Capitulo II- Abandono

3862 Words
                Os anos passaram, não foi rapidamente, a garota sentiu cada ano ir e outro chegar ali perante os seus olhos, Juliana tornou-se uma garota aos doze anos de idade lavava roupa, limpava a casa, cozinhava, faxinava a casa todas as sextas-feiras, ia a feira aos sábados comprar fiado nas barracas que seus pais tinha crédito, além disso ajudava sua mãe nas faxinas em casa de famílias.  A violência as mulheres ainda eram uma atividade comum para eles,  sempre havia uma vizinha com um hematoma no olho, braço ou até mesmo ensanguentada.  Lucas  havia voltado a morar no bairro, desta vez não estava casado, morava com sua mãe, todos os fins de semana estava no bar bêbado, depois caído ao chão, sua mãe que ia lhe buscar.  Enquanto isso Cláudia já havia casado novamente, desta vez entrou para a igreja evangélica, seu esposo era um missionário, mas não era difícil lembrar das situações agressivas que a mesma sofreu apenas olhando para seu rosto, a cicatriz da facada estava nítida.  Para Juliana os anos não fizeram muita diferença, exceto por ser muito boa aluna na escola e receber este reconhecimento por parte dos professores logo que aos doze anos estaria iniciando a sexta-série, mas em casa exceto pelos dois botõezinhos de s***s que estavam desabrochando no seu corpo, não havia nada diferente, as atividades continuavam as mesmas, até que um dia sua mãe chegou estranha. Falou com ela sem ao menos olhá-la. - Juliana arrume suas coisas- falou Nancy num tom impetuoso enquanto entrava em casa sem olhar para a garota que arrumava o sofá. -Vamos para a roça, mãe?- a menina perguntou curiosa, as vezes sua mãe a levava para roça, para colher jaca, jenipapo, mangas e outras frutas. - Não faça perguntas, arrume suas roupas, sandália, quando chegarmos você irá entender.- Respondeu Nancy, sem responder ao que Juliana queria saber. Juliana a viu adentrar a casa ir para a cozinha abrir a geladeira, beber água, ela achou muito estranho logo que sua mãe lhe pedia as coisas e nunca ia ela mesma pegar, em outros dias ela sentaria no sofá e pediria por água, também não seria água da geladeira, seria do filtro, logo que sua própria mãe dizia que se chegasse do sol e bebesse agua gelada iria "estoporar" .  Parada na sala vendo a mãe, Juliana permaneceu de pé, até ouvir um grito - Vá logo antes que eu mesma vá e arrume. - Gritou Nancy um pouco descontrolada mostrando que com certeza não estava bem.  Juliana chegou ao segundo quarto rapidamente, o primeiro eram dos seus pais, começou a recolher uma roupas que seus primos haviam deixado espalhados para se arrumar, em seguida Nancy entrou com uma sacola plástica na mão impaciente, pegou as roupas que estavam nas mãos de Juliana enfiou na sacola sem ao menos olhar, ela estava trêmula. - mas mãe.... - Juliana tentou explicar sendo interrompida por empurrão que a fez parar próximo á beliche. - Cale a boca, já lhe dei tempo suficiente- Nancy a pegou pelo braço, caminhando para a porta, o aperto estava machucando o braço fino de Juliana, mas quem se importaria com ela? Ninguém, todos os vizinhos temia a Nancy, mesmo que gostasse de Juliana, ninguém se atreveria. Arrastando Juliana pela rua, começou a chuviscar, mas Nancy não parou andou algumas ruas, algumas praças, Juliana estava entre choro e soluços, várias vezes sua mãe ameaçara a levar para os juizados de menores, se ela não fizesse as tarefas  direito, mas ela sabia que isso ela sempre fazia. Mas o caminho foi diferente, Nancy nem uma vez olhou para a garota que estava assustada, talvez a mãe também estivesse, mas em nenhum momento demonstrou um afeto, um carinho. Chegando a casa dos Samartinis, tocou a campainha da casa três vezes, estava chovendo antes parecia que a chuva iria cessar, mas engrossou, antes de sair de casa estava um solzão de repente acinzelou tudo, e o dia ficou cinza. Nancy impaciente iria tocar a quarta vez, quando saiu um rapaz da enorme casa, branco, forte, olhos azuis usando um boné cinza, uma calça moletom preta , uma camiseta branca justinha revelando seus músculos e algumas tatuagens. Usando um sandália de couro. Este garoto era Diego, filho de Teresa Samartini e Osmar, neto de Margarida Samartini, aos 23 anos de idade, cursava educação física para fugir das investidas de seu pai em ser empresário como ele.     