Imprevisto

1504 Words
• ∆ • "Marechal." Acordou assustado com três batidas na porta. Olhou para o relógio e ainda faltava duas horas para o horário que acordava de costume. Se transmite preguiçosamente e com um rosto de 'maracujá-de-gaveta' de sono, bocejou, se provou e como de costume todos os seus pelinhos da cauda e orelha se ouriçaram voltando em seus lugares em seguida. Se arrastou até a porta e abriu a mesma com uma feição nada boa, dando medo no Major. "É um mau momento?" Perguntou um pouco preocupado e estava com sua cauda ereta, sinal de coisa séria. Rafael negou. "O que você tá fazendo aqui?" Franziu o cenho e cruzou os braços, apoiando suas costas na batente da porta. “O Almirante mandou chamar”. Saudou o ômega, que piscou várias vezes. "Agora?" Suspirou e coçou seus olhos. "Sim senhor." "Ok ok ..." Entrou, tirou seu pijama e colocou seu uniforme, saiu da casinha, e fechou a porta. Estava tudo escuro, precisaria de uma lanterna. Ambos destacam a direção ao centro do acampamento. Quando estava quase chegando, tinha uma pedra no meio do caminho fazendo o ômega tropeçar e cair com tudo no chão. "O senhor está bem?" O beta se aproximou rapidamente até o menor e a preparação a se levantar. "Sim, estou. Só não tenho visão noturna." Riu um pouco sem graça e limpou a terra de sua roupa. Quando o ômega estava em ação, não errava um passo sequer, mas quando não estava estava preparado seu cargo ... "Fique por aqui." Rafa pediu e o major concordou, ficando de guarda na porta do casarão. Andou pelos corredores meio nervoso, nunca tinha o chamado no meio da madrugada. Andou andou e andou até chegar na porta restrita do lugar. Deu duas batidas mas não quer ninguém, em seguida dando cinco batidas e um batucar de dedos na porta, era a senha. "Entre." Uma voz abafada surgiu do outro lado. Entrou nervoso. "Senhores?" Colocar a cabeça para dentro da porta como se estivesse espiando, vendo Guilherme e Isaac sentados em uma mesa grande e redonda. “Venha e sente-se”. Entrou e sentou no lado dos dois alfas. "Desculpe ter que te acordar às horas, mas o assunto é sério." O Almirante suspirou e olhou para o telão. "O que aconteceu Gui?" Isaac chamado o apelido, os três tinha anos de amizade. "Seguinte ..." Se proposta e ligou o projetor. "Eles pegaram cinco dos nossos soldados." Apareceu um foto com os cinco encapuzados e com cordas nos pulsos e tornozelos. "Não acredito ..." Isaac olhou desacreditado para as fotos. "Quem adicionou isso foram eles?" Guilherme concordou. "Ainda estão vivos?" Rafael preocupado. "Não sabemos, mas isso só faz encurtar o prazo." Soltou uma lufada de ar. "Precisamos que você se infiltre amanhã." "That?!" Se rápida. "Mas eu não vou ter tempo de me arrumar, preciso me preparar e organizar para isso." Colocou as mãos na cintura e ficou com uma feição brava. "Me desculpe, mas nós precisamos o quanto antes, você é um ômega, facilita mil vezes o nosso plano." Isaac explicou. "É verdade, nós não temos muito tempo, aqueles soldados estão em perigo." Guilherme pronunciou-se e Rafa sentiu seu coração apertar. "Merda ..." Sussurrou. "Ok, quando exatamente?" Cruzou os braços e olhou sério para os dois alfas. "Depois de amanhã." Isaac respondeu. Eles precisariam dar um dia para o menor se preparar. "Ok, eu vou pra casa pra me arrumar então." Os dois generais concordaram. "Olha, eu só quero que dê tudo certo, desejamos toda a sorte do mundo a você." Guilherme colocou sua mão nos ombros do menor e seu olhar era sincero. "Bem ... Não posso perder tempo." Fez continência assim como os outros dois e saiu da sala. Andava apressado pelos corredores mergulhado em pensamentos, como ele faria aquilo ?! Os dias que tinha para pensar foram pro saco e agora teria só dois dias pra pensar no plano. Como salvaria aqueles homens ?! Fechou os olhos mas continuou andando pelos corredores escuros, até ouvir uns passos ecoando. Parou de andar e se esconder num canto escuro, se misturando ao ambiente. "Eu te disse! Sequestraram cinco soldados." Uma voz masculina se fez presente e estava acompanhado de mais alguém. "Não! Sério ?! Não acredito nisso, aqueles caras são experientes no que fazem, como é possível sequestrar  soldados ? Isso foi o limite." Rafael saiu das sombras e os dois soldados pararam num baque. "M-Marechal ?!" Um alfa loiro com orelhas e cauda grandes e ásperas ficou surpreso pela presença do geral. "O que faz aqui?" Franziu o cenho. "Eu que lhe pergunto o que faz aqui, Atum." Cruzou os braços e ficou numa pose de respeito. "Aqui é o centro dos oficiais, não é feito para soldados e ainda mais como essas horas