Letícia
Fiquei ali, totalmente parada, pensando no que faria a partir de agora e o Victor me olhava, ele impaciente aguardando a resposta que tanto queria.
Infelizmente, eu não sabia o que fazer.
Haviam duas opções e eu não estava preparada para nem uma.
— Eu não sei, Victor. Me desculpa, mas é que tenho medo de dar algo errado.
— Entendo o teu medo, mas pensa pelo lado positivo da coisa... Tu não vai ter que entrar naquele lugar e abrir suas pernas para um presidiário b****a. - ele se aproxima de mim com cautela e um olhar diferente.
Não consigo decifrar o que ele quer chegando tão perto de mim.
Só consigo pensar nas possibilidades que o mesmo estar me oferecendo.
Nunca mais ver o Cobra.
Não correr o risco de ter que perder minha virgindade com alguém que eu não quero e não gosto.
As vantagens eram enormes, porém o receio de dar algo errado e eu ir presa era grande também.
— Me deixa pensar, por favor. Me dá alguns dias. Não custa nada, né?
— Me deixa te ajudar a pensar? - Victor coloca uma de suas mãos na minha nuca e me puxa de encontro ao seu rosto.
Nossos lábios se encontram de uma forma quente e intensa e por alguns instantes eu esqueço até quem eu sou.
O beijo dele era diferente.
Era intenso.
Era viciante.
Senti meu corpo ficando quente e a vontade de me entregar ali mesmo para ele apareceu sem pedir licença.
O que eu estou fazendo da minha vida?
Vocês tem noção que estou ficando com o segundo traficante em menos de vinte e quatro horas?
Nunca pensei que eu teria fetiche em ser mulher de bandido. Logo eu, que sempre critiquei as garotas que cresceram comigo no meu bairro e na escola e agora se prestam a esse papel lamentável.
Dois mil e dezoito é o ano do carma mesmo!
Nunca mais na minha vida falo m*l de alguém, porque como a minha avó costumava dizer: a boca paga.
Ao mesmo tempo que minha mente me forçava a parar o que estava acontecendo naquele instante entre eu e ele, o meu corpo respondia de outra forma e acabo de descobrir que sou muito fraca para obedecer o meu lado racional quando se trata de homens bonitos e tatuados.
Quando o Victor partiu o beijo, ele sorriu para mim e eu pude perceber que seus olhos escureceram de tanto t***o, sua boca estava entreaberta e avermelhada.
A aparência dele deixava tudo mais excitante.
Minha respiração estava pesada e ele ofegante.
Não conseguia parar de encara-lo.
— Ai minha mãe. Por que me tiraste do teu ventre e me colocaste na terra para sentir t***o por traficantes?
— Não estraga o momento, Letícia. - ele disse rindo, mas claramente frustado.
— Desculpa. Tenho essa mania de estragar bons momentos com bandidos em uma boca de fumo. - falo com ironia.
— Não faz assim, garota. Tô tentando te ajudar e tu fica falando m***a pra mim. - disse baixinho, quase gemendo.
— Tudo bem, me desculpe. Isso não irá se repetir.
— Espero, hein. Vamos ver se tu se comporta mesmo.
— E se eu não me comportar... O que você vai fazer comigo, Victor? - por algum motivo desconhecido pela minha pessoa, eu começo achar divertido provoca-lo.
— Talvez uns bons tapas. O que tu acha que merece? - ele fala e eu sinto sua mão acariciando um lado das minhas nádegas.
— O que você quer fazer comigo? Fala... Diz pra mim.
— Se importa de apanhar um pouco? - Victor acerta um t**a na minha b***a antes de eu sequer conseguir racionar para responder e meu gemido sai mais alto do que eu queria.
Tampo minha boca com as minhas duas mãos e o Victor rir do fato de eu estar envergonhada.
Meu deus, será se algum dos caras lá fora ouviu?
— É melhor você me levar para casa, antes que eu faça algo que me arrependa depois.
— Tu não vai se arrepender quando sentir meu leitinho quente dentro da sua boquinha, bebê. - ele fala sussurrando no meu ouvido.
Se fosse qualquer um outro cara falando isso seria broxante, mas com o Victor é diferente.
Confesso que estou molhadinha.