Sebastian
Gemidos e sussurros é só o que se pode ouvir no interior da suíte onde Nicole e eu estamos passando a nossa lua de m*l. Viajamos para o Havaí, um sonho de consumo da minha querida agora esposa e, eu também achei bom, pois poderei apreciar as belezas do lugar, se é que vocês me entendem. Depois de viramos a noite fazendo amor, acordei pela manhã e o sol já brilhava e de longe se podia ouvir o canto das aves marítimas que enfeitavam os céus com suas magníficas cores. Passo a mão por entre os lençóis, mas não sinto a pele aveludada de Nicole do meu lado. Aonde será que ela foi? Não resta outra coisa fazer, senão me levantar, dou aquela boa espreguiçada e me coloco sentando na borda da cama, procuro pelo meu chinelo com os pés, encontro o os encaixo nos mesmos, visto uma calça de pijamas e vou até a sacada onde logo de cara sinto os raios de sol baterem no meu rosto. Por que eu não faço isso mais vezes? É tão agradável. De repente ouço uma voz no fundo do quarto a me chamar.
— Já de pé, bonitão? — olho para trás e vejo a Nicole, vestida em um biquini que mostrava tudo e uma saída de praia transparente.
— Ah, sim. Te procurei, mas você já havia levantado. — respondi e, caminhei até ela, em seguida a beijei.
— Por que levantou tão cedo? —
Sebastian — ela se desviando de mim — e quem disse que está cedo? São quase meio dia!
— Nossa, eu não fazia ideia de que já era tão tarde. Mas também eu não sei por que levantamos agora. Nos casamos ontem, Nicole! — digo todo dengoso.
— Olha essa vista, Sebastian. E eu quero exibir os meus looks na praia, queira você, ou não! — ela diz, indo até a penteadeira retocar a maquiagem.
Nicole é do tipo que adora se exibir, para ela, o centro das atenções devem estar todos voltados para si. A festa do nosso casamento ocorreu tudo bem, dado ao espetáculo que foi dentro da igreja, eu deixei bem claro que não teríamos uma lua de mel muito longa, pois já estou tempo demais afastado dos meus negócios, preciso cuidar mais do que é meu, ou, outro vem e cuida.
— Por que não vem comigo pra gente poder comer algumas besteiras na praia? — ela perguntou. Sinto que estou preso a aceitar o convite.
— Comida? Tô dentro! — respondo. Ela faz questão de me arrumar. Vesti uma bermuda marrom, camisa florida, um boné branco e um chinelo de dedos, tudo muito sofisticado para um visual praiano.
Depois que comemos, não ficamos limitados apenas a praia, entramos em um ônibus onde fomos visitar a famosa cratera O’ahu, um dos pontos turísticos mais visitados em Honolulu. Passamos pelo túnel e entramos na cratera, é impressionante como tudo isso daqui e lindo. A impressão que se tem é a de que não existe mais nada lá fora, só isso daqui, não existe problemas, conflitos... até o meu casamento está maravilhoso e tudo por causa desse lugar!
— Pessoal, vamos saber mais um pouco a respeito da cratera O’ahu, ou, Cabeça de Diamante, para os demais povos. — o guia começa a apresentação.
— A Cabeça de Diamante (Diamond Head), faz parte do sistema de cones, aberturas e seus fluxos de erupção associados que são conhecidos coletivamente pelos geólogos como Série Vulcânica de Honolulu. Muitas erupções do vulcão Koʻolau, ocorreram muito depois do vulcão se formar e ter adormecido.
— E quanto tempo faz isso? Há riscos de esse vulcão acordar? — nossa, vejam as perguntas da minha esposa. — E se ele acordar enquanto estivermos aqui? O Guia deu uma risada. E com razão, ela olhou para mim e eu dei de ombros.
— Não, senhora, não há riscos, pelos menos por enquanto! — ele respondeu.
— Nicole — resmunguei. O dia foi maravilhoso, mas que saber, eu estou quebrado. O que era para ser apenas um café da manhã, acabou se tornando um passeio que me custou o dia inteiro e agora o meu corpo só pede pela cama, uma macia e quentinha cama. Jantamos à beira da praia e voltamos par o nosso quarto, como todo recém casado, mandamos ver mais uma veze... algumas vezes.
Assim que o dia amanheceu, seria a mesma rotina, passeios, almoços, só que eu não estava afim de sair. Recebi algumas ligações urgentes do Pepe e então fingi que não estava bem do estômago ara poder retornar e saber o que está acontecendo com o meu império.
