Nove

1499 Words
Sebastian Passei dois dias em Roma, mas decidi manter a minha presença despercebida. Contudo eu só tomei essa decisão por não ter certeza do que exatamente, o meu querido futuro sogro, queria de fato com os membros do clã de Roma, só que a questão de eu ter sofrido uma emboscada e ainda mais com o nome da minha “amada” noiva, no meio, me fez querer cavar mais fundo e descobrir mais. — Oi amor. Voltou mais cedo do que eu esperava. – disse Nicole. Por que ela está dizendo isso? — Voltei. Você sabe que eu não sou muito fã do clã de Roma! – respondo e subo direto para o quarto. Nicole segue lendo sua revista e nem sequer me olha nos olhos, outra forma típica de dizer que está tentando esconder alguma coisa. — Eu fui lá para ver se descobria alguma coisa. — Descobrir o que Sebastian? – ela pergunta. Dessa vez parece que eu chamei sua atenção. — Fui informado de que o clã de Roma, com a ajuda de alguma outra pessoa, foi quem orquestrou a emboscada fracassada contra mim! — E como você chegou a essa conclusão? Quem foi que te informou? — Meu gerente – respondo —, mas não se reocupe, pois eu estou bem. Não quero, de forma alguma, que a Nicole fique desconfiada. E é por isso que eu preciso desviar a atenção da fera a qualquer custo. Agarro a Nicole pela cintura e a jogo sobre a cama. — Uhh, gostei da abordagem, bonitão. — E você ainda não viu nada! *** Sarah A noite caiu e estou fazendo tudo o que posso para evitar contato com o senhor Baroni. Eu não sei bem o que a Nicole quer comigo, mas desconfio de que a minha patroa não está simplesmente querendo me ver afastada do Sebastian, ela quer mesmo é acabar comigo. E é por isso que eu preciso me ligar a tudo o que pode me ajudar a sair dessa enrascada. — Você não devia ter ficado de conversa com o senhor Baroni, Sarah. Sabe como a Nicole é ciumenta! – disse Margot. Até ela teme que algo possa me acontecer. — Você sabe muito bem que eu nunca me insinuei para ele, Margot, muito menos por saber do ciúme da nossa patroa! – respondo. — Então, por que ela está pegando no seu pé desse jeito? — E eu sei lá. Se ela me quisesse longe do noivo dela, simplesmente me mandaria de volta a Paris, mas nem isso a danada fez! — Pois muito bem, o que você pretende fazer para reverter isso? — Nisso eu só vou pensar a amanhã, pois hoje eu vou passar a noite com o bonitinho do Rafaele! — Olha só. – Margot fala, surpresa. — Quer dizer então que você e o Rafaele... — Sim. E digo mais, a Nicole está com ciúmes de mim, à toa, pois eu prefiro mil vezes um homem de verdade, não aquela coisa superficial que é o Sebastian Baroni! Margot assentiu. Foi bom eu ter feito essa jogada, pois certamente ela irá comentar isso com a maluca da Nicole e quem sabe, até o Sebastian para de olhar pra mim. *** Deixo Margot e vou até o alojamento onde o Rafaele fica. Cada funcionário tem um quarto separado, justamente para que possa ter sua individualidade, mas no caminho ara lá, eu acabo enxergando o senhor Baroni, que me encara ao longe. Ele acena para mim, mas eu finjo que não o vejo e sigo meu caminho. Chegando no alojamento do Rafaele, ele me espera com um jantar a luz de velas, muito fofo da parte dele. Eu sou do tipo que adora homens românticos e o Rafa preenche muito essa lacuna. — Nossa, que lindo! – digo, elogiando a mesa decorada com flores e velas. — Que bom que você gostou! – ele responde. — Eu fiquei na dúvida se iria parecer um i****a. — Por que? — Sei lá! – ele diz. — A maioria das mulheres não costumam gostar de homens românticos. — Eu não sou como a maioria das mulheres, Rafa. E saiba que você acaba de ganhar pontos comigo, por causa desse seu gesto! Não digo mais nada e o beijo. Rafaele serviu carne a la parilla e depois camarões. Eu não sou muito fã de camarões, mas também não os dispenso. Ele conseguiu mesmo em ganhar e o modo romântico com o qual me tratou, me fez pensar se valeria a pena eu me entregar