Onze

1770 Words
Sarah Margot ficou olhando para mim e a sua expressão de alívio por saber que eu não estava apaixonada por Sebastian. Bem, eu continuo achando o poderoso Chefão lá, um gato e é preciso estar morta para não pensar como eu, só que definitivamente, eu seria apenas mais um brinquedo nas mãos daquele homem, que certamente só me usaria e depois eu seria descartada como lixo. Já com o Rafaele é diferente, ele é gente como eu e deseja um relacionamento sólido comigo. Acredito já ter tomado uma decisão e vou falar com ele a respeito da minha demissão. Mas antes, eu comento com Margot. — Como assim, ela te demitiu? — Demitindo, Margot. Ela disse que o senhor Baroni não foi com a minha cara e me pediu que saísse! – respondo. — E quer saber, eu acho até bom, sabe. — Bom, olhando elo lado de que a Nicole não vai mais pegar no seu pé, é bom mesmo! – ela concorda. — Mas... o que você vai fazer depois? — Bom, ela me disse que cobrirá as minhas despesas de volta para Paris, mas como eu sou daqui e tenho parentes na cidade, resolvi que vou permanecer por aqui mesmo! – respondo novamente. Margot ergue as sobrancelhas, concordando. — E ainda por cima, tem o Rafa. Eu não posso começar a namorar o cara e já ir embora no dia seguinte, né? — Nesse caso, você tem razão. Então faz assim, diga à senhorita Satine que você dispensa a passagem para Paris! – ela sugere. — E é o que eu vou fazer, Margot. Não quero que a Nicole pense que eu estou querendo me aproveitar! Converso um pouco mais com a Margot e assim que ela deixa o hospital, eu volto para o quarto do Rafa. Ele já começa a reagir aos medicamentos antibióticos. — Hm, estou gostando de ver, senhor Gotardo! — digo a ele, em seguida o beijo nos lábios. — Você está me dando forças para me recuperar, sabia? — ele diz. Que homem de um sorriso mais lindo. Me afasto e o eu comportamento o deixa desconfiado. — Está acontecendo alguma coisa? — Não. Por que? — Porque você está esquisita desde ontem! – ele diz. — Não precisa me esconder nada, amor. O que foi? Abro o jogo com ele. — Fui demitida pela Nicole. E o mais estranho é que foi a pedido do senhor Baroni! — Puxa, que estranho. Mas se quiser, eu posso falar cm ele... — Não, foi melhor assim. – respondo rápido. — Aquela situação da Nicole com ciúmes de mim com o noivo dela, não pegou nada bem e eu já estava com medo. — Então era isso? – ops, acho que falei demais. — Ela estava com ciúmes de você com o patrão? — Pra você ver, né. Mas agora veja, o cara nem mesmo ia com a minha cara! – respondo, descaradamente. — So na cabeça dela mesmo, para um homem daquele poder olhar para uma mulher como eu. Mas que droga! É melhor eu calar a minha boca. — É aí que você se engana, Sarah! – ele diz. Ainda bem que não ficou zangado. — A senhorita Satine tem toda a razão em temer você. Você é única, Sarah e foi por isso que eu me apaixonei. Como ele é fofo. — E eu por você! – dou-lhe um beijo. — Mas, me diga uma coisa, Sarah... — Sim? – pergunto, certamente vem bomba por aí. — Se fosse o contrário? E se o senhor Baroni tivesse gostado de você? Você teria coragem de pedir demissão e ficar comigo? Nossa, que pergunta mais i****a! — Que pergunta mais doida, Rafa. E a resposta é sim. Eu me apaixonei por você e amor, meu caro, não se pode comprar com dinheiro e poder! — Uau! Adorei. – disse ele. — Eu adoro você... — Que se casar comigo, Sarah? Como esse cara é apressadinho, hein? Se bem que seria muito legal ter um marido lindo desses. Logo eu, que sempre sonhei em ser esposa, ser mãe e ter uma família solidificada. Mas acredito que por hora eu ainda não estou pronta. — Olha, Rafa, eu te amo, tá legal, eu te amo muito... — Já sei... — Já, o que? — Que sua resposta é não! — Por enquanto a minha resposta é não. Mas me deixa arrumar a minha vida, você também conseguir pelo menos o início da realização dos seus sonhos. Depois disso, nada mais irá nos impedir! Rafaele sorri e concorda comigo. — Você está certa. Vamos esperar e dar temo ao tempo! *** No dia seguinte, eu já estou me preparando para deixar a mansão Baroni, conforme disse a dona Nicole. — Eu até que queria mesmo lhe falar, senhorita Nicole. — Falar o que, Sara? Eu já mandei comparar a sua passagem para Pais! – ela diz. — Agradeço, senhorita, mas acontece é que eu não vou voltar para Paris. — Como assim? — É. Tem uma tia minha que está precisando de alguém para cuidar dela, por ser muito idosa, então quando ela soube que eu estava desempregada, me pediu para ficar aqui em Catânia, já que sou desta cidade mesmo, para ficar com essa função! — explico-a. Nicole me olha, mas depois senta-se na cadeira normalmente. — Bom nesse caso a decisão não