O Acordo

3299 Words
(Pither) Ela queria uma resposta... Porque sabia que só podia ser eu! O gênio da lâmpada mágica, que teria a brilhante idéia de sequestrar uma garota de um orfanato. Meu pai dizia que eu tinha um certo talento para problemas. Toda vez que tinha uma confusão na escola, eu sempre estava envolvido. Mas de um jeito o outro eu era absorvido! Talvez fosse sorte! Ou minha inocência que era provada naquela época! Porque a conclusão de tudo era uma só... No fim eu só queria ajudar! Com essa bruxa da Lúcia, as coisas não eram tão fáceis assim. Eu não estava numa diretoria de escola. Apesar de ela ser a diretora de uma instituição. Eu só não podia procurar nenhuma qualidade redentora nela! Porque sabia que não a encontraria! Dei meia volta na minha mesa e pude a olhar de frente. Seus olhos castanhos não me intimidavam. Pelo contrário, eu jamais vou entregar Esther a ela! Nem que pra isso eu precise sumir com ela do país. - Onde está Esther? Ela me olhou furiosa. Como se quisesse me engolir. - Na minha sala que não está! Veja! Eu mostrei a sala, quase me segurando para não rir. - Aéh? E o que aconteceria se eu mandasse a polícia revistar a sua casa? Ela se aproximou de mim ainda me encarando. -Doutorzinho, eu sei que ela está com você! Vamos parar com essa farsa, hum? Eu fiz toda a cara de mau que eu pude, não ia ceder tão fácil. - Eu não vou entregá-la! - Ora! Ora! Ora! Desde a primeira vez que você apareceu no orfanato. Eu sabia que você era encrenca! Lúcia praticamente sussurrava. Ela chegou mais perto! Não tinha medo! Com certeza ela tinha uma carta na manga. - Você nunca pensou no escândalo que sua família se envolveria? A nobre família "De Fragma!" Uma geração de médicos que constituíram todo o estado. Com seus talentos na medicina... Indo parar na prisão! Por invadir um patrimônio e induzir uma menor a fugir! Seria uma vergonha... Ela colocou a mão na boca, encenando uma surpresa. Eu não fraquejei! Nem sequer parei de encara-la. Se Lúcia se aproximasse alguns centímetros maís perto, me beijava. Tão perto que seu rosto estava do meu. - Talvez... Com toda essa confusão. Eu poderia relatar a imprensa, a experiência de viver sete anos trancada. Num porão imundo de um orfanato! Falei. Lúcia fechou seu sorriso na mesma hora! Eu não estava ali para brincar. - Quem acreditaria na palavra de uma esquizofrênica? Nessa hora minha voz saiu áspera, rouca. Eu estava muito bravo. - Ela não é esquizofrênica! E você sabe muito bem disso! Lúcia se aproximou mais de mim, pude sentir sua respiração tocar meu rosto. Ela queria me meter medo. - Não é isso que os outros médicos falaram sobre ela, Doutor! Ela sorriu. Seus olhos olhavam minha boca. Ela queria me apavorar, só pode! Eu nunca fiquei tão sério na minha vida. Aquela mulher estava muito perto de mim. Nem que ela fosse realmente atraente eu jamais cederia ao seu jogo de sedução. - Já percebi como você fez para que todos os outros médicos aceitassem seus conceitos sobre a Esther! Ela ficou me olhando... Porém agora não sorria. Quem sorriu fui eu! E virei meu rosto saindo do alcance de suas garras. Então fui para o outro lado da sala. Aquela serpente ainda me encarava. Mas pude ver nos seus olhos... "Ela tinha baixado a guarda." - Você sabe Pither que se envolvermos a justiça nisso. Quem mais vai perder nessa história, é a sua protegida! Me virei para olha-la melhor. Meu maxilar trincava. Eu sentia como se meu corpo pegasse fogo. Ela andava pelo consultório com cautela, como se estudasse o que ia me dizer. - O que você quer Pither? - Você sabe! Dei um passo a frente decidido.