Capítulo 5

1048 Words
                                                                                          LEON — Uau, eu… não sei o que falar. — Meu pai exclama, ainda surpreso. Carmen também não esconde a surpresa e permanece em silêncio, olhando para as próprias mãos em seu colo.  Summer permanece tensa ao meu lado e me sinto culpado por ter causado isso. Mas estava farto de namorar escondido, além disso, a amo e tenho as melhores intenções com ela e queria que todos soubessem. — Mãe, a senhora não vai falar nada? — Pergunta com a voz falhando. Ela troca um olhar estranho com meu pai, em seguida olha em nossa direção e um lento e terno sorriso começa a nascer em seus lábios. — Filha, eu só estou surpresa. — Estamos! Meu pai intervém. — É. Mas não vamos nos opor, se é o que vocês desejam…  Caminha em nossa direção e acaricia as nossas faces. — Só peço que pensem direitinho se é isso mesmo que querem. Às vezes em uma amizade de longa data como a de vocês, muitos sentimentos podem se confundir. solto um som em desgosto. — Tia, na real nunca fomos amigos. Eu odiava essa pequena. — Olho para Summer e ela me lança o sorriso mais doce. — Bem, era o que eu achava até o verão passado. Ela aperta minha mão e a levo em meus lábios, deixando um beijo suave. Carmen suspira, assentindo lentamente. — Espero que vocês… É … estejam se cuidando, são muitos novos e ainda estão na escola e… Arregalo os olhos esfregando a nuca. Não preciso olhar para Summer para saber que está vermelha como um pimentão. — Pai, não. Não estamos fazendo nada de errado e não chegamos a tanto… Por favor! Suplico e ele levanta as mãos em rendição. — Eu tentei. Agora é sua missão orientá-los. — Escuto ele sussurrar para Carmem. Summer se inclina descansando sua cabeça em meu ombro. — Poderia ser pior. — Fala com um suspiro. Sorrio. — Sim. Como colocar a camisinha de maneira correta. — Tusso, me odiando pelo o que acabei de falar. Não é só porque nunca estive com uma mulher antes, que eu não saiba. — Quero dizer, mesmo que ele tente, não vou precisar. — Ergo uma sobrancelha. Ela fita meus olhos sem esboçar nenhum sorriso. O que me preocupa. — Ei, nunca estive com ninguém antes de você. É que eu vejo alguns filmes… você sabe. Por curiosidade. Ela morde o lábio inferior, baixando o olhar. — Leon, filha. Eu desejo que vocês sejam muito felizes. Carmen nos envolve em um abraço apertado. — Meu bebê…  — Murmura acariciando a bochecha da filha. — Mãe, eu não sou mais um bebê. — Eu sei. — Funga. — Só me resta desejar felicidades aos dois, não é? Meu pai abre os braços e corremos em sua direção. Apesar de não ter rolado gritaria, Carmen passou uma série de restrições, além do toque de recolher. — Estou confiando em vocês. Suas palavras perturbam minha mente quando sou praticamente arrastado pela a minha namorada para o seu quarto. — Pequena, não vamos começar quebrando a primeira regra da sua mãe— Resmungo, tentando desacelerar seus passos. Summer se vira cruzando os braços na altura dos s***s. — Léo, ela não está em casa, e vai demorar. Vem, não vamos fazer nada de mais, só curtir um ao outro.  Espalma as mãos em minha nuca roçando nossos lábios. Podemos deixar a porta aberta. — Sussurra em minha orelha, destruindo o pouco de razão que existia em mim. Giro seu corpo a abraçando por trás, plantando beijos em seu pescoço. — Summer Cooper, sua teimosia ainda nos colocará em apuros. — Rosno em sua orelha, sentindo seu corpo arrepiar-se. Caímos sobre o colchão macio da sua cama, nossos corpos entrelaçados, nossas bocas provando o sabor do outro. Summer é meu paraíso na terra. — Meu Deus! Nos separamos rapidamente quando alguém berra atrás de nós. Paige, a melhor amiga de Summer, parada no limiar da porta com as mãos na boca. Summer se levanta, passando as mãos no seu vestido e em seguida amarrando seus fios castanhos. — Vocês… dois, estão juntos? — Ela ergue uma sobrancelha apontando entre nós dois. Assentimos com um meio sorriso. Enlaço a cintura de Summer beijando o topo da sua cabeça. — Nossa! Eu não sei o que dizer. — Tudo bem, nossos pais tiveram a mesma reação.— Esclarece, minha namorada. Ela semicerra o olhar estalando a língua. — Ah, então é mesmo sério? Vejo um certo desconforto em seus olhos, mas Summer não percebe pois abre um sorriso radiante para a amiga. — É. E se depender de nós… — Ela me olha e mais uma vez me derreto com seu olhar cheio de significados. — Para sempre. — Completo. — Fico muito feliz por vocês. — Paige sorri e sinto um arrepio. — Eu sei amiga. — Summer a abraça. — Mas escuta, seus pais levaram numa boa mesmo? — Vem, eu vou te contar tudo. Coço o queixo e decido deixá-las sozinhas para conversarem. — Eu vou treinar com meu pai. — Inclino-me deixando um beijo casto nos seus lábios. — Volto mais tarde.  Pisco para ela e aceno levemente para Paige. Retorno para casa e pego minha mochila. Olhando para o relógio em meu pulso vejo que ainda me restam algumas horinhas de treino no ginásio. Olho para a minha moto na garagem e desisto, é melhor ir a pé. Estou tão feliz que não me importo de caminhar alguns quarteirões. Entrando no ginásio, vejo meu pai treinar o novato. Digamos que embora tenha o coração generoso, meu pai é bem rígido com o treinamento. Eu tenho muito orgulho de ser seu filho, o que ele faz para esses garotos, é surreal. Os tira da rua, de más influências, os treina para serem seres humanos de bem, com valores e quem sabe um grande futuro. A sua única exigência é, ter boas notas. — Chama isso de jab, Will? — Rosna meu pai acertando um Jab certeiro, deixando o pobre garoto atordoado. — Pega leve pai — Grito, enquanto enrolo as bandagens em minhas mãos. Ele olha para mim com um sorriso divertido. — Que tal subir aqui? Só aviso que não pegarei leve. Cerro meus punhos, aceitando seu desafio.
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