— Tu do bem, amor. Da próxima vez você não vai comer certas coisas, tá bom? — ela me deu um beijo e saiu em direção à porta.
— Nicole. Aonde você vai hoje? — pergunto só para que ela sinta que alguém se importa com o seu bem estar.
— Umas amigas novas que eu conheci ontem de manhã, socialites assim como eu. Vamos dar umas voltas por aí, volto por volta do meio dia para a gente almoçar juntos! — ela respondeu. Beleza, meio dia. Tempo de sobra para eu falar com o Pepe. Assim que a Nicole deixa o quarto, eu pego o celular, preciso muito saber o que está rolando por lá, principalmente como que está a Sarah.
Deixei Catânia há dois dias e já sinto como se estivesse fora a um mês. Pepe contou que na boate que fica em Palermo, capital da Sicília, as meninas relataram terem recebido uns homens estranhos nunca vistos por ali. Respondi que pode se tratar de turistas, mas ele disse que as mesmas confirmaram que, esses mesmos homens faziam muitas perguntas tais como: se elas eram bem tratadas ali, se alguma não tinha sido aliciada ainda menor, o motivo que as levou a trabalharem nesse ramo, etc. Eu bem que não estava dando muita atenção para o relato o Pepe, mas depois desses interrogatórios todos? Para que diabos esses homens queriam saber da vida particular das minhas meninas? Então orientei a ele que ficasse de olho em tudo ali para mim, ele também comunicou que o Giacomo havia retornado de sua missão e que em breve eu teria boas notícias. Isso sim me deixou animado, tão animado que...
— Ah, me desculpa! Olha só. Uma camareira que mais parece uma deusa, entra no meu quarto.
— Não precisa se desculpar. — respondo com um sorriso. — É que eu recebi a informação de que esse quarto estava vazio e então vim arruma-lo! — como é tímida, do jeito que eu gosto. Bom, não vou muito entrar m detalhes, mas nem eu mesmo sei quando que eu joguei tudo para o alto e vim para na cama com essa deusa, cujo traseiro lembra duas montanhas.
— Oh, yeah! — digo, enquanto cavalgo sobre ela. — Que maravilha você, docinho!
— Uau, amor. Você também é maravilhoso! — ela diz.
— Uhuu, que delícia! Estou no bem bom com a camareira, cujo nome eu nem sei, quando só ouço os gritos vindos da entrada do quarto.
— Desgraçado, maldito! Caramba, é a Nicole! Que é isso, meu? A mulher tinha dito que só voltaria ao meio dia, são dez e meia! — Eu não acredito que você foi capaz de fazer isso comigo, Sebastian! — ela grita. — E você, sua vagabunda? Ele acabou de se casar, sabia?
Nicole falou e partiu pra cima da camareira, agarrando-a pelos cabelos e puxando a mulher completamente nua, para fora do quarto. Tentei evitar, mas ela está virada no cão e todos no corredor do andar, olhando a coitada, que além da vergonha, certamente ganharia uma bela demissão.
— Nicole, você perdeu o juízo? — pergunto, ela olha para mim com um olhar feroz.
— Por que? Só por que eu joguei aquela p*****a para fora daqui, completamente nua? Eu deveria ter feito isso era com vocês dois! Interrompo minha noiva, agarro-a pelo braço e decido dar um basta na sua brincadeira.
— Olha, já chega, tá legal? Foi engraçado até certo ponto, mas você já está passando do limite!
— O que foi? Eu entro no quarto aonde estou assando a minha lua de mel e encontro o meu marido cavalgando uma p**a e, você ainda tem a coragem dizer que eu passei dos limites, Sebastian? — ela perguntou, claramente desafiando a minha autoridade.
— Eu não vou mais discutir com você, Nicole, amanhã mesmo a gente volta para Catânia!
— O que? Como assim?
— O que você ouviu. Eu já cansei dessa brincadeira infantil. — dou logo as cartas. — Nos casamos e, portanto, eu sou o seu marido e você me deve obediência!
— Hahaha, você acha que eu vou simplesmente obedecer a você? — a garro mais uma vez pelo braço. — Eu não dou a mínima para o que você acha, Nicole. Mas você sabe muito bem das regras para ser esposa de um mafioso e acho melhor você seguir! Deixo a Nicole no quarto e saio direto para a praia. Paro em um bar que fica bem em frente ao hotel no qual estou hospedado e, vejo a camareira sem nome, saindo e chorando. Sinto-me culpado pelo que aconteceu a ela, mas mais culpada ainda é a Nicole. Aquela maluca poderia ter resolvido a situação sem precisar fazer aquele escândalo todo, mas Nicole é Nicole e quando tem uma chance de se sobressair, não importa o preço, ela certamente pagará. Peço uma bebida e fico ali curtindo, até que um senhor aparece para me encher o saco.
