixa em paz - eu falo e vejo o dono do morro descer da moto - você vai pra casa comigo sua p**a, você tá achando o que- ela gruda no meu cabelo e eu sinto a mão dela ser arrancada com tudo me soltando - eu não aceito patifaria no meu morro- ouço a voz grossa do tal digao- ou para essa patifaria agora ou vai pro desenrolo - ele fala e eu cruzo os braços - o que tá acontecendo aqui ?- minha bi chega correndo e eu vejo o foguete do outro lado da viela de moto - chegou a dona do puteiro- minha mãe solta pra bi- a vergonha da família - ela fala e eu vejo o dono do morro ficando vermelho e o foguete vem na nossa direção - bi não se estressa deixa ela falar sozinha, você sabe que não adianta discutir com ela- eu falo segurando meu bi- vamos entrar se não nós vamos pro desenrolo- falo e ele n**a se soltando - digao essa louca vindo na porta da minha casa arrumar k.o não dá - minha bi reclama com ele - eu não vou aceitar isso calada não - ela fala e eu vejo a minha mãe olhando pro tal digao toda se querendo e então eu encaro ele pela primeira vez e vejo que ele estava olhando sério pra mim e isso me faz ficar constrangida - circulando agora porque eu não vou falar de novo não - digao fala sério com a minha mãe que sai pisando duro - depois tu cola na boca que nós vamos trocar uma ideia - ele aponta pra mim e eu não respondo nada Ele sai acelerando com a moto e o foguete vai junto, depois de dar uma boa encarada na minha bi e nós entramos em casa de volta - já deu né pam- a bi fala comigo- nós vamos hoje pegar suas coisas lá e você vai morar aqui comigo - a bi fala e eu n**o mas ela não deixa eu começar a falar- nos duas trabalhamos igual duas vagabunda, m*l paramos em casa, então não vem com essa de me incomodar porque você nunca incomodou- ela fala e eu dou um sorriso de lado - mas se você continuar lá você nunca vai conseguir realizar os seus sonhos, e aqui nós duas vamos se ajudar sempre - ela fala e eu fico com um nó na garganta querendo chorar - você precisa sair daquele lugar irmã, aquilo lá não é pra você, você não merece passar por isso - ela fala e eu a abraço chorando - eu não quero trazer confusão pra porta da sua casa, você sabe como eles são- falo e a no concorda - se eles vierem nós chamamos o desenrolo, meu bofe falou que agora o patrão vai voltar a frente do morro e muita coisa vai mudar - ela fala toda boba e eu dou risada - é muito apaixonada nesse bofe - falo e ela se joga no sofá se abanando Tomamos um café e eu arrumo os isopores pra descer pra praia enquanto a vi lava a louça - quando você voltar vamos lá buscar as suas roupas - ela fala e eu concordo - melhor eu ir sozinha, porque a confusão é certa- falo e ela nega - eu vou com você e ainda vou chamar reforço - ela fala e eu já imagino que seja do bofe dela Pego meus isopores, me despeço da bi e vou descendo o morro pra mais um dia de luta, quando passo na entrada da boca vejo o tal digao com o foguete, ele me encara e eu finjo que não tô vendo, eu não vou parar pra ir na boca falar nada com ele, não fui eu que fui atrás de confusão e não sou que vou parar no desenrolo, não mesmo Depois de muita luta eu chego na praia e já estava lotada, falo com o pessoal que também fica vendendo na rua e vou pro meu lugar de sempre e começo mais um dia de luta, o dinheiro de hoje eu vou guardar todinho, tomara que seja um dia tão bom como ontem e eu consiga recuperar o que eu perdi por culpa do ser que se diz meu pai
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD