6 Capítulo Giorgio

1199 Words
Giorgio Maccini — Porque está aqui fratello? — arqueio a sobrancelha diante a pergunta zombeteira do meu irmão. — Porque não estaria ? — Não deveria está levando a sua quase esposa a um jantar ou algo assim ? — Não tenho obrigações com ela Enrico, então não enche o meu saco. — respondo sem paciência, a dias ele vem enchendo a minha cabeça com essas piadinhas sem graça. — Como não tem, amanhã ela se torna oficialmente a sua esposa. — Esposa. — sorrio com ironia. — As pessoas falam como se fosse algo importante, é apenas um título que para mim não tem importância. Me casarei com ela para honrar a palavra de mio padre, ela não passa de um contrato, é a nossa vingança e eu não tenho porque agradá-la. — E adiantou o noivado porque ? — continua provocando. — Qual diferença faz se a data do casamento continuou a mesma ? Fiz apenas para implicar com ela. — Se você diz. — Vou f***r alguma garota, você tá um porre hoje. — Mostro o dedo do meio e me retiro dali. Temos vários negócios, desde empresas legais quanto ilegais, as legalizadas servem apenas pra lavagem de dinheiro. Meu irmão é meu braço direito para tudo, embora o seu ramo preferido seja as boates. Tenho também uma irmã, Giovanna, ela é o nosso xodó, a nossa bonequinha e a deixamos de fora de qualquer assunto relacionado a máfia. — Mandou me chamar dom ? — Paola aparece em meu campo de visão. Até pensei em chamar outra garota essa noite, mas acabei optando por essa mesmo já que sabe todos os meus gostos. — escolha uma amiga, e a convide para se juntar a nós. Hoje vamos brincar a três. — Com todo prazer. — a safada some do meu campo de visão e fico aqui esperando que volte com sua escolhida. Amanhã é o casamento e minha cabeça está fervendo, não que eu me importe com esse compromisso, e sim com minha liberdade, minha privacidade. Aprecio bastante o silêncio, gosto de chegar em casa e relaxar com a minha própria companhia e saber que de amanhã em diante sempre que chegar em casa terá uma ruiva mexicana me esperando me deixa desconfortável. ( … ) — Onde estava irmão ? — Giovanna pergunta assim que coloco os pés na casa dos meus pais. Arqueio a sobrancelha e ela logo se explica. — A sua noiva chegou a dois dias e você se quer apareceu, não veio cumprimenta-la, levar a um jantar nada. — Até você Giovanna ? É só um casamento, eu não porque agradá-la. — Só um casamento? — repete perplexa. — É a sua esposa, vão passar o resto da vida juntos e você trata assim com tanta indiferença uma união tão importante. — Giovanna… — Aproximo e seguro com carinho suas bochechas. — Não queira entender toda essa bagunça, você sabe como eu penso sobre amor, e essas besteiras que você gosta. Esse casamento não muda nada na minha vida ou nos meus sentimentos. Se pudesse mudar uma regra no mundo em que vivemos, mudaria com certeza essa besteira de casamento. Não tente entender ou mudar a maneira que penso, não vai adiantar. Então vamos evitar este assunto ok ? — antes que ela possa questionar as minhas palavras ouvimos passos na escada. Vejo rapidamente fios ruivos sumirem escada a cima como se estivesse se escondendo para não ser vista. O que me leva a crer que ouviu a nossa conversa, mas isso não tem importância até porque não falei nenhuma mentira. Giovanna, bufa e sai emburrada me deixando sozinho na sala, meu pai não parece se importar já minha mãe não mostra muita satisfação. Vou para o quarto que tenho aqui, e começo a me ajeitar, o terno preto feito sobre medida, sapato social, praticamente o mesmo de sempre! A cerimônia será feita na capela que tem no jardim da grandiosa mansão. — Olha só quem está a um passo de se tornar um homem casado. — Não enche Enrico! — Qual a sensação ? — reviro os olhos decidido a não cair no seu joguinho. Já estou a cinco minutos parado no altar esperando a ruiva que já deveria está aqui. — Não sei se você sabe, mas as noivas costumam se atrasar. — minha irmã zomba do meu nervosismo. Estou preste a buscá-la pelos cabelos quando a música ecoa no ambiente anunciando sua entrada. E lá está ela, quente como o inferno… Seus lindos cabelos cor de fogo levemente ondulados, o vestido escolhido pessoalmente por mim caiu como uma luva em seu corpo escultural. Quis escolher o vestido como uma maneira de atingi-la, sei que o vestido de noiva é algo muito importante para as mulheres, independente do casamento ser ou não por amor e eu quis tirar isso dela. Mas ao fazer isso não esperava encontrá-la tão radiante… O corset branco deixa sua cintura ainda mais desenhada, realçando ao mesmo tempo seus lindos s***s* a saia do vestido bem rodada, como a******a frontal que deixa suas coxas grossas em evidência, uma meia calça clarinha e luvas. Sim, quis algo extravagante! Quis trazer toda a atenção para ela, exibir a todos os membros do conselho o nosso prêmio, a nossa vitória, e ao mesmo tempo tempo deixá-los ciente que eu seria o único dono, o único que poderia usufruir dessa vitória. Mas olhando agora me pergunto se foi mesmo uma boa ideia… Minha vontade nesse momento é sacar minha arma e dispara-lá contra todos olhos que estão sobre ela, cobiçando descaradamente o que me pertence. Elisa caminha a passos lentos, como se tivesse esperança de fugir dali em am algum momento, posso enxergar perfeitamente de onde estou o seu nervosismo, o medo, a decepção… estampado em seu olhar, suas pernas estão bambas, as mãos inquietas e posso afirmar que estão suando por dentro da luva, mesmo estando frio. Sua respiração ofegante e as lágrimas acumulando no canto dos seus olhos, brigando para se libertar dali, mas a bixa é tão tinhosa que não as deixa cair. — Me perdoe por isso minha menina… — o pai diz baixinho antes de entregá-la a mim. — Eu te amo papai. Me desculpe por ser rude e não entender que naquele momento o senhor não teve escolha. — Sempre tem uma escolha. — Interrompo toda essa baboseira. — O papai escolheu entregá-la porque era a escolha mais fácil no momento. Se está aqui é aqui agora foi por uma escolha que ele tomou, então para de melação e vamos começar logo isso. Vejo seus beiços tremerem e seus olhos encherem de lágrimas. Nem todos os convidados pode ouvir o que foi falado, só os que estão mais próximos. Dessa vez ela não consegue segurar e deixa com que uma lágrima caia sobre sua bochecha seguida por muitas outras, o pai a abraça deixando um beijo no topo da sua cabeça e finalmente a solta deixando com que minha mão vai de encontro a sua onde antes ele segurava, ela não olha nos meus olhos em nenhum momento, apenas chora baixinho alheia a tudo o que é dito a nossa frente. Continua…
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