VI Capítulo

2076 Words
Sakura alcancou a macaneta da porta do departamento de narcotráfico e abriu-la. Ao abrir, já podia ver os seus colegas no interior a trabalhar, estando totalmente concentrados. - Bom dia! - disse ela, assim que entrou. - Bom dia! - disseram todos os colegas. Ela prosseguiu em direção a sua sala e antes mesmo de chegar olhou para a secretaria de Alexandria e viu ela toda concentrada, olhando para o seu computador portátil como se estivesse pensativa. Alexandria vestia uma camisa azul clara, por cima um casaco azul-escuro e pendurado no pescoço o seu crachá de identificação. Sakura aproximou-se a secretária de Alexandria e parou em frente dela, mas mesmo assim ela. Ela passou a mão em frente da face de Alexandria, mas mesmo assim a moca não voltou a realidade. - Alexandria…! - Huh! – Alexandria voltou a realidade, como se estivesse se assustada. – Oi! – ela ergueu a cabeça vendo Sakura a sua frente. – Chefe! – disse ela, já se levantando. - Hey! – Sakura parou-lhe com a mão, sinalizando para que ela pudesse sentar-se. Alexandria sentou-se e soltou um longo suspiro. - O que se passa? Estas bem? Pareces muito preocupada… - disse Sakura, estando toda preocupada. Alexandria suspirou novamente. - Não sei como dizer-lhe isso… - disse Alexandria, olhando ao redor da sala. Sakura olhou ao redor da sala e percebeu que Alexandria não estava muito confortável a conversar sobre o que lhe afligia estando naquela sala. - Bem, bem comigo… - Disse ela, indo em direção a sua sala. - Bem… não há necessidade… - Alexandria via Sakura distanciar-se. - Venha! – ordenou Sakura, já alcançando a maçaneta da sua porta. Alexandria fechou os olhos e suspirou. Ela levantou-se e foi em direção a sala de Sakura. Ao abrir a porta ela viu Sakura pousando os seus pertences sobre a sua secretaria. - Ainda acho que não havia necessidade de--- - Va la! – Sakura sentou-se sobre a sua secretaria. – Tu não estás nada bem… Talvez eu possa ajudar… Alexandria aproximou-se a secretaria de Sakura. - Fique a vontade! – Sakura assinalou a cadeira. Alexandria sentou-se. - Então… o que lhe aflige? Alexandria abriu um sorriso e abanou a cabeça negativamente. - Bem, na sexta-feira… quando saí com as minhas amigas eu dormi com um cara. Sakura retraiu levemente a cabeça – Tudo bem… - Então… eu dormi e a cara levou a minha carteira e telemóvel… Sakura franziu o sobrolho, como se estivesse deveras surpresa. - Então ele roubou-te… - Não… bem… não sei… - Como assim? – Sakura olhava-lhe fixamente. - No dia seguinte pela manha eu liguei para o meu número e ele atendeu. - Qual foi o desfecho? - Consegui falar com ele e ele disse que no final do dia eu devia encontrar-me com ele para reaver os meus pertences… - E o que você fez? - Fui ter com ele, mas ele apenas me devolveu o bilhete de identidade. Nada dos cartões do banco e do telemóvel… nada! Sakura franziu o sobrolho e continuou olhando fixamente para Alexandria, estanco completamente confusa. - Ele disse que se eu quiser reaver o resto, devia encontrar-me com ele hoje a mesma hora. - Humph! E você acredita nisso? - Que escolha tenho? Sakura deu um ligeiro riso enquanto se levantava. - Isso ‘e simples… o teu telemóvel está ligado, não? - Acredito que sim… - respondeu Alexandria, na dúvida. - Prontos… Vem comigo! – disse Sakura, indo em direção a porta. – Vamos ao Repartição de tecnologia. Vamos rastrear o teu telemóvel e fazer uma busca e captura sigilosa… Tu não podes sofrer sendo uma policial… - Huh! Em nenhum momento pensei nisso… - Eu sei… - disse Sakura, já abrindo a porta. Alexandria alcançou Sakura e ambas foram a andar uma ao lado da outra indo em direção as escadas. Elas alcançaram as escadas e foram a descer. - Por um momento eu pensei que fosses-me julgar... – disse Alexandria. - De que falas? - Sobre o facto de eu ter-me deitado com um homem desconhecido. Sakura deu um ligeiro riso ja terminando o ultimo degrau. - E muito normal... e es jovem... - Entendo... Finalmente