da noite. O que estão fazendo aqui?" "Nós ..." O outro soldado, um alfa de cabelos castanhos e orelhas e também cauda grandes e ásperas tentou encontrar uma desculpa, mas demorou muito. "Venham comigo." Começou a caminhar entre os corredores até voltar na mesma porta de antes. "Generais." Os chamou e não demorou muito para o Almirante abrir. "Raf–" Olhou para trás e estranhou os dois soldados ali. "Marechal, o que houve?" Cruzou os braços e olhou para os dois intrusos. "Esses dois estavam andando pelos corredores e conversando sobre tudo o que nós três conversamos a sós, numa reunião." Os dois olharam furiosos para o menor. "A é? Pois saibam que vocês estão cometendo o maior erro da vida de vocês dando um de curiosos. Isso os levam para a rua." Olhou para o menor. "Como você irá impor a punição nos seus soldados, Marechal?" Com essa pergunta, Rafa franziu o cenho. "Eles não são meus soldados." Voltou a olhar para os dois, ambos pareciam suar frio. "Não?" "Não, eu sou conheço o Atum." Olhou para o loiro que parecia queima-lo com o olhar. "Senhor, nós somos do outro esquadrão, por isso vocês nunca nos viram." O moreno tentou se explicar. "Poderia saber seu nome ?!" O ômega colocado suas duas mãos em suas costas, enchendo seu peito para parecer um pouco maior. O alfa exitou de início. "É Evan, senhor." Semicerrou os olhos e isso não agradou muito ao Marechal, muito pelo contrário, o deixou inseguro. 'Merda'  Rafa transferência e respirou fundo. "Senhores, peço a vocês que se retirem do acampamento." Os dois soldados boquiabertos. "Me desculpe, retirar como?" Tuna mudou seu tom de voz. "Vocês estão proibidos de sequer pensar em ser soldados novamente." Foi possível sentir como partículas de raiva no ar vinda por parte dos dois ex-soldados. "Vocês cometeram um crime ao ouvir assuntos confidenciais do governo, sintam-se agradecidos por só perderem o cargo de soldados." "Você não–" Evan vociferou com raiva. "Eu posso e vou fazer. Está vendo essas estrelas no meu uniforme?" Apontou para as cinco estrelas brilhantes. "Elas falam por mim, sou Marechal, eu mando em todos abaixo do meu cargo." Ambos os alfas rosnaram. "Ei! Vocês têm tendência para frente do Marechal." Guilherme ficou do lado do ômega. "Tenham respeito pelo mesmo." Cruzou os braços e fez uma feição séria. "Você não manda mais na gente." Evan revirou os olhos. "Acabamos de virar  ex-soldados. " Respondeu irônico e olhou para os dois generais. "Já se esqueceram?" Debochou Tuna, dando as costas. "Vamos Evan, não somos mais bem vindos aqui." Depois de uns segundos encarando o ômega, Evan deu as costas começando a seguir seu amigo. "Deus." O menor sussurrou e ficou encarando seus pés, pensativo. "Será que eles vão usar as informações para algo?" Olhou preocupado para Guilherme. "Eu não sei ..." Ficou observando os dois alfas caminharem em passos pesados e largos até o final do corredor escuro, virando o corredor. "Mas eles não estavam escutando nossas conversas só por curiosidade." "Mas não se preocupe com isso agora, nosso foco são os soldados sequestrados." Lembrou e o alfa alfa voltar ao foco. "Oh sim." Suas orelhas levantaram e sua cauda ficou imóvel. "Preciso ver os planos e você precisa se preparar." Concluiu e Rafa concordou. "Hmm ... Que tipo de roupa seria ideal para entra na máfia?" Questionou e olhou para sua amigo. "Acho que de universitário." "Até depois Gui." Se despediu e foi na direção contrária dos dois ex-soldados. • ∆ • Depois dos acontecimentos, apenas arrumou suas malas e foi até a cabana do major, o acordou mais cedo, avisando que não iria ficar para treinar o seu esquadrão e lhe pediu para treina-los em seu lugar. Saiu do acampamento e foi andando até sua casa, não era perto nem longe. Quando chegou nela, estava limpa, brilhando do teto até o chão. Respirou fundo o cheio de lavanda e entrou, trancando uma porta em seguida. Foi para seu guarda-roupa, e algumas roupas apropriadas e que combinem. Quando arrumou sua mala, foi até a cozinha, abrindo o freezer da geladeira e tirando de lá um ponto de sorvete. Com uma colher, se jogou no sofá de qualquer jeito com o pote em mãos, junto com seu pijama favorito, era um bem larguinho e frouxo (mas quentinho) com estampa de planetas e estrelas e com sua cauda despenteada. Era a melhor coisa do mundo. Colocou em um filme e respirou fundo e começou a pensar no plano. Quando voltou a realidade, viu que já tinha acabado o filme e o sorvete também. "Aawn ..." Gruniu pelo sorvete. Sempre que ele pensava em certas coisas nem via o tempo passar. • ∆ •
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