Diego olhou para a mulher que estava impaciente no portão, era n***a, alta, os s***s grandes, com o cabelo amarrado em um coque no topo da cabeça, usando roupas pretas aparentemente tinha uns 38 anos de idade, era bonita á sua medida.  Olhando-a enquanto ia abrir o portão, pois estava chovendo, notou que atrás da mulher havia uma figura, uma menina n***a muito mais escura que a mulher, os cabelos trançados notava-se que eram longos, a cabeça baixa impedia de ver seu rosto, ela estava trêmula. Abrindo o portão mais depressa, as duas passaram,  Juliana meio que arrastada pela mãe. - Boa tarde- Nancy cumprimentou o jovem rapaz olhando para dentro da casa, enquanto Juliana permaneceu com a cabeça baixa. -Boa tarde- Diego respondeu a mulher que estava com um ar arrogante, olhou para ela havia uma firmeza em sua voz, era uma segurança incomum. - A dona Margarida esta? - Perguntou Nancy olhando para dentro da casa, indo em direção a varanda, aquilo para ela era difícil mesmo que não fosse uma mãe apegada a Juliana, independentemente  ela era sua filha fruto de um amor impossível, Juliana era a lembrança mais profunda de Paulo Roberto, o jeito de falar,  de andar, a disciplina, a calma tudo nela lembrava ele, até  o modo como arrumava seus livros, as vezes parecia que Juliana não era um menina, enquanto as outras faziam corpo mole, sua filha estava lá firme. Mas agora precisando de dinheiro era necessário coloca-la para trabalhar.  - Ela esta dormindo é algumas coisa? - Perguntou Diego confuso, com que aquela mulher poder querer com sua avó. Sendo que as finanças da família era controlada por José seu tio mais velho, enquanto as dependências da casa por Teresa sua mãe, Margarida não havia com que se preocupar. Havia?  - Somente com ela, estive aqui mais cedo, ela me disse para vir neste horário. - Respondeu Nancy insegura, pois não sabia quanto tempo levou para arrumar Juliana e levá-la para os Samartini. - Ok- Diego entrou na casa deixando as duas pessoas sentadas na varanda, chegou ao quarto avó, sacudindo-a, - Vovó acorde, tem gente lhe esperando- Vendo que a avó não acordava sacudiu novamente, desta vez com mais pressa. - O que foi menino? O que foi?- Margarida acordou assustada arregalando os olhos. - Tem pessoas ai lhe chamando vovó- Respondeu Diego sem paciência, gostando de ver a bagunça que avó estava. - Mande voltar outra hora, amanhã pela manhã- Margarida deitou novamente sendo parada por Diego - Esta chovendo e eu acho que é muito sério, elas vieram a pé nesta chuva.- Parado de frente para avó, o mesmo não poupou o cinismo estava curioso para saber dos assuntos da avó, se estava aquela mulher ali sem a presença de sua mãe na casa, certamente era segredo. - Esta bem, esta bem, estou indo- notando que ia ser perturbada a tarde inteira por aquele moleque Margarida decidiu levantar-se e resolver logo o problema, foi para o banheiro lavar o rosto para lhe dar mais coragem e desenrugar a cara de sono. Enquanto Diego foi ao quarto de empregadas pegar  uma toalha para enxugar a garota que estava molhada, tremendo sentada na cadeira agarrada a mãe. Retornando a varanda, sua avó estava sentada a direita, enquanto as visitas estavam a esquerda de frente para Margarida, aproveitando que ele queria enxugar a menina, sentou-se ao seu lado, enrolando a toalha na mesma. Ouvindo a conversa. - Sim é ela, ela faz tudo, lava cozinha, arruma a casa melhor que muitas mulheres, nãos se preocupe, é muito cuidadosa e responsável.