- Eu quero a guarda da Esther! Lúcia me olhou pronta para negociar. - Você sabe né Pither?! Que, com a minha ajuda as coisas seriam mais fáceis... Ou melhor seriam possíveis! Minha boca estava tão seca, que a saliva não descia. Achei que eu fosse desmaiar de tanta tensão. - Agora eu que te pergunto Dona Lúcia! O que você quer?Ela sorriu. Tinha chegado na sua meta, a base que ela precisava para fazer exigências.... - Ou melhor, quanto você quer ? Lúcia se aproximou. Tocando a minha camiseta pelo vão do jaleco, ela passava seus dedos e ria como uma hiena, olhando pra mim. -Veja só! Você não é só um rostinho bonito... Também é muito esperto! Saí de sua direção e fui para o outro lado da sala. Será que ela não percebeu que suas tentativas de me seduzir eram nulas?! Ela se virou, ainda sorrindo e me encarou de novo. Só que dessa vez eu estava longe do alcance de suas mãos. - Okay! Eu sei que você quer me oferecer dinheiro... Mais sei também que você é um Playboy metido. Que a grana é toda do seu querido pai! Cruzei os braços, esperando a sua cartada final. -Por isso como adiantamento... Quero o seu carro! Nessa hora senti como se um choque elétrico tivesse tomado meu consciente, se espalhando pelo corpo. - Meu Porsche? Você ficou maluca? Ela ficou séria. E sua voz ficou seca. - Eu não quero o seu carro pra mim! Quero o valor dele em dinheiro! E prometo dar toda a assistência possível, para o início do processo de adoção. Balancei a minha cabeça. E sorri ironicamente. - Fácil assim...? Você não me engana! - Dois pontos para o Doutorzinho gato! Respondeu sorrindo. - Claro que tenho minhas condições! Como por exemplo, passe livre para poder frequentar a sua casa! - Unhum! Revirei meus olhos - Para continuar me estorquindo... - Aaah querido! Você sabe que sem mim, você não conseguiria nem dar entrada no processo... - Qual é a outra condição? Perguntei avaliando toda a hipocrisia daquela mulher. - Pither eu quero propor um acordo com você... - Um acordo? Levantei uma sombrancelha só. - Prometo amanhã entrar com todo o processo da guarda de Esther! E conseguir passar a tutela para as mãos da sua família... Em troca quero de início o valor do seu Porsche, poder frequentar a sua casa quando eu quiser! E por último... Quero o seu silêncio! Então o que me diz? - Na segunda o teu dinheiro está na sua conta.... (Esther) Depois que Pither saiu para trabalhar.Naná e eu, colocamos todas as roupas no closet. Tudo foi muito divertido! Eu tinha roupas e sapatos novos, e estava muito feliz com a família maravilhosa que Deus tinha me dado. Depois das onze, Naná desceu para auxiliar Dona Olívia na cozinha, e eu também desci para ficar perto delas. Olívia trabalhava para a família tinha pouco tempo, segundo ela. O Senhor Álvaro a contratou logo depois que Pither voltou da faculdade, e Naná já não dava mais conta de tudo sozinha. Ela era gorda. Seu rosto redondo, olhos doces e sua voz simpática deixava o ambiente mais leve e agradável. Depois de eu ter ajudado as duas cortando alguns legumes. Falei um pouco sobre o orfanato, sobre as crianças, e principalmente como eu odiava toda aquela comida que serviam lá. Ouvimos a porta da frente abrir. Meu coração acelerou, pensando na possibilidade de ser o Pither. Mas logo percebi que não. Era o senhor Álvaro que logo apontou com sua cara amarrada na porta da cozinha. -Boa tarde!... Naná traz pra mim uma xícara de café no meu escritório, enquanto a mesa ainda não está posta. Naná acentiu e preparou o café para ele. Enquanto Olívia dava os últimos toques numa massa, que estava de lamber os dedos. Quando Naná saiu da cozinha com o café, perguntei a Olívia se ela precisava de mais alguma coisa. - Dona Olívia! A senhora quer minha ajuda para mais alguma coisa? - Não