Contando os minutos.

2678 Words
Para Arthur, as horas foram incansáveis, independente do esforço que precisou fazer para se encaixar com o corpo cheio de curvas. Começaram com o jogo provocativo e sensual escolhido por Betina, e logo, a parte mais esperada por Arthur, o prato principal: Se deliciar com cada centímetro macio das partes da garota. Arthur precisou baixar um aplicativo específico para aquele tipo de jogo, e parecia uma espécie de verdade e desafio, porém, sendo mais apimentada. O final foi exatamente como ele esperava: os dois completamente n.u.s, e agora, ele poderia apreciar melhor aquele monumento. - Você tem um sinal diferente aqui no pescoço. Tem uma marca de lua.- Murmurou o rapaz, tocando a parte detrás do pescoço de Betina. A manchinha era de uma cor castanho-claro, e parecia mesmo com uma lua. Ele tocou o lugar com os lábios, executando fricções suaves. O cheiro de Betina era mesmo um afrodisíaco, e a pele macia o deixava completamente mergulhado em um êxtase frenético. - Diferente de um jeito bom?- Betina mordeu os próprios lábios, enquanto o jovem beijava a curva delicada do seu pescoço, por trás, suas mãos hábeis já alcançando o abdômen definido, e subindo insinuantemente pelos contornos esbeltos da cintura, até chegarem próximas aos s.e.i.o.s médios e femininos. - Diferente de um jeito ótimo.- Respondeu com a voz rouca, virando-a abruptamente para frente, e a mantendo pressionada em si. O m.e.m.b.r.o de Arthur já estava duro, inflamado de desejo. Ele pulsava desesperadamente, implorando para atender a sua maior necessidade. Necessidade que Arthur sabia que só iria aliviar quando estivesse dentro dela, sentindo o calor interno interno do corpo febril, sentindo a forma com que a i.n.t.i.m.i.d.a.d.e de Betina o acolheria. Ele engoliu a boca dela em um beijo lento, sua língua invadindo e contornando a pele macia que revestia o lugar. Um explorou a boca do outro, degustando o sabor, sem pressa. As mãos grandes e masculinas encontraram a curva volumosa das nádegas, apertando-as e abrindo-as, antes mesmo de erguer a garota no colo. Ela envolveu as pernas ao redor dele, e suas mãos seguraram as mechas espessas e escuras do cabelo do homem. Uma delas delineava uma sombra logo acima dos olhos, e Betina a afastou, logo depois de parar o beijo e afastar um pouco o rosto, para encará-lo. Arthur estava lindo com as bochechas vermelhas e a respiração ofegante. - Acho que podemos nos entender muito bem.- Disparou Betina, em um murmúrio. - Você acha?- Arthur torceu o cantor da boca em um sorriso malicioso, levando o rosto de encontro a jovem, mais uma vez, beijando-a com veemência. Caminhou com ela em seu colo até a grande cama redonda, jogando a jovem sobre os travesseiros, e se colocando por cima dela, uma de suas pernas no meio das pernas dela. A beijava enfaticamente quando Betina girou o quadril para o lado, jogando o rapaz por debaixo dela, e montando sobre o mesmo, como uma leoa. Por cima dele, Betina assumiria o controle da situação, exatamente como gostava. Ela era a própria Deusa Vênus, observou Arthur. Sentada no colo dele, com os s.e.i.o.s bem desenhados apontando para a frente, a barriga lisa contraída, os cabelos escuros emaranhados, e o sorriso em uma linha torcida. Também estava corada de desejo, e aquilo amaciou e muito a masculinidade de Arthur, por saber que aquilo se devia a ele. Betina segurou o pescoço de Arthur, em seguida, apertando o lugar apenas para sufocá-lo um pouco. Sentada sobre o m.e.m.b.r.o n.u e enrijecido, ela movia o quadril em ondulações inconstantes, provocando a ereção dele. - Isso é uma tortura.- Grunhiu Arthur, deitado na cama, exatamente como Betina o deixou, antes de rebolar por cima do mesmo. - Uma tortura que vai te fazer explodir muito antes do que imaginar.- Disse, com um tom insinuante. - É mesmo? Olha que eu sou exigente, não adianta se superestimar…- - Um minuto.