cabe mais a mim! – ela diz. — Vou mandar cancelar a passagem, então. Eu só agilizei porque o Sebastian a quer fora daqui ainda hoje. — Não se preocupe, senhora. Eu vim justamente no carro da minha tia e vou aproveitar para arrumar as minhas coisas e já levar daqui! — Que bom. Então faça logo isso! Pego as minhas coisas e depois de me despedir dos colegas que fiz naquela casa, entro no meu carro e parto daquele lugar, que embora seja lindo, é bem sinistro. Mas antes que eu entre, avisto o Sebastian, que me olha direto da sacada de seu quarto. Ele sorri para mim e pisca os olhos, em sinal de que está tudo bem. Tudo bem, uma pinoia. Eu quero é distância desse lugar e de toda essa gente aqui. Se a Margot quiser me visitar, ela que vá, já que eu passei o endereço a ela, mas quanto ao resto, tô fora! Gesticulo em sinal de educação entro no carro da minha tia. Adeus, mansão Baroni e se Deus quiser, até nunca mais! *** Sebastian — Senhor Baroni, você precisa saber disso! Pepe e essa mania que ele tem de sempre entrar no meu escritório, fazendo um baita drama como se o mundo tivesse pegando fogo. — O que foi, Pepe? Não dava para bater antes? – pergunto. O velho está pálido, deve ter sido grave. — É a moça que o senhor me pediu para proteger, eu sinto muito, mas ela acabou de sofrer um grave acidente! A moça a quem eu o pedi que protegesse, Sarah. Não posso acreditar que foi a Sarah! — Você está certo disso, Pepe? — Sim, senhor. A senhorita Milani, ela estava a caminho do hospital ara visitar o namorado, quando acabou perdendo o controle do veículo e capotou várias vezes! Caramba, eu não posso acreditar nisso. Ainda mais que o Pepe disse que ela estava em estado grave no hospital. — Eu vou até lá. Preciso ver como ela está! – caminho em direção à porta. — Vamos, Pepe! Me leve ao hospital onde ela está! Pepe me olha e quando ele faz isso, logo segue com um sermão coerente. — Ah, qual é, Pepe. Para de ficar me olhando com essa cara e deixa ara dar o sermão no caminho! – exclamo eu, em alta voz. — Acontece, senhor Baroni. Sebastian, é que quando a polícia chegou ao local do acidente, ela recolheu o carro sem nem ao menos esperar a perícia chegar! Aquelas palavras acenderam o meu alerta. — Pepe, você acha que... — Eu não acho nada, mas tem uma coisa que eu acho... — E o que é, Pepe? — Não vá ao hospital onde está internado o jovem Rafaele Gotardo, pois ela não está lá! Pepe fez igual àqueles que gostam de postar tretas em redes sociais, postou e saiu correndo. — Quero que investigue o motivo pelo qual o carro foi retirado do local do acidente, antes da chegada da perícia! — dou-lhe o ultimato. — Eu entendi perfeitamente, jovem patrão. E vou providenciar para que a senhorita Milani tenha o melhor tratamento naquele hospital! — Por isso é que eu te amo, meu Pepe. O Pepe sai da minha presença, mas eu não deixo de ficar pensando na Sarah, mas também, penso na doida da Nicole. Será que essa maluca tentou fazer alguma coisa contra a Sarah? Não quero tirar conclusões precipitadas, mas vou procurar saber dessa história direitinho. *** Aproveito que a Nicole foi fazer alguma atividade fútil e decido me disfarçar para ir até o hospital para onde a Sarah foi levada. Pelos padrões nos quais eu me visto, francamente estou a parecer um mendigo com essas roupas baratas e cafonas. Me olho no espelho, ponho a boina e quando estou para sair, recebo uma chamada de vídeo elo computador. Mas quem será que acha de me ligar numa hora dessas? Abro a tela e vejo a cara do Aramis Satine, meu sogro odioso. — Ora, vai a alguma festa a fantasia vestido desse jeito, Sebastian? – ele pergunta, com aquela cara de p**a que só ele tem. — Por que perguntas, meu sogro? E a que devo essa chamada ilustre? – pergunto de volta. Alguma coisa esse velho traidor está tramando. — Nada demais. Eu só estou entrando em contato porque a minha filha perto para a sua casa para tratar dos assuntos do casamento e já fazem um mês, é ainda não tivemos notícia alguma desses preparativos! Velho horroroso. Ele fala como se eu estivesse à frente dessas coisas. — Meu sogro, vale lembrar que quem está preparando tudo é a sua filha. Cabe à noiva esse tipo de tarefa. Então por que o senhor não pergunta a ela? – já que é para ser cínico? Vamos ser cínicos! — Só uma coisa, Sebastian, ficou estipulado elo seu pai que vocês dois se casariam, então eu acho melhor que você avise a minha querida filha ara que se apresse e, lembre a ela de que isso não se trata de um conto de fadas! Bela concepção do que vai ser esse casamento, agora só quero saber como é que eu vou explicar isso para a Nicole...
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