meu anjo... Esta dispensada. Obrigada já estou acabando. Ela disse com aquele seu sorrisão simpático. Saí da cozinha sentido a escada quando passei pelo escritório do Senhor Álvaro. A porta estava aberta, vi quando Naná colocou o café na mesa e perguntou sobre o Pither. - E o meu menino por que ainda não veio almoçar? - Acho que está com problemas! Pâmela, a secretária me contou que uma senhora de mais ou menos uns quarenta anos, cabelos cacheados, e saltos muito alto entrou no consultório de Pither exigindo sérias explicações. - E o senhor deixou ele lá sozinho? Naná perguntou incrédula. - O que você queria que eu fizesse? Eu não sei no que Pither anda se envolvendo Diana! Além disso eu o esperei lá fora, como ele demorou muito eu desisti e vim almoçar! Dei meia volta e retornei para a cozinha aflita. Só podia ser ela... Lúcia! Aquela cobra veio atrás de mim e estava perseguindo o Pither. Avisei Olívia que eu estaria lá na piscina, caso ela precisasse de algo. Fiquei sentada no piso, em volta da piscina. Com as pernas dentro dela. Imaginando o que Pither poderia fazer para se livrar das maldades daquela mulher. Lúcia era muito astuta, e perigosa! Lembro me quando ela se agarrava com Saulo e se encontrava as escondidas com o antigo caseiro do orfanato. Mesmo sabendo que ele era casado, isso não a impediu de continuarem se encontrando. As lembranças que eu tinha daquele lugar eram fortes. Lembro me de ser feliz até dez anos. Quando Miriam ainda era viva e o orfanato tinha uma diretora de verdade. Que trabalhava com todo o seu amor.Voltei minha atenção para a piscina. Enquanto eu estava distraída, bati meus pés na água fazendo a espirrar para todos os lados, formando poças por toda parte. Depois de muito pensar. Ouvi quando um carro chegou. Agora sim só podia ser ele que estivesse chegando. Tentei levantar o mais rápido que pude e ir até a casa vê-lo. Minha pressa era tão grande, estava ansiosa e meus pés estavam molhados. Foi quando me desequilibrei e cai com tudo dentro da piscina. A princípio senti meu corpo tocar o fundo da piscina, meus pés bateram no azulejo e meus olhos arderam ao entrar em contato com água. Nunca imaginei que ela fosse tão funda. Bebi muita água e depois comecei a me bater sem parar tentando chegar com meu corpo mais pra cima. Tudo era em vão... Não consegui chegar na superfície, e nem respirar mais! Bater meus braços era mais um fracasso. Então resolvi desistir, não aguentava mais... (Pither) Me senti aliviado quando enfim vi a entrada do meu condomínio. Minha cabeça estava pesada, me sentia como se estivesse zonzo. De tanto ouvir as bobagens daquela mulher. Quando cheguei na minha casa, estacionei meu carro e entrei pra dentro. Não tinha ninguém na sala, papai pelo jeito estava trancado no escritório. Então deixei meu jaléco no sofá, e fui para cozinha. Quando passei pela sala de jantar, vi quando Olívia colocava os pratos na mesa. Estava sozinha quando cheguei. - Dona Olívia! A senhora está bem? Ela ergueu seus olhos da mesa e sorriu para mim. - Menino Pither! Eu vou bem e você? - Também vou indo... E a naná, está com Esther lá em cima? - Não, não! A Naná eu não sei, mas a menina Esther me disse que ia ficar na piscina, senhor! Quer que eu a chame? Nessa hora senti como se um gelo tomasse meu coração, e arrepiasse cada pelinho dos meus braços. - Não, eu mesmo vou chama-la! Obrigado... Saí pela porta da cozinha e fui para o fundo da casa. Quando fui me aproximando vi que estava vazio, não parecia que Esther estava alí, pois tudo parecia muito quieto. Foi quando meus olhos tocaram a piscina, e vi um corpo ali dentro, imóvel, afundando... Cabelos louros dentro d'água