para ele. E pensando melhor, acredito que sim, pois como diz a minha mãe, nenhum homem nunca será perfeito o bastante. — Tem certeza disso, Sarah? – ele pergunta, antes que algo mais forte aconteça. — Se eu começar, não vou conseguir parar! — Nunca tive tanta certeza em toda a minha vida, Rafa! Depois dessas palavras, o amor entre nós, aconteceu. *** Nicole Embora a minha noite com o Sebastian tenha sido perfeita, eu ainda não me dei por satisfeita com ele dizer que está investigando o clã de Roma, por supostamente ter tentado uma emboscada contra ele. Só que algo mais que ele falou, me deixou com a pulga atrás da orelha e decidi investigar, melhor, averiguar. — “O que foi dessa vez, Nicole?” – é o meu pai. Ele precisa ser sincero comigo. — Eu só perguntar mais uma vez, papai e, quero que seja sincero comigo. O senhor tem, ou não tem, algo a ver com aquela emboscada desastrosa, sofrida pelo meu noivo? — “Eu já disse que não sei do que você está falando!” — Ouça, pai, o Sebastian foi até Roma e disse que aquele clã maldito pode ter tido ajuda naquele evento ridículo! — “E eu posso saber o que está querendo insinuar, Nicole?” — Não estou insinuando nada, pai, eu estou... Meu pai me interrompe, odeio isso! — “Eu quero que você meta uma coisa na sua cabeça, Nicole e em primeiro lugar, me respeite, eu não vou admitir que fale desse jeito comigo. E em segundo lugar, fique longe daquilo que você não conhece e procure não querer descobrir o que ainda não sabe. Será que eu fui claro?” — Então quer dize que você... — “Eu não quero dizer nada, Nicole. E não se meta nos meus negócios, será que eu fui claro?” Meu pai desligou sem nem ao menos querer ouvir o que eu tinha a dizer. Isso pode significar que tanto ele, quanto o Sebastian, estão me escondendo alguma coisa... e eu vou descobrir o que é! *** Sarah Minha noite com o Rafaele foi fascinante, embora eu não tenha curtido muito por ter sido a minha primeira vez. Tá bom, na moral, doeu pra caramba aquilo lá, mas o Rafa foi tão cavalheiro que eu nem reclamei muito. Espero que das próximas vezes seja tão bom quanto todas dizem. Saio do meu quarto, mas quando abro a rota, dou de cara com o senhor Baroni. Ah, meu Deus. O que será que ele quer? — Poso ajuda-lo em alguma coisa, senhor? – pergunto, me tremendo feio São Francisco em dia de terremoto. — Quero falar com você, Sarah. E caridosamente eu peço a você que me diga a verdade! — Verdade? Do que o senhor está falando? — Por que está me evitando todo esse tempo? — O que? — Há dias que você m*l olha para mim, quando olha, finge que não me vê. O que está pensando, garota? Que é o último biscoito do pacote? Agora ferrou tudo. O que será que ele quer comigo? — Me desculpe se deixei causar essa impressão, senhor. Não foi a minha intenção... — Olha, Sarah. – ele me segura pelos ombros. — Eu disse que gostei de você e que queria ser seu amigo. Mas com você abusando da minha boa vontade desse jeito, não sei como agir! E agora? Eu não posso simplesmente dizer a ele que a namorada está me pressionando. O que eu faço? — Vamos, Sarah. Vai me dizer o que está acontecendo? Ai, meu Deus, o que eu faço agora? — Senhor, eu não posso ficar de conversinha com o senhor, por que... porque sua noiva não ode gostar! — pronto, falei. — Nicole? – ele sorri. — Ela não dá a mínima para as minhas avent... amizades! Ele disse tudo, sou só mais uma aventura para ele. — Mesmo assim, senhor, a sua noiva não gostou muito de nos ver conversando da última vez e ela mesma foi quem me disse isso. — Ela te ameaçou? — De certa forma, sim! Sebastian suspirou profundamente, parecendo não ter gostado do que eu disse. Aliás, eu nem sei porque eu disse isso. Só posso estar ficando maluca. — Está bem, mantenha-se afastada de mim por enquanto. Mas não se preocupe, pois eu vou resolver essa situação! O que será que esse maluco vai fazer?
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