ambas alcançaram uma porta em que no topo tinha uma placa escrita “Repartição de tecnologia”. Sakura abriu a porta, entrou e cedeu a passagem para Alexandria, ainda segurando na maçaneta. Alexandria entrou e ficou surpresa com o interior daquele lugar. Aquele lugar não era muito diferente do departamento de narcotráfico, mas ali haviam muitas pessoas sentadas à mesa a mexerem computadores e outros eletrónicos. Alexandria franziu o sobroilho. Sakura aproximou-se a uma secretaria. Sentado a mesa, estava um jovem. Ele vestia uma camiseta azul escura, calcas jeans, um par de sapatilhas, um caracha e um par de auscutadores pendurados no pescoco. - Hey! Hamilton! – Sakura apoiou a mao sobre a secretaria. O rapaz ergueu a cabeca. - Sakura! - Eu mesma... – disse ela, toda simpatica. – Posso falar com o seu chefe? - Hmm... Ele ausentou-se. - Daqui a quanto tempo ele volta? - Ah! Nao faco ideia. - Tudo bem... E possivel que voces da reparticao de informatica quebrem um galhos pra mim? Hamilton olhou-lhe com um semblante de confusao. - E que ela foi furtada no sabado passado... – disse Sakura, apontando a sua tras. No mesmo instante Hamilton olhou para a sua atrás e viu Alexandria em pe, de braços cruzados a olhar para ele. - Ah! So isso? – perguntou ele, ja se levantando. - É! - Venham comigo! – disse o homem, indo em direção a uma porta. Sakura e Alexandria foram atrás dele e já ao chegar, ela viu no topo da porta uma placa escrita “Área Restrita”. Hamilton alcancou a macaneta da porta, abriu-a, entrou e cedeu a passagem para Sakura e Alexandria. Ambas entraram e Alexandria momentaneamente pode ver que daquele lado, estavam dois homens sentados à mesa, ambos tinham escutadores nas orelhas e cracas sobre o pescoço. Hamilton aproximou-se a mesa e trocou algumas palavras com eles. Alexandria foi olhando ao redor da sala. No interior da sala havia uma grande tela, onde apareciam vários nomes, alguns, a vermelho e outros a branco; havia também o mapa de toda a cidade em formato eletrónico e; muitos cacifos de vidro contento aparelhos eletrónicos. - Bem… - disse Hamilton, se aproximando a Sakura e Alexandria. Alexandria olhou para ele. - Sim… - Sakura interviu. - Vou precisar de um telemóvel para ligar para o número dela… - Ele olhou para Alexandria. - Ah… - Sakura revirava o seu bolso de atrás. – Só isso…? Ela tirou o telemóvel do bolso e entregou a Hamilton. - Obrigado! – disse Hamilton, recebendo o telemóvel. – Tem código? – perguntou ele, enquanto desbloqueava o dispositivo. - Hmmm… não… - Acabo de ver… Hamilton mexeu no telemóvel de Sakura por volta de dois minutos. - Já está conectado! – disse ele, a um dos seus colegas sentado à mesa. Um dos seus colegas assentiu e enquanto mexia algo no seu computador. - Já! – disse o colega, depois de uns minutos. - Agora temos de fazer chamada para o número dela… - disse Hamilton, entregando o telemóvel de volta a Sakura. Sakura recebeu o seu telemóvel. - Dite o seu numero. - Oito quatro, vinte e sete, oitenta, cento e trinta… Sakura digitava o contacto de Alexandria enquanto ela mencionava. Assim que cessou ela fez a chamada e levou o dispositivo ao pe da sua orelha. - Hmm… - Ela retraiu-se levemente, estando toda surpresa pelo facto daquele contacto estar dentro da área. – Esta a chamar… - Esta! – uma voz masculina foi ouvida do outro lado da chamada. Sakura retraiu-se e em simultâneo de forma consciente apoiou a sua mão esquerda sobre o seu peito e ficou muito pálida. Alexandria olhou-lhe de forma confusa apercebendo-se da mudança facial de Sakura. - Alo? – o homem voltou a manifestar-se do outro lado da chamada. - Já temos a localização… - disse Hamilton. De repente a chamada foi desligada. Sakura foi baixando o telemóvel devagar, ela estava completamente pálida, tendo o seu semblante de quem havia visto um fantasma. Sakura virou-se e olhou para Hamilton, e recompôs-se. - Qual é a localização? Hamilton olhou para o mapa eletrónico que estava na