Dez

1442 Words
Sarah Se eu já estava aflita, depois da conversa que eu tive com o Sebastian, fiquei ainda mais. Agora eu não tenho a menor ideia do que o patrão, melhor dizendo, futuro patrão, vai fazer com relação a isso, mas de qualquer forma é melhor eu ficar na minha e torcer para que ele não me comprometa mais do que eu já estou comprometida. Mas para ter uma ideia melhor, eu gostaria mesmo era que a dona Nicole me mandasse embora daqui, assim que voltaria para a minha casa e me livraria de uma vez por todas dessa confusão na qual eu me meti sem querer. E tudo isso eu estou pensando enquanto caminho pela passarela que dá acesso ao alojamento dos empregados, preciso muito falar com o Rafa, quando dou de cara com a Marta. — Que pressa é essa, menina? Vai apagar algum incêndio? – ela pergunta. Realmente eu estou sem saber o que estou fazendo. — Desculpa, Marta. Quero dizer, Dona Marta. Eu estou ido ver o meu namorado! — respondo. — Precisa de mim para algo? — Na verdade, sim. Mas pode ir ver o Rafa. Ele parece não estar muito bem hoje! – ela diz. — Vem cá... como que a senhora sabe que é o Rafa? — Haha, menina, o Rafaele já espalhou pra Catânia inteira que está namorando com você! – ela respondeu, tirando sarro com a minha cara. — Mas olha, veja se não demora muito, eu vou precisar de você para auxiliar no almoço de hoje! — Tá bom, Marta. Digo, Dona Marta. – eu sempre esqueço que ela gosta de ser chamada de Dona. — Pode deixar que eu estarei lá num instante! A mulher pisca um dos olhos, dando a pensar que eu não estava sendo totalmente sincera, mas a Marta e uma pessoa legal, às vezes, até mais legal e compreensiva do que a Margot. Mas por hora, acertar o pé e ver o que se passa de verdade com o Rafaele. *** Sebastian Amanheceu o dia e como sempre, minha adorada noiva está procurando algo fútil para fazer e assim poder satisfazer o seu ego, que cá para nós, a distância entre a Terra e a Lua, perde feito em termos de extensão. Assim que tenho uma conversa séria com a Sarah, é hora de falar com a Nicole, mas para ser sincero, eu não entendo nenhum pouco o porquê dessa minha cegueira por essa francesa. Ela conseguiu mexer comigo como nenhuma outra mulher jamais conseguiu fazer, sem falar que quando ela mencionou ter sido ameaçada pela Nicole, eu também me senti ameaçado, tive e ainda estou com medo de vir a perde-la. — Nossa, que milagre você ainda está em casa! – digo à Nicole, que se encontra deitada sobre a cama. — Você fala como se eu fosse uma mulher que não consegue ficar parada num só lugar! – ela revida. — Ainda tem muito que me conhecer, meu querido noivo. — Pode ser, mas você também ainda precisa me conhecer muito. E vou começar por agora — ela me olha, como se avistasse um enigma. — E eu posso saber o que você deseja? Pois pela sua cara. — ela complementa. — O que foi? Faço silêncio por alguns segundos, sei que a bomba vai ser grande, mas eu também sei com quem estou lidando e que ela pode matar a Sarah num piscar de olhos. Se bem que isso não deveria ser um problema para mim, mas é. — Tem uma empregada sua, que veio junto com você da França! – começo com o meu teatro. — Puxei a ficha dela e soube que se chama Sarah Milani. — E o que tem ela? Eu posso saber? — Não precisa ficar com ciúmes. Eu cheguei até mesmo a conversar com a coisinha e a achei um tanto... petulante demais para o meu gosto! – falo, enquanto tiro a camisa. — Petulante? O que ela fez a você? Vou pegá-la pelos cabelos! — Não precisa, Nicole, pois eu não quero mais vê-la por aqui! – os olhos da Nicole focaram tão arregalados, que eu pensei que fossem saltar da cavidade ocular. — Como assim? Não quer vê-la aqui? — Não quero vê-la aqui. Quero que a mande embora. Ou você vai querer que eu resolva esse assunto de outra forma? – dou o