— Problemas? — ele pergunta.
— Nem me fale. — respondo. O velho começou a falar feito um papagaio descontrolado e aquilo já estava começando a me deixar estressado.
— Olha, senhor, eu preciso ir, tá bom? — digo, depois me levanto.
— Só lembre-se, sempre existe uma segunda alternativa! Não sei, mas aquela frese mexeu comigo. Só não sei se para gente como existem outras alternativas senão as que temos.
***
Sarah
Bom, finalmente chegou o dia em que eu vou me livrar desse gesso i****a. O doutor Tulio me recebeu super bem no hospital e assim que arranquei o gesso, senti minha pele como se ela tivesse ganhando vida novamente.
— E aí. Como se sente? — o Rafa pergunta.
— Nem me fale. Eu me sinto livre como um pássaro. — respondo.
— Mas ainda vou ter que fazer algumas sessões de fisioterapia para poder voltar a andar normalmente! Saímos do hospital e fomos ara uma lanchonete. Minha perna segue como se estivesse dormente, mas o doutor Tulio disse que com algumas sessões eu estarei novinha em folha. Rafaele aproveitou que estava de folga e me levou até uma lanchonete que fica na beira da praia. Tomamos um sorvete, comemos e eu por fim decidi tomar uma decisão.
— O que você quer me dizer, Sarah? — perguntou Rafaele.
— Eu pensei muito e decidi. Eu aceito me casar com você!
— Sério, Sarah? Minha nossa, você me fez o homem mais feliz do mundo! — ele começou a dar risadas feito um bobo e me ergueu nos braços. Todos que passavam ele dizia que iria se casar com a mulher mais fantástica do mundo!
***
Nicole
Definitivamente eu odeio a minha vida. Me casei com um homem que é o sonho de consumo de qualquer mulher, mas desde já estou vedo que serei infeliz. A minha lua de mel foi um desastre e agora eu estou arrumando a minha bagagem para retornar à Catânia, mas ele que volte sozinho, eu vou para a casa dos meus pais em Paris. Quando estou colocando o restante das minhas coisas na fraqueira, o meu celular toca. O pego para atender, enquanto troglodita do meu marido segue me gritando na outra ala da suíte, para que eu agilize.
— Já estou indo! Eu dou um grito, feito uma louca. Em seguida eu atendo o celular e para piorar tudo, são os meus pais na linha.
— Eu espero que vocês tenham uma boa notícia para mim, pois se não for, eu não quero mais nada que piore ainda mais a minha vida!
— “Filha, o que aconteceu?” — minha mãe é a primeira a perguntar.
— Ah, mas aconteceu sim, mamãe. — em seguida eu mais uma vez começo a gritar. — Eu vim passar a minha lua de mel, no entanto quando entro no meu quarto, eu pego o meu marido cavalgando em cima de uma vagabunda! Eu quero ir embora!
— “Eu entendo, minha filha, mas você deve ter paciência!” — agora é o meu pai.
— Paciência? O senhor pensa que eu vou ser como minha mãe que aguentou tudo de você? — meu pai não gostou muito da minha resposta.
— “Pois trate de arranjar. Eu não vou deixar que uma garota mimada seja a responsável por destruir uma aliança que foi formada há décadas!”
— Aliança que você formou, papai — revido, ele me olha feio — eu não tive e nem tenho nada a ver com seus negócios, eu vou voltar para Paris!
Meu pai ficou bufando, enquanto a minha mãe tomou o telefone para falar comigo mais reservadamente.
— “Filha, eu sei o quanto você está sofrendo, mas por favor, fique com o seu marido, pelo menos até passar o prazo estipulado. Depois eu prometo que serei a primeira a ajudar você!” Pensei um pouco, permanecer casada com esse p****e pode ser uma forma de me vingar do que ele fez comigo aqui em Honolulu.
— Está bem, mãe. Eu vou atender ao seu pedido, eu fico até cumprir o prazo! Meus pais disseram estar satisfeitos com a minha decisão, mas o Sebastian que me aguarde, eu vou acabar com a raça desse infeliz!