- Disse Betina, arrastando-se para baixo, roçando a sua i.n.t.i.m.i.d.a.d.e vagarosamente, por cima do p.a.u duro. - Como é?- Perguntou, sem entender o que ela pretendia. - Um minuto….- Disse, não disposta a explicar nada. Ela saiu de cima de Arthur, se colocando de joelhos, na frente dele, no chão coberto pela tapeçaria. Entre as pernas do rapaz, posicionou o seu rosto, e logo depois, abocanhou o s.e.x.o do homem. Envolveu toda a extensão com a boca, a pele macia e salgada deslizando pelos lábios, passeando pela cavidade molhada. Arthur gemeu assim que sentiu o contato úmido e aveludado. De imediato, agarrou os cabelos escuros da moça. Já não importava o que ela queria dizer com “ um minuto”. Já não importava nada, estava completamente submerso naquela frenesi sensual e excitante. Perdeu mais ainda os eixos quando a língua experiente atravessou a pele sensível da glande, e explorou todo o comprimento do m.e.m.b.r.o rosado. O p.a.u de Arthur pulsava com intensidade na boca dela. Ele sabia que só bastava mais um pouco… Bastou Betina aumentar a velocidade para que algum ponto quente e sensível se rompesse do meio da barriga de Arthur, para que o jato quente e leitoso jorrasse do s.e.x.o dele. A moça não parou por ali. Mesmo enquanto o seu parceiro gozava, ela o m.a.s.t.u.r.b.a.v.a enfaticamente, até que a i.n.t.i.m.i.d.a.d.e dele perdesse a rigidez. O jovem grunhiu e gemeu, erguendo a cabeça lá para o alto, com os olhos fechados, apenas se limitando a sentir. - Como eu te disse… Um minuto.- Murmurou Betina, quando havia terminado a primeira parte do seu show. Não precisou de palavras para explicar suas ações. Elas se explicaram por si próprias. Arthur entendeu o que ela quis dizer, mas continuou imóvel, com a cabeça para cima e os olhos fechados. Aquela foi a primeira vez que havia experimentado agarrar um pedaço do paraíso. … Na manhã seguinte, Arthur m.a.l conseguia ficar de pé. Seu quadril doía muito devido ao esforço, como se fosse um adolescente fazendo amor pela primeira vez, e sofrendo as consequências disso. Chegou em casa já de manhã, praticamente carregando o próprio corpo, do tão cansado que estava. Seu pai não permitiu que dormisse até o meio dia. Assim como Alan, seu irmão mais velho, Arthur precisava ser perfeito. O problema era que não é nada fácil ser perfeito. - Me deixa dormir.- Resmungou Arthur, ainda com a cabeça deitada por cima dos travesseiros. Sequer se deu ao trabalho de abrir os olhos. - Você tem um almoço na casa dos seus sogros. Todos nós temos, e não vou permitir atrasos por sua culpa. Não vou deixar que nos achem irresponsáveis porque você não sabe cumprir horário.- Rosnou Edgar, irritado com a conduta de seu caçula. - Eu tenho mesmo que ir?- Arthur gemeu, em desaprovação. - Eu não tenho que responder isso, tenho?- O mais velho ergueu uma das sobrancelhas grisalhas, lançando um olhar áspero para o outro. - Cinco minutos.- Disse Arthur, na tentativa de negociar. - Perfeito. É o tempo de buscar um balde de água bem gelado.- Cansado de ser ameaçado, o rapaz ficou de pé. Não tinha mesmo como evitar o almoço com os sogros, principalmente porque era o aniversário da avó de sua noiva. Seria imperdoável uma falta como aquelas. Arthur precisou beber uma garrafa de energético para conseguir ficar acordado. Chegou pontualmente na casa dos sogros, com a ajuda de seu pai, que não desistiu de estimulá-lo a fazer tudo com pressa. A primeira a recebê-los foi a própria Beatriz, sua noiva, que estava em expectativa com a chegada de Arthur. Ela gostava de exibir o seu status civil na cara de todos da família. E era uma grande família. Todos parentes de Otto, inclusive a aniversariante. A mesa da sala de jantar estava com quase todos os lugares preenchidos, parecia até natal. - Está atrasado.- Disse Beatriz, logo depois de pousar um beijo rápido nos lábios do homem. - Estava com dor de cabeça.