Capitulo 2

2721 Words
*Sasuke Uchiha*       — O que foi aquilo? — Suigetsu foi o primeiro a encher o saco quando me sentei ao seu lado.   Naruto e Neji me olhavam curiosos com os cenhos franzidos. Ainda ouvia alguns sussurros sobre eu ter exagerado e que não devia estar tão irritado.   — Por que fez aquela ceninha?   — Eles estavam a atormentando. — suspirei de m*l humor.   — E desde quando você se importa? Parece que a garota te ignorou legal em? — Naruto me olhou com um sorrisinho cínico.   — Vá tomar conta do seu r**o Uzumaki.   — Vocês viram? Ela nem deu bola pra ele. Achei que iria morrer e nunca veria uma garota dar um fora no Uchiha. — Suigetsu zombou.   — Ela não me deu um fora, só estava chateada. — resmunguei observando a garota de cabelos rosa do outro lado do refeitório.   Desde o momento em que nossos caminhos se cruzaram eu percebi que ela era diferente, um diferente instigante que me atraiu de uma forma impressionante. Eu precisava saber mais daquela garota, conhecer o que ela escondia por trás daquela casca linda e marrenta. E beija-la, eu queria muito sentir o gosto daquela boca atrevida.   — Ela parecia bem irritada. — Neji comentou fazendo o i****a do Naruto rir ainda mais.   — Desprezou ele legal.   Revirei os olhos lhe dando um soco no ombro, vendo o i*****l me dar o dedo do meio e apontar com a cabeça para meus primos idiotas que se aproximavam.   — Ei garotinhas, o que manda? — Obito puxou uma cadeira da mesa ao lado e se sentou a minha frente roubando o lanche de Naruto.   — Ei vá comprar o seu.   — Os mais velhos manda criança.   — Toma no cu.   — Perderam o fora que o gostosão aqui levou. — Suigetsu me deu tapinhas nas costas atraindo as atenções para mim.   — Humilhação pública? Onde está essa bela raridade? Quero beija-la. — Shisui sorriu olhando a sua volta.   Não gostei nenhum pouco de imaginar suas mãos na Preciosa. Shisui era o tipo de cara desapegado, que fodia com uma garota e no outro dia já esquecia seu nome, vivia partindo corações por ai e não se importava em ser o grande babaca que era. Eu não era muito diferente mas ao menos me dava o trabalho de não iludir ninguém.   — Vá se f***r, ela não é pro seu bico. — avisei ganhando um dar de ombros.   — Mulheres querem homens de verdades e não garotinhos que m*l tem pelos no saco.   — Quem é a garota? — Obito perguntou impedindo uma discussão e meus punhos na cara do i*****l do seu irmão.   — A novata de cabelos rosa, olha lá ela com sua ex. — Naruto apontou para as duas garotas sentadas a algumas mesas a frente.   Rin nos encarava mas logo desviou o olhar com a cara feia. Os olhos de Obito brilharam ao ver a ex e logo ele estava com aquela cara de cachorro abandonado, outra vez.   — Ah cara essa mulher está me matando. — ele resmungou escorregando na cadeira.   Os garotos bufaram revirando os olhos. Desde que terminaram o romance a um mês atrás ele ficava se lamuriando pelos cantos.   — Não começa com essa palhaçada, já basta ter que aguentar seus choros a noite. — Shisui resmungou.   — Eu não choro.   — Chora igual uma menininha. Rin meu amor volta pra mim, eu te amo Rin, Rin, Rin... — Shisui o imitou fazendo os caras caírem na gargalhada.   — Que viadagem.   — Ele vai morrer de paixão.   — Duvido ela voltar pra ele.   — Vão dar o r**o todos vocês seus merdas. — Obito se levantou irritado empurrando a cadeira com força antes de ir embora zangado.   Ainda não entendi que merda ele fez pra Rin odiá-lo tanto, mas todo mundo percebia que ele era louco por aquela garota.   — Nossa menininha está nervosa.   — Deve ser a tpm.   — Gente pega leva com o cara, se eu perdesse minha Hinatinha nem sei o que seria de mim. — Naruto tomou as dores de Obito e ele foi o próximo a ser zoado.   — Vocês são dois frouxos isso sim.   — Você fala isso porque nunca encontrou uma garota para amar, se parasse de pular de cama em cama talvez soubesse o que eu estou falando. — Naruto se levantou dando uma piscadela para Shisui que tinha um sorriso debochado. — Com licença que agora eu vou encontrar minha princesa.   Observei o loiro atravessar o refeitório e abraçar a namorada que estava sentada com suas amigas. A prima de Neji sorriu e lhe deu um beijo o puxando para se sentar ao seu lado. Era visível para todos que o Uzumaki estava de quatro por aquela garota e eles realmente se amavam, tão meloso que chegava a ser enjoativo.   — Ele está de quatro. — Shisui comentou com uma cara de nojo.   — Contanto que ele não a faça infeliz, caso o contrário Naruto é um homem morto. — Neji disse calmamente fazendo Suigetsu sorrir.   — E você Sasuke?   — O que?   — Vai pegar a Rosinha?   — E o que isso é da sua conta?   — Se você não quiser eu quero, mas já que a viu primeiro vou deixar você tentar levar pra cama, agora se falhar eu levo. — Shisui comentou com seu sorriso vagabundo.   Dei outra olhada para a Preciosa que sorria revirando os grandes e expressivos olhos verdes, os mais lindos desse lugar. Quando foi que comecei a reparar nos olhos das garotas?   — Lembra de quando você quebrou o braço quando era criança? — voltei minha atenção para Shisui que fez uma careta de desagrado.   — Como posso esquecer aquela maldita dor?   — Então, vai senti-la de novo se ousar se aproximar daquela garota. — avisei me levantando e roubei sua maçã, ainda o ouvindo sorrir antes de me distanciar.   Eu sabia que ele só estava tentando me irritar, Shisui era um vagabundo mas não um fura olho. Ele repudiava esse tipo de pessoa, desde seu lance entre Konan e Itachi a um tempo atrás.   O cara não aceitou muito bem meu irmão pegar a garota que ele estava afim. Já faz dois anos que Konan namora Itachi e até hoje Shisui não fica no mesmo ambiente que eles.   — Querida eu estou trabalhando.   Itachi apareceu a minha frente segurando uma pilha de livros, junto com um notebook enquanto falava ao telefone equilibrando um copo de café.   O vi soltar um suspiro e sorrir provavelmente conversando com Konan. Fico impressionado com a cara de i****a apaixonado que esses caras fazem por essas mulheres.   — Prometo que hoje não vou me atrasar. — fez aquela voz melosa. — eu sei meu amor, não seja tão má comigo, estou trabalhando muito.   — Ei cunhadinha, se ele furar com você outra vez eu posso te fazer companhia. — tomei o celular de suas mãos fugindo de seus punhos.   — Devolva meu celular i*****l.   “ Não seria má ideia. ”   — Você pode falar sabe, se ele não estiver dando conta do recado.   — Que caralhos você está fazendo? — Itachi rosnou conseguindo segurar braço.   “ Ao menos isso ele faz direito. ”   — Quer dizer que o p*u dele é grande? — sorri vendo meu irmãozinho arregalar os olhos e olhar em volta.   “ Eu não vou falar do p*u do seu irmão com você, mas está de bom tamanho. ”   — Então você ama o p*u dele e não ele?   — Vá f***r alguém e me deixa em paz p***a. — Itachi tomou o celular das minhas mãos todo raivoso.   Gargalhei o vendo sair pisando duro e sumir entrando em uma sala de aula.   — Algo engraçado bonitão?   Parei de sorrir aos poucos vendo Karin vir em minha direção desfilando em uma saia curta, deixando a mostrar seu belo par de pernas, que eu sabia muito bem como ficavam em volta da minha cintura.   — Sabe ainda faltam alguns minutinhos para as aulas começarem. — ela mordeu os lábios vermelhos brincando com o cinto da minha calça ao parar a minha frente.   Karin era minha melhor f**a nas horas vagas, ela sabia separar as coisas e nunca veio atrás de romance, por isso eu gostava dela.   