LEON
— Uau, eu… não sei o que falar. — Meu pai exclama, ainda surpreso.
Carmen também não esconde a surpresa e permanece em silêncio, olhando para as próprias mãos em seu colo.
Summer permanece tensa ao meu lado e me sinto culpado por ter causado isso.
Mas estava farto de namorar escondido, além disso, a amo e tenho as melhores intenções com ela e queria que todos soubessem.
— Mãe, a senhora não vai falar nada? — Pergunta com a voz falhando.
Ela troca um olhar estranho com meu pai, em seguida olha em nossa direção e um lento e terno sorriso começa a nascer em seus lábios.
— Filha, eu só estou surpresa.
— Estamos!
Meu pai intervém.
— É. Mas não vamos nos opor, se é o que vocês desejam…
Caminha em nossa direção e acaricia as nossas faces.
— Só peço que pensem direitinho se é isso mesmo que querem. Às vezes em uma amizade de longa data como a de vocês, muitos sentimentos podem se confundir.
solto um som em desgosto.
— Tia, na real nunca fomos amigos. Eu odiava essa pequena. — Olho para Summer e ela me lança o sorriso mais doce.
— Bem, era o que eu achava até o verão passado.
Ela aperta minha mão e a levo em meus lábios, deixando um beijo suave.
Carmen suspira, assentindo lentamente.
— Espero que vocês… É … estejam se cuidando, são muitos novos e ainda estão na escola e…
Arregalo os olhos esfregando a nuca.
Não preciso olhar para Summer para saber que está vermelha como um pimentão.
— Pai, não. Não estamos fazendo nada de errado e não chegamos a tanto…
Por favor!
Suplico e ele levanta as mãos em rendição.
— Eu tentei. Agora é sua missão orientá-los. — Escuto ele sussurrar para Carmem.
Summer se inclina descansando sua cabeça em meu ombro.
— Poderia ser pior. — Fala com um suspiro.
Sorrio.
— Sim. Como colocar a camisinha de maneira correta. — Tusso, me odiando pelo o que acabei de falar.
Não é só porque nunca estive com uma mulher antes, que eu não saiba.
— Quero dizer, mesmo que ele tente, não vou precisar. — Ergo uma sobrancelha.
Ela fita meus olhos sem esboçar nenhum sorriso.
O que me preocupa.
— Ei, nunca estive com ninguém antes de você. É que eu vejo alguns filmes… você sabe. Por curiosidade.
Ela morde o lábio inferior, baixando o olhar.
— Leon, filha. Eu desejo que vocês sejam muito felizes.
Carmen nos envolve em um abraço apertado.
— Meu bebê… — Murmura acariciando a bochecha da filha.
— Mãe, eu não sou mais um bebê.
— Eu sei. — Funga.
— Só me resta desejar felicidades aos dois, não é?
Meu pai abre os braços e corremos em sua direção.
Apesar de não ter rolado gritaria, Carmen passou uma série de restrições, além do toque de recolher.
— Estou confiando em vocês. Suas palavras perturbam minha mente quando sou praticamente arrastado pela a minha namorada para o seu quarto.
— Pequena, não vamos começar quebrando a primeira regra da sua mãe— Resmungo, tentando desacelerar seus passos.
Summer se vira cruzando os braços na altura dos s***s.
— Léo, ela não está em casa, e vai demorar.
Vem, não vamos fazer nada de mais, só curtir um ao outro.
Espalma as mãos em minha nuca roçando nossos lábios.
Podemos deixar a porta aberta. — Sussurra em minha orelha, destruindo o pouco de razão que existia em mim.
Giro seu corpo a abraçando por trás, plantando beijos em seu pescoço.
— Summer Cooper, sua teimosia ainda nos colocará em apuros. — Rosno em sua orelha, sentindo seu corpo arrepiar-se.
Caímos sobre o colchão macio da sua cama, nossos corpos entrelaçados, nossas bocas provando o sabor do outro. Summer é meu paraíso na terra.
— Meu Deus!
Nos separamos rapidamente quando alguém berra atrás de nós.
Paige, a melhor amiga de Summer, parada no limiar da porta com as mãos na boca.
Summer se levanta, passando as mãos no seu vestido e em seguida amarrando seus fios castanhos.
— Vocês… dois, estão juntos? — Ela ergue uma sobrancelha apontando entre nós dois.
Assentimos com um meio sorriso.
Enlaço a cintura de Summer beijando o topo da sua cabeça.
— Nossa! Eu não sei o que dizer.
— Tudo bem, nossos pais tiveram a mesma reação.— Esclarece, minha namorada.
Ela semicerra o olhar estalando a língua.
— Ah, então é mesmo sério?
Vejo um certo desconforto em seus olhos, mas Summer não percebe pois abre um sorriso radiante para a amiga.
— É. E se depender de nós… — Ela me olha e mais uma vez me derreto com seu olhar cheio de significados.
— Para sempre. — Completo.
— Fico muito feliz por vocês. — Paige sorri e sinto um arrepio.
— Eu sei amiga. — Summer a abraça.
— Mas escuta, seus pais levaram numa boa mesmo?
— Vem, eu vou te contar tudo.
Coço o queixo e decido deixá-las sozinhas para conversarem.
— Eu vou treinar com meu pai. — Inclino-me deixando um beijo casto nos seus lábios.
— Volto mais tarde.
Pisco para ela e aceno levemente para Paige.
Retorno para casa e pego minha mochila. Olhando para o relógio em meu pulso vejo que ainda me restam algumas horinhas de treino no ginásio.
Olho para a minha moto na garagem e desisto, é melhor ir a pé. Estou tão feliz que não me importo de caminhar alguns quarteirões.
Entrando no ginásio, vejo meu pai treinar o novato. Digamos que embora tenha o coração generoso, meu pai é bem rígido com o treinamento.
Eu tenho muito orgulho de ser seu filho, o que ele faz para esses garotos, é surreal.
Os tira da rua, de más influências, os treina para serem seres humanos de bem, com valores e quem sabe um grande futuro.
A sua única exigência é, ter boas notas.
— Chama isso de jab, Will? — Rosna meu pai acertando um Jab certeiro, deixando o pobre garoto atordoado.
— Pega leve pai — Grito, enquanto enrolo as bandagens em minhas mãos.
Ele olha para mim com um sorriso divertido.
— Que tal subir aqui? Só aviso que não pegarei leve.
Cerro meus punhos, aceitando seu desafio.