Capítulo II

3353 Words
Celleney Peny. Meus olhos, encontram os olhos notavelmente esverdeados do homem gostoso, fantasiado de príncipe, que acabava de sair da carruagem. Ora, ora, ora... Os seus olhos saem dos meus, confuso, e descem por mim minuciosamente, era suposto eu ter medo, nessas circunstâncias um homem me encarando de cima a baixo devia ser assustador, mas eu só consigo sentir um arrepio indecente tomar conta do meu corpo e ruborizar, e é visível como o seu rosto fica vermelho, quando o seu olhar retorna para o meu. Como se nunca tivesse visto pernas. Ele corou? Por minha causa? - Pois não? - ele questiona, mantendo o seu olhar ao nível dos meus olhos, e o meu coração acelera bastante... Tal como na oficina, mas agora por um motivo completamente diferente. Eu estava, sim, na oficina! - Vossa majestade, não é seguro que saia da carruagem e nem que façamos paradas, a... senhorita, pode ter sido enviada por inimigos. - que drogas eles tomaram antes de virem até aqui? - Meu caro, eu não sei porque você está falando assim, mas eu garanto que nem para as brincadeiras idiotas dos meus amigos eu estou esses dias, para aceitar vir parar no meio de uma floresta para pegar pessoas fantasiadas de príncipe e guerreiros. - eu falo indignada. Porque isso só pode ser uma pegadinha tramada por aqueles idiotas. - Fantasiadas? - o tal de príncipe questiona como se eu tivesse falado alguma coisa esquisita, e eu encaro-o como se fosse óbvio. - É... vocês estão a ir para uma festa fantasia. - eu falo porque talvez por conta da d***a, eles exijam um pouco mais de paciência da minha parte, mas eles simplesmente estão me encarando como se eu não estivesse bem da cabeça, eu não sou a fantasiada aqui, mas tudo bem. - Vocês estão em carruagens, com essas roupas antigas e essas armas do século passado, porque estariam assim se não estivessem indo para uma festa fantasia? - eu os questiono os observando. - Século passado? - o tal de príncipe questiona novamente, meio em choque, arqueando a sua sombracelha. - Essas armas foram recém-produzidas, senhorita. - ele fala tão calmo, sereno e confiante, e indignado, que eu estou começando a acreditar na palhaçada deles. - Como vocês quiserem. - eu falo já sem paciência alguma. - Podem-me dar boleia até a vossa festa? Ficar aqui debaixo da chuva no meio do nada, não está sendo legal. - eu digo desconfortável apontando para os meus saltos ensopados de lama. - Vossa majestade... - um deles fala num tom, como se dissesse que não é boa ideia. Caramba! Os homens aqui são eles e não eu. - Escutem, eu sou quem deveria ter medo de pedir boleia para um monte de homens que nem vocês, no meio do nada. - parecem meio-lunáticos ainda por cima. - E não o contrário. - eu concluo. - Eu estou sem celular, sem nada aqui, é só um empurrãozinho. - eu peço e o tal de príncipe me observa atentamente. - Celular? - um guerreiro questiona e eu suspiro frustrada o encarando. - Empurrãozinho? - o outro guerreiro ou o moço vestido igual um para ser mais precisa, questiona. - É, uma ajudinha. Uma gentileza, por obséquio senhor... - eu falo ironicamente e ele ruboriza. - Cara, vocês vão-me deixar aqui? - eu questiono indignada. - Por favor, entre. - o tal de vossa majestade, diz, dando passagem para que eu entrasse na sua carruagem, e eu nunca andei numa, obviamente, aonde eu andaria num negócio desses? Mas mesmo se fosse num monociclo agora, eu estaria subindo. - Obrigada. - eu agradeço-o com o meu rosto queimando assim que me aproximo dele para entrar. Ele pode ser lunático, mas oh, é extremamente atraente. E cheiroso. Mas com tanta beleza deve ser atrasado mesmo, para ficar a brincar desses absurdos, tinha que ter algum defeito. Eu adentro à carruagem, que é bem