- Argumentou Nancy, mostrando os serviços que Juliana prestava. - Ela tem quantos anos mesmo?- Mas Margarida ainda estava insatisfeita, Juliana era bastante magra. - 12 anos, ela tem doze senhora- Respondeu Nancy olhando para Margarida sem tremer o olhar, como se estivesse num interrogatório. Margarida empurrou os  óculos para traz, olhando-a com mais atenção. Era uma mulher trabalhadora, pelas mãos grossas notava-se avaliou Nancy  com os olhos, era gananciosa, mas trabalhadora, além de ser melhor ter uma garotinha novinha para que a mesma pudesse moldar a seu jeito, e controla-la principalmente. - Já trouxe tudo dela?- Lembrando que estava sozinha e todas as tardes teria que estar na companhia de Diego, Margarida apressou-se para a instalação da garota na casa. - Sim, senhora esta aqui nesta sacola- Nancy mostrou a sacola minúscula se tivesse muito era quatro ou cinco peças de roupas. Diego continuou sentado sem entender a conversa, enquanto segurava a tolha no corpo da pequena garota. - Ela já pode ficar aqui.- Margarida falou sem tirar os olhos da garota. - p**o 100 reais por mês, e folga só duas vezes no mês aos domingos. - Esta ótimo Senhora, muito obrigado tenho certeza que não ira se arrepender.- Nancy agradeceu sorridente, 100,00 era mais dinheiro do que ela esperava, sem se preocupar com Juliana com alimentação, e principalmente porque sua filha estaria trabalhando numa classe mais elevada, talvez surgisse mais oportunidades, na verdade ela estava vendendo sua filha por esse valor mensal, mas isso no momento não lhe importaria. Ninguém em casa lhe questionaria por causa de Juliana, Celso não se importava, certo que não haveria quem fizesse os afazeres domésticos como sua filha fazia, mas ainda tinha seus sobrinhos e ela que poderia fazer estas coisas. Diego notando que a mulher levantou-se indo para o portão em seguida acompanhada pela garota, sabia que alguém viria trabalhar para a avó, com certeza alguma garota boazinha como Maria, imaginou uma garota bastante gostosa como Maria a ex-empregada, ele adorava se agarrar com as empregadas da avó.  Mas em seguida Nancy fechou o portão deixando Juliana para trás, sem ao menos olhá-la foi embora, a garota ficou chorando, agarrada ao portão.  Sem entender como aquela menina daria conta de tanto serviço, Diego tentou conversar com avó para entender o que  a fez aceitar aquela menina como empregada, com algumas palavras chegou a entender que este seria o melhor para a  agarota que poderia até mesmo passar fome com sua família, sua magreza excessiva era exemplo disso, isso algumas vezes Maria havia lhe contado sobre esta família que era bastante carente, aceitava doações como roupas e sapatos, sua mãe vivia de faxina, morava com 6 sobrinhos que ficaram órfãos com a morte da mãe. A vida para eles não era fácil. Após conversar com avó, vendo a garota chorar, debater-se no portão, atraindo a atenção de algumas pessoas, Diego a convenceu a entrar, no inicio Juliana sentiu medo mas quando entrou na casa, sentiu-se mais calma, Diego era uma pessoa generosa, enxugou seus cabelo a fez troca de roupas, tirando seu vestido azul, por um par de roupas de meninos, foi o que havia na sacola. Naquela tarde, permaneceu ali conversando com Juliana. - Como é seu nome?- Perguntou Diego enxugando o cabelo de Juliana, era um cabelo preto bonito mais muito maltratado, era comum ele ir ao quarto das empregadas, logo que neste lugar ele iniciou suas atividades sexuais. - É Juliana e o seu?