Segurei sua cintura a puxando para mais perto, ignorando o cheiro de seu perfume enjoativo e afastei o cabelo ruivo de seu pescoço.   Quando ia dar um passo além, uma baixinha cor de rosa apareceu passando por nós sem ao menos me olhar. O esmalte preto de suas unhas parecia mais interessante.   — Sasuke?   — Foi m*l Karin, hoje não. — avisei seguindo a coisa marrenta mais linda que eu já havia conhecido.   Conseguia sentir o cheiro delicioso de seu perfume por onde ela passava, e até agora eu só conseguia me sentir mais e mais atraído por essa garota.   — Preciosa.   — Pelo o amor de Deus pare de me perseguir, eu já disse que não estou afim. — retrucou soltando uma lufada de ar começando a andar mais rápido.   Nunca tão poucas palavras me deixaram tão esquisito.   — Eu só quero conversar.   — Adivinha? Eu não quero conversar com você.   — Papo furado.   — Por que não vai f***r sua amiguinha e me deixa em paz? Não vai conseguir nada aqui. — avisou me dando uma piscadinha entrando na mesma sala que Itachi havia entrado a alguns minutos atrás.   Parei no corredor esfregando uma mão na nuca ao ouvir o sinal tocar. Ela havia me deixado frustrado, eu nunca tive tanto trabalho com uma garota na minha vida.   — Garota complicada do caramba.   (...)   Estacionei minha moto em frente a oficina, arrumando meus cabelos bagunçados. Parando um segundo para analisar uma bela mulher que passou sorrindo.   — Está atrasado, não perca tempo olhando bundas, mesmo ela sendo espetacular.   Tio Madara apareceu segurando uma chave de boca, e uma xícara de café. O velho vestia um macacão sujo de graxa e os cabelos longos estavam amarrados em uma liga.   — Preciso aproveitar o quanto posso. — sorri dando de ombros o vendo fazer o mesmo, me dando tapinhas nas costas quando passei por ele jogando minha mochila em um canto.   Tio Madara era um grande mulherengo e até hoje com seus 40 anos ele não havia se casado. Apenas teve alguns relacionamentos que não deram certo o que gerou os imprestáveis de Shisui e Obito.   Pra mim ele é como um pai já que não conheci os meus, guando eu era bebê eles foram mortos em um incêndio. Nunca me falaram muito sobre o assunto e eu sempre achei melhor não entrar em detalhes.   Itachi era o mais velho por isso sempre ajudou a cuidar de mim e dos meus primos. Nós crescemos os quatro juntos como irmãos, e mesmo com muitas brigas e desentendimentos Madara conseguia colocar todos na linha.   Eu sou o mais novou, e o único que estava sem emprego por isso Madara me chamou para trabalhar com ele em sua oficina, já que Itachi e eu havíamos saído de sua casa a um ano atrás e alugamos um apartamento mais perto da Universidade.   Meu irmão trabalhava como professor e eu estudava Direito. Já Shisui e Obito cursavam artes, os dois eram tatuadores o que eu aproveitava para usar seus serviços sem pagar.   — Claro que precisa, mas não vá engravidar nenhuma garota. Você não vai querer criar um filho sozinho. — ele avisou pegando uma cerveja no frigobar jogando em minha direção.   — Com certeza não.   — Você tem futuro filho, seu pai ficaria orgulhoso. — ele soltou um suspiro caminhando em direção a um carro velho.   — Você não fala muito dele.   — Ele foi e sempre será meu irmãozinho mais novo, mas nunca precisou da minha ajuda. Fugaku sempre fazia o que tinha vontade, desde pequeno não era cara de levar desaforo pra casa, acabou apanhando muito por isso, mas ai aprendeu a revidar e ninguém tinha coragem de bater de frente com ele. — disse orgulhoso com um pequeno sorriso nos lábios. — começou a trabalhar cedo porque conheceu sua mãe e queria mostrar que era o homem certo para ela. Mas não pense que foi fácil, ele lutou muito para ter aquela mulher e nunca se arrependeu por isso. Nunca vou me esquecer de quando Mikoto fez Fugaku correr na rua só de cueca e gritar pra todo mundo ouvir que a amava. — gargalhou e eu o acompanhei sentindo meu peito se apertar.   