V Capítulo

2279 Words
Alexandria levou a sua caneca de cerveja a boca e degustou daquele líquido. Ela soltou um suspiro de satisfação. – Tskl! – ela chiou, estando deveras irritada. Ela puxou levemente a manga da sua camisola e deu uma vista de olhos no seu relógio de pulso. “Já se passam quase 45 minutos da hora combinada… onde aquele c*****o está?” perguntou-se ela, ainda olhando para o relógio de pulso. Ela pegou na sua caneca de cerveja e tomou o último gole da sua cerveja. - Ah! – ela devolveu a caneca a mesa. Ela olhou em direção ao bar – Ola! – ela acenou para a garçonete. A garçonete assentiu. “Não estas a beber demais?” a voz de um homem foi ouvida. Alexandria reconheceu a voz, ergueu a cabeça e viu Cassidy, já a puxar a cadeira na sua frente. Cassidy sentou-se e olhou-lhe fixamente. Alexandria retribui o olhar, mas de forma intimidadora. Naquele instante, Cassidy usava um paletó preto, por baixo um blusão cinza de gola alta. Tinha os seus cabelos puxados para trás, dando a perceber que tinha feito um pequeno totó. - Como chegaste a casa ontem? - Eu não vim aqui para conversar… - disse Alexandria, num tom intimidador. – Quero os meus pertences de volta se faz favor. Cassidy não falou nada, levou a mão para algures nas suas calcas, o que dava a entender a Alexandria que ele estava prestes a entregar-lhe os seus cartões. - Com licença… - disse a garçonete aproximando-se a mesa. Alexandria direcionou o seu olhar para a garçonete, a qual já pousava outra caneca de cerveja por cima da mesa bem em frente de Alexandria. - Obrigada! – disse Alexandria, toda simpática. - Com licença – disse a garçonete, já se retirando. Finalmente Alexandria olhou para a frente e viu Cassidy de braços cruzados, todo sério com aqueles olhos verdes lindos cravados nela, como se estivesse a lhe despir com os olhos. Alexandria sentiu-se um pouco desconfortável e desviou o olhar direcionando para a mesa, vendo o seu bilhete de identidade. - Huh! Ela olhou para Cassidy. - Esta aí o que você pediu que eu trouxesse. Alexandria franziu o sobrolho estando toda horrorizada. - Você deve estar louco… você levou a minha carteira e o meu telemóvel… - Sim eu disse e…? - Como e? Eu quero as minhas coisas! Cassidy deu um ligeiro riso enquanto olhava ao redor. - O que foi? – perguntou Alexandria, estando toda confusa. - Eu nunca disse que traria tudo hoje… - disse ele, com a voz toda sedutora, olhando para Alexandria nos olhos. - Você… - Alexandria fez uma pausa, tentando conter a raiva. - O quê? – Cassidy cobriu a boca com o punho, mantendo olhar ocular com Alexendria. - Você sabe que posso chamar a polícia? - Humph! – Cassidy segurou um riso. - Qual e a graca? – perguntou Alexandria, tentando entender a razão do riso dele. - Tudo bem! Vais chamar a polícia e o quê? Vais dizer-lhes que nos transamos na primeira noite que nos conhecemos e levei os teus pertences? – ele olhou-lhe os olhos como se estivesse a confortar-lhe. Alexandria engoliu em seco ficando sem palavras. - Ou talvez… - Cassidy entrou em modo pensativo. – Mas quem realmente dorme depois do sexo com um desconhecido? Ademais… Quem ia acreditar numa mulher que… bem… convenhamos… transa com um desconhecido da primeira noite? Seria uma prost--- De repente Alexandria deu-lhe uma bofetada. - Tsk! Quer saber…? – Alexandria foi arrumando os seus pertences. – Pode ficar com o resto! – disse ela, já se levantando. Quando ela se virou, Cassidy segurou-lhe pelo pulso e fez-lhe virar. Alexandria virou-se – O que--- De repente Cassidy afundou a mão nos cabelos dela e deu-lhe um beijo nos lábios. - Hmmm… - Alexandria tentou- soltar-se, mas Cassidy continuava segurando-lhe forte. Alexandria parou de lutar e envolveu-se naquele beijo intenso com Cassidy. De repente Cassidy cessou o beijo e afastou-se dela, olhando-lhe nos olhos. Ele abriu um sorriso provocador assim que percebeu que Alexandria queria continuar o beijo. Cassidy segurou-lhe firme pelo queixo – Ainda queres mais? Alexandria soltou-se e quando estava para se virar, Cassidy o segurou pelo pulso novamente. - Me larga! – Alexandria ordenou. - Se quiseres os teus pertences, encontre-me aqui na sexta-feira a mesma hora. Alexandria olhou-lhe com desdém, soltou-se de Cassidy e foi embora. Cassidy ficou ali em pé, acompanhando os passos de Alexandria, vendo-lhe desaparecer. - Ah! – ele passou a mão na cabeça enquanto se sentava. Ele tirou o telemóvel do bolso e foi mexendo no dispositivo como se estivesse a procurar por algo. Ele fez uma chamada e levou o telemóvel a orelha. - Boa tarde chefe! – disse um homem do outro lado da chamada. - Matheus! Diga-me que já tem informações sobre Alexandria Cooper? - Bem… - o homem fez uma pausa. - Tem ou não tem? – perguntou Cassidy, já num tom de irritação. - Já tenho informações sobre a mulher, só não sei como o senhor prefere que eu lhe mande a informação? - Quero em físico! Daqui a trinta minutos. Me encontre no armazém. - Sim senhor! Cassidy desligou a chamada. – Incompetente! – disse ele, olhando para o ecrã do seu telemóvel. Ele tirou a carteira do bolso, de dentro tirou uma nota de 20 euros, pousou dinheiro sobre a mesa e levantou-se. Ele saiu da boate e foi em direção a um chrysler 300c de cor preta o qual do