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Diário de uma prostituta ( livro 1)

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Blurb

A primeira obra da trilogia diário de uma prostituta, na qual aborda a história de três jovens de família tradicional que, por peças do destino, acabaram tornando-se garotas de programa de luxo. A primeira conta a história de Betina Valente, uma moça de família abastada e tradicional, que após a morte de sua mãe passa a ser humilhada e maltratada pela amante de seu pai ( que se torna sua madrasta). Aos 17 anos, após levar uma surra de seu pai completamente embriagado - com aval e interferência de sua madrasta- Betina foge de casa apenas com a roupa do corpo e sem um real no bolso. Exausta e faminta, ela acaba conhecendo em um bar um homem chamado Ricardo Gaião, que se aproveitando de seu estado vulnerável, a oferece ajuda apenas para endividá-la. Após aceitar roupas limpas, comida e um lugar para dormir, Betina descobre que o homem gentil e sedutor que ela conheceu na noite anterior, é o filho de Vera Lúcia Gaião, a c.a.f.e.t.i.n.a mais influente e poderosa de São Paulo. Endividada, com a corda no pescoço e sem ter para onde ir, Betina vê a prostituição como a única opção de sobreviver. Durante quatro anos, a garota trabalhou como p.r.o.s.t.i.t.u.t.a de luxo, lucrando tanto, até tomar gosto pela vida. Em um certo dia ela conhece Arthur Lancelloti, um homem que estava prestes a se casar, e que foi até a casa de prazeres comemorar a sua despedida de solteiro. Ele se apaixona por Betina assim que coloca os olhos nela, e a partir daquele dia, os dois começam um romance escondido. Uma série de complicações surgem quando Betina descobre que, na verdade, a noiva de seu amante, é sua meia-irmã. Outro problema vem a tona quando Betina toma conhecimento de que um de seus clientes especiais é pai biológico de Arthur.

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Lágrimas de prostituta
Março, 2022 “ Eu nunca mais acreditei em contos de fadas desde o dia em que a minha mãe morreu.” Betina deslizou a ponta do lápis no papel ainda em branco, desenhando bem o formato das palavras. Sempre havia sido perfeccionista com seus cadernos, e acreditava que uma boa escrita era uma forma de conservá-los novos. “ Meu amigo diário, confesso que quando o ganhei achei que era inútil, já que ninguém liga para as lágrimas de uma prostituta. Mas e se forem as lágrimas de uma criança de cinco anos? Será que faz alguma diferença? Bom, tudo começou com a história trágica de Betina Valente, quando o seu pai a chamou em seu escritório para ter uma conversa séria.” Betina parou de escrever por um momento, fechando os olhos ao recordar nitidamente da cena. Sua memória pode não ser uma das melhores, mas aquele fatídico dia foi tão marcante, que era impossível de esquecer. Ela se empenhava nos desenhos de colorir, ansiosa para mostrá-los a sua mãe quando a mesma retornasse do hospital. De repente, batidas na porta de seu quarto a fizeram parar. Sua funcionária girou a maçaneta devagar, com uma expressão de pena estampada no rosto. Na época, Betina não conseguiu identificar características do comportamento da mulher, mas agora, tudo parecia transparente como água. A mulher segurou a mão pequena de Betina, sem dizer nada, e a levou até o escritório do doutor Otto Valente, o seu pai. “A garrafa de bebida estava pela metade quando eu entrei. Meu pai entornou um copo na minha frente, e com os olhos pesarosos, ergueu a cabeça na minha direção. Deu duas batidinhas na poltrona que estava ao lado da sua, um gesto para que eu me acomodasse.” As mãos trêmulas de Betina ao descreverem aquela cena quase estragaram a perfeição da sua caligrafia. Fechou os olhos mais uma vez, as pestanas tremeluzentes. Uma onda de sentimentos e sensações r.u.i.n.s invadiram o corpo da garota, levando-a mais uma vez ao passado. - Infelizmente sua mãe não voltará para casa, minha querida.- Disse Otto, não sabendo direito como usar um eufemismo na condição em que estava, ainda mais para uma criança de cinco anos. - Por que não?- Betina arregalou os olhos verdes amendoados, involuntariamente, os mesmos quase transbordando em lágrimas. - Mamãe precisou morar no céu.- “ Quanto tempo uma pessoa poderia ficar no céu? Era aluguel? Casa comprada? Eu não entendia muito bem a diferença entre as duas, mas tudo o que queria era que minha mãe voltasse e visse os desenhos que fiz para ela.” - Quando a mamãe volta? Eu preciso entregar os desenhos que fiz para ela.- - Sua mãe não volta mais, Betina. Lá é a casa dela agora.- - Então não posso visitá-la?- “Se Deus quiser, daqui há alguns muitos anos, quando estiver bem velha”. - Se Deus quiser, daqui há alguns muitos anos, quando estiver bem velha.- Otto deixou tapinhas amigáveis no ombro da menina, como se ela fosse um dos seus amigos mais próximos. Lágrimas incalculáveis rolaram pelas bochechas de Betina, ao mesmo tempo que todo o seu corpo se convulsionava devido aos soluços. - Betina, uma pessoa muito querida me ajudará a cuidar de você.- Otto acariciou os cabelos escuros de sua filha, esperando o momento propício para que, após a sua deixa, Soraia atravessasse o segundo ambiente do escritório e se apresentasse. A mulher estava ouvindo toda a conversa, esperando a hora certa para aparecer. Ao entrar em cena, Soraia pousou a mão no ombro de Otto, esperando que ele dissesse para a filha a sua verdadeira identidade. - Essa é Soraia, uma amiga antiga do papai.- Otto levou uma de suas mãos a segurar firmemente a mão da mulher, que correspondia o carinho com um olhar falsamente solidário. “ Soraia. Aquele nome me era um tanto familiar. Lembrei de quando olhava o álbum da família com a minha mãe. Ela achou um envelope a parte, com alguns comprovantes de transferência, todos no nome de Soraia. Eu cheguei a perguntar o que eram aqueles papéis, e porque tinha o nome daquela mulher neles. Mesmo nervosa, minha mãe disfarçou. Ela me disse que Soraia era a assistente do meu pai, e que aquilo eram os pagamentos dela. Hoje, eu entendo os tipos de serviço que aquela mulher prestava ao meu pai.” - O papai vai casar com a Soraia, e ela será a sua nova mãe.- Otto completou sua frase, esperando aliviar a tristeza de Betina, mas a reação da menina foi justamente o contrário. A garotinha se levantou da poltrona em um salto, correndo em disparada para fora do escritório. O homem fez menção em se levantar para ir atrás da filha, mas foi detido pela mão da amante, que o segurou. “ Eu continuei chorando até desidratar. Corri para longe, como se aquilo pudesse solucionar todos os meus problemas. O que uma menina de cinco anos entendia a respeito dos problemas?” - Deixe a menina. Ela precisa do seu próprio tempo para digerir tudo.- Aconselhou Soraia. Otto apenas assentiu, jogando o corpo de volta ao assento e respirando fundo. - Vai ficar tudo bem. Vamos recomeçar a sua vida juntos.- Soraia esboçou um sorriso satisfeito, levando suas duas mãos a massagearem os ombros de Otto. Os dois se conheceram há mais ou menos cinco anos, Otto já estava casado com Alice, mãe de Betina. Soraia entrou na empresa como secretária, mas sempre ambicionou algo mais. Uma mulher jovem, atraente e esperta, saberia levar um homem a loucura. Otto já estava cansado de sua vida monótona com a esposa grávida, e acabou se deixando entregar aos prazeres da carne. Passou um ano tendo um caso com sua secretária, e Betina ainda era muito pequena quando ele pensou em terminar tudo, mas tinha acontecido um desfecho inédito para a história da amante. Soraia estava grávida, e precisaria de toda a assistência de Otto, não tinha como ele voltar atrás. A partir daquele dia, a mulher deixou de trabalhar como secretária. Ele comprou um apartamento para a mesma, e mandava uma quantia mensal para sustentá-la. Alice já chegou a ouvir ligações suspeitas entre o seu marido e esse alguém desconhecido, confirmando as suas dúvidas quando consultou a lista telefônica no final do mês. Ela chegou a ligar para o número que aparecia com incidência, tirando a prova que faltava quando uma mulher atendeu o telefone. Otto confessou quase tudo, menos a parte da gravidez da outra. Depois daquilo, Alice ficou devastada. Mas o que podia fazer? Não tinha emprego, uma filha pequena nos braços, e vinha de uma família tradicional católica onde a mulher precisava ficar em um casamento até o final. O caso de seu marido com secretária não passava de uma aventura, e Otto jurou que terminaria tudo. “ Minha mãe foi acometida por uma doença terminal, que a matou aos poucos, e com muito sofrimento, mas ela queria viver. Anos mais tarde soube que nos últimos dias de sua vida, o seu marido tinha uma segunda família. Ele teve uma filha com a secretária, uma menina que era apenas um ano mais nova do que eu. Beatriz Valente.” Betina terminava de escrever suas últimas palavras, quando alguém bateu na porta do seu quarto. Prontamente ela fechou o caderno e o guardou na última gaveta de sua escrivaninha, antes de autorizar que a pessoa entrasse. Se tratava de Vanda Gaião, o cão de guarda de Vera Lúcia Gaião, a c.a.f.e.t.i.n.a poderosa da qual Betina prestava os seus serviços. - Em uma hora o seu cliente estará chegando. Vera Lúcia disse que se trata de alguém muito especial, portanto, use o vestido novo e o colar de rubi que ganhou na semana passada.- Disse Vanda, nitidamente insatisfeita por ter que trabalhar como subalterna á irmã. - Sim, senhora.- Concordou Betina. - O que está esperando? Levante o traseiro, menina. P.u.t.a trabalha com as pernas abertas, não com elas cruzadas.- Betina esperou que cerberus, o cão porteiro do i.n.f.e.r.n.o, saísse do quarto para lhe direcionar um gesto obsceno com o dedo do meio. Acabou obedecendo, precisava ficar de pé para atender o seu primeiro cliente do dia.

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