Suspeito

1206 Words
•∆• Nervoso, equilibrou a bandeja na sua mão e caminhou normalmente até as mesas dos pedidos. Como parte do disfarce, e teria que entrar de cabeça no seu teatro. Respirou fundo quando chegou no destino, vendo três alfas na primeira mesa. Eles o encararam com desejo e Rafa fez um cara de nojo por baixo da máscara de lobo. Entregou as bebidas e foi para a próxima mesa. Eram três alfas e dois betas, novamente chamando a atenção de todos, colocou as bebidas na mesa e quando se virou sentiu em estalo na sua b***a. Se virou furioso sentindo seus nervos queimarem de raiva, mas se lembrou do disfarce, sendo obrigado a ignorar e ouviu risadas vindas deles. Revirou os olhos e continuou para a terceira mesa. Nessa tinha apenas um alfa, de terno e fumava um charuto. Ele olhava quieto e calmo para todos os lados como se procurasse alguém ou algo, e isso chamou sua atenção. Lentamente colocou a bebida na mesa, não tirando os olhos daquele cara. Ambos mantinham o contato visual, o verde de Rafa com os azuis daquele cara. Ele era suspeito e entrou na sua listinha. Abriu a garrafa e saiu de perto. Ele poderia ser um dos traficantes, ninguém vem de terno e gravata pra um clube. Se escondeu em uma pilastra ali por perto e ficou observando o cara por um tempo até levar um susto com uma mão no seu ombro. "Eai? Como foi?" O ômega com máscara de gato perguntou e Rafa concordou. "Foi melhor do que eu esperava, sinceramente." Yorran riu com essa resposta. "Não se preocupe querido, você se acostuma." Ele também estava com uma bandeja em mãos. "Em, Yo." Chamou a atenção. "Queria conversa uma coisa com você, se não se importa." "É urgente? Porque se não for podemos conversar com calma no vestiário depois." Apontou para a porta no final do corredor. "Não, não é não. Depois nos falamos." O outro concordou e foi entregar suas bebidas. Quando se virou na direção contrária, levou um susto ao ver um alfa bêbado bem próximo a ele com um sorriso malicioso no rosto. "Iai gracinha." Sorriu e Rafa sentiu vontade de vomitar com aquele cara. "Que tal uma f**a hm?" Segurou a cintura alheia e o puxou para perto. "Vejo que é novo, nunca vi um corpo tão belo por aqui." Empurrou o maior e direcionou sua mão para sua cintura na menção de pegar sua arma, mas esqueceu que estava com aquela lingerie ridícula (na visão de Rafael) e também não podia sair do disfarce. Olhou aquele homem de terno e ainda estava sentado lá tomando sua bebida, ufa, ele não desconfiou de nada. "Por favor, peço que não faça isso novamente." Pediu gentilmente mas o cara pareceu ignorar. "Ah vamos, eu sei que você quer, deve ser um prostituto e tanto com essa bundinha." Riu e Rafa fechou os punhos. Sem se importar, deu um tapa bem forte em sua b***a, chegando a deixar uma marca vermelha. Irado, o ômega pega o copo de bebida de um beta próximo e jogou em seu rosto, rosnando. O alfa, furioso, limpa seu rosto e também começa a rosnar, mas um segurança alfa aparece e escolta o bêbado para fora do clube. "Rafa! Olha o que você fez!" Yorran se aproximou e por debaixo da máscara olhou curioso e um pouco bravo para o outro. "Está causando brigas no primeiro dia?" "Eu? Eu não." Se fez de bobo e Yo suspirou. "Olha, vejo que terei de lhe ensinar algumas coisas." "Hm... Poderia ser depois de conversarmos?" Rafa discretamente olhou em volta e viu aquele homem de terno cumprimentando outros estranhos. Semicerrou os olhos e tirou proveito de seu máscara, não deixando que ninguém visse seus olhos. "Claro, se