parede: - Ali onde tem aquele ponto vermelho. Sakura olhou para a direção de onde aquele homem olhava e viu um ponto vermelho algures no mapa. - Aquele lugar… - Ela continuava a olhar para o mapa. - Parece que não será possível reaver o telemóvel dela… Aquela área é extremamente perigosa. Sakura soltou um longo suspiro de preocupação e desviou o olhar, ficando toda pensativa. Alexandria olhava para ela e apercebeu-se que naquele momento Sakura estava preocupada com qualquer outra coisa, mas que não fosse a situação do seu telemóvel. - Tudo bem! Nos como departamento autónomo iremos ver como resolver esse assunto – disse Sakura. - Tudo bem. Qualquer coisa, conte connosco. - Obrigada! Vamos Alexandria! – disse Sakura, já se virando. - Obrigada! – disse Alexandria. Hamilton assentiu. Sakura saiu daquela sala e a seguir Alexandria, indo a sua traz. Ambas foram a caminhar uma quase ao lado da outra, estando Alexandria um passo atrás de Sakura e, diferente da ida à repartição de informática, naquele instante parecia haver uma parede que separava ambas, um ar esquisito e pesado sobre elas. Ambas foram subindo as escadas. - Sakura… - Diga… - Se passa alguma coisa…? De repente… Sakura não respondeu, mas Alexandria ouviu um longo suspiro vindo dela. De repente Sakura parou no meio das escadas e virou-se, ficando ela a três degraus de distância de Alexandria. - Me diga algo Alexandria… - Sim… - Afirmou Alexandria, estando um pouco confusa. - Me fale um pouco desse homem que furtou os seus pertences… - O que exatamente? – perguntou Alexandria, estando ainda mais confusa. - Me diga… ele tem tatuagens, olhos azuis? - Bem… - Alexandria entrou em modo pensativo. – Sim, ele tem tatuagens ao redor do corpo… No mesmo instante Sakura abriu a boca como se quisesse dizer algo, mas se segurou. - E bem… olhos azuis não sei, mas tem olhos verdes. Por quê? - E o cabelo? De que cor é? - Preto…? Sakura baixou a cabeça, como se estivesse desapontada. Ela virou-se. - Ainda bem que--- Trevor embateu-se contra Sakura. – Desculpa chefe… Sakura não falou nada, passou por ele, ignorando-lhe por completo. Trevor via Sakura ir-se embora. Ele estava todo confuso. Trevor olhou para Alexandria: - Aconteceu algo? Alexandria ergueu os ombros: - Eu estou mais confusa quanto você… Estamos a vir da repartição de tecnologia… Íamos lá rastrear o meu telefone. - O que aconteceu com o teu telefone? - É uma longa historia… - Tudo bem… foram para lá e depois? - Depois ela teve que ligar para o meu telemóvel… logo depois que ela ligou para o meu telemóvel ela ficou esquisita e fez-me uma série de questões… Trevors cruzou os bracos: - Que tipo de questões? Alexandria engoliu em seco. - Espero que você mantenha segredo sobre o que vou dizer-te… - Ela apontou-lhe o dedo indicador, como se estivesse a ameaçar-lhe. - Sou um túmulo – Trevor fez o sinal de zip-per sobre boca. - Na verdade, eu dormi com o homem que me furtou… - Tudo bem… - Trevor não estava muito surpreso, parecia mesmo que estivesse a espera do pior. - Então ela fez-me questões relacionadas ao cara… - Hmmm… - Trevor assentiu, como se estivesse a dizer prossiga. - Ela perguntou-me se o cara era tatuado… Trevor retraiu a cabeca levemente, tentando perceber o que Alexandria falava. - … perguntou-me se o cara tinha olhos azuis… De repente Trevor passou a mão pela cabeça, mostrando o semblante de preocupado. - O quê? – perguntou Alexandria, estando deveras preocupada. - Quando ela ligou para o seu número a chamada foi atendida? - Hmmm… - Alexandria entrou em modo pensativo. – Sim… por quê? Trevor abriu um sorriso de inacreditável. - O quê? – Alexandria perguntou, estando toda preocupada. - Por acaso você sabe o nome do cara? - Longe disso… - Acredito que o cara com que você se deitou e levou os teus pertences é Matthew Smith! - Hmmm… - Ele é um foragido da polícia e bem… amante de Sakura. - Ahm? – Alexandria mostrou-se deveras surpresa.
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