espalhados... Só podia ser Esther. Meu extinto foi muito rápido. Só me dei conta quando tirei meus sapatos, e minha camiseta e pulei com tudo dentro da piscina. Nadei um pouco e encontrei Esther de olhos fechados e imobilizada lá embaixo. Ela já estava afundando, com certeza havia perdido o fôlego e bebido muita água. Peguei-a e coloquei sobre o piso, desacordada e inconsciente. Bati no seu rosto e a chamei pelo nome várias vezes, mas ela não voltou. Foi aí que aproximei meu rosto de seu nariz, ela não estava respirando. O desespero tomou conta de mim. Abri sua boca e comecei a assoprar para dentro dos seus pulmões. Depois pressionei minhas mãos sobre o peito de Esther, e flexionando várias vezes. Mas ela não reagia. - Vamos Esther, reage... Abri sua boca outra vez, e assoprei o ar com mais força. Eu estava desesperado! Coloquei outra vez minhas mãos e fiz a massagem. Impulsionando com força para que a água voltasse de seus pulmões. - Esther! Vamos, eu te imploro! Volta pra mim... Fiz tudo o que eu tinha aprendido no curso de primeiros socorros. Achei que nunca fosse precisar! E se precisasse nunca imaginaria que seria na piscina da minha casa. Depois de pressionar por mais de quinze vezes, enfim pude ouvir quando Esther tossiu. E jogou toda a água pela boca, virando sua cabeça de lado. - Graças a Deus! Você está bem? Ela me olhava com dificuldades. Então levantei seu corpo para que ficasse sentada. Esther estava gelada, sua respiração estava começando a se normalizar. - Pither eu me afoguei... Quando ela disse isso. Coloquei minhas mãos sobre o rosto e me joguei para trás, deitando no chão. - Aaaaaah Esther! Que susto você me deu cara! Ela olhou pra mim, parecia ainda assustada. - Eu perdi meus sentidos, não sei o que aconteceu! Virei meu rosto pra ela, agora mais calmo. - Você estava morrendo Esther! Meu Deus!! Eu não estou acreditando que tive que fazer respiração boca a boca em você! Ela ainda estava atordoada, mais olhou para a piscina e sorriu. - E agora, tá rindo de que ? Perguntei. Ela balançou sua cabeça e me olhou. - Nada... É que é a segunda vez que você me salva! - Unhum ... E você quase morre morando na minha casa! Em menos de vinte quatro horas! Passei as mãos pelos cabelos, e só então me dei conta. Tinha passado por uma tensão terrível! Achei que fosse perde-la. Nunca mais queria passar por isso. - Esther olhe pra mim! Nunca mais quero ver você perto dessa piscina... Você me ouviu? - Eu não entrei nela Pither! Me desequilibrei e cai... Foi um acidente! Dessa vez me levantei e me sentei apoiando meus braços para trás. - Mesmo assim... Se eu não estiver aqui. Não venha para perto dela! Por favor, você promete? Ela sorriu, passando sua mão pelo rosto. - Tabom eu prometo! Soltei o ar pela boca. Nem querendo imaginar o que seria se tivesse acontecido o pior. Eu nunca me perdoaria. Esther estava mais tranquila, ali sentada. Ela me olhava com gratidão, e eu retribui seu afeto. Quando seus olhos encontraram meu abdômen, ela se esquivou imediatamente e me perguntou curiosa. - O que é isso na sua barriga? Aí que eu fui me tocar que eu tinha tirado minha camiseta, em meio ao desespero. - Uma tatuagem! Respondi meio sem graça. - É de verdade? Ela me perguntou sem tirar os olhos dali. Eu ri da sua ingenuidade. - Sim, é de verdade! - Nossa! E o que você desenhou? Eu olhei para baixo, notando o enorme interesse de Esther naquilo. - É um leão! Esther ficou mais admirada, quando eu disse o que estava desenhado na minha pele. Seus olhos brilharam, e eu nunca tinha visto alguém com a mesma inocência que ela. - Posso tocar? A pergunta foi tão espontânea, que me pegou de surpresa. Eu levantei na mesma hora