Capítulo 6

1152 Words
Brasil São Paulo ERICK AVANTS Tantos anos esperando, aguardando uma resposta que fosse sobre seu real paradeiro e nada foi achado. O único que se importava com a Lina era eu, nem mesmo a mãe desnaturada tinha um pingo de amor pela filha dela, nem ligava para o paradeiro da sua primogênita. Depois que a v***a resolveu se casar novamente com um rapaz vinte e cinco anos mais nova que ela, resolvi agir, impondo na justiça minha autoridade paterna diante de uma aventureira de marca maior. A disputa foi facilmente resolvida, vista que perante os ocorridos de má conduta maternal foram evidenciadas no processo. Nunca entendi o fato da minha Lininha ter ido embora da nossa mansão daquela forma tão esdrúxula, ela parecia em choque. Completamente catatônica. Camilly e eu já estávamos divorciados quando a minha garotinha de seis anos quis abandonar o papai para viver com aquela maldita interesseira. Mesmo tendo dado para ela um alguém que pudesse se entreter. Por causa do seu estado emocional, o psicólogo infantil achou melhor ceder a guarda por um tempo até descobrirmos o motivo das suas crises repentinas de intenso choros, ainda mais quando olhava para mim daquela forma espantada, como se tivesse olhando um demônio encarnado. Passou-se anos, e aquela imagem dela havia ficado gravado em minha mente como ferro e fogo, senão fosse minha válvula de escape teria com toda certeza entrado no manicômio, ou me suicidado, se soubesse que Catalina tivesse descoberto a verdadeira face do papai. Obviamente que não tinha orgulho desse lado perverso da minha humanidade, mas... o que poderia fazer diante de uma compulsão? Tantas vezes tentei parar com aquilo, mas como? Se ele veio para essa casa apenas para nos servir?! Essa sujeira quero esconder até o fim, levar comigo ao túmulo. Não sei mais nada referente ao meu passado, muito menos do que foi feito daquele... pobre menino. Não me interessa, só sei que em dias atuais não sentia mais aquelas vontades escusas, diferentemente de outra pessoa que conheço, que continua praticando os mesmos atos, ou até piores, com outros meninos por aí. Contudo, não me meto nos seus negócios, porque ele poderia me denunciar, caso fizesse algo contra ele. Por isso quando decidi parar, ele se rebelou e cortou os laços. Deixando a velha ameaça no ar. Catalina não se recordava do próprio tio, e o afastamento dele da mansão foi a melhor opção. Quando enfim minha filha retornou havia recuperado a razão de todo o meu viver, e fiquei feliz de tê-la, curada. Não sou um homem muito amoroso, mas daria minha vida pelo meu bem mais valioso. Sua adolescência foi saudável, pelo menos através dos meus olhos via-se que ela era uma menina normal. Deixando-me de mãos atadas para uma possível fuga já que o seu casamento visava um futuro brilhante, então sabia perfeitamente que a minha garotinha havia sido capturada por algum mafioso. Sentia isso na pele, já que anos atrás tive envolvimento com a máfia espanhola. Coisa passageira, e a dívida foi paga depois de quase entrar na falência. Claro, se Lina tivesse se casado não teria chegado a esse ponto, essa união foi cuidadosamente projetada um ano antes da sua maturidade, era perfeita. Um ótimo contrato. Mas antes tive que investir duramente, na base da pura sorte, e no fim, meu peso de toca foi retirado de mim. Droga como a vida era injusta... De repente o fax alerta um envio, todavia tenho uma secretária pessoal em minha sala que adorava ir pegar os papéis, assim pode mostrar como a sua elegante lingerie ficava contornando seu lindo corpo de p**a. A mulher adorava tocar ou abocanhar o meninão aqui. - Chefinho... - Falou ao catar o que provavelmente seria novos trabalhos. - ... não vai gostar de ver isso, quer dizer, essa garota aqui parece... Endireitei a coluna na cadeira e logo a chamei com urgência, a bela safada veio correndo, adorava ser rigorosamente mandada. E isso, eu sabia fazer muito bem. Anos de experiência. Rapidamente minha melhor amante sentou-se em meu colo, desprovido da calça e da roupa de baixo, pois, as peças se encontravam em meus tornozelos. Essa p*****a gostava de ser pega na hora do expediente, sorte minha ser dono de toda essa empresa. Desfrutando uma orgia de vez em quando. - Pare de doce e me dê isso aqui agora. - Toma, depois não reclama. Colocou sobre a mesa, averiguei atentamente, arregalando os olhos para aquela visão, pondo o charuto cubano no cinzeiro. Furioso por olhar imagens da minha filhinha toda nua joguei o copo cheio de whisky contra a porta, assustando-a ao ponto de sair de cima do meu p*u, que a essa altura tinha brochado. - MAS QUE p***a DO c*****o É ISSOOOOOO!!!!! *** Espanha Madri CATALINA À noite encontrei dificuldades para pegar no sono, como sempre. Estava quase considerando aquele sonífero que o meu carcereiro me deu no outro dia. Revirei sobre a cama até dizer chega, não aguentando mais saio do quarto procurando uma janela aberta no corredor para tomar ar puro. As aberturas do meu aposento estavam permanentemente trancadas, até a segunda ordem do chefe. Andei poucos passos, pois rapidamente achei algo que despertasse minha atenção além da insônia. O som vinha dos fundos, localizada na parte superior. Assim que meus curiosos pés viraram para a direita encontraram uma escada caracol curta. Não pensei duas vezes antes de ir até o som angustiante, como se chibatadas fossem dadas duramente em alguém, sem dó e piedade. Será que o sequestrador pegou outra vítima para sanar seus desejos de destruição perpetua? Será eu a próxima na fila para receber esse tipo de punição? Esse era o seu objetivo desde o começo? Por quê? Pra quê? O que fizemos para esse ser desalmado? O medo do desconhecido me apavorava do começo da raiz dos cabelos até as plantas dos pés, no entanto, o desejo e a curiosidade de saber o que ele estava fazendo sobreponha qualquer resquício de temor. Queria vê-lo sendo profundamente perverso com outro ser humano para repudia-lo de vez da minha mente, esquecer de verdade que um dia foi uma luz divina na minha vida, e que hoje somente habitava trevas entre nós. Portanto, decidida a desvendar seus mistérios, caminhei, degrau por degrau. Chegando perante uma porta vermelha, bem diferente das dezenas delas nesse gigantesco casarão. O som mais nítido, ouvindo suas palavras, suas murmurações... Falando de forma bastante dominante com a pobre alma atormentada pelas suas mãos doentias. Cada frase repetida era uma chicotada. - Você a olhou?! Você quer come-la?! Não é! TOMA! TOMA! TOMAAAAA!!!!!! Querendo acabar com a dor da pessoa muda, desesperadamente avancei, abrindo escancaradamente a porta. Tomando um baque ao presenciar uma das cenas mais imprevisíveis da minha mera existência. Ele levantou o olhar frio, desprovido de qualquer sentimento humano, contendo sua respiração ofegante falou: - Apareceu para me salvar? Catalina. Acho que chegou tarde demais.
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