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Olhava para uma televisão mas não estava entendendo nada do que estava acontecendo no filme, era muito confuso para o seu ser. Suspirou, se voa e desligou, pondo o pote vazio de sorvete na pia e, lentamente, andou até seu quarto, se jogando na cama.
Ah como essa sensação era maravilhosa, estava com muitas saudades de sua cama macia e fofinha ... Se enfiou no meio das cobertas e fechou a cortina, sentindo o sol bem quentinho entrar no quarto. Revirou os olhos e pegou o ventilador que estava guardado e ligou, deixando o cômodo bem fresquinho. Olhou no relógio e viu que eram seis da manhã, se sentindo aliviado e só fechou seus olhos, adormecendo. Era tão bom dormir às essas horas, geralmente ele deveria treinar seus soldados.
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O alarme tocou e pela primeira vez em um grande período de tempo não teve raiva do toque.
Levantou preguiçosamente e coçou os olhos, indo em direção ao seu banheiro e fazendo sua higiene.
Pegou seu celular e pulou no sofá e viu uma mensagem de seu amigo, destinatia mensagens.
Gui: Rafa, precisamos de você agora mesmo.
Aquilo foi mais uma ordem do que um pedido. Estranhando aquela mensagem, se estiver e colocar uma roupa e junto com uma mochila, saiu da casa a trancando, fazendo o mesmo percurso, apressado, até o acampamento.
Quando estava perto dos portões, dois guardas o barraram.
"Onde pensa que vai mocinho?" Perguntou autoritário e ambos cruzaram os braços.
Rafael olhou para cima e ergueu uma sobrancelha. "Desculpe?" Foi a vez do menor cruzar os braços e ficou numa pose respeitosa.
"Você não tem permissão para entrar aqui." O outro alfa disse e o ômega revirou os olhos por eles não saberem quem ele era.
"Claro que eu tenho."
"Ah tem? O que você é então? O Marechal?" Ambos riram debochado e o menor ficou sério. Abriu sua mochila e pegou sua identidade e a mostrar, e escrita nela: cargo de Marechal. "Oh! Nós perdoe Marechal! Não o reconhecemos." Os dois alfas recuaram com a cauda entre as pernas com medo de perder o emprego e Rafael apenas suspirou.
"Tudo bem, mas da próxima vocês já sabem quem sou." Empinou o nariz e passou pelas duas montanhas.
Passou por uma calçada e homens no campo, treinando com o major, todos eles tinham estranhado o fato do Marechal ter sumido sem explicações e tinha agora um beta treinando eles ... A maioria odiou.
Chegou no centro e foi até a porta de mais cedo, batendo cinco vezes seguida de um batucar de dedos.
"Entre." A voz de Guilherme surgiu abafada e Rafa entrou, olhando lentamente em volta.
"O que aconteceu Gui? Me interrompeu no meu sono de beleza." Tentou alegrar o clima mas não deu muito certo, a cara do alfa era terrível. "Onde está Isaac?" Franziu o cenho e olhou em volta não vendo mais ninguém.
"É aí que está o problema." O Almirante se sentou em uma cadeira da grande mesa redonda.
"O que aconteceu com ele?" Sentiu seu coração afundar com a possibilidade de ter acontecido algo com seu amigo.
"O pegaram." Suspirou. "Recebi uma mensagem de vídeo anônima, não foi muito legal ... Ele também estava com os cinco outros soldados, isso é bom, sabemos que os outros estão vivos." Rafa olhava para seus pés, pensativo.
"Eu tenho que ir. Agora." Se virou apressado.
"Marechal, espere! Você nem sabe o endereço." O ômega parou num baque e olhou para trás.
"Verdade." Andou até a mesa grande e seu amigo deu um pedacinho de papel com o endereço.
"Eu quero que você tome muito cuidado e não vá sozinho pelo amor de Deus." O Almirante olhou sincero para o ômega. "É perigoso até de mais pra você."
"Não se preocupe, eu sei me cuidar." Sorriu e correu do cômodo. Precisava correr.
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Estava procurando seu batalhão pelo bosque e os encontrou em um outro campinho fazendo abdominais com o major. Enquanto se aproximava, os soldados que o viam paravam o que faziam e ficavam boquiabertos vendo O ômega ficar cada vez mais perto e a calça de alguns dados considerados um pouco apertada.
"Major, preciso falar com você." O beta parou o que fez e focou seu olhar no corpo alheio. Não querendo ser pervertido, focou apenas nos olhos verdes.
"Sim?" Um pequeno assobio saiu do meio dos homens e isso ultrapassou o limite do ômega.
Se aproximou do batalhão e ficou na pose de Marechal, fazendo todos os soldados ficarem tensos e prenderem a respiração.
Merda, é o Marechal. Todos pensavam desesperados.
"Só quero que saibam que se eu ouvir mais uma vez esse desagradável som, eu vou arrancar o bico de quem quer que seja e rezem para eu não fazer nada nas partes baixas." Disse alto o bastante para todos ouvirem. Virou de costas e foi possível ouvir o ar do pulmão de todo mundo fluir.
"Está bem." Virou para o maior e contou até dez. "Eu preciso que você cuide do meu batalhão por um tempo, não sei quando volto." Sussurrou e o Daniel, o beta, concordou.
"Mas senhor, o que vai acontecer?"
"Nada, apenas cuide deles." Pediu e pulso que seu trabalho ali estava feito.
Voltou para casa e esperou anoitecer, enquanto isso, ficava olhando para o bilhete decorando o endereço e estava muito ansioso, fazendo o tempo passar duas vezes mais devagar que antes.
"Que merda." Se cansou e arrumou suas coisas, pegando uma pistola com silenciador e guardando dentro do seu suéter azul bebê, afinal, ele não era qualquer ômega e muito menos andaria tarde da noite sozinho e desarmado.
Saiu de casa e viu o céu começando a ficar laranja, olhou para o bilhete e g**o uma grande coragem o invadir. Arrumou sua mochila nas costas e começou a andar na direção que se encontrava o temido endereço.
Seria a partir daquele bilhete que se infiltraria no mundo da máfia.
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• Desculpe os erros •