Capítulo 13

1657 Words
Olivia Ainda podia sentir o gosto dele entre os meus lábios, aquela massa de carne, quente e tão vulnerável, me enchia de vontade de experimentar de novo. Mas não poderia luxar, pois havia restrições. Enquanto o olhava dormir todo troncho naquele sofá, que para o meu corpo se moldava tão bem, me subiu uma pena. Mas não o suficiente para desistir dele. — Acorda soldado, são cinco da manhã e você tem a sua corridinha, lembra? Ele estava dormindo com as costas viradas na minha direção, pernas encolhidas, ombros curvados, os braços abraçando o próprio corpo. Sua respiração subia e descia com a tranquilidade abençoada pelos seus queridos Deuses. Mas não deixaria ele me fazer de trouxa novamente, porque hoje iria segui-lo lado a lado para saber como aquela loira aguada entrou no meu territorio. Peguei o meu celular, procurei rapidamente um som de trompete militar, colocando no volume máximo, e botei para quebrar a boca do balão. Segundos depois Pablo deu um pulo nefasto daquele sofá, batendo continência como se estivesse no pelotão do exército. Ri disso sem demonstrar misericórdia, reparando sua feição desapontada ao olhar o que fazia com ele. Nervoso pegou o aparelho da minha mão com certa agressividade, mas não ousou me machucar, fazendo-me rir ainda mais da sua atitude raivosa. Abaixou o som, em seguida jogou com força o ma.l que o atormentava. — O soldado deveria estar acostumado com isso. — Cruzei os braços deslizando o olhar daquele rosto feroz, antes que me excitass.e. Gostava dessa visão, me dava tesã.o. Depositei meus olhares sinuosos na frente da sua bermudinha sacana de dormir. — Parece pronto para o que der e vier, assim que eu gosto. Fiz biquinho, pronta para dar uma bulinada nele, mas o mesmo desviou do meu toque de forma inteligente e calculista. Adorava desafios, deixava tudo com um sabor melhor. — Estou acostumado, Olivia, mas como sou um soldado ciente onde durmo, fiquei preocupado com a sua segurança. O sorrisinho que ainda existia no canto da minha boca se desfez depois dessa informação. — Tá legal então. — Cocei a sobrancelha como se realmente estivesse uma coceirinha ali, mas não, estava sem graça pela brincadeira. — Se ajeite, e ponha uma blusa dessa vez. Vou contigo fazer essa caminhada. Pablo piscou várias vezes, submerso, como se só agora visse o que sua adorada esposa estava vestindo. — Isso mesmo, roupas de corrida. — Me virei, levantando a ponta da regata para mostrá-lo como havia ficado a legging no meu traseir.o. — Diz que estou gostosa, fala! Coloquei o dedo na boca enquanto dava-lhe uma piscada muito sensual. — Certo. Muito deliciosa, mas pode cobrir mais essa parte aqui? — Apontou diretamente para as minhas nádega.s. Bufei virando-me de frente a ele, executando bruscamente um nó na blusa, arrastando na parte lateral da barriga, mostrando até o umbigo. — Teimosinha como sempre, né? — Faço minhas próprias escolhas. — Estou vendo — falou indo para o quarto se trocar. — E dessa vez ponha uma regata maridinho! Não quero nenhuma sirigaita escorregando no que é meu. **** Pablo A caminhada estava até boa, mas a diabinh.a parecia não conseguir me acompanhar. — Pablo, você tem pernas mais longas que as minhas, não é justo. — Mentira. — Continuei a andar. — Aposto que tem um metro somente de pernas, só de olhar deu para reparar. Então você pode e deve caminhar com passos mais largos. Fará bem para a sua saúde e a do… — nosso bebê. — Completou em um tom mais ameno, fazendo-me parar de andar. Olivia parou também, imitando-me. A segurei pelos ombros ao sentir que poderia desmaiar a qualquer momento. Será que fui muito dura com ela? Não devia ter aumentando o tempo que costumo fazer nas caminhadas. — Quer água? Um docinho? Está se sentindo bem? Olivia parecia que ia desmoronar, cabeça baixa, o corpo parcialmente envergado, apoiando as mãos em seus joelhos, e a respiração ofegante. Porém, quando ergueu lentamente sua cabeça forçando a visão ao manter os olhos franzidos, olhou para o lado, na lateral da minha barriga, como se tivesse encontrado algo ali, se empertigou todinha. Ficando reta e aparentemente recuperada do ma.l estar, ainda permaneci aparando-a pelos ombros, sem compreender a sua súbita mudança. — Ah… Então é aqui que essa v***a de quinta categoria mora? — O que? Do que você está falando, Olivia? Ela franziu o cenho tirando as minhas duas mãos dela, o olhar frio que jogou em mim, quase me fez sentir calafrio nos ossos. Que mulher macabra. Respirando firme olhei para onde havia olhado, e de uma certa distância considerável, me deparei com a Solange saindo de uma das casas do meu bairro. — Mas que p***a é essa? — Eu que tenho que perguntar, Pablo. Olivia não perdeu tempo, pois se colocou a passos bem mais largos e precisos do que antes. Então o que lhe faltava era determinação? Ódio? Apressei o passo para acompanhá-la, o que quer que fosse fazer, não seria nada bom diante do possível ciúme que a cegava. Ela era um touro feroz, e a Solange o pano vermelho. O que me restava era ser o toureiro ou o juiz da arena? Minha mente estava um caos em meio a tantos conflitos, que ao meu ver eram desnecessários. Como uma pessoa podia ser tão braba assim? Nem o porn.