Capítulo 4

912 Words
Capítulo 4 Ravenna Logo pela manhã eu voltei para casa e dei graças a Deus que não encontrei com ninguém até chegar no meu quarto. Entrei correndo e tranquei a porta, tirei a minha roupa e fui tomar banho ainda tentando entender tudo que aconteceu ontem. Me joguei na cama e fechei os olhos, uma sensação r**m me invadiu no mesmo instante em que o meu celular vibrou, peguei e vi que era uma mensagem de um número desconhecido. - Oi gatinha. - Dormiu bem? Quem é? - Não lembra de mim? - Chateado. Não sei quem é para falar se lembro ou não. - A gente se encontrou ontem. - Pensei que tinha rolado uma química. Isso só pode ser brincadeira, fechei os olhos sentindo o meu coração disparar, um nó se formou na minha garganta quando percebi quem era. Ele vai me perseguir agora? - Vai me ignorar? Como conseguiu o meu número? Não precisa dizer. Só me deixa em paz. - O que acha da gente se encontrar? - Podemos nos conhecer melhor. - O que acha? Me deixa em paz. Eu vou te bloquear. - Melhor não fazer isso. Bloquei o celular e me levantei da cama sentindo o meu corpo tremer, eu não posso abaixar a cabeça e deixar que ele faça isso comigo. Ele não manda em mim. Abri a porta do quarto e sai indo em direção a cozinha encontrando com o meu pai lá. – Oi princesa. – Ele se aproximou e deu um beijo na minha testa – Oi pai. – Sorri. – Não foi trabalhar? – Ainda não, estou esperando o seu tio acordar. – Ele se senta na mesa. – Como está indo o treinamento dele? – Ele é bom, precisa melhorar em algumas coisas, como por exemplo, ser mais pontual. – Ele fala olhando a tela do celular, conferindo a hora e dou risada. – Mas fora isso, ele vai se sair bem. – Que bom. – Me sento ao lado dele. – O que o senhor acha de a gente viajar depois que passar o morro? – Acho uma boa ideia, mas nas férias da escola, é claro. – Fiz uma careta. – O senhor não aprendeu nada com os meus avós, não é? – Ele dá risada. – Aprendi sim, não vê o sufoco que está sendo para os seus tios se adaptarem aqui, não quero fazer isso com você e o seu irmão, mas podemos sim viajar, conhecer novos lugares, mas não tenho intenção de morar fora daqui. – Respirei fundo. – E se eu quisesse morar fora? – Ele me encarou. – Não gosta daqui? – Gosto, mas queria viver outras coisas. – Ele respirou fundo. – É um pouco sufocante, não é? – Confirmei com a cabeça. – Eu te entendo, a sua mãe passou um tempo fora antes de nos casarmos, se realmente for a sua vontade vamos entender princesa. – Sorri. – Acho que seria muito bom, vou conversar com a mamãe depois. – Ele apertou a minha bochecha. – Mas não pense que vai se livrar de mim. – Dei risada. – Isso é praticamente impossível, pai. – Ainda bem que você sabe. – Rimos. – Pai, o senhor conhece o Mael? – Ele balançou a cabeça confirmando. – Conheço, por quê? – Ele me olhou curioso. – Nada de mais. – Sorri. – Ele é legal? – o meu pai deu risada. – Ele pode ser muitas coisas filha, menos legal. – O meu corpo gelou. – Por quê? – Mael é novo, assumiu tem poucos anos, mas é um grande filha da p**a, é muito conhecido porque gostar de chantagear as pessoas, ele joga sujo para conseguir o que quer e é envolvido em coisas erradas. – O senhor também é envolvido com coisas erradas pai. – Ele é pior, ele não é envolvido só com o tráfico, por isso ele não tem quase aliados, mas também ninguém tenta mexer com ele, geral sabe que ele é um psicopata do c*****o. – Eu consigo ouvir os seus palavrões lá do quarto Caleb. – A minha mãe fala entrando na cozinha. – Desculpa amor, eu estava explicando umas coisas que não tinham como serem ditas sem alguns nomes feios. – A minha mãe revirou os olhos e deu um selinho no meu pai. – Vou fingir que acredito. – Ele sorriu e ela veio na minha direção me dando um beijo na cabeça. – Oi filha, tudo bem? – Sim mãe. – Menti sorrindo. – Mas porque essa curiosidade sobre o Mael, Ravenna? – Voltei a minha atenção ao meu pai que me olhava curioso. – Mael? – A minha mãe olhou para ele. – Aquele maluco? – Esse mesmo. – O meu pai respondeu. – Não é nada, eu ouvi alguns comentários sobre ele e fiquei curiosa, só isso. – Me levantei. – Vou para o meu quarto. – Tudo bem filha. – A minha mãe respondeu sorrindo, dei um beijo nela e um no meu pai e sai correndo para o meu quarto. Era nítido que aquele cara era um completo maluco, eu vi nos olhos dele o quanto era perturbado, mas ter o meu pai me confirmando tudo o que eu já imaginava foi como levar um soco. Só me resta esperar que ele me esqueça logo e eu possa seguir com a minha vida em paz. Para informações sobre o li.vro com.pleto me cha.ma no ins.ta.gram @autorajenniferstacy
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