Nove

692 Words
Letícia Fiquei ali, totalmente parada, pensando no que faria a partir de agora e o Victor me olhava, ele impaciente aguardando a resposta que tanto queria. Infelizmente, eu não sabia o que fazer. Haviam duas opções e eu não estava preparada para nem uma. — Eu não sei, Victor. Me desculpa, mas é que tenho medo de dar algo errado. — Entendo o teu medo, mas pensa pelo lado positivo da coisa... Tu não vai ter que entrar naquele lugar e abrir suas pernas para um presidiário b****a. - ele se aproxima de mim com cautela e um olhar diferente. Não consigo decifrar o que ele quer chegando tão perto de mim. Só consigo pensar nas possibilidades que o mesmo estar me oferecendo. Nunca mais ver o Cobra. Não correr o risco de ter que perder minha virgindade com alguém que eu não quero e não gosto. As vantagens eram enormes, porém o receio de dar algo errado e eu ir presa era grande também. — Me deixa pensar, por favor. Me dá alguns dias. Não custa nada, né? — Me deixa te ajudar a pensar? - Victor coloca uma de suas mãos na minha nuca e me puxa de encontro ao seu rosto. Nossos lábios se encontram de uma forma quente e intensa e por alguns instantes eu esqueço até quem eu sou. O beijo dele era diferente. Era intenso. Era viciante. Senti meu corpo ficando quente e a vontade de me entregar ali mesmo para ele apareceu sem pedir licença. O que eu estou fazendo da minha vida? Vocês tem noção que estou ficando com o segundo traficante em menos de vinte e quatro horas? Nunca pensei que eu teria fetiche em ser mulher de bandido. Logo eu, que sempre critiquei as garotas que cresceram comigo no meu bairro e na escola e agora se prestam a esse papel lamentável. Dois mil e dezoito é o ano do carma mesmo! Nunca mais na minha vida falo m*l de alguém, porque como a minha avó costumava dizer: a boca paga. Ao mesmo tempo que minha mente me forçava a parar o que estava acontecendo naquele instante entre eu e ele, o meu corpo respondia de outra forma e acabo de descobrir que sou muito fraca para obedecer o meu lado racional quando se trata de homens bonitos e tatuados. Quando o Victor partiu o beijo, ele sorriu para mim e eu pude perceber que seus olhos escureceram de tanto t***o, sua boca estava entreaberta e avermelhada. A aparência dele deixava tudo mais excitante. Minha respiração estava pesada e ele ofegante. Não conseguia parar de encara-lo. — Ai minha mãe. Por que me tiraste do teu ventre e me colocaste na terra para sentir t***o por traficantes? — Não estraga o momento, Letícia. - ele disse rindo, mas claramente frustado. — Desculpa. Tenho essa mania de estragar bons momentos com bandidos em uma boca de fumo. - falo com ironia. — Não faz assim, garota. Tô tentando te ajudar e tu fica falando m***a pra mim. - disse baixinho, quase gemendo. — Tudo bem, me desculpe. Isso não irá se repetir. — Espero, hein. Vamos ver se tu se comporta mesmo. — E se eu não me comportar... O que você vai fazer comigo, Victor? - por algum motivo desconhecido pela minha pessoa, eu começo achar divertido provoca-lo. — Talvez uns bons tapas. O que tu acha que merece? - ele fala e eu sinto sua mão acariciando um lado das minhas nádegas. — O que você quer fazer comigo? Fala... Diz pra mim. — Se importa de apanhar um pouco? - Victor acerta um t**a na minha b***a antes de eu sequer conseguir racionar para responder e meu gemido sai mais alto do que eu queria. Tampo minha boca com as minhas duas mãos e o Victor rir do fato de eu estar envergonhada. Meu deus, será se algum dos caras lá fora ouviu? — É melhor você me levar para casa, antes que eu faça algo que me arrependa depois. — Tu não vai se arrepender quando sentir meu leitinho quente dentro da sua boquinha, bebê. - ele fala sussurrando no meu ouvido. Se fosse qualquer um outro cara falando isso seria broxante, mas com o Victor é diferente. Confesso que estou molhadinha.
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