"Você olha pra mim como se estivesse pedindo para mim chegar mais perto. Mas você sabe que deveria me mandar para bem longe de você" – Styles
. . .
– Me desculpe – digo no segundo seguinte que me afasto dele.
Styles morde o maxilar e me encara firmemente enquanto eu sem perceber, fico ofegante por algum motivo.
– Vai ficar parada aí, bloqueando a passagem? – pigarreio com a pergunta dele e dou um passo para trás.
– Am, eu, me... Me desculpe.
– Não quero suas desculpas, só quero que saia da minha frente – ele resmunga e passa por mim me fazendo suspirar.
Ele realmente não gosta de mim. Parece que minha presença o incomoda por algum motivo. Eu só queria entender o por quê.
Só queria saber o por quê de eu me sentir triste por isso também. O que aconteceu hoje a tarde foi um aviso para mim. Ele me viu em pedaços nem ao menos se importou com o que ia acontecer e foi embora. Eu só queria saber o por quê.
Sim, já me falaram que é um direito dele me odiar, sem que eu possa impedir, e eu que deveria ficar longe, mas eu preciso saber o por quê.
Antes que eu me dê conta estou indo atrás dele. Sim, atrás dele, como um metal sendo atraído pelo ímã.
Ele percebe que estou o seguindo e num movimento brusco e rápido, me pegando de surpresa, ele se vira e me puxa pelo braço até a sacada da casa.
– Qual o seu problema garota? – ele vocifera me prensando contra a parede.
– Eu... – meus olhos se arregalam enquanto eu ofegante pouso minha mão em seu peito o impedindo de chegar mais perto.
– Por que você está me seguindo?
– Eu só... Por que você me odeia? – Styles ri em deboche com a minha pergunta.
– Eu não te odeio, só te acho uma tola – meus lábios se abrem num perfeito o, com a resposta direta dele que dá as costas em direção á festa novamente.
– Por que você fez aquilo á tarde? Na livraria?
Ele morde o maxilar novamente para mim.
– Quem trouxe você para essa festa? – arqueio a sobrancelha – só me fala quem trouxe você pra cá Clhöe, o Louis está aqui e se ele fez aquilo hoje a tarde sem ninguém vendo, imagine o que ele é capaz de fazer aqui, numa festa.
– E por acaso você se importa?
– Não. Mas você deveria me escutar, você não conhece ele – ele responde jogando os cabelos para trás.
Por Deus, o cheiro da colônia dele me põe em êxtase total.
– E nem quero – ele revira os olhos e respira fundo se aproximando de mim, eu recuo dando um passo para trás, mas tento manter minhas palavras firmes – Olha, eu não vou permitir que você e seu grupinho faça aquilo de novo, eu... Eu não quero que me odeie por um lugar, ou por causa de um armário, mas já que você odeia, fica longe de mim tá bom – percebo que acabou meu espaço e estou cercada pelo olhar dele que se aproxima de mim novamente apoiando as mãos na parede ao redor de mim.
– Não vai permitir o que? As minhas palavras, as de Louis, a de Niall? Qual é Clhöe, qualquer um pode fazer aquilo com você – ele debocha – E você que eu fique longe de você? Mas foi você quem veio atrás de mim Clhöe – meus lábios se abrem porém não emitem som algum.
– Por favor, não diga nada Styles – minha voz sai tremida por um vacilo.
– Ué, está com medo agora? Não parou para pensar que seus amiguinhos também falam essas palavras?
É impossível olhar nos olhos dele por muito tempo, é como uma espécie de transe, o verde é tão intenso e vivo, mas é um olhar duro, como se fosse desvendar todos os seus erros.
Tento afastá–lo de mim, mas ele já está tão perto a ponto de eu poder sentir sua respiração.
– Não chegue mais perto – digo e fecho os olhos fortemente tentando acalmar minha respiração – por favor Styles, não me beije.
– E não vou – ele diz parado a centímetros de mim.
Respire e expire. Respire e expire. Respire e expire. Digo para mim mesma tentando me acalmar.
– Acho melhor você voltar para casa antes que alguém te machuque Clhöe – Styles diz aproximando sua mão ao meu cabelo e coloca uma mecha de meu cabelo, atrás de minha orelha.