- Confessou Arthur. Demorou no mínimo uns dez minutos para lidar com a ressaca. Acabou exagerando no vinho branco e no champanhe, além das doses extras de s.e.x.o que teve com a sua Rubi. “ Sua Rubi”. Ele amava como o nome da jovem soava em sua boca. - É por isso que não gosto de despedidas de solteiro.- Disse Soraia, mãe da noiva, se aproximando repentinamente dos dois. Ainda estavam parados no meio da sala de estar, uma reta longa até a porta que dava para o elevador. - Servem apenas de pretexto para que os homens caiam na esbórnia. - Eu preferiria que o Lucas tivesse ido…- Beatriz tentou dizer algo, mas sua mãe a interrompeu. - Não pensou que eu permitiria que o seu irmão participasse de uma sem-vergonhice dessas.- - Mãe, o Lucas já tem dezoito anos. Pare de tratá-lo como se fosse um bibêlo.- - Seu irmão nasceu muito doente. Passou sete anos de sua vida em um colégio interno, com cuidados redobrados, para não forçar os pulmões.- Beatriz decidiu não rebater mais. Sua mãe era irredutível. Quando decidia algo, não adiantava tentar convencê-la do contrário. Lucas era o filho caçula de Soraia e Otto. O menino era dois anos mais novo do que Beatriz, e teve meningite pouco depois de nascer. Quando estava com aproximadamente dois anos de idade, descobriram que o menino tinha asma. Daí, Soraia convenceu Otto a colocá-lo em um colégio interno. Na época Soraia era apenas amante do seu atual marido, já que a primeira mulher dele, Alice, ainda era viva, mas já estava muito doente. Foi um período muito difícil para o homem. Durante sete anos, Lucas viveu em um colégio interno. Ia para casa nas férias, e sempre era um problema para voltar. Depois, quando finalmente ganhou sua liberdade, ele optou por morar com Cecília, sua avó paterna. Tinha um certo rancor da mãe por tê-lo afastado daquela forma, por mais que fosse doente. O fato de uma pessoa ter asma, não era pretexto para interná-la. Agora, com seus dezoito anos, começando a faculdade de odontologia, Lucas ainda morava com a avó, e mesmo assim, Soraia não perdia a oportunidade de interferir na vida do rapaz. - Vou voltar para a mesa, não é educado deixar os convidados sozinhos. Isso serve para vocês dois, não demorem.- Falou a mulher, novamente, antes de se afastar. Arthur continuava calado. Não queria entrar em detalhes de sua noite com a sua noiva. Não queria lembrar de Rubi bem na frente dela. Por isso, estava prestes a seguir os seus pais e os seus sogros, quando Beatriz o segurou firme pela curva do cotovelo. - Não vai se livrar de mim assim tão fácil.- Disse Beatriz, usando um duplo sentido intrigante em sua voz. O que aquilo significava? Arthur gelou. Para ele, as palavras ocultas de uma mulher tinham muito a revelar, não importava quais fossem. Beatriz sabia que ele esteve em uma casa de prazeres. E não qualquer casa, a de madame Lúcia, Arthur tinha certeza que ela sabia. Sofreu antecipadamente, óbvio, porque Beatriz não fazia ideia. - Lá na casa do Fernando… Tem certeza que só tinha homens?- Ele tentou suspirar, aliviado, sem ser muito óbvio. Ao que parecia, Beatriz sequer suspeitava da verdade. - Claro que não. Apenas nós. Bebemos, conversamos…- - Ninguém contratou nenhuma dançarina?- Beatriz arqueou uma das sobrancelhas, usando um tom de voz que deixava claro que estava duvidando muito das palavras de Arthur. - Não, meu amor…- Arthur levou uma de suas mãos a pousar na nuca da jovem, e a puxou delicadamente contra si.- Nenhuma mulher, porque a única mulher que eu quero, estava em um SPA, com as amigas.- Continuou, depositando um beijo leve nos lábios femininos. - Você é persuasivo demais para o bem da minha sanidade mental.- Beatriz envolveu os dois braços ao redor do pescoço do rapaz, aconchegando-se melhor nele. - Eu amo você, Beatriz. E ninguém nunca vai mudar isso. Você é a mulher perfeita para mim.