Se um único desejo meu pudesse ser realizado, eu queria com todas as minhas forças que meus pais estivessem vivos. Queria ver o sorriso da minha mãe e até ouvir suas broncas por deixar a toalha na cama igual a mãe de Naruto fazia. E adoraria que meu pai tivesse me ensinando a andar de moto e até mesmos sair para ver uma partida de futebol.   — Eles deveriam ser boas pessoas. — comentei brincando com a lata em minhas mãos.   Madara se aproximou colocando as mãos em meus ombros.   — As melhores, você e seu irmão são uns sortudos por terem eles como pais.   — Se eu tivesse mesmo sorte eles não teriam morrido. — retruquei desviando o olhar.   — Essa é a vida real meu garoto, não existe conto de fadas, já deveria ter sabido. — me deu tapinhas nas costas e se afastou indo pegar outra bebida.   Sim eu já sabia, mas odiava o fato dela ser tão filha da p**a comigo.   (...)   Peguei a sacola que a mulher me entregou e deixei a nota no balcão, saindo da lanchonete em seguida. Tateei o bolso a procura das chaves da moto, mas parei o que estava fazendo ao ver a garota do outro lado da rua gritando com um cara e falando no telefone ao mesmo tempo.   Sem pensar duas vezes me aproximei da cena, não gostando nada da carranca irritada e o olhar indignado da Preciosa.   — Isso foi baixo até pra você, eu quero esse cara longe de mim agora. — ela gritou ao telefone enquanto o homem apenas a observava em uma distância seguramente boa. — Vão se f***r todos vocês.   — O que está acontecendo aqui? — perguntei parando ao lado dela vendo a mesma desligar o celular e enfia-lo com força no bolso da calça desbotada.   A marrentinha me olhou furiosa e logo depois apontou o dedo para o homem de preto.   — Não me interessa quem te mandou aqui, mas se continuar a me seguir vou chamar a polícia.   — Sou um policial senhorita, sua mãe me mandou fazer sua segurança. — o homem respondeu sem se abalar.   Policial? Segurança? Por que a Preciosa precisaria de segurança?   — Eu não preciso de segurança e p***a de babá nenhuma. — rosnou inflando as bochechas. — É melhor cair fora   Eu acabei me pegando a achando fofa, parecia uma gatinha selvagem pronta para atacar.   — Meu trabalho é vigia-la 24 horas por dia. — o cara avisou.   Sakura soltou uma risada incrédula e me olhou por longos segundos antes de segurar minha mão. E estranhamente eu gostei de sentir seus dedos finos e curtos em volta dos meus.   — Seu carro está aqui? — perguntou e devia está se referindo do carro que a levei para casa ontem.   — Aquele carro era do meu irmão, estou de moto. — apontei para minha bebê do outro lado da rua.   — Ótimo. — resmungou antes de sair me puxando.   — Onde a Senhorita vai? — o homem veio atrás da gente.   — Vou t*****r com esse cara, quer assistir? — retrucou com um sorriso ardiloso e um olhar de desafiou preciosamente atraente.   Tudo nela era precioso o que me deixava caidinho. O homem abriu a boca e eu acho que a minha não estava diferente. p**a merda essa garota ainda vai acabar me matando.   — Vamos t*****r é? — murmurei sentindo o corpo pequeno sentar atrás de mim. — ainda bem que tenho uma caixa de camisinhas.   — Tira esse sorrisinho do rosto, era mentira.   — Prometeu vai ter que cumprir. Se segura gata.   Acelerei a moto para longe dali sentindo seus braços contornarem minha cintura, e a marrentinha soltou um resmungo que não entendi.   E de repente eu me peguei rindo feito um i****a adorando a nova sensação de ter aquela garota comigo. Estou ferrado, literalmente.  
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