- olhando para as paredes Juliana respondeu entre soluços, perguntou curiosa para saber quem era daquele homem, várias coisas estavam em seus pensamentos naquele momento. - Diego- Respondeu ele, olhando para a pele n***a escura, ele já havia visto alguns tons de pele, mas como o dela era diferente, mesmo sendo pobre tinha uma áurea diferente sobre ela, uma jeito de falar diferente, era tranquila mas bastante educada. Não havia uma submissão, era paz que reinava ali. - Di, Diego Você é filho dela?- Juliana perguntou novamente, desta vez olhando para ele, seus olhos azuis eram bonitos, mesmo assim ela pensava em ir embora, não sabia-se o que eles iriam fazer com ela. - Não, sou neto- Diego respondeu olhando para seus olhos negros,  ela era especial, diferente da sua mãe, apesar de estar abaixo do peso e maltratada, notava-se de longe, pelos cabelos cacheados ao invés de crespos, eram totalmente cacheados bastante pretos, os dentes compridos brancos, os olhos negros.  Neste tipo de conversa a tarde passou rápido, a noite Diego foi para casa, aquela tarde para ele foi diferente, conhecer Juliana trouxe uma mistura de compaixão e alegria, ela era curiosa e divertida, e isso o  encantou. Fazendo querer visita-la todas as tardes, conversar, conhecer-lhe, fazê-la sorrir, tornando-se assim melhores amigos.  Não demorou muito até Juliana se estabelecer na casa dos Samartinis, ela era muito boa nos afazeres domésticos, apesar da casa ser conhecida como a casa dos "SAMARTINIS", vivia-se nesta casa apenas Margarida e Juliana, porém recebia visitas diariamente, aumentado gradativamente nos fins de semanas.  Adaptando-se a sua nova vida, notando que agora tinha mais espaço que em sua casa, com sua família, a vida de empregada até que não era r**m, principalmente porque não precisava trabalhar tanto, como em casa, não fazia-se faxinas, lavava os banheiros duas vezes na semana como a casa possuía apenas dois banheiros, passava pano na a casa todos os dias, recolhia o lixo apenas três vezes na semana, além de cuidar dos animais, como cachorros, galinha, e cágados, lavar roupas e ir para feira acompanhando Margarida aos sábados, não havia outras coisas a se preocupar.  Juliana adorava seu quarto de empregada, se não fosse pela falta dos estudos estaria tudo perfeito para ela. Após três meses morando com os Samartinis, usando roupas velhas doadas pelas netas de Margarida para sair, enquanto dentro de casa usava apenas dois vestidos um preto e um cinza, que a própria Margarida fez na máquina com retalhos de tecidos cinza e preto. Visitava sua família duas vezes no mês, quando ia para casa nas folgas que era das 14:00 até as 17:00, ou então quando sua mãe ia  buscar o p*******o mensal, as vezes nem mesmo a via, ou a cumprimentava, nunca perguntou-a como ela estava, se a tratava bem, mas pelo brilho da sua pele e seu ganho de peso notava-se que algo na sua vida havia mudado. E realmente mudou, Diego dava-lhe creme para cuidados diários de pele, shampoo, condicionador, hidratante e creme de cabelo, barbeador, escova e creme dental, além de livros, sendo além de um amigo, as vezes um pai, eles conversavam, brincavam despertando a atenção de alguns para esta relação amizade que crescia a cada dia.  Alguns acreditava que era apenas amizade, enquanto outros sabendo dos envolvimentos de Diego com as ex-empregada suspeitavam apesar de Juliana demonstrar ser bastante nova para estar namorando, tudo era possível naquela casa. Mas Margarida conhecendo o dois desde o inicio sabia que tudo era apenas uma maneira de um estar ajudando ao outro, Diego era carente de pessoas que não o julgasse, ou que não estivesse querendo que ele fizesse algo, como seus pais que queriam que ele se casasse com Ângela Mattos e tornasse empresário como seu Pai, ou fosse um casal amoroso em público enquanto estava guerra em privado, era assim namorar com Ângela.  