ô a sossegava! Adiantei-me para andar na frente dela, pondo-me a dar leves corridinhas de ré. — Ela tem todo o direito de morar onde bem entende. — Eu sei, só vou refrescar a memória sequelada dela. Afinal ela se roçou em você, e a única que pode se aproveitar de você sou eu! — Hu! Dando uma de possessiva agora, fofa? — Tentei fazer uma voz mais feminina, mas falhei miseravelmente. Olivia revirou os olhos. — Não sabe brincar, não brinca, caralh.o. — Hei! Só estou tentando evitar um conflito com ela, pois o que eu desejo de verdade, está brava aqui na minha frente. — Não se preocupe. — Apertou os lábios. — Continuarei sendo a fonte inesgotável do seu desejo, depois de quebrar os dentes daquela pilantra que está vindo para cá. Sorrindo e mostrando os dentes! Olivia estava possessa. Ao me virar, desistindo de me tornar um escudo humano, encontramos Solange em suas roupas nada provocativas; top decotado e shortinho. Olivia a olhou de baixo para cima, colocando as mãos nos quadris. Pronta para arrumar uma briga desnecessária. — Olha, que coincidência encontrar o casal vinte, correndo juntos. Ai que fofos. — Deu uma sacudida nos ombros. — E aí? Como vai a lua de mel sem uma viagem digna para comemorar? — Bebeu um gole do seu shake de proteína, enquanto eu e a Olivia ficamos ali parados olhando para a sua feição debochada. Ai Jesus! — A keng.a não tem vergonha mesmo, não é? Solange cuspiu a vitamina, olhando para a minha esposa com raiva. — Olha aqui… — Tentou se aproximar e tive que intervir, ficando no meio das duas. Pondo a Olivia atrás de mim mesmo que ela não queira. — Seu projeto de vadi.a! Você me respeita hein! — Quero saber, veio morar aqui justamente para ficar se encontrando com o meu marido, sua vac.a sem leite? Solange bufou na tentativa de alcançá-la. — Se encostar nela, te dou voz de prisão. Tenho o meu direito como cidadão. E Olivia, vamos para a nossa casa. Já estava me virando pegando na mão da minha esposa quando a voz dela veio sem pesar as consequências. — Esse filho nem seu é, por que ficar com uma mulherzinha dessas que na primeira oportunidade vai lhe trair? — Continua a andar Olivia. — murmurei apertando sua mão de leve, torcendo para que me obedecesse. A olhei vendo-a com a face carrancuda mas sem fazer menção de corresponder às ofensas da outra. — Pablo só está com você por causa desse bebê! Olivia parou sufocando uma raiva descomunal. No entanto, ainda segurando firme na minha mão, se abaixou e pegou algo imaginário no chão. Ao se virar na direção da Sol sem me soltar, ela projetou como se jogasse algo na minha ex. A loira tomou um susto, achando mesmo que a Olivia havia jogado uma pedra nela. — Deve ser por isso que ele não está contigo, mocrei.a. Porque nem isso você pode dar a ele. Em seguida se virou e voltamos a caminhar. Fiquei pasmo com sua atitude, mas m*l sabia ela que havia descoberto o ponto fraco daquela infeliz enfermeira. — p**a, zero, mulher do soldado, um. — Olivia, esses episódios recorrentes de estresse, foram todos desnecessários no meu ponto de vista. Vamos falar com o seu obstetra para lhe passar algum calmante natural. — Quer que eu me acalme, Pablo? Quer que sua gravidinha fique mansinha? — Seria um sonho realizado devido às últimas circunstâncias. Então posso marcar a consulta logo? — questionei vendo uma solução no final do túnel. — Não precisa. — Ela me olhou seriamente. — Por que? — Porque você é o único calmante que a minha xot.a precisa, Pablo. Fiquei em choque com suas palavras. — Então vamos encerrar essa baboseira e partir logo para a penetraçã..o, é disso que eu preciso. Verás como vou me comportar depois de uma boa pirocad.a. Mesmo estando abismado com tanta sinceridade, por um instante reavaliei a nossa situação e pensei numa solução plausível. — O soldadinho está reconsiderando? — Estou, mas no meu tempo. — Então estou pronta para o segundo round. Ela ameaçou voltar para ir atrás da Solange, mas a impedi, parando de andar e segurando naquele rosto pecaminoso. Obrigando-a a olhar para mim, mesmo estando completamente put.a comigo. — Eu… cedo… Olivia abriu um largo sorriso vencedor. — Mas… — Respirei fundo antes de falar. — só se for… anal. Olivia olhou-me completamente embasbacada, enquanto sentia as minhas bochechas queimarem de vergonha. Eu nunca fiz isso na vida.
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