mais do que eu estava a espera que fosse por dentro e sento-me, ele entra logo em seguida se sentando na minha frente e a carruagem parte. A minha cabeça dói, meu corpo dói, eu continuo atordoada com o que está acontecendo, os ponteiros estão exatamente no horário em que eu tinha posto na oficina assim que instalei a última peça, mas ele não está funcionando também... Eu me preocuparei com isso quando eu chegar à casa. - Muito obrigada, pela boleia... - eu agradeço tirando o meu olhar do relógio, que limpei com a cortina da janela da carruagem e ele assente. - Qual é o seu nome? - eu o questiono curiosa, levando o meu olhar para o seu esverdeado. - Henrik Alexander Cartier II. - hamn? - O seu nome de verdade, vossa majestade? - eu o questiono sorrindo, mas ele não sorri. - Esse é o meu nome, senhorita. - ele diz e o meu coração acelera. Ele não estaria a levar esse personagem tão a sério, estaria? - Então você quer me dizer que é mesmo um príncipe? - eu questiono-o ainda sorrindo incrédula com toda essa brincadeira, e ele me observa, passeando o seu olhar esmeralda pelo meu rosto. - Sim. - ele responde como se fosse algo óbvio. - Se me permite questiona-lá, há quanto tempo esteve na floresta e por que estava lá? - ele questiona-me. - Trajada dessa maneira? - ele conclui agora meio sem graça e eu levo o meu olhar para as minhas pernas expostas por conta da saia. Eu estou encharcada… Como eu vim parar aqui? - Fizeram algum m*l contra a senhorita? - ele questiona e o meu cérebro está literalmente sofrendo um curto circuito. - Hamn, não... - eu o respondo abanando à cabeça negativamente, realmente confusa. - Eu não sei como vim parar aqui também. - eu o respondo sob o olhar atento dele e o meu coração acelera enquanto eu procuro recordar-me mais detalhadamente do que aconteceu antes de eu vir parar aqui. - Eu estava na oficina, na minha casa, quando uma luz... - céus. - Eu estava na oficina. - eu repito puxando a memória. - Acertando o horário do relógio, eu levantei-me da poltrona e do nada, uma luz forte quase me cegou, e foi quando eu acordei, aqui. - eu falo me recordando apenas disso, e não deixa os meus pelos menos eriçados de susto. - Deitada na lama, no meio da floresta. - eu completamente confusa e ele encara-me também confuso. Ele deve achar que eu estou louca. Mas é ele quem está se fazendo de príncipe até agora e não eu. - Provavelmente durante a sua queda tenha batido com a cabeça. - ele conclui e eu o encaro indignada. Ah—ah... - Eu estou falando a verdade. - eu digo. - E por mais que não faça tanto sentido, você estar vestido assim e agindo desse jeito, também não gera nenhum ambiente credível. - eu falo e ele leva o seu olhar para ele mesmo, observando o seu traje. - Esse é o meu traje de visita real, senhorita. - ele fala sério e eu o encaro indignada, quando ele vai parar com isso? - Visitas reais? - eu o questiono retoricamente. - Vai me dizer que chamam você de vossa majestade, porque é príncipe regente agora? - eu o questiono sorrindo, entrando na brincadeira dele e ele assente como se eu fosse a doida. - Sim. - ele responde como se nada fosse e o meu coração acelera. - Eu penso que a senhorita deve ser estrangeira ou realmente bateu com a cabeça durante a sua fuga. - ele diz olhando para o meu péssimo estado. - Celleney. - eu falo, esse monte de senhorita está me irritando, a formalidade dele é sedutora mas agora está me irritando. - O meu nome é Celleney, Henrik. - eu lhe digo, e ele me encara aparentemente surpreso. O que fiz ou falei dessa vez? - E não, eu não bati com a cabeça... eu acho. - que ela está doendo para c*****o, isso é facto. - E eu não sou nenhuma estrangeira, ainda não chegou o verão para eu fazer uma viagem para o exterior. - nem