Capítulo 1

1844 Words
Heloisa Desembarquei no aeroporto internacional de Salvador exatamente às onze horas da noite. Duas horas de voo e eu não fui capaz de pregar os olhos um minuto sequer, e eu esperando que dessa vez eu finalmente fosse me acostumar... Haha, piada né Heloisa? Pensei sarcasticamente, enquanto rolava os olhos e me direcionava a área das malas. Há anos eu venho viajando de São Paulo para Salvador, de Salvador para São Paulo, simplesmente pulando de casa em casa, pois os meus pais não se suportam, então resta para mim, a filha, fazer esse sacrifício caso queira vê-los. Exceto que dessa vez era diferente... Dessa vez eu estava colocando de lado a minha vida em São Paulo, escola, amizades, trabalho, pois o meu pai tinha arrumado uma nova mulher, e por mais que ele diga que eu não estou no seu caminho, eu me sinto atrapalhando. Cristina, a minha madrasta, é uma pessoa maravilhosa, e eu estou feliz que meu pai tenha a conhecido, mas mesmo assim não consigo tirar da cabeça que estou atrapalhando a vida deles. Estão praticamente naquela fase de recém casados, cheios de risinhos e chamegos para lá e para cá, e eu sei que eles querem privacidade, querem viajar, querem tran.sar... Urhg! E por mais que me desse arrepios somente cogitar meu pai fazendo essas coisas, eu precisava ser adulta e colocar na minha cabeça que ele ainda tinha muito o que aproveitar. Eu gostava de passar um tempo com a minha mãe quando eu a visitava nas férias da faculdade, e era com isso que eu estava contando ao mudar toda a minha vida e praticamente me mudar para lá. A transferência da faculdade de SP para a de Feira de Santana/BA foi tranquilo, o que me deixou um pouco apreensiva foi pedir demissão do trabalho. Não era nenhum trabalho registrado, era sempre uma correria danada e eu mais reclamava do que tudo, porém era o que me ajudava a comprar o que eu sempre quis. E foi com o meu dinheiro suado que eu consegui pagar a minha moto, e agora... O incerto me deixava com medo. Minha mãe disse que eu poderia trabalhar com ela no restaurante a principio, e se eu não gostasse eu podia ir procurando alguma coisa. Aquilo tinha sido um fator importante para que eu tomasse a decisão de partir. E falando nela... — Helô! Helô! — minha mãe era uma ne.gra bonitona. No auge dos seus trinta e oito anos, ela deixava no chinelo muitas novinhas por ai, e adorava isso. Dona Ana, ou Aninha para os mais ínti.mos, ficava toda, toda quando nos comparavam a duas irmãs, por mais que não nos parecêssemos em absolutamente nada. Ela era uma ne.gra alta, cheíssima de curvas onde as mulheres mais gostam de ter curvas, a cinturinha fina, coxas grossas e uma bun.da de dar inveja a qualquer uma. Ela achava os seus pei.tos pequenos e insistia em querer dar uma mexida, mas eu adorava implicar e falar que não seria justo com o resto das mulheres se Deus além de ter dado um corpão para ela, tivesse lhe dado também uma bela comissão de frente. Ela ria e a cada ano adiava essa ”mexidinha” nos pei.tos e acabava ficando para o dia seguinte. Já eu acabei puxando a raça do meu pai, como ela mesma gostava de falar, não era tão alta como a minha mãe, mas também não era tão baixa. Tinha um metro e sessenta e três e graças a Deus eram muito bem distribuídos. Minhas coxas não eram tão grossas quanto as da minha mãe, mas graças a academia elas não eram dois gravetos, e os meus se.ios também não eram enormes, mas não eram pequenos, eu estava satisfeitíssima com eles. Acabei puxando também a cor dos cabelos do meu pai e isso era o que eu mais gostava. Os cabelos ruivos. Os olhos cores de mel também eram da família do meu pai, que tinham a pele branquinha como leite e os cabelos alaranjados. Minha mãe tinha tido outra filha assim que se separou do meu pai. Paula era três anos mais nova do que eu, e tinha puxado a minha mãe praticamente em tudo. Sorri assim que a avistei ao lado de Dona Ana, pulando tão animada quanto a minha véia. — Que escândalo... — murmurei assim que cheguei perto daquelas duas doidas, puxando-as para um abraço triplo e dando tantos pulinhos quanto elas davam. Éramos o centro das atenções naquele momento, três malucas escandalosas em plena onze horas da noite de uma quinta feira, mas pouco estávamos nos importando. — Oxe... — ri quando Paula estalou a língua e olhou em volta com a cara enfezada. — Quero ver quem vai falar alguma coisa e me impedir de abraçar a minha água de salsicha. — sua expressão fechada se abriu em um sorriso quando viu meus olhos estreitos para ela e por fim ela riu. — Tu cresceu, bi.cha?! Tá diferente... Parece até uns meio centímetro mais alta. Acabamos rindo quando lhe dei um peteleco na testa e minha mãe se colocou entre nós, passando seus braços por ambas as nossas cinturas e nos levando dali. Paulinha segurava uma mala e eu segurava outra, assim como a inseparável mochila nas minhas costas. — Vamos para casa. — deixei que um sorriso sincero preenchesse os meus lábios ao ouvir aquela frase da minha mãe, e assim que saímos juntas do aeroporto, eu respirei fundo. Casa... Eu esperava mesmo que nesse lugar eu finalmente pudesse