Styles me puxa para junto de si, movendo os pés lentamente. Sem saber para onde mover os pés, eu imito os movimentos dele, levando minhas mãos á sua nuca, enquanto os outros ao nosso redor também dançam em silêncio.
Dessa vez eu conheço a música que toca, mas mesmo sabendo, não faço a menor ideia de como dançar.
– O que aquele b****a estava falando com você? – ele sussurra em meu ouvido.
– Qual dos babacas? – pergunto também me referindo ao reflexo dele no grande espelho da sala e ele sorri em vacilo.
– Você está debochando de mim Clhöe? – ele dá um aperto de leve em minha cintura.
– Foi só umas brincadeira – digo e ele levanta meu queixo.
– Brincando comigo? – eu mordo o lábio e ele sorri mais uma vez vitorioso.
– Não sorri assim para mim Styles – digo e ele me gira depois me segura pela cintura firmemente.
– Por que não?
– Porque sempre que você sorri assim, é como se você tivesse ganhado mais uma – confesso e ele ri pelo nariz sem entender.
– Olhe para o espelho Clhöe – ele aponta para o grande espelho no qual estamos na frente.
Pelo espelho, podemos ver, todos dançando. Tabitta, Megan, Cristian e os muitos outros. Posso ver Malu caminhando pela grande sala olhando para o chão provavelmente para nossos pés.
Piso em seu pé novamente e Styles levanta a cabeça acariciando meus cabelos me fazendo encostar a cabeça em seu peito.
– Olhe para o nosso reflexo Clhöe, – ele diz baixo virando minha cabeça para o lado do espelho – Não feche os olhos – percebo que estou com os olhos fechados, e quando os abro, vejo que Styles me olha pelo reflexo.
Pelo espelho, continuo a observar nossos corpos colados enquanto dançamos. Vejo meus olhos arregalados, minhas mãos agarradas em sua nuca, e meus pés se movendo ridiculamente, totalmente fora do ritmo da música. Styles pelo contrário, carrega no rosto a mesma expressão fria, suas mãos estão pousadas em minha cintura, e os pés perfeitamente sincronizados com o ritmo lendo da música.
– O que você está vendo? – ele sussurra apreensivo me olhando pelo espelho.
– Nós dois – engulo o seco, enquanto ele balança a cabeça negativamente.
– Não Clhöe, não foi isso que eu mandei você observar – ele fala como se eu fosse uma lesada e não soubesse o que ele quer dizer – Vê como a gente é diferente – ele desliza suas mãos sobre meus quadris me fazendo – Você é tão boa e eu... r**m para você.
– E o que conversamos ontem? – questiono e ele suspira.
– Ontem eu e você estávamos bêbados – ele responde e eu arqueio a sobrancelha.
– Você me deixa confusa. É bipolar ou o que Styles? – ele n**a – Você vai me pedir para ficar longe de você de novo? – dessa vez eu paro de dançar no meio da sala.
– Vamos lá pessoal! Troquem os pares – ordena Malu – Clhöe vá com o Cristian – mas eu hesito e me n**o – Quer continuar dançando com Styles? – não respondo.
– Ela mandou trocar de par Clhöe – Styles diz e dá as costas saindo da sala então vou atrás do mesmo e o puxo pelo braço no meio do corredor.
– Por que está fazendo isso agora? – questiono – E o que você me disse ontem?! Por que você insiste em querer ficar longe? Você é louco?!
–Por Deus Clhöe, será que você não vê? A gente nem devia estar se metendo um com o outro,
– Ãh não? – debocho – E por que?
– Porque a gente é diferente, você é diferente.
– Só por causa da fobia? E o que você me disse ontem? Sobre eu ser tudo o que você tinha?!
– EU ESTAVA BÊBADO! – ele berra me prensando contra o armário – Olha, nós não vamos ter um romance clichê Clhöe, eu só te salvei daquele suicídio, você não precisa querer retribuir – meus lábios se abrem num perfeito 'o'
– Então você acha que eu estou tentando fazer isso? – digo no mesmo tom – Acha que eu estou tentando retribuir sua ajuda Styles? – ele assente frio e eu mordo o lábio enquanto meus olhos lacrimejam – EU NÃO QUERIA QUE VOCÊ TIVESSE ME SALVADO! UMA PESSOA QUANDO QUER SE m***r, ELA REALMENTE QUER SE m***r E NÃO FICA FELIZ QUANDO SALVAM ELA! – berro e dou as costas
– Ah claro, então fique tranquila, por que dá próxima vez, eu não vou te atrapalhar! – ele retruca e eu assinto secando uma lágrima que escorre sem meu comando.
Dou as costas dali, antes pegando minha bolsa, e saio correndo rumo ao portão de saída.
Corro o mais rápido que posso, sem olhar para trás e sem me importar se deixei minha blusa de frio lá, ou se estou com a calça da aula.
Como pude pensar que algo mudaria depois de ontem?
Deixo minha bolsa, cair no chão, e pego rapidamente. Passando pelo portão, do outro lado de rua, Diana acena para mim.
Eu engulo o seco e me permito parar de correr.
– Clhöe – ela diz meio assustada com o que vê e um soluço sai da minha boca, e ela me abraça sem aviso – Achei que seria legal eu vir te buscar para ir lá em casa – ela fala sem jeito – O que houve querida?
– Me tira daqui. Me leva para qualquer lugar longe dele – minha voz sai mais desesperada do que pensei que sairia