- Murmurou Arthur, contra a cabeça dela. A jovem apenas sorriu, mais do que satisfeita com aquela declaração. Arthur era um canalha mentiroso e sabia disso. Sim, Beatriz era a mulher perfeita para ele. De boa família, de posses, assim como ele, e de fato, Arthur nutria um grande afeto pela jovem, mas não sabia se era amor. O que sabia, naquele momento, era que não parava de pensar na sua linda Rubi. Estava perdidamente apaixonado por ela, encantado com todos os atributos e qualidades que se reuniam em uma única mulher. Ela era linda, inteligente, astuciosa, perspicaz e experiente. Além disso tudo, tinha um brilho de melancolia no fundo daqueles olhos verdes e expressivos, que a tornava muito misteriosa. Rubi era intrigante demais, e mexia com Arthur. Ela tinha algum poder que fazia com que o rapaz pensasse nela a cada minuto. - Agora sim estou convencida. Não pode me culpar. Com um noivo tão bonito, muitas mulheres por aí querem olhar para onde não devem, mas eu não hesitaria em arrancar os olhos de cada uma delas.- Beatriz se afastou dos braços de seu noivo, recuando alguns passos para trás. Beatriz era linda, isso ninguém podia afirmar o contrário. Com seus olhos cor âmbar, e seus cabelos, dourados, como os de um livro de contos de fadas. Era alta e esbelta, não tinha o corpo cheio de curvas como o de Rubi, mas muito bem desenhado. Tudo na proporção certa. A moça era delicada e sútil, embora tivesse uma inteligência afiada - e uma língua mais afiada ainda-. Arthur se apaixonou por ela desde a primeira vez que a viu, em um evento da empresa de seu pai. Foi quase tão arrebatador quanto à primeira vez que viu Betina, ou Rubi, que era o pseudônimo pelo qual Arthur a conhecia. - Duvida que eu seria capaz de chegar a tanto?- - Eu? Jamais. Você não costuma falhar com suas promessas.- Arthur caminhou alguns passos para a frente, agarrando-a pela cintura, com as duas mãos, firmemente, e tornou a puxá-la para si, dessa vez, a surpreendendo com um beijo veemente. Aquilo teria se prolongado, e até resultaria em algo mais explícito, se um pigarro não os interrompesse. Os dois se voltaram para a frente, assustados, e até envergonhados. Nada foi fácil quando viram Otto Valente bem de frente para eles, e pela cara de poucos amigos, não ficou nada feliz com o que tinha acabado de presenciar. - Temos um almoço em desenvolvimento, e só faltam vocês dois.- Falou o homem mais velho, amargo. Não é que Otto não aprovasse o genro, ou algo do tipo. Só que, com o passar dos anos, havia se transformado em um homem seco, sem muitos motivos para sorrir. Primeiro, porque constantemente se culpava da morte de Alice, sua primeira esposa. Segundo, porque tinha remorso da surra que deu em sua filha mais velha, Betina. E graças a essa surra, a garota sumiu no mundo. Qual teria sido o destino de Betina? Estava viva? Vivia em algum cativeiro? Durante anos, ele procurou por sua filha, mas nunca anunciou o seu sumiço, seguindo um conselho de Soraia, que insistia que aquilo repercutiria negativamente na imagem deles, da empresa, e que acabaria prejudicando o futuro dos outros filhos. Ela assegurava que Betina sabia muito bem para onde tinha ido, e que se não voltou, foi porque não quis. Mas Otto não tinha certeza daquilo. Ainda assim, ele acatou as ordens, como sempre fez. Se desprezava como pai, e mais ainda como homem. Não, não era um homem, era uma marionete de Soraia, como sua mãe o disse, uma vez. Estava tão insatisfeito consigo mesmo, que não se permitia sorrir, ou ser feliz. - E-estamos indo agora mesmo. Só estávamos conversando…- Beatriz tentou explicar, ainda tímida pela cena que seu pai flagrou. - Estávamos conversando sobre assuntos do casamento.- Disse Arthur, por fim. - Sei…- Resmungou Otto, ainda impactado com o que tinha acabado de ver.- Vão para a mesa. Poderemos discutir isso juntos. Estamos todos em expectativa com esse casamento.- - Eu também, pai!- Falou Beatriz, eufórica.- Estou contando os minutos para aquele que será o dia mais feliz da minha vida.-
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