tocar minha vida, crescer e chamar de casa. ... Gabriel Adentrei em casa cansado, o cheiro de tempero no ar me deixando saber que Bernardo estava em casa e que estava preparando comida, me trouxe um sorriso terno aos lábios. Vida de casal que moravam juntos não era nada fácil, mas tinha momentos, como esse de agora, que fazia tudo valer a pena. Não era somente pela comida, era por saber somente pelo cheiro que exalava, que ele estava preparando um dos meus pratos favoritos. Era esse cuidado, logo depois de eu lhe dizer que tinha tido um dia difícil no trabalho, que me fazia amar cada vez mais esse homem. Deixei as chaves do carro penduradas atrás da porta, e joguei a pasta no sofá. Eu já estava afrouxando a gravata, quando adentrei a cozinha e o encontrei mexendo em alguma coisa no fogo, e quando me aproximei e o abracei apertado por trás, vi que ele estava transferindo uns pedaços de bifes de uma panela para a outra. — Hmm... Que cheirinho bom... — murmurei enfiando o meu rosto na curvatura do seu pescoço, raspando a barba que eu mantinha curta por ali, vendo-o retesar e se arrepiar por completo. — Os bifes também estão cheirosos. — brinquei, a minha boca contra o seu ouvido, onde dei uma mordida de leve. — Vai me fazer queimar a comida... — Bernardo me empurrou para longe com o seu quadril, mas se virou para mim logo depois com um sorriso bonito em seus lábios depois de ter abaixado o fogo. — Safado. — ri voltando a me aproximar e circulei a sua cintura, encostando a minha boca na dele e deixando que nossas línguas se encontrassem uma com a outra, começando um beijo lento, mas que logo se tornou urgente. — Gáb... Eu preparei um banho para você... — Vem comigo... — murmurei contra a sua pele, traçando uma trilha de beijos do seu maxilar até o pescoço, deslizando a minha mão da cintura até a bun.dinha firme, onde apertei com vontade, esfregando nossos se.xos sobre as roupas que usávamos. — Você não está com fome? Eu sei que teve um dia cheio e que provavelmente nem comeu hoje... — tentou me persuadir, mas sem se empenhar realmente naquilo, pois a sua cabeça já tombava para o lado, dando passagem para que a minha língua deslizasse avida por ali. — Estou. — murmurei baixo contra o seu ouvido, puxando-o para mim com força e nos virando para prensa-lo contra a mesa que tínhamos na cozinha. Nossos p.aus duros pressionavam um ao outro e eu estava doido para que libertássemos eles das calças que usavamos e pudéssemos matar aquela vontade. — Mas não de comida. — enchi a minha mão com a sua ere.ção e apertei com vontade, enquanto lançava meus olhos para ele. Bernardo sorriu maliciosamente e entrelaçou seus dedos aos meus, desligando de vez o fogo com os bifes que estavam fritando e nos levando escada acima até o nosso quarto. Eu podia escutar o som da banheira se enchendo, pois a porta do quarto estava aberta, mas ignorei aquilo e comecei a retirar a minha roupa, abrindo cada botão da blusa que eu era obrigado a usar por conta do trabalho e por fim retirando-a do meu corpo, juntamente com a gravata cinza. Bernardo retirou a sua blusa puxando-a pela gola mesmo e eu salivei quando vi aquela pele escura, a tatuagem sombreada pegando numa parte do peito do lado esquerdo e indo até o pulso. — Vai ficar somente babando, ai? — seu sorriso era provocativo ao me lançar aquela pergunta, e eu ri baixo, antes de negar com a cabeça e me aproximar. Cobri a sua boca com a minha, enquanto levava as minhas mãos até a calça moletom que ele usava, e Bernardo já levava as suas mãos até as minhas calças. O cheiro de sabonete que exalava dele, me deixava saber que ele já tinha tomado banho, o que tornaria aquilo muito mais agradável. Nos beijamos um pouco, enquanto nos esfregávamos, mas o nível absurdo do te.são que eu sentia não me deixava esperar mais, por isso mesmo retirei a sua calça e vi com pra.zer o seu p.au saltar para fora. Grosso, duro, as veias aparente e grande, do jeito que eu gostava. Desci a minha boca sem pensar duas vezes. Sem beijinhos ou frescurinhas, somente o engolindo por completo, enquanto ouvia o seu gemido ecoar por todo o quarto. Aquilo era estimulo o suficiente para que eu quase go.zasse batendo uma, e foi isso que eu fiz, abaixei as minhas calças e comecei a me aca.riciar, enquanto o chu.pava até o final, o meu queixo batendo em suas bo.las do jeito que eu sabia que o deixava louco. Logo a mão de Bernardo estava em minha cabeça, os dedos se embrenhando pelos meus fios de cabelos que eram muito curtos para que ele pegasse do jeito que queria, mas aquilo nunca foi problema para ele, que me fez subir e descer com a boca sobre o seu p.au do jeitinho que ele gostava, me segurando ali embaixo por um momento, enquanto eu sentia o seu p.au tremer contra a minha língua. — Gáb, eu vou go.zar... Não precisava nem mesmo que ele avisasse, o tremor era suficiente, e eu engasguei, retirando a sua mão da minha cabeça e cravando minhas unhas na pele do seu quadril, deixando-o sentir a ardência das minhas unhas furando a sua pele, antecedendo pelo o que viria a seguir.
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