estou com ânimo para isso. Eu o digo me recordando que simplesmente estou sem ninguém para me aturar, amassando os meus cachos que estão molhados com a mão. - E por favor, pare com essa brincadeira de principado, eu estou muito confusa agora para entrar na brincadeira e isso não está me ajudando. - eu falo tentando entender o que realmente aconteceu. - Senhorita, ninguém aqui está pilheriando. - pilheriando... Eu levanto o meu olhar para ele novamente, e o mesmo parece até preocupado comigo, ele faz parecer que eu sou o problema e não eles. Eu estou realmente confusa. - A nossa sociedade é democrática, Henrik, não existe rei e nem rainha. - eu falo. - Provavelmente no seu país seja assim, eu já me encontrei com alguns chefes de nações democráticas. - valha-me, eu franzo o cenho com os meus neurónios entrelaçando. Meu país, como assim o meu país? - Quer dizer que você é mesmo um príncipe? - eu o questiono com medo de que essa seja realmente uma possibilidade e ele me encara como se procurasse algum sangramento na minha cabeça. - Você veste-se assim todos os dias? - eu o questiono só para ter certeza e ele volta a olhar para os seus trajes. - Esse é um traje de visita, no entanto, sim. - ele fala e o meu coração acelera, ele não está dando indício de brincadeira. - Tem algum problema com os meus trajes? - ele questiona e não em tom de deboche, e sim de curiosidade sobre a minha pergunta. Seja lá que canal de pegadinha, seja esse, eles encontraram ótimos atores. - Nem os príncipes e reis se vestem mais assim, você está vestido como um príncipe da Disney, de um do século passado. - eu falo o encarando. É bonito realmente, na minha humilde opinião fashionista os homens jamais deviam ter parado de se vestir assim, mas isso virou coisa de bonecos animados, conto de fada, nada mais. - Nós estamos no ano mil oitocentos e quarenta e cinco, senhorita. Eu não entendo a que século tanto se refere. - ele diz me encarando com os seus olhos esverdeados, realmente preocupado, como se eu estivesse realmente falando alguma bobagem. Ele é extremamente atraente, um gostoso para ser mais específica, para ele ficar perdendo tempo mentindo desse jeito. Não é? Ou ele não está mentindo? - Mil—mil e oitocentos? - eu gaguejo rindo de nervoso e ele assente. - Não... - eu balbucio sorrindo confusa e nervosa. - Nós estamos em dois mil e vinte e três. - eu lhe digo e ele abana a cabeça negativamente com o olhar preocupado dele que está me deixando mais irritada ainda. Eu não estou maluca. - A senhorita deve ter ficado muito tempo debaixo da chuva, assim que chegarmos ao palácio os doutores poderão examina-lá e poderá descansar. - ele fala e eu me calo o observando. Palácio? Que p***a é essa... Sinceramente, eu acho melhor eu ficar calada, porque nós não estamos falando a mesma língua e essa brincadeira está começando a fazer com que eu me questione coisas absurdas. Ah, Palácio—era só o que me faltava… Eu só espero chegar lá e pedir boleia para alguém que vá para a cidade novamente ou me emprestem um celular para pedir que alguém me venha buscar desse manicómio. É óbvio que eles me dirão que não têm um... Céus, aonde eu vim me meter? Que absurdo, eu só espero que essa maluquice deles não seja inescrupulosa, de psicopatas e que eles tentem fazer alguma coisa comigo. Eu espero... mas pelo que estou vendo não irão, graças a Deus, ele não desceu o olhar dele em mim, sequer uma vez desde que entramos na carruagem. É notável que está se esforçando para não fazê-lo. Isso demonstra respeito, eu espero. Em circunstâncias normais, outros estariam me comendo com os olhos. O caminho permaneceu silencioso e eu estou realmente exausta, mas não posso me dar ao luxo de dormir numa carruagem com estranhos