quiser me esperar lá, já estou terminando aqui." Concordou e foi em direção ao vestiário. Chegando lá, tirou sua lingerie rapidamente e a jogou pra longe se sentindo sujo ao usá-la e colocou sua tão amada e confortável roupa, na qual escondia todo seu corpo. Suspirou aliviado e sorriu para si mesmo. Se sentou em um banquinho, guardou a roupa preta no armário junto com sua máscara e esperou o outro ômega. Depois de uns dez minutos, ele entrou né vestiário e tirou sua máscara felina. "Hey!" Colocou um roupão por cima da sua roupa. "Mas já trocou de roupa?" Riu e Rafa concordou envergonhado. "É normal no começo, depois você se acostuma." Se sentou ao seu lado no banco. "Mas o que queria conversar?" Olhou para o seu amigo e ficou quieto. "É sobre o chefe de vocês, o que ele é?" Yorran sorriu. "Ele é um alfa lupus." "Lupus?!" O outro concordou. "Eu nunca vi um lupus." Ficou pensativo. "Mas bem, você sabe mais alguma coisa sobre ele?" Com essa pergunta, Yo semicerrou os olhos. "Por que quer saber?" Rafael ficou sem saber o que dizer, tropeçando nos pensamentos. "É-É... Eu... É só curiosidade." Riu sem jeito e seu amigo fez uma feição safada. "Não ! Não não! Não é isso que você está pensando." "Sei, você está ficando vermelho, isso te entrega." "Não! É meu jeitinho." Suspirou sem jeito. "Mas se você quer saber de uma coisa, ele não é muito carinhoso. Digo, todos os empregados disseram que ele é bem seco e não demonstra nenhuma emoção, m*l interage." Deu de ombros. "Mas se você gostou dele não custa tentar né?" "Meu Deus..." Escondeu o rosto. "Você entendeu errado! Eu só quero saber onde estou me metendo." Com isso, Yorran olhou em volta. "Está se metendo numa enrascada nesse clube, mas se você gosta não tenho o que argumentar." A conversa com o outro ômega foi leve e até divertido, mas chegou a hora de ir embora. Se despediram e Rafa se preparou para sair daquele vestiário. Respirou fundo e abriu a porta, sentindo a batida do local mais alta e tinha multiplicado o número de clientes, tendo algumas ômegas rebolando no colo de alguns alfas e tinha umas três mesas com garotas alfas, todas elas com uma ômega no colo. Aquele lugar era o pecado na terra sem dúvida alguma. Andou acanhado pelas pessoas e parou num baque, vendo aquele cara de terno saindo do escritório de Leonardo com uma mala em mãos. Franziu o cenho, aquele cara não estava com nada antes, achando mais suspeito. Ele rumou até fora do clube e era a sua deixa. O cara andava pelas ruas com a mala e discretamente Rafael o seguia se camuflando nos cantos escuros das ruas, até ele entrar em um carro e sumir pela esquina. "Droga." Sussurrou e deu meia volta. Caminhou lentamente o caminho de volta andando por cima do meio fio feito uma criança brincando com suas próprios pés. Aquela noite foi muito exaustiva e não tinha ninguém mas ruas. Viu o horário e se assustou quando viu quatro horas da manhã estampado na telinha, ele ficou tanto tempo assim?! Depois de um longo tempo de caminhada, chegou na sua casa e sentiu o gostoso aroma de lavanda. m*l jogou sua mochila no sofá e foi correndo para o banheiro tomar um banho e tirar toda aquela sujeira de seu corpo. De banho tomado e relaxado, nem para cama foi, só se jogou no sofá e caiu no sono. Incrível como a vida de Marechal era fácil em comparação a aquele clube noturno. Mas naquele lugar tinha coisa é com certeza voltaria lá, vestindo aquelas roupas estranhas ou não. •∆• •Desculpe os erros•
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