Três

851 Words
Letícia Depois da minha negociação com o Victor, ele pagou todas as contas atrasadas, absolutamente todas, e ainda comprou comida para um mês. Disse que eu pagaria tendo que ir ver o chefe dele a cada quinze dias no presídio e seriam um total de seis visitas íntimas ou seja, três meses vivendo nesse martírio de abrir as minhas pernas para um bandido. Ele era um cara tão legal que nem parecia um traficante de verdade. Eu juro que preferia perder minha virgindade com ele do que com o tal de Cobra que segundo informações da Gabriela era um cara extremamente perigoso, arrogante e frio, porém legal quando gosta da pessoa. Espero que ele goste de mim. Eu passei dias treinando com a Gabi para que quando chegasse no dia que eu fosse ver o maldito do Cobra, ele não percebesse minha inexperiência para que não tivesse o risco de eu ter que ser obrigada a pagar o dinheiro de outra maneira bem pior. Confesso que eu estava nervosa, mas não existia a possibilidade de dar para trás. Era a minha segurança e da minha família que estava em jogo. Eu não podia brincar com a sorte, então fui me preparando ao longo das duas semanas para que tudo desse certo e ninguém saísse perdendo nesse acordo. Hoje seria o dia que eu iria me entregar de boa vontade a um traficante dentro de um presídio. Quem diria que eu um dia iria fazer uma coisa desse nível, hein? Ouço meu celular tocando e ao olhar para a tela, vejo que é o Victor, por isso resolvo sair de casa com pressa antes que a minha mãe chegasse e ir para a esquina porque já sabia que ele está lá me esperando. — Tu tem celular pra quê? Pra enfeite? - o garoto pergunta com grosseria assim que me vê chegando perto do carro. — Tava te ligando, pô. — Não posso me arriscar em ficar batendo papo contigo por ligação, Victor. Vai que a minha mãe ouve. - me explico. Durante todo o trajeto ele veio me dando dicas de como eu deveria me portar. Me fez tirar a maquiagem e trocar de roupa dentro do carro mesmo. Segundo ele, eu não poderia entrar se não estivesse vestida de maneira adequada. Me vi obrigada a mudar o que estava vestindo na frente do s****o que nem ao menos disfarçou que estava gostando do que estava vendo. — Eu deveria ter te contratado para ser minha p********a particular e não do Cobra. Você é bem gostosinha, Letícia.- ele disse quando me viu nua e confesso que amei me sentir desejada. Vesti uma calça legging, uma blusa branca sem estampa e um par de chinelos. Retirei os brincos, cordões e anéis e estava parecendo uma crente do cu quente, aquelas que se fingem de santa, mas são todas vadias. Inclusive na minha rua é o que mais tem. Tudo um bando de hipócrita, diga-se de passagem. *** Estava na fila do presídio aguardando a minha vez enquanto a carcerária revistava as mulheres que estavam a minha frente. — Ei, garota! É a sua vez! - uma mulher que estava atrás de mim me cutuca no braço e eu sorrio sem graça. — Desculpa, moça, eu estava distraída. - explico e caminho até os homens que estavam na porta. — Você trouxe algo para o preso que veio visitar? - um deles pergunta totalmente sério. — Sim, estão aqui. - entrego as sacolas que trouxe com comida, roupas e materiais de higiene. — Ok. Vamos revistar tudo isso aqui enquanto você passa pela revista íntima ali. - os guardas apontam para que eu entre em um banheiro e assim que entro no local sinto um cheiro insuportável de urina misturado com água sanitária e tenho vontade de vomitar. O que eu fiz da minha vida, meu deus? — Tire sua roupa e se agache. - a mulher que tinha cara de poucos amigos fala. Como eu disse, Victor me explicou todo o procedimento, inclusive dessa humilhação que eu ia passar. A obedeci imediatamente e comecei a me despir. — Agora se agache e se levante três vezes de frente para mim e depois repita o procedimento novamente de costas. Fiz o que ela mandou e eu nunca tinha me sentido tão m*l quanto eu estava me sentindo naquele momento. Me explicaram que eles pedem para as visitantes fazerem isso para evitar que alguém entre com celulares ou drogas nas partes íntimas. A minha maior curiosidade é saber como que cabe um ou mais celulares dentro de uma v****a. Só de pensar já fico agoniada. Deus me livre e guarde desse m*l. Finalmente, tudo aquilo acabou e talvez nem fosse a parte mais difícil dessa visita íntima. Fui acompanhada por um dos carcereiros até o quarto onde eu ficaria com o Cobra até pela manhã. Quando a porta foi aberta me deparei com o homem com quem eu ia t*****r. Ele tinha cara de mau, mas era bonito. Pelo menos isso. — Pode entrar e fechar a p***a da porta ou vai querer que todo mundo veja eu te fodendo? - ele pergunta de forma grosseira e a minha vontade é sair correndo desse lugar.
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