lunáticos. Observava a chuva cair torrencialmente, quando decidi voltar o meu olhar para ele. Quando ele saiu da carruagem, ficou nítido o quão alto ele é, um metro e noventa ou mais, ele deve ter. Essa fantasia, não literalmente parece uma de tão bem que fica nele, embora não faça muito sentido usar esses trajes formais senão for pela festa que eles insistem que não estão indo. Esse terno, tem a cara de um terno feito sob medida porque tem um caimento perfeito em seu físico, que é notavelmente esbelto. Celleney, você tem mais com o que se preocupar do que com o traje e o porte físico de um lunático! Eu levanto os meus olhos para o rosto dele, que está levemente corado. Ele cora com muita facilidade, e é extremamente cativante. O seu rosto, possui traços subtis e másculos de forma simultânea, vigorosamente alinhados, numa traçaria perfeita, os traços de sua mandíbula e queixo são marcados e definidos, representando virilidade. Os olhos verdes desse homem são como duas esmeraldas brilhantes e cintilantes. Eles têm uma cor verde profunda e intensa, que parece mudar de tonalidade conforme a luz incide sobre eles. Os seus olhos são expressivos, com cílios longos que realçam ainda mais a sua beleza. O olhar que ele lança é magnético, cativante e transmite um charme irresistível. Os lábios dele são, naturalmente rosados, e faz um contraste suave com a pele acentuando ainda mais a sua atratividade. Os seus cabelos loiros são como fios de ouro subtil, com um brilho natural, alinhados, porém, pela chuva, algumas madeixas caíram sob a sua testa deixando-os, talvez, levemente desalinhados, acrescentando um toque de descontração ao seu apelo irresistível nessa roupa. Bem... ele realmente se parece com um príncipe de conto de fadas e não do mundo real, da vida real, de tão bonito que é. Os príncipes atuais, ou são muito novos, ou muito velhos, e não são necessariamente parecidos aos contos, obviamente. Celleney Peny, essa não é hora para as suas observações, atenção, preste atenção! - Eh... a cidade é longe daqui? - eu questiono-o vendo literalmente uma muralha ao longe, daquelas que barreiam um possível castelo mesmo, já com um frio na barriga e ele franze o cenho me observando. Que p***a é essa? A muralha da China? - Então, mora na cidade? - ele questiona como se tivesse feito alguma descoberta. - Eu moro em Monte Carlo... - eu balbucio o respondendo, olhando para fora atônita. Espera, isso realmente é um palácio? Um filho de um Palácio! - Eu nunca ouvi falar dessa cidade antes. - ele diz e o meu coração acelera e eu me encontro mais inquieta do que estava antes. - No meu caso não é uma cidade e sim um bairro. - eu digo exasperada tirando o meu olhar desse monumento e olhando para ele, me estressando. - Olha, eu já não estou gostando dessa brincadeira, porque estamos indo em direção a um palácio, pode dizer para a televisão que vocês estão trabalhando para fazer essa pegadinha, que eu não estou mais gostando. - eu digo ridicularizada com o que eu estou vendo. Senhor Peny, o que está acontecendo? Eu estava na oficina, eu me levantei e do nada eu fui literalmente consumida por uma luz que quase me deixou cega, vinda do relógio... E do nada, eu acordei no meio de uma floresta lamacenta enquanto chove torrencialmente, mas como? Como? Eu não consumi tanto álcool na balada para me deixar bêbada, a ponto de estar com uma falha de memória que não faz sentido e tão grande assim. - Televisão? - ele questiona confuso, e visivelmente frustrado. - Senhorita, eu realmente acho que bateu com cabeça, não entendo de que brincadeira insiste em falar. - ele diz mais sério. - Assim que passarmos os portões, as damas de companhia de minhas irmãs poderão a ajudar a vestir-se mais decentemente. - ele diz me observando e ah. Ele acabou de dizer que eu estou vestida indecentemente? - Poderá então ser examinada pelo doutor, descansar e com mais vagar poderá explicar com mais clareza o que aconteceu, para que eu possa ajudá-la. - ele diz e eu o encaro empancada, com uma confusão absurda enfastiando a minha cabeça. Ele está falando sério? Eu pisco os olhos entorpecida, com o meu coração extremamente acelerado, e atordoada. O que eu estou achando que está acontecendo não pode ser real. Não faz sentido algum. Ano mil oitocentos e quarenta e cinco... valha-me. Me deixe ver até onde eles vão com isso, eles só podem estar de gozação com a minha pessoa. Muda, eu retiro os meus olhos dele, voltando-os para a janela, e o som ensurdecedor de trombetas soando atolando os meus ouvidos, eu observo os enormes portões agora sendo abertos, e num volume absurdo. Os meus olhos veem mais dos guerreiros que estão na outra carruagem alinharem-se em volta do caminho aonde entra à carruagem. - Que porra... - eu balbucio literalmente me levantando, observando isso. Tem mulheres e homens aqui, com trajes de gala, típicos do século passado, literalmente. Isso é imenso, essa p***a não parece com nenhum cenário de novela ou filme para pegadinha, e são muitas pessoas, para que sejam contratados para apenas uma pegadinha de TV. Não há câmaras em lado nenhum, não há festa, não há nada. O meu coração ameaça sair pela boca e eu olho para tudo, tentando ter certeza se eu estou vendo mesmo isso, ou se quando eu me levantei da poltrona na oficina, caí de exaustão no chão e estou agora sonhando ou tendo um pesadelo para ser mais exacta. Eu acompanho tudo com o meu olhar enquanto à carruagem se movimenta, quando eu me sento novamente, abruptamente quando à carruagem para. Eu estou atordoada. - A senhorita está bem? - sua voz soa, me fazendo levantar o meu rosto para ele, ruborizada não de vergonha e sim de extrema confusão. - Eu estou, sim. - eu o respondo e ele me observa minuciosamente, quando a porta da carruagem é aberta, e em busca de ar, eu saio de dentro dela de imediato. Eu preciso de algum tipo de confirmação de que isso não passa de uma brincadeira de mau gosto ou de que eu estou sonhando. Os meus saltos ensopados em lama tocam o chão e os meus pés doem exorbitantemente. - Ai... - eu balbucio dolorida. É possível sentir dor no sono? Eu nunca pensei nisso. Eu retiro o meu olhar dolorido dos meus pés sujos de lama e levanto para as pessoas que estavam aqui paradas, me encarando com olhares de surpresa e de julgamento. Isso não pode ser real, só pode ser alguma fachada. Duas moças, vestidas como literalmente princesas, com tiaras na cabeça e vestidos volumosos, estão com a boca no formato de "O", e olhar de choque em mim, já o moço do lado delas, com um pequeno sorriso malicioso no rosto, porém discreto para mim e para trás de mim. Os murmúrios que vieram com a minha saída da carruagem pararam no instante em que o Henrik saiu da carruagem. - Mais uma? - o moço que estava com as outras moças, questiona e o meu coração falha. Mais uma? Uma o quê? Meretriz como aqueles... guerreiros me chamaram? - Eh... seja bem-vinda. - a moça que parece mais nova de entre as duas na minha frente diz dando um passo na minha direção. Como assim bem-vinda e não um "sorria que você está na record?" Eu sinto o meu rosto queimar intensas, o meu peito estufar por falta de controle da minha respiração que se tornou pesada. O meu olhar sai do dela e eu o levo para o meu pulso observando o relógio no meu pulso, com tudo ficando giratória no meu campo de visão, incrédula com essa hipótese. Não é possível. A minha visão escureceu completamente milésimos depois.
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