6| Tudo Pode Ser Diferente.

1042 Words
A campanhia toca, é Marcelly e diferente da roupa básica que escolhi, um calça jeans, uma regata branca e uma jaqueta de couro, ela veste um vestido de lantejoulas brilhantes prateadas e um salto alto preto. – Nossa, você literalmente não está nenhum pouco animada para essa festa – Marcelly comenta se referindo a minha roupa e á falta de maquiagem em meu rosto – Eu queria ficar bonita assim, mas infelizmente só você foi agraciada com esse rostinho liso de neném – ela brinca pegando em minha mão apressada para irmos. *** Chegamos ao casarão mais conhecido como fraternidade, no final da rua iluminado pela luz da lua que reflete por entre o telhado. Alguns carros estavam estacionados pela rua, e som alto ecoa de dentro da casa. Alguns garotos cumprimentam Marcelly, e ela é sempre carismática com todos. Sinto mãos, ao redor de minha cintura e me viro para ver quem é. – Olá garotas – um rapaz de cabelos platinados, pele não muito escura, e de olhos grandes, diz. – Am... – Marcelly olha para ele um tanto seria e ele tira as mãos de mim – Esta é Clhöe, nossa colega de turma. Ele me olha com um ar malicioso e sorri perverso. – Sou Tyler, seja Bem vinda ao casarão, meu quarto fica lá em cima, á segunda porta a direita – Marcelly bate em seu ombro – Brincadeira – ele solta um leve riso – mas fica o convite. Marcelly anda até o meio de algumas pessoas e as mesmas nos cumprimentam. – Clhöe? – uma voz doce entra pela minha audição, eu me viro para a pessoa e me deparo com o garoto loiro de olhos azuis a me olhar manso. Eu sorrio e ele me entrega uma sacola. – Sou Niall – se apresenta. – É eu... Você estava com o Louis. – Eu sinto muito – ele me interrompe – eu voltei para pegar seu livro, – explica me entregando – coloquei para secar as páginas que molharam, me desculpe por Louis, Me desculpe mesmo– disse chateado – eu deveria ter feito alguma cois.. – Obrigada Niall – sorrio em agradecimento, notando suas bochechas queimarem enquanto ele fica sem jeito. – Você quer que eu guarde para você? Posso te entregar quando você for embora – Niall me impressiona com sua mansidão e voz calma – Meu carro está do outro lado da rua eu guardo lá. Eu assinto entregando o livro para ele e Marcelly me olha sem entender nada. – Vem comigo Clhöe – ela me puxa pela mão levanto–me até o bar, e eu me surpreendo em ter um bar dentro de uma casa. João também está lá, junto de Violette que também está muito bonita. Não muito longe dali, eu o vejo. Ele está a me olhar duramente com o copo de bebida na mão sentado ao lado de Louis que me olha com tanto ódio, como se minha presença o impedisse de respirar. Sinto um arrepio dos pés á cabeça, só de pensar o que ele pode estar pensando sobre a minha pessoa. – Quer alguma coisa? – Marcelly estende um copo com bebida dentro. – Não obrigada – n**o desviando meu olhar dele. – O que foi aquilo que Niall te deu? – me pergunta curiosa. – É uma longa história – digo. Ela está inquieta, vejo que ela brinca com os dedos, vendo as outras pessoas dançarem. – Vai lá – eu digo – Eu vou ficar bem – Antes que eu termine de falar, ela me leva até aonde as pessoas dançam – Vamos Clhöe, dance um pouco, você anda muito parada. Eu me afasto dali sem jeito e vou para a varanda onde não tem ninguém. O vento sopra contra meu rosto e gotas bem finas caem sobre mim. Me abraço e observo o céu. O que mais eu esperava? Nunca gostei de festas, e claro que nesta não iria ser diferente. Algumas pessoas dançam, Marcelly e João estão no meio delas, outras bebem e conversam, algumas se beijam pelos cantos, e outros fumam em grupinhos. E eu estou sozinha, a observar eles todos. Eu não devia ter vindo. A música está a martelar minha cabeça, minha cabeça já dói com a música alta. Violette se aproxima com dois copos de bebida e me oferece um. – Vai me dizer que você está até agora sem beber nada... – arqueia as sobrancelhas – Bebe vai, só um pouco – insiste e eu acabo cedendo. Dou um longo gole, e o liquido desce pela minha garganta, como fogo, ardendo em meu estômago. – Wow, vamos com calma Clhöe – entrego o copo de volta para ela, e ela termina de beber, rindo de mim. Styles continua sentado no mesmo lugar, a me encarar, talvez esteje incomodado com minha presença. – Ei Clhöe, vem dançar – João diz com um sorriso no rosto, e só agora percebo em como ele é belo – Ah vamos, o que adianta ter vindo e não se divertir? – cruza os braços – escute Clhöe, aqui as coisas podem ser diferentes, á quanto tempo você não dança? esqueça por uma noite quem você é, se solte, isso não é errado. João tinha razão, aqui em Brighton, as coisas podem ser diferentes, aqui eu posso tentar ser diferente. Há quanto tempo eu não danço? Se é que ainda sei. João me pega pela mão, e quando percebo, a música domina meu corpo inteiro. Eu me rendo á música, movendo meu corpo no ritmo da mesma. Alguns corpos se chocam contra o meu, mas todos dançam em uma harmonia só, em poucos minutos eu me esqueço completamente da Onomatofobia. Estou no meio de todos eles, estou me misturando, sem me machucar, sem me preocupar com o que pode acontecer, como era antes. – Não sabia que você dançava tão bem – João sorri. – Nem eu – confesso. – Você fica mais bonita sorrindo, no meio das pessoas – ele diz dançando. – Am... Obrigada, mas eu prefiro não ser tão notada – um sorriso fechado sai dos meus lábios. Continuamos um bom tempo dançando. E ri muito dos movimentos que João fazia. Styles continua ali... Não, Styles não está mais ali. Me viro, a procura dele. E minha cabeça se choca contra seu peito.
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