Que apesar de ser uma garota muito bonita, alta, loira, magra, rica, ela tinha várias inseguranças, ciumando até mesmo de sua mãe, e irmãs, com Juliana, Diego podia ser ele mesmo, apenas Diego. Enquanto para Juliana, Diego era seu refugio numa casa de desconhecidos, até mesmo com sua família ela não sentia mais esta segurança e familiaridade, ambos eram apenas eles mesmos, sem modéstias, sem vergonha. Aos sábados após chegar da feira Margarida sempre pedia a Juliana para buscar uma cerveja e um acarajé na quitada do Senhor Manoel não era fácil, pois seus filhos não permitiam que a mesma bebesse,  Juliana pegava a cerveja as escondidas, algumas vezes quando chegava a casa sempre tinha alguns dos filhos ou netos com a patroa, mas a maneira que a garota escondia a latinha era imperceptível. Seus vestido tinha bolsos internos, com isso ela conquistava cada vez mais um lugar no coração de Margarida. Até que um dia enquanto lavava roupas, Juliana sentiu algumas dores no pé da barriga, dores forte, mas como ainda não havia acabado de lavar suas roupas de cama, insistiu em continuar a lavar a roupa, na pia do quintal. Mas a dor não passou, era insistente, indo até os quadris sentindo pelas costas, encostada na pia, apoiando-se sentindo as fortes pontadas em direção a barriga, a campainha estava tocando, Margarida estava ao telefone falando com Teresa sobre a chegada de sua filha caçula Paula, notando que a empregada não estava vindo atender a porta, Margarida a chamou três vezes, percebendo que a menina não estava a escutando, ou respondendo talvez estivesse no quintal, resolveu ir ela mesma abrir o portão, chegando a varanda notou que era seu neto Diego impaciente, atirou as chaves em sua direção, voltando ao telefonema em seguida. Diego estranhou que sua avó tenha vindo abrir o portão, ele gostava de ser recebido por Juliana era mais satisfatório ver aquele sorriso, do que a cara enrugada de sua avó ainda mais zangada.  Entrou na casa, procurando Juliana com os olhos pelos arredores, não estava em lugar algum. - Vovó, cadê a Juliana?-  Perguntou Diego impaciente para avo, esquecendo-se dos cumprimentos de avó e neto. Margarida apenas apontou para dentro, indicado  que a garota estaria por lá pelos fundos, continuou a falar ao telefone, enquanto Diego seguiu em direção corredor, indo procurar Juliana. Chegando a área de serviço avistou a garota pálida encostada na pia do quintal, prestes a cair pois estava bastante fraca. Correndo em direção a ela, prestes a segura-la, notou que suas pernas estavam ensanguentadas, a principio acreditou que havia se machucado, mas por fim não havia ferimentos, a levou para o quarto, colocou deitada na cama. Logo não soube como agir, percebeu que ela estava menstruando, seu vestido estava sujo de sangue bastante tinto, deu lhe um copo de leite com sal, enquanto Juliana recuperava-se sentou nos pés da cama. Talvez Ângela tivesse razão em ciumar desta amizade, Juliana era bonita e eles eram muito próximos, ele era mais feliz ao lado de Juliana do que em qualquer outro lugar, mas aquela garota já estava tornando-se uma mulher, uma bela mulher por sinal.  Era praticamente impossível ficar um dia sem vê-la, sem conversar com ela. Quando Juliana, se recuperou, Diego não estava mais em seu quarto, Diego havia sumido. Ela levantou, notando que estava sangrando foi ao banheiro, não era difícil saber o que estava acontecendo tinha visto varias vezes sua mãe sangrar, suas meias- irmãs, primas, tomou um banho gelado, trocou lençol da cama, quando estava colocando a roupa de cama no sabão, Diego chegou com uma sacola nas mãos, entregou-lhe e voltou para a sala, para conversar com sua avó, após aprender como usar um absorvente, tomar um comprimido "atroveran", Juliana alguns minutos depois sentiu-se melhor, arrumou a mesa do almoço, em seguida almoçou na área de serviço como de costume, quando os patrões terminaram de almoçar lavou os pratos, arrumou a cozinha, Diego não retornou a cozinha, tampouco foi a área de serviço onde almoçava para falar com ela, mas com o que havia acontecido, era melhor, pois ela estava com vergonha dele. Quando estava indo lavar as roupas que ficaram na pia, ele aproximou-se dela, mas por hábito que por outros motivos, enquanto ela estava esfregando a roupa entre os dedos, ele começou a falar. - Você sabe o que esta acontecendo com você? Não sabe?- Perguntou o rapaz a encarando com a áurea fortemente superior. - Sim, eu sei, desculpe pelo acontecido, não quis lhe trazer problemas, obrigado por tudo que você fez por mim.- Respondeu Juliana sem desviar o olhar das roupas sujas de sangue para ele. Ela estava com vergonha, muita vergonha além de estar uma bagunça por dentro, cheia de dúvidas e medo. - Você sabe que isso acontecerá todos os meses, não sabe?  - Perguntou Diego interessado sem saber até que pontoe ela sabia sobre menstruação. - Como assim todos os meses? Mas .....- Questionou ela incrédula, que teria que se acostumar com aquilo que doía tanto, sendo interrompida por Diego que tentou segurar o riso colocando-as mãos no bolso da calça jeans. - É normal, vir todos os meses e se não vir, é porque você estará gravida.- comentou o homem sendo cínico. - Mas minha mãe nunca falou sobre isso. - Ainda Juliana retrucou, na verdade sua mãe nunca havia lhe dito nada sobre qualquer coisa. - Sim, é melhor você falar com sua mãe sobre essas coisa- Diego saiu em seguida, deixando Juliana curiosa sobre como ela teria um bebê, mas conhecendo um pouco sobre as rotinas de casa, sabia-se que era necessário um homem para ter um bebe, não era difícil ver uma cena de sexo ali aos arredores, camisinhas jogadas nas ruas, ou até mesmo os homens mostrando seus pintos enquanto urinavam nas ruas, desenhos de pintos na escola principalmente nos banheiros eram muito comum, uma vez ela presenciou com seus primos uma mulher e um homem bêbado arrancados as roupas, um por cima do outro no bosque perto de casa. Era possível imaginar como fazia-se bebes, mas ainda assim esperaria sua mãe lhe contar sobre a menstruação e os bebês. Esperando passar a semana inteira, Juliana estava ansiosa para ir para casa saber sobre a menstruação, bebes, e tudo que envolvia essa nova vida dela, mas Margarida a pediu para tirar folga no outro domingo para ela fosse acompanhar ela na roça, certo que Margarida ia com filhos e netos, mas não queria ficar incomodando pedindo favores a um e outros, como Juliana era sua empregada era mais fácil mandar. Após passar um fim de semana olhando para Ana com vontades de perguntar como ele tinha feito Rosa, ou como funcionava a menstruação, não teve coragem era uma coisa particular isso poderia acabar ofendendo, até pensou em falar com sua patroa, mas olhando a idade da mulher pensou para por ali mesmo, somente sua mãe poderia lhe dizer por livre e espontânea vontade. Mais uma vez esperando a semana inteira passar, com  Diego lhe torturando psicologicamente sobre bebês, não podendo encostar em homens, nem deixa-los tocar-lhe pois assim engravidaria, chegou o domingo para ir para casa, esperou sua mãe falar sobre o assunto, mas sem sucesso se Juliana não tinha coragem para falar sobre o que estava acontecendo com ela, pois sua casa estava sempre cheia de primos, homens grandes, e ao saber de seu infortúnio seria uma apelação pública, era melhor continuar com o que sabia através de Diego. Que decidiu contar-lhe a verdade alguns dias depois de Juliana lhe perguntar se conversando com ele, ela não engravidaria. neste mesmo dia, ele decidiu convencer a mãe de Juliana e a sua avó a coloca-la na escola, pois este era o único motivo para ninguém conseguir enganá-la mais sobre estes assuntos, e principalmente sobre o que ele não teve coragem para contar lhe sexo e a virgindade.
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