ultimato. — O que? Você quer dizer que... — Quando eu não vou com a cara de uma pessoa, Nic, eu costumo não querer vê-la mais na minha frente. — falo de maneira bem convincente. — Ou você a manda ir embora, ou eu mesmo a expulsarei da minha casa. Você escolhe! — Nicole me olha de modo interrogativo, só que eu procuro manter as aparências, pois ela também não é burra. — Agora, por que não deixamos de falar daquela sem graça e fazemos amor, hm? Bem melhor e mais interessante! É, parece que acabei convencendo a Nicole. Eu sei o quanto ela é quente e gosta de sexo. É a minha principal arma para acalmá-la. Depois de nos satisfazermos, Nicole enfim toma a sua decisão. — Você acabou me convencendo de que demitir a Sarah, é a melhor solução! — Então você vai manda-la embora? — Sim. Assim que eu sair daqui, já vou dar as contas e enviá-la de volta à França! Poxa vida. Para a França? Não é bem isso que estava nos meus planos. Por isso, assim que eu sair daqui, vou logo dizer ao Pepe que cuide dela para mim, mas que não a deixe ir para a França. *** Nicole Bem que eu estava desconfiando de que a Sarah pudesse estar tentando de alguma forma, seduzir o meu noivo, mas agora eu acredito que a boba deve ter pensado mesmo isso e acabou se achando demais, pensou que o Sebastian estava apaixonado por ela e o que acabou ganhando foi o ódio dele. Estou aqui me acabando de rir. — Mandou me chamar, senhora? — disse a sonsa, com uma cara ainda mais sonsa ainda. — Mandei. Eu não vou ser dramática e também não quero questionamentos. Você está demitida, Sarah, eu não preciso mais dos seus serviços. Ela me olha, também não entendi a atitude do Sebastian, mas para mim, ela é muito benéfica. — Mas senhora... — Eu disse que não quero questionamentos, meu noivo não quer mais você aqui e ponto final! – digo a ela. — E não se reocupe, pois as despesas para a sua viagem de volta serão todas custeadas por mim. Semana que vem você parte da Itália. *** Sarah Saí do quarto da Nicole, completamente arrasada, mas por outro lado, ela contou que foi a pedido do próprio Sebastian, então, tudo o que eu posso deduzir é que ele mesmo foi quem armou essa bagunça toda. Agora a pergunta é: como que eu vou ficar nisso tudo? Sigo direto de volta para o quarto do Rafaele, ele não passou bem a manhã toda, está com febre e dores pelo corpo. Tenho medo, pois não faz muito tempo que passamos por uma pandemia mundial. Volto lá ara ver como ele está e para o meu desespero. — Rafaele! – grito em agonia. O Rafaele está caído no chão, desmaiado e com muita febre. — Rafa, por favor, fala comigo, Rafa! De repente chega Pepe, o chefe dos empregados da casa. — Mas o que está acontecendo aqui? – ele pergunta, quando me ver com a cabeça do Rafaele apoiada em meu colo. — Senhor Pepe, ele desmaiou e está ardendo em febre! – respondo-o, chorando. — Está bem, fica calma, eu vou leva-lo ao hospital! – ele diz. — E você pode vir conosco. Eu me viro com a Margot. Sem enrolação, Pepe e os outros o colocam no carro e vamos direto para o hospital. Lá, um exame imediato é feito e depois de algum tempo, o médico retorna com o diagnóstico inicial. — E então, doutor. O que o meu namorado tem? – o pergunto, aflita. — Olha, precisamos fazer mais alguns exames, mas o que eu posso afirmar é que ele tem é um quadro de pneumonia e vai precisar ficar internado por alguns dias! Pneumonia. Era só o que me faltava. Mas agora eu estou sentindo algo muito r**m, eu não estou conseguindo ficar tranquila vendo o meu namorado assim. É quando Margot entra aonde eu estou. — Vai ficar tudo bem, minha querida! – ele diz e me abraça. — Margot, eu não quero que nada de m*l aconteça com ele, Margot, eu estou apaixonada pelo Rafaele e não posso permitir que ele morra!
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