Episódio 04

1188 Words
AYSHA NARRANDO Quando a gente subiu as escadas e chegamos aquele quarto, eu olhei cada detalhe, e aquele quarto mostrava vida, algo que o meu antigo quarto não mostrava, era sem vida alguma, não tinha nada, além de uma pequena janela, e além do mais o pior de tudo foi várias e várias vezes que o meu quarto se tornou o sótão, junto aqueles pequenos ratos, que no começo eu tinha tanto medo deles, que eu chorava traumatizada, mais aos poucos eles foram se tornando meus amiguinhos, e isso foi péssimo, foi algo que eu não tinha a menor noção do que eles poderiam causar a minha saúde, mas eu aprendi que eles não causam medos, e se eles estão ali é porque eles sempre procuram alimentos, e eu quase não os tinha para oferecer, até porque eu também passava o que eles passavam, e lembrando desses detalhes, os meus olhos enchem de lágrimas e acabo respirando fundo, e a Ayla ao ver que estou lembrando das coisas se aproxima de mim, e me abraça. A Nayla fica observando sem perguntar nada, é como se ela soubesse que é algo traumático. Respirei fundo e assim que me acalmei ela foi explicando aos poucos o que havia dentro do quarto, e eu fiquei animada em está ali com ela, em ter alguém que realmente está comigo, e não está me pressionando. Nayla: Não se preocupe, aqui seremos uma família, e a minha mãe e minha tia, junto com toda a minha família, iremos sempre está disponível para vocês duas, então qualquer coisa que tiver, vocês não tenham vergonha, nós procurem, falem conosco. - diz sorrindo. Ayla: Obrigada por isso, de verdade estamos gratas por tudo. - minha irmã fala e eu apenas fico quieta no meu canto. Nayla: Não tenha medo Aysha, eu garanto que nunca deixaremos ninguém chegar perto de você para lhe fazer m*l. - diz e se aproxima um pouco. Ayla: Ela é assim, porque sofreu muito, nosso para sempre maltratou ela, e também a mim, porém ela sofreu muito mais. - diz e só de lembrar as coisas que eu passava aquilo me deixa em pânico. - Fica calma meu amor, você está segura, e aqui eu sei que a família da Nayla vai nós proteger. - ela fala e me abraça. Nayla: Eu estou aqui para o que precisar, não tenha medo de falar comigo. - ela fala e estendo minha mão para que ela pegue e a mesma aperta gentilmente. Aysha: Obrigada, de verdade. - falo baixinho e ela aperta mais um pouco. Nayla: Não precisa agradecer, eu estou feliz em poder ajudar. - ela sorrir enquanto fala. - Bom, vou deixar vocês descansar e vou para o meu quarto, qualquer coisa que precisar, não pensem duas vezes, vão até o meu quarto, é o segundo depois desse, que eu irei vir correndo. - diz sorrindo. Então ela saiu do quarto nós deixando sozinhas, eu e minha irmã começamos a nós organizar, tomamos um banho, e nós deitamos um pouco para poder descansar um pouco, mas nesse momento a senhora da casa bateu na porta e pediu licença para poder entrar. Então a minha irmã pediu para que ela entra-se, a mesma entrou e ela conversou um pouco conosco, depois ela saiu e finalmente ficou eu e minha irmã ali deitada, conversamos um pouco, até que acabamos dormindo. Os dias foram se passando e tudo estava bem, a senhora junto com o marido dela, haviam viajado para a Jamaica, e ficamos todos ali, eu não quis incomodar ninguém então quase não sair do meu quarto, até porque não havia necessidades de sair do quarto, minha irmã logo ficou muito amiga da Nayla e da tia dela a Jamile, as mesmas sempre me incluíam, mas as coisas ruins que me aconteciam, sempre foi maior, o meu medo sempre foi maior que a minha vontade de fazer alguma coisa. Eu ouvia alguns rumores com minha irmã, mas nunca quisemos nós aprofundar no assunto, até porque não me interessava, e muito pouco era da nossa conta. E o pior foi quando ouvimos tantos disparos que era impossível ficar tranquila, eu e minha irmã ficamos isoladas dentro do quarto, até quando a dona Nadie chegou com o senhor Logan. A gente havia ouvido que o filho dela havia tomado um tiro, mas não podíamos fazer nada, eu até fiquei preocupada, até porque é uma vida né. E ali estava eu e a Ayla arrumando o nosso quarto e conversando tranquilamente, quando alguém bateu na porta, e deixamos entrar, então depois de um tempo conversando, ela me pediu para que eu mostra-se meu rosto para ela, e acabei mostrando meu rosto para a senhora Nadie, ela é tão boa, tem sido um anjo em nossa vida, que não vi maldade em permitir que ela olha-se no meu rosto, e ela tocou o mesmo e ficou encantada. Mas nesse momento sem menos esperar, o filho dela, aquele dos olhos azuis, cheios de tatuagem acabou abrindo a porta e viu o meu rosto, e eu acabei entrando em pânico, rapidamente me virei e a senhora Nadie saiu do quarto, com o filho depois de se desculparem. Ayla: Se acalma irmã. - ela fala se aproximando. Aysha: Não, isso tá errado, não é permitido, isso tá errado. - digo com lágrimas nos olhos. Ayla: Meu amor, você é linda, e não precisa esconder seu rosto, não fique assim. - ela tenta me acalmar, mais acabo lembrando tudo o que o meu pai falava. - Você precisa se acalmar, não estamos mais na Turquia meu amor, fica calma. - ela fala me abraçando forte e as lágrimas molham meu rosto. Aysha: Você nunca vai entender, eu sempre te protegi do nosso pai, eu sempre fiz o possível para ele nunca tocar um único dedo em você, ou fazer o que ele fez comigo. - digo chorando, e ela me puxa para a cama, e nós deitamos agarradas uma a outra. Ayla: Não fique preocupada com isso, não pense no passado, você é minha irmã, minha mãe, você é tudo pra mim, eu te amo. - ela diz e eu a abraço de volta. Aysha: Eu te amo muito mais, você é minha pequena, e isso me dói tanto em relembrar tudo o que acabei vivendo. - digo e ela me aperta mais. Ela ficou agarrada comigo ali por mais um tempo, até que a Nayla chegou ali, e ao nós ver abraçadas, ela se aproximou e veio com a Jamile, as duas tentou nós animar, e foi algo que até funcionou um pouco, quando me acalmei a Ayla se levantou e eu acabei me sentando, as meninas se aproximaram e começaram a conversar, então meus pensamentos foram embora, a Jamile até tocou no assunto do sobrinho tatuado dela, o dos olhos azuis, que vai se casar com alguém que ele não conhece e elas falaram um pouco até que cortaram o assunto, quando trocaram o assunto conversamos mais um pouco e elas saíram, o que me fez me deitar e ficar fitando o teto por algum tempo, até que eu acabei adormecendo.
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