TENSÃO

996 Words
MARCO A forma que eu reagi deixou a Serena m*l, mas eu fui pego totalmente de surpresa. Como eu poderia imaginar que ela nunca... ? "Merd@, eu não faço a menor ideia do que fazer para consertar as coisas." Eu me sentei no sofá, e a Serena sem dizer nada, se levantou e começou a se vestir. — Por que não me falou que era virgem? — perguntei, mas ela estava me ignorando. Eu ainda estava sem saber o que pensar ou o que falar. — Desculpa por ter te machucado, mas eu não fazia ideia... — como eu vi que ela novamente iria me ignorar, eu a puxei pelo braço. — Eu estou falando com você. — O que é, Marco? — ela parecia está se segurando para não chorar, e aquilo partiu meu coração. — A gente precisa conversar — falei soltando o seu braço. — Na boa, vamos esquecer essa merd@ toda — não foi nada bom escutar aquilo. — Serena... Ela estava prestes a abrir a porta, mas eu me coloquei na frente dela. — Me desculpa pela minha reação, eu fui pego de surpresa, mas eu acho que esse é o tipo de coisa que você precisa avisar para a outra pessoa — argumentei. — Eu não sei o que deu em mim — ela não olhava nos meus olhos. — Eu me deixei levar pelo momento, mas foi um erro. — Um erro? — aquilo me deixou irritado. — Você parecia está gostando muito. — Ainda assim foi um erro. Só por ela não está olhando nos meus olhos, dava para vê que ela não estava sendo sincera. Apesar de ter acontecido dessa forma, eu não me arrependo. Foi tão incrível até a parte que eu fiz ela se contorcer de prazer. Eu só queria ter sido avisado que era a primeira vez dela, para fazer com que ela sentisse muito mais prazer do que dor. Eu troquei de lugar com ela e a encostei na porta, juntando a minha testa na dela. Antes que ela pudesse ter qualquer reação, eu a beijei. Não dava para ser um beijo calmo, com certeza ela me afastaria, então eu tomei a sua boca com urgência. A Serena não me rejeitou, pelo contrário, ela queria aquilo tanto quanto eu. — Será que ainda foi um erro? — eu provoquei. Ela não me respondeu com palavras, mas passou os seus braços por cima dos meus ombros, e intensificou o nosso beijo. Depois de um tempo nos soltamos do beijo para respirar, mas antes de me soltar totalmente, ela deixou uma leve mordida mais demorada no meu lábio inferior. — Você pode pegar um pouco de água para mim? — ela perguntou se afastando da porta. Eu fui pegar o copo de água para ela, mas quando ainda estava na cozinha, eu escutei o barulho da porta sendo trancada. — MERD@, SERENA — esbravejei. Eu fui até a varanda e vi a Serena deixando o prédio as pressas. Eu passei para o outro lado do parapeito e pulei. Era só um nadar, e eu já estou bem acostumado. Eu até me desequilibrei um pouco, mas não me machuquei. Eu corri dobrando a esquina por onde a Serena tinha ido, mas cheguei em um cruzamento com quatro direções diferentes, e nem sinal dela. "CaraIho, eu a perdi de vista." Eu voltei para o meu prédio, chegando lá, o Sr. Giuseppe me entregou a chave do meu apartamento. Eu subi e me sentei meio largado no sofá, com a cabeça recostada. Eu me lembrei de algo, coloquei a mão no bolso e peguei as fotos que tínhamos tirado no parque. Quando eu percebi, eu estava sorrindo feito um bobo. "Tão linda." A boca, o sorriso, a leve dobrinha que ela tem no meio do queixo... A Serena é linda. Um furacão, mas é linda. [...] SERENA Enquanto ainda estava na casa do Marco, me dei conta que havia esquecido algo. Como eu estava com muita vergonha, dei um jeito de fazê-lo sair de perto da porta sem que ele achasse que eu iria embora. Não tinha o que ser falado e não tinha o porquê eu permanecer ali, e eu sei que se eu não fosse embora, eu não iria resistir. Depois que sai do prédio dele, eu fui direto para o parque onde estávamos. Andei em direção a roda gigante e perguntei ao rapaz que estava recolhendo os ingressos: — Você não viu em um dos assentos da roda gigante uma tartaruga de pelúcia? — Sim! Você e o seu namorado saíram as pressas, e não deu tempo de chamá-los para entregar — o rapaz se afastou, pegou a tartaruga e me devolveu. "Meu namorado?" Sorri. "Que loucura! Nós literalmente saímos correndo daquele parque." — Muito obrigada! — falei e sai do parque. Peguei um taxi e fui direto para o aeroporto. Eu sabia que lá existia uma agência de aluguel de carros que funcionava por vinte e quatro horas. Eu iria pegar um táxi direto para o aeroporto depois que deixasse a minha moto na oficina, mas tive a brilhante ideia de ir até o bar do Marco, e deu no que deu. "Um erro, Serena?" Me lembrei do que tínhamos conversado. "Aquele erro beija muito bem e te proporcionou um org@smo que te deixou de pernas bambas." Eu sorri de mim mesma. [...] Eu dirigi por duas horas, e enfim cheguei no meu apartamento. Eu estava exausta, tive que dar vários tapas no meu rosto na estrada para não cochilar. Depois de um banho demorado, eu me deitei na minha cama abraçada a minha tartaruga. Eu virei de um lado para o outro na cama, mas não consegui dormir. Ficavam vindo vários flashs na minha cabeça do que tinha acontecido em Grosseto. "Por que eu não falei?" Eu não sei o que deu em mim, eu simplesmente travei. Sei lá, eu ainda estava me recuperando de todas aquelas coisas que ele me fez sentir.
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