incomodado. Ajudei Esther a se levantar apoiando se em mim. - É melhor você ir para dentro, tomar um banho quente! O ar está frio e você pode pegar um resfriado! Naná vinha chegando e nos olhou assustada. - Meu Deus o que houve aqui? - Naná, por que você deixou Esther sozinha? Falei com a expressão séria que eu fazia quando algo me incomodava. - Pither, ela estava com a Olívia ... O que foi que aconteceu? Por que estão molhados? - Cheguei aqui e ela estava se afogando na piscina.... Naná olhou para Esther preocupada. - Filha está tudo bem? Naná pegou Esther e a abraçou com carinho. Depois olhou pra ela tentando ver se estava realmente bem. - Estou bem Naná... Pither me salvou! Naná me olhou, eu não dei nenhum sorriso. - Leve Esther para dentro, para tomar um banho e se alimentar. Depois a gente conversa. Naná e Esther entraram. Eu coloquei minha camiseta e peguei meus sapatos. Antes que meu pai saísse pra fora, e quisesse saber também da onde apareceu, aquele leão na minha barriga. ≫∘❀♡❀∘≪ Quando entrei em casa, deparei com meu pai que almoçava tranquilamente na mesa. Quando seus olhos me viram, correram por todo o meu corpo. - Pither por que está todo molhado? - Estava nadando Pai! Passei por ele apressado. - Mais de roupa e tudo? - Sim Pai! A água estava muito fria! Subi as escadas, enquanto meu pai me olhava da porta sem entender. E eu não estava afim de explicar nada também. Tomei um banho e coloquei uma calça confortável de moletom grafite, e uma camiseta branca. Desci as escadas, e percebi que papai tinha voltado para a clínica. Naná estava na sala sozinha. - Cadê a Esther? - Ela está no quarto dos funcionários. Preferi que ela tomasse banho lá, para que não chamasse a atenção do seu pai! Assenti com a cabeça, e ela continuou. - Peguei uma troca de roupas secas. E Olívia levou o almoço até ela no quarto! Agora me diz o que foi que aconteceu? Passei por Naná e me sentei no sofá. - Ela quase morreu Naná!! Quando cheguei já estava inconsciente... Foi horrível! - Meu Deus Pither! Ela disse que só lembra que caiu na piscina e começou a afundar. Engoliu muita água! E acordou com você chamando-a. E pressionando suas mãos para que ela voltasse... Você salvou a vida dela! Eu deitei minha cabeça para trás no sofá e permaneci quieto. - Mais sei que não é isso que está te preocupando, o que aconteceu na clínica? Ela falou me olhando. Respirei fundo. - A diretora daquele lugar veio me procurar... - E aí , o que ela queria? Revirei os olhos, só de imaginar. - O que você acha? Dinheiro! Naná balançou a cabeça indignada. - E o que você pretende fazer? - Por enquanto... Quero que você ligue para o meu Tio Osvaldo e peça para ele entrar contato comigo. Amanhã mesmo quero dar entrada no processo e solicitar a guarda de Esther! Ela sorriu. - É muito nobre o que você faz por essa menina, Pither! Eu só não entendo porque do nada, resolveu ajuda-la?! Olhei para o chão, depois para ao meu redor. Como se eu, que sempre tinha respostas para tudo guardado na ponta da língua, precisasse de palavras. - Não sei... Mas sinto que tenho que fazer isso! Como se fosse uma obrigação entende?! Naná balançou a cabeça. - Não Pither, eu não entendo. Talvez seja a semelhança dela com a sua mãe que despertou a sua curiosidade?! Naná também tinha reparado na semelhança das duas. - É... Talvez seja obra da Dona Raquel! Lá de cima. Me testando ou me dando alguma lição! Naná sorriu pra mim, e eu sei o que ela pensou... " Talvez isso o amadureça"! Na verdade eu tinha alguém para cuidar! Uma irmã talvez. Uma responsabilidade que eu nunca tive! Uma menina para proteger! Para zelar e para amar...
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