Sakura alcancou a macaneta da porta do departamento de narcotráfico e abriu-la.
Ao abrir, já podia ver os seus colegas no interior a trabalhar, estando totalmente concentrados.
- Bom dia! - disse ela, assim que entrou.
- Bom dia! - disseram todos os colegas.
Ela prosseguiu em direção a sua sala e antes mesmo de chegar olhou para a secretaria de Alexandria e viu ela toda concentrada, olhando para o seu computador portátil como se estivesse pensativa.
Alexandria vestia uma camisa azul clara, por cima um casaco azul-escuro e pendurado no pescoço o seu crachá de identificação.
Sakura aproximou-se a secretária de Alexandria e parou em frente dela, mas mesmo assim ela.
Ela passou a mão em frente da face de Alexandria, mas mesmo assim a moca não voltou a realidade.
- Alexandria…!
- Huh! – Alexandria voltou a realidade, como se estivesse se assustada. – Oi! – ela ergueu a cabeça vendo Sakura a sua frente. – Chefe! – disse ela, já se levantando.
- Hey! – Sakura parou-lhe com a mão, sinalizando para que ela pudesse sentar-se.
Alexandria sentou-se e soltou um longo suspiro.
- O que se passa? Estas bem? Pareces muito preocupada… - disse Sakura, estando toda preocupada.
Alexandria suspirou novamente.
- Não sei como dizer-lhe isso… - disse Alexandria, olhando ao redor da sala.
Sakura olhou ao redor da sala e percebeu que Alexandria não estava muito confortável a conversar sobre o que lhe afligia estando naquela sala.
- Bem, bem comigo… - Disse ela, indo em direção a sua sala.
- Bem… não há necessidade… - Alexandria via Sakura distanciar-se.
- Venha! – ordenou Sakura, já alcançando a maçaneta da sua porta.
Alexandria fechou os olhos e suspirou.
Ela levantou-se e foi em direção a sala de Sakura.
Ao abrir a porta ela viu Sakura pousando os seus pertences sobre a sua secretaria.
- Ainda acho que não havia necessidade de---
- Va la! – Sakura sentou-se sobre a sua secretaria. – Tu não estás nada bem… Talvez eu possa ajudar…
Alexandria aproximou-se a secretaria de Sakura.
- Fique a vontade! – Sakura assinalou a cadeira.
Alexandria sentou-se.
- Então… o que lhe aflige?
Alexandria abriu um sorriso e abanou a cabeça negativamente.
- Bem, na sexta-feira… quando saí com as minhas amigas eu dormi com um cara.
Sakura retraiu levemente a cabeça – Tudo bem…
- Então… eu dormi e a cara levou a minha carteira e telemóvel…
Sakura franziu o sobrolho, como se estivesse deveras surpresa.
- Então ele roubou-te…
- Não… bem… não sei…
- Como assim? – Sakura olhava-lhe fixamente.
- No dia seguinte pela manha eu liguei para o meu número e ele atendeu.
- Qual foi o desfecho?
- Consegui falar com ele e ele disse que no final do dia eu devia encontrar-me com ele para reaver os meus pertences…
- E o que você fez?
- Fui ter com ele, mas ele apenas me devolveu o bilhete de identidade. Nada dos cartões do banco e do telemóvel… nada!
Sakura franziu o sobrolho e continuou olhando fixamente para Alexandria, estanco completamente confusa.
- Ele disse que se eu quiser reaver o resto, devia encontrar-me com ele hoje a mesma hora.
- Humph! E você acredita nisso?
- Que escolha tenho?
Sakura deu um ligeiro riso enquanto se levantava.
- Isso ‘e simples… o teu telemóvel está ligado, não?
- Acredito que sim… - respondeu Alexandria, na dúvida.
- Prontos… Vem comigo! – disse Sakura, indo em direção a porta. – Vamos ao Repartição de tecnologia. Vamos rastrear o teu telemóvel e fazer uma busca e captura sigilosa… Tu não podes sofrer sendo uma policial…
- Huh! Em nenhum momento pensei nisso…
- Eu sei… - disse Sakura, já abrindo a porta.
Alexandria alcançou Sakura e ambas foram a andar uma ao lado da outra indo em direção as escadas.
Elas alcançaram as escadas e foram a descer.
- Por um momento eu pensei que fosses-me julgar... – disse Alexandria.
- De que falas?
- Sobre o facto de eu ter-me deitado com um homem desconhecido.
Sakura deu um ligeiro riso ja terminando o ultimo degrau.
- E muito normal... e es jovem...
- Entendo...
Finalmente ambas alcançaram uma porta em que no topo tinha uma placa escrita “Repartição de tecnologia”.
Sakura abriu a porta, entrou e cedeu a passagem para Alexandria, ainda segurando na maçaneta.
Alexandria entrou e ficou surpresa com o interior daquele lugar.
Aquele lugar não era muito diferente do departamento de narcotráfico, mas ali haviam muitas pessoas sentadas à mesa a mexerem computadores e outros eletrónicos.
Alexandria franziu o sobroilho.
Sakura aproximou-se a uma secretaria.
Sentado a mesa, estava um jovem. Ele vestia uma camiseta azul escura, calcas jeans, um par de sapatilhas, um caracha e um par de auscutadores pendurados no pescoco.
- Hey! Hamilton! – Sakura apoiou a mao sobre a secretaria.
O rapaz ergueu a cabeca.
- Sakura!
- Eu mesma... – disse ela, toda simpatica. – Posso falar com o seu chefe?
- Hmm... Ele ausentou-se.
- Daqui a quanto tempo ele volta?
- Ah! Nao faco ideia.
- Tudo bem... E possivel que voces da reparticao de informatica quebrem um galhos pra mim?
Hamilton olhou-lhe com um semblante de confusao.
- E que ela foi furtada no sabado passado... – disse Sakura, apontando a sua tras.
No mesmo instante Hamilton olhou para a sua atrás e viu Alexandria em pe, de braços cruzados a olhar para ele.
- Ah! So isso? – perguntou ele, ja se levantando.
- É!
- Venham comigo! – disse o homem, indo em direção a uma porta.
Sakura e Alexandria foram atrás dele e já ao chegar, ela viu no topo da porta uma placa escrita “Área Restrita”.
Hamilton alcancou a macaneta da porta, abriu-a, entrou e cedeu a passagem para Sakura e Alexandria.
Ambas entraram e Alexandria momentaneamente pode ver que daquele lado, estavam dois homens sentados à mesa, ambos tinham escutadores nas orelhas e cracas sobre o pescoço.
Hamilton aproximou-se a mesa e trocou algumas palavras com eles.
Alexandria foi olhando ao redor da sala.
No interior da sala havia uma grande tela, onde apareciam vários nomes, alguns, a vermelho e outros a branco; havia também o mapa de toda a cidade em formato eletrónico e; muitos cacifos de vidro contento aparelhos eletrónicos.
- Bem… - disse Hamilton, se aproximando a Sakura e Alexandria.
Alexandria olhou para ele.
- Sim… - Sakura interviu.
- Vou precisar de um telemóvel para ligar para o número dela… - Ele olhou para Alexandria.
- Ah… - Sakura revirava o seu bolso de atrás. – Só isso…?
Ela tirou o telemóvel do bolso e entregou a Hamilton.
- Obrigado! – disse Hamilton, recebendo o telemóvel. – Tem código? – perguntou ele, enquanto desbloqueava o dispositivo.
- Hmmm… não…
- Acabo de ver…
Hamilton mexeu no telemóvel de Sakura por volta de dois minutos.
- Já está conectado! – disse ele, a um dos seus colegas sentado à mesa.
Um dos seus colegas assentiu e enquanto mexia algo no seu computador.
- Já! – disse o colega, depois de uns minutos.
- Agora temos de fazer chamada para o número dela… - disse Hamilton, entregando o telemóvel de volta a Sakura.
Sakura recebeu o seu telemóvel.
- Dite o seu numero.
- Oito quatro, vinte e sete, oitenta, cento e trinta…
Sakura digitava o contacto de Alexandria enquanto ela mencionava. Assim que cessou ela fez a chamada e levou o dispositivo ao pe da sua orelha.
- Hmm… - Ela retraiu-se levemente, estando toda surpresa pelo facto daquele contacto estar dentro da área. – Esta a chamar…
- Esta! – uma voz masculina foi ouvida do outro lado da chamada.
Sakura retraiu-se e em simultâneo de forma consciente apoiou a sua mão esquerda sobre o seu peito e ficou muito pálida.
Alexandria olhou-lhe de forma confusa apercebendo-se da mudança facial de Sakura.
- Alo? – o homem voltou a manifestar-se do outro lado da chamada.
- Já temos a localização… - disse Hamilton.
De repente a chamada foi desligada.
Sakura foi baixando o telemóvel devagar, ela estava completamente pálida, tendo o seu semblante de quem havia visto um fantasma.
Sakura virou-se e olhou para Hamilton, e recompôs-se.
- Qual é a localização?
Hamilton olhou para o mapa eletrónico que estava na parede: - Ali onde tem aquele ponto vermelho.
Sakura olhou para a direção de onde aquele homem olhava e viu um ponto vermelho algures no mapa.
- Aquele lugar… - Ela continuava a olhar para o mapa.
- Parece que não será possível reaver o telemóvel dela… Aquela área é extremamente perigosa.
Sakura soltou um longo suspiro de preocupação e desviou o olhar, ficando toda pensativa.
Alexandria olhava para ela e apercebeu-se que naquele momento Sakura estava preocupada com qualquer outra coisa, mas que não fosse a situação do seu telemóvel.
- Tudo bem! Nos como departamento autónomo iremos ver como resolver esse assunto – disse Sakura.
- Tudo bem. Qualquer coisa, conte connosco.
- Obrigada! Vamos Alexandria! – disse Sakura, já se virando.
- Obrigada! – disse Alexandria.
Hamilton assentiu.
Sakura saiu daquela sala e a seguir Alexandria, indo a sua traz.
Ambas foram a caminhar uma quase ao lado da outra, estando Alexandria um passo atrás de Sakura e, diferente da ida à repartição de informática, naquele instante parecia haver uma parede que separava ambas, um ar esquisito e pesado sobre elas.
Ambas foram subindo as escadas.
- Sakura…
- Diga…
- Se passa alguma coisa…? De repente…
Sakura não respondeu, mas Alexandria ouviu um longo suspiro vindo dela.
De repente Sakura parou no meio das escadas e virou-se, ficando ela a três degraus de distância de Alexandria.
- Me diga algo Alexandria…
- Sim… - Afirmou Alexandria, estando um pouco confusa.
- Me fale um pouco desse homem que furtou os seus pertences…
- O que exatamente? – perguntou Alexandria, estando ainda mais confusa.
- Me diga… ele tem tatuagens, olhos azuis?
- Bem… - Alexandria entrou em modo pensativo. – Sim, ele tem tatuagens ao redor do corpo…
No mesmo instante Sakura abriu a boca como se quisesse dizer algo, mas se segurou.
- E bem… olhos azuis não sei, mas tem olhos verdes. Por quê?
- E o cabelo? De que cor é?
- Preto…?
Sakura baixou a cabeça, como se estivesse desapontada.
Ela virou-se.
- Ainda bem que--- Trevor embateu-se contra Sakura. – Desculpa chefe…
Sakura não falou nada, passou por ele, ignorando-lhe por completo.
Trevor via Sakura ir-se embora.
Ele estava todo confuso.
Trevor olhou para Alexandria: - Aconteceu algo?
Alexandria ergueu os ombros: - Eu estou mais confusa quanto você… Estamos a vir da repartição de tecnologia… Íamos lá rastrear o meu telefone.
- O que aconteceu com o teu telefone?
- É uma longa historia…
- Tudo bem… foram para lá e depois?
- Depois ela teve que ligar para o meu telemóvel… logo depois que ela ligou para o meu telemóvel ela ficou esquisita e fez-me uma série de questões…
Trevors cruzou os bracos: - Que tipo de questões?
Alexandria engoliu em seco.
- Espero que você mantenha segredo sobre o que vou dizer-te… - Ela apontou-lhe o dedo indicador, como se estivesse a ameaçar-lhe.
- Sou um túmulo – Trevor fez o sinal de zip-per sobre boca.
- Na verdade, eu dormi com o homem que me furtou…
- Tudo bem… - Trevor não estava muito surpreso, parecia mesmo que estivesse a espera do pior.
- Então ela fez-me questões relacionadas ao cara…
- Hmmm… - Trevor assentiu, como se estivesse a dizer prossiga.
- Ela perguntou-me se o cara era tatuado…
Trevor retraiu a cabeca levemente, tentando perceber o que Alexandria falava.
- … perguntou-me se o cara tinha olhos azuis…
De repente Trevor passou a mão pela cabeça, mostrando o semblante de preocupado.
- O quê? – perguntou Alexandria, estando deveras preocupada.
- Quando ela ligou para o seu número a chamada foi atendida?
- Hmmm… - Alexandria entrou em modo pensativo. – Sim… por quê?
Trevor abriu um sorriso de inacreditável.
- O quê? – Alexandria perguntou, estando toda preocupada.
- Por acaso você sabe o nome do cara?
- Longe disso…
- Acredito que o cara com que você se deitou e levou os teus pertences é Matthew Smith!
- Hmmm…
- Ele é um foragido da polícia e bem… amante de Sakura.
- Ahm? – Alexandria mostrou-se deveras surpresa.