Capitulo 3

4304 Words
Sakura entrou a passos rápidos no hospital soltando um suspiro aliviado. Se ficasse mais um segundo dentro daquele carro iria enlouquecer. Qualquer um enlouqueceria. — Bom dia Senhora Uchiha. — Uma enfermeira passou por ela a cumprimentando. Agora havia outro pequeno problema, a rosada estava perdida no meio do hospital com um bebê nos braços. Algumas enfermeiras passaram apressadas e a rosada tentou pedir ajuda mas foi ignorada. Não fique chateada, eu mesmo sou ignorada o tempo todo. Virou para o outro lado e quase foi atropelada por uma maca que vinha em alta velocidade, uma mulher grávida estava deitada gritando e dois enfermeiros viam atrás. — AAAAAAAAAAAAAAAAA TIRA ESSA COISA DE DENTRO DE MIM. — A mulher gritava desesperada. — Tadinha. — Sakura a olhou com pena e virou o corredor subindo para o segundo andar. — Sakura o que faz ai parada? vêm logo a paciente já esta indo para a sala de cirurgia. — Uma mulher loira puxou a rosada pelo braço a guiando pelo corredor a passos rápidos. — Ino? — Sakura perguntou com os olhos esbugalhados. Ino estava a mesma, o rosto apenas estava mais maduro. Sakura estava confusa por ver a loira ali, pois a mesma tinha um sonho de ser modelo não enfermeira. O Sonho de Ino foi por água abaixo quando ela percebeu que não tinha altura suficiente para ser modelo, o que restou foi trabalhar de enfermeira. Na época a loira chorou rios de lágrimas mas hoje esta ai firme e forte. — Me da a Aiko. — Ino pegou a bebê e a bolsa abrindo a porta ao lado, onde era um quartinho de bebê. Ela deixou a menina brincando sozinha em um tapete cheio de brinquedos, encostou a porta e puxou Sakura as pressas para a sala de cirurgia.  Que mulheres responsáveis. Sakura apenas seguia Ino igual uma barata tonta. Tinha tanto branco que ela estava ficando zonza. Pararam em frente a uma porta branca e ela ouviu gritos conhecidos, Ino a entregou um jaleco, luvas, toca e uma mascara de rosto. Depois de vestida a rosada sorriu se olhando, sonhava com o dia em que vestiria aquelas roupas azuis e brancas. Estava se sentindo poderosa. Até eu me sentiria. — Esta na hora. —  Ino abriu a porta empurrando Sakura e entrando junto. — AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. —  Sakura reconheceu os gritos da mulher que passou por ela no corredor e arregalou os olhos. Ela iria fazer um parto.  Toda animação de antes evaporou e agora a rosada olhava apavorada para a mulher escandalosa. — Eu não consigo.  —  Ela olhou para Ino apavorada. Concordo, ela não consegue. —  Que papo é esse? claro que consegue você é medica.  —  A loira revirou os olhos e Sakura negou. Engano seu loira, nossa rosada de médica não tem nada. — Vai logo Sakura. — Ino a empurrou para frente da mulher e Sakura engoliu em seco olhando para o pano que cobri as pernas arregaçadas. — O QUE VOCÊ TA ESPERANDO? TIRA ISSO DE MIM. — A mulher gritou curvando o corpo fazendo Sakura dar um pulo de susto. — Calma Senhora. —  Sua voz saiu tensa e a mulher a fuzilou com os olhos. Resposta errada. — NÃO ME PEDE CALMA, NÃO É VOCÊ QUE ESTA SENTINDO UMA MELANCIA SAINDO POR SUA v****a. —  A mulher gritou estérica. Só nessas horas pra alguém comparar um bebê com uma melancia. — Tudo bem, qual o seu nome? — Sakura tentou quebrar o clima tenso. — JUREMA. — Respondeu em um grito de dor. Sakura engoliu em seco e respirou fundo levantando a toalha. —  KAMI, TEM UMA CABEÇA SAINDO DA SUA v****a. —  Ela gritou com a boca escancarada. Imagina, achou que era uma melancia? — JURA? ME DIGA ALGO QUE EU NÃO SAIBA. Jurema estava prestes a botar os bofes pra fora. — Sakura faça logo isso o bebê esta nascendo.  —  Ino bufou perdendo a paciência. Oh mulher lerda. — EMPURRA. — Sakura gritou e a mulher gritou fazendo força. A Haruno olhava para a v****a da Jurema fixamente como se sua vida dependesse disso, até fazia uma expressão de dor como se ela que estivesse parindo. — AAAAAAAAAAAAAAAAAAA — O último grito foi ouvido e o bebê saiu caindo nos braços da Haruno que abriu a boca em um "O". — NASCEU, EU CONSEGUI, EU CONSEGUI. — A doida começou a pular com o bebê no colo chorando rios de lágrimas. Até parece que foi ela que colocou o bebê no mundo.  — Ufa. — Jurema suspirou aliviada caindo na maca. — OLHA COMO SEU FILHO É LINDO JUREMA. — Sakura entregou o bebê a mulher que sorriu. Ela olhava para mãe e filhos com um grande sorriso, estava se sentindo uma doadora de vidas. — Foi tão lindo. — A Haruno comentou para Ino quando saíram da sala de cirurgia. — Não sei por que tanta euforia, você faz isso todos os dias. — Ino murmurou a olhando de canto de olho. Sabe de nada inocente. — É tão lindo que eu nunca vou parar de me emocionar. —  A rosada sorriu e Ino balançou a cabeça assentindo. — Hoje o Gaara vai me levar ao lanterna de papel. — A loira comentou e Sakura parou de andar. Abriu a boca quando as suas últimas memórias voltaram.  — Lanterna de papel. — Ela sussurrou ao se lembrar que foi o último lugar que esteve com o Uchiha.  Lembrou se da briga, da Senhora, o bolo, as velas que assopraram. Eles tinham que voltar naquele restaurante. Ainda bem que alguém pensa, se dependesse de Sasuke eles ficariam ali para sempre. — Algum problema Sakura? — Ino perguntou confusa. — Não, não é nada. — Murmurou voltando a andar. Elas seguiram em direção a sala em que deixaram a Aiko e quando Ino abriu a porta ela estancou no lugar engolindo em seco. — Por que parou Ino? entra logo eu quero conversar com você. — Sakura disse tentando passar mas Ino a impediu. — Testuda não olha agora mas, sua filha esta prestes a pular do segundo andar. — Ino mordeu os lábios nervosa e Sakura arregalou os olhos empurrando a loira e entrando na sala. Irresponsáveis. Arregalou os olhos ao ver Aiko de joelhos na janela olhando para baixo. — AIKO. — Sakura gritou correndo até a menina mas já era tarde de mais. A menina se assustou e caiu janela abaixo. Trágico, quem manda deixar um bebê sozinho em uma sala? — AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. — As duas mulheres gritaram juntas correndo em direção a janela. Logo o suspiro de alívio se fez presente ao notarem que a garota havia caído nos braços de um homem. — SASORI VOCÊ É NOSSO HERÓI. — Ino gritou com lagrima nos olhos. O homem lá embaixo sorriu olhando para a menina em seu colo. Sakura abriu a boca surpresa olhando para o ruivo lá embaixo e soltou um suspiro apaixonado segurando no batente da janela para não desmaiar. — Vêm testuda. — Ino a puxou pelo braço correndo para fora do hospital. Sakura não estava acreditando que havia encontrado seu grande amor.  Quando chegaram ao lado de fora ela sorriu para ele o analisando por inteiro, estava do jeito que se lembrava, talvez mais bonito. Ele vestia um jaleco branco e Sakura quase gritou ao constatar que ele também era médico. Agora a vontade de se matar era maior, Sasori tinha tudo para ser seu marido. Por que a vida era tão c***l com ela? Pergunto isso pra mim todos os dias. — Acho que esse bebê é seu. — Ele sorriu entregando a menina para Sakura. — É. — Respondeu toda boba. Olha a baba escorrendo. — Tomem cuidado, se eu não tivesse aparecido o pior aconteceria. — Ele murmurou olhando para Aiko preocupado. — Nós cuidaremos, obrigada Sasori temos que ir agora. — Ino disse com um sorriso forçado puxando Sakura pelo braço. Sasori acenou e Sakura sorriu acenando de volta. — Que merda foi essa Sakura? ficou doida? — Ino a olhou confusa de senho franzido. Deixa a menina, paixão não mata. Ou mata? — O quê? — A Haruno perguntou boba e Ino suspiro a puxando para dentro do hospital. Acho melhor você ir pensando em algumas desculpas rosada. — Por um momento achei que aquela Sakura boba apaixonada da adolescência havia voltado. — Ino murmurou abrindo a porta da sala de Sakura. A rosada piscou os olhos desconcertada e analisou a sala. Era mediana da cor branca, tinha uma mesa com duas cadeiras em frente e um sofá com alguns brinquedos. Se aproximou da mesa onde haviam dois porta retratos e pegou um, estava abraçada com Sasuke e Sarada estava nas costas do pai.  — Aquilo foi muito estranho. — A loira continuou a falar e Sakura soltou um suspiro colocando Aiko em uma cadeirinha de bebê que estava ao lado da sua. — Bobagem, fiquei apenas admirada pela pessoa que Sasori é. — Ela sorriu sonhadora se encostando na mesa. Admirada, sei. — Você ficou doida, deixa o Sasuke ouvir você falando isso. — Ino balançou a cabeça se sentando em uma cadeira em frente a mesa. — O que têm o Sasuke? — Sakura perguntou sem interesse rodeando a mesa se sentando em sua cadeira confortável. Sorriu fechando os olhos, havia conseguido tudo o que sonhara. Quer dizer, quase tudo. O encosto do Uchiha não estava nos seus planos pro futuro. — Parece até que se esqueceu do marido ciumento que têm. — Ino comentou lixando as unhas e Sakura abriu os olhos. — Ciumento? — Perguntou confusa. — Ficou boba Hoje Sakura? acho melhor você parar de olhar assim para Sasori, ou ele vai aparecer com o braço quebrado igual o Dereck. — Braço quebrado? Dereck? — Ela sussurrou baixo e balançou a cabeça. Ela não queria saber, mas como eu sou boa eu conto a vocês. Nosso querido Uchiha como todo bom marido que se preze foi buscar a esposa no trabalho, e quando chegou lá encontrou a mesma conversando com um enfermeiro. E como ele era uma pessoa muito controlada e discreta, o mesmo apenas cumprimentou o homem e arrastou a mulher para casa. No dia seguinte o enfermeiro apareceu com o braço quebrado e não queria ver Sakura nem pintada de ouro, o coitado até pediu demissão e se mudou de cidade.  Trágico. — Ino, por que eu me casei com o i****a do Uchiha? — Ela perguntou fazendo bico, talvez sua amiga pudesse responder. — Brigaram de novo é? quando você começa a xinga-lo quer dizer que o negócio ficou feio.  — Sempre brigamos, só queria entender o por que deu ter me casado com ele, logo com ele. — Ela soltou um suspiro frustado olhando para sua filha que brincava com uma caneta. Ino olhou para a amiga e pegou a foto na mesa entregando para a rosada. — Olha. — Ela mandou e Sakura pegou o porta retrato. — O quê?  — Mesmo com todos os problemas e brigas, você é feliz com ele, são felizes juntos. — A loira murmurou e Sakura olhou para o sorriso que tinha em seu rosto, até Sasuke sorria. Era um sorriso verdadeiro, não tinha deboche, nem mesmo ironia. — Impossível. — Ela sussurrou com um olhar perdido. Nada é impossível minha cara. (...) O carro parou em uma freada brusca e Sarada foi a primeira a sair se jogando na grama. Estava prestes a cantar aleluia. — Obrigada Kami por ter me livrado da morte mais de dez vezes em apenas dez minutos. — Ela sorriu levantando as mãos para o céu. Agradeça Sarada, só Kami para te salvar do Sasuke dirigindo. — Que menina dramática. — Sasuke revirou os olhos saindo do carro. Saito saiu do carro com sua mochila e passou por eles entrando na escola sem falar nada. Sarada suspirou e se levantou pegando sua mochila. — Tchau pai, até mais tarde. — Ela acenou e também entrou na Escola. O Uchiha acenou sem ânimo e suspirou indo até a porta de trás do carro, ele parou na porta e olhou para o bebê que batia palmas sorrindo. — O que eu faço com você criatura? — Perguntou passando as mãos nos cabelos olhando em volta. Até parece que o bebê vai responder. — Tsc. — Ele entrou dentro do carro e tirou Ryan da cadeirinha. Fez uma cara de nojo ao sentir o fedor que vinha de trás do garoto e pegou a bolsa azul ao lado. — O que a doida da Sakura te deu em? eco que fedor. — Ele fechou a porta do carro e seguiu com o menino para dentro da escola. Detalhe, ele segurava o menino bem longe dele. Passou no meio de alguns alunos e entrou no pátio da Escola olhando tudo a sua volta, ele estava literalmente perdido.  — Sasuke, precisa de ajuda? — Ouviu uma voz feminina e se virou vendo uma mulher morena com um grande sorriso no rosto. Essa ele não conhecia. Ela vestia um vestido preto decotado e um salto alto, a maquiagem escura no rosto e o sorriso malicioso deixava claro que era uma v***a oferecida. O Uchiha olhou para a mulher e depois para o bebê. — Sabe trocar frauda? — Perguntou lhe dando um sorriso amarelo. Jura que tu vai pedir ajuda pra essa oferecida? Claro que vai, homens. — Prontinho, limpinho em folha. — Ela vestiu a calça no menino e Sasuke suspirou aliviado. Me surpreende uma oferecida dessas saber trocar a frauda de um bebê. Ela havia os levado para o banheiro feminino e lá trocou o bebê. — Valeu, não sei como te agradecer. — Ele sorriu se aproximando da mulher pegando o bebê no colo. Não precisa agradecer, na próxima troca a frauda do teu filho sozinho inútil. — Eu sei como. — Ela mordeu os lábios o olhando com um sorriso malicioso. Não disse que era uma v***a oferecida? Sasuke como não era i****a e era o maior mulherengo, entendeu na hora o que a mulher queria. Desceu o olhar para os s***s da mulher que estavam quase saltando para fora e mordeu os lábios. — E o que você quer? — Ele sorriu entrando no jogo dela e por um momento ela ficou surpresa. Deixa eu explicar, aquela era Yumi professora de ciências. Ela vive dando em cima de Sasuke mesmo sabendo que o Uchiha é casado, mas o moreno nunca deu bola para suas investidas e até lhe dava patadas, mas não desistia. Essa é a primeira vez que ele dá moral pra ela, imagina como a p**a está se sentindo. O sorriso dela aumentou e a v***a se aproximou ainda mais de Sasuke prestes a lhe dar um beijo, mas seu plano foi por água abaixo quando Ryan lhe deu um tapa no rosto e começou a chorar. — Ai. — Ela olhou feio pro menino e ele deu língua pra ela. Isso Ryan mostra quem manda na bagaça. Proteja a honra de sua mãe. — Liga pra mim. — Ela entregou um papelzinho para o Uchiha e saiu do banheiro com um bico maior que a cara. O i****a olhou para o número e depois para o bebê. — Você é empata f**a igual sua mãe. — Disse olhando pro menino com repreensão e guardou o papel no bolso. É um vadio mesmo. — Mama. — Ryan sorriu batendo palmas. Sasuke o olhou de senho franzido. — Fala papai. — Pediu soletrando. — Mama. — O bebê repetiu. — Papai.  — Mama. — PAPAI. — Gritou começando a se irritar. — MAMA. — Ryan gritou fazendo bico. Perdeu playboy. — ARG DESISTO, SERÁ QUE ESSA IRRITANTE GANHA EM TUDO?  — Gritou revoltado saindo do banheiro com o menino nos braços. Alguém avisa pra esse doido que ele esqueceu a bolsa no banheiro? — Ei Sasuke, o diretor mandou lhe avisar que hoje você não precisará treinar os meninos. — O Uchiha ouviu uma voz masculina conhecida e se virou para trás. — Shikamaru. — Murmurou analisando o homem a sua frente. Ele estava igual, só estava um pouco mais alto e com os traços mais maduros. Shikamaru era professor de matemática. — Ouviu o que eu disse? o diretor lhe deu folga hoje. — Shikamaru murmurou bocejando. Sasuke assentiu e se aproximou do amigo. — Cara, o que você fez da sua vida? — Perguntou curioso, queria saber o que aconteceu com seus amigos. Shikamaru ergueu uma sobrancelha e soltou outro bocejo. — Minha vida está ótima, estou atrasado para a aula, até depois. — Murmurou se virando deixando o Uchiha com cara de taxo. — Hn. — Sasuke murmurou e voltou a andar analisando tudo em volta. A escola estava diferente da sua época, estava mais nova. Ficou zanzando pela escola pensativo até chegar no carro, iria aproveitar o dia e dar um jeito de descobrir o que havia acontecido. Talvez encontrasse seus amigos e pedisse ajuda. Entrou no carro com o bebê no colo e o colocou no banco do passageiro. Sim minha gente ele colocou um bebê no banco do passageiro e detalhe, não colocou cinto no menino. — Eco esse carro tá um fedor. — Ele murmurou olhando para o vômito da Sarada. É, só limpar bocó. — Tô com fome, você tá? — Perguntou olhando para o bebê que ficou o olhando. Sério que tu ta esperando que ele responda? — Vamos dar um passeio. — Disse ligando o carro pisando fundo no acelerador. Ryan sorriu e escorregou para frente caindo sentado no chão. E se vocês acham que o doido percebeu estão enganados, ele continuou a dirigir feito louco e só parou quando chegou em frente ao mercado. Sorte que o mercado não era longe. — Foi rápido. — Disse tirando o cinto e olhou para o banco do passageiro vazio. Ficou com cara de tacho e depois arregalou os olhos. — BEBÊ CADÊ VOCÊ? — Gritou procurando o menino por todo canto e suspiro aliviado quando o viu sentado no chão sorrindo. — O que esta fazendo ai embaixo? não sabe que é perigoso? — Repreendeu o pegando no colo e o colocando sentado no banco. Vou fingir que não ouvi isso. — Agora fica ai quietinho que eu vou ali e já volto. — Disse saindo do carro fechando a porta. Detalhe, a chave estava na ignição. Senhor me livre de um pai como esse. O Uchiha entrou no mercado atraindo a atenção de algumas pessoas, inclusive mulheres. Pegou um carrinho e saiu o enchendo de besteiras.  Crianção. — O senhor irá pagar em dinheiro ou cartão? — A mulher do caixa perguntou sorrindo. Foi ai que o retardado se lembrou que não tinha dinheiro, tateou os bolsos da calça e só encontrou uma moeda. — Fiado serve? — Perguntou dando um sorriso sem graça e a mulher sorriu. — Além de lindo é engraçado. — Ela o olhou de cima abaixo arrancado um sorriso sacana do tarado comedor. Será que todas as mulheres dessa cidade são oferecidas? — Você ainda não viu nada. — Ele fez charme. Sim ele estava dando em cima dela.  — O que acha de me mostrar? — Moço. — Um homem o cutucou e ele ignorou. — Quando você quiser. — Murmurou com um sorriso sedutor. — Moço aquele carro é seu? — O Homem continuou o cutucando e Sasuke bufou olhando em direção ao carro rapidamente. — Sim. — Respondeu voltando a atenção para a mulher. — E o bebê também? — O Homem continuou a perguntar. — É. — Respondeu e a mulher do caixa franziu o senho olhando em direção do carro. — Então acho melhor você correr pois o carro ta indo embora. — O QUE? — Ele gritou olhando em direção ao carro que descia lentamente, e Ryan estava na janela sorrindo dando tchau com as mãozinhas. Não quero nem ver essa cena. — POR QUE NÃO ME DISSE LOGO? — Ele gritou correndo feito doido em direção ao carro. — E o que eu estava fazendo? — O homem bufou olhando para a mulher do caixa que fez um olhar decepcionado. — Ele não levou as compras e têm um filho. — Ela fez bico soltando um suspiro frustado fazendo o homem balançar a cabeça. Voltando a cena, o Uchiha corria atrás do carro feito louco, e para piorar sua situação o carro desceu uma ladeira. — AAAAAAAAAAAAAA KAMI EU VOU MORRER. — Ele gritou apavorado olhando o carro descer do alto da ladeira. Quem vai morrer é teu filho que ta dentro daquele carro desgovernado, seu doido. Sem pensar duas vezes o doido correu ladeira abaixo, mas naquele ritmo não alcançaria o carro nunca. Parou ofegante ao lado de um garoto que estava com um Skate em mãos e o tomou das mãos do menino. — MEU SKATE — O Garoto gritou chorando vendo seu brinquedo indo embora. — DEPOIS EU DEVOLVO. — Gritou descendo a ladeira em alta velocidade. Não se iluda criança, ele não vai devolver, pode contar pra sua mãe. Voltando a perseguição, Sasuke estava quase alcançando o carro desgovernado, para sua sorte a rua estava vazia. Ele quase caiu em um buraco e quase atropelou outro gato. Passou por um homem que vendia balões e o derrubou, fazendo todos os balões voarem. — FOI m*l. — Gritou escultando o homem o xingar. Oh homem que trás prejuízo. Depois de muito esforço ele alcançou o carro e conseguiu se pendurar na porta, e a abriu pulando dentro do carro. Ele olhou para Ryan rapidamente e voltou o olhar para estrada vendo um lago mais a frente. Arregalou os olhos e freou o carro que parou centímetros da água. — TO SALVO. — Ele gritou respirando fundo e Ryan sorriu batendo palmas. Vai ter sorte assim lá na china. — Você é problema. — Ele apontou o dedo para o bebê tentando normalizar sua respiração. Ryan piscou os olhinhos e subiu em cima do pai o abraçando. — Papa.  — Você disse papai? — Ele perguntou olhando para o bebê surpreso. — Papa. — Ryan repetiu fazendo cara de choro e os olhos do Uchiha brilharam. Ele olhou para o menino e sorriu o abraçando. Na verdade Ryan estava com fome e estava pedindo papa, mas não fala pra ele, deixa o coitado se iludir. Depois daquele susto ele foi direto para casa, deixou o bebê assistindo no sofá e foi para cozinha fazer algo para comerem.  A única coisa que ainda conseguiu fazer foi pipoca de microondas, pegou uma jarra de suco na geladeira e seguiu para a sala onde encontrou Ryan deitado no sofá chupando dedo. Ele se sentou no sofá e colocou as coisas na mesinha de centro. — Vamos assistir um filme? — Perguntou ligando a televisão. Ficou mudando de canal até encontrar um filme de terror. Não acredito que ele vai fazer isso. — Esse é bom. — Ele colocou o menino sentada e pegou a pipoca enchendo as mãos do bebê. Sim ele deu pipoca pro bebê, se ele se engasgar não vêm perguntar o por que. Ryan levou a pipoca a boca e olhou para TV com os olhinhos vidrados. As cenas de terror começaram a passar e Sasuke começou a rir, Ryan o olhou e começou a rir também. Parece que a demência tá no sangue. Tal pai, tal filho. Quando o filme acabou Sasuke sentiu um cheiro conhecido, olhou para o bebê lentamente e fez uma careta. — De novo? — Perguntou bufando e Ryan o olhou fazendo bico. Se ele soubesse falar essa seria a frase que sairia da sua boca " Até parece que você também não caga" Pegou o menino a contra gosto e o levou para o andar de cima. Abriu um monte de portas procurando o banheiro e encontrou um no corredor. Colocou o menino na pia e tirou sua roupa o deixando apenas de frauda. — Você consegue Sasuke, lembre-se de como a morena gostosa fez. — Murmurou pra si mesmo abrindo a frauda do menino. Tirou a frauda e colocou o menino em pé no chão, como ele já tinha um ano ele já andava um pouco.  — Eco. — Ele fez cara de nojo e embolou a frauda a jogando no lixo. Pegou o menino pelo braço e o arrastou para de baixo do chuveiro o ligando. — O que esta esperando? se lava. — Ele mandou quando viu que o menino só o olhava parado debaixo da água. Ryan começou a pular e jogar água para todos os lados. — Parece que você é burro igual sua mãe. — Ele revirou os olhos pegando o garoto no colo e tentou dar banho nele. Eu acho que a burrice veio do pai. Alguém concorda comigo? — Prontinho, eu sou demais.  — Ele enrolou o menino na toalha e saiu a procura de seu quarto. Super demais. Quando encontrou o quarto do menino o colocou na cama e pegou a primeira roupa que encontrou.  Se estão perguntando, se ele vestiu o menino sem frauda a resposta é sim. Ele vestiu. Logo ele voltou a sala com Ryan nos braços e colou o menino sentado no tapete. — Fica quietinho que o papai vai descansar os olhos. — Disse e se jogou no sofá bocejando. Descansar o olhos, sei. Se ele iria dormir? Sim ele iria, e se estava na hora do almoço? Sim estava, Ryan estava com fome? Sim estava, e ele deixou o menino sozinho? Sim deixou, e a porta estava aberta? Sim estava. Se ele era incompetente? Ryan estar indo em direção a porta responde essa pergunta. E só para lembrar, eles tem uma piscina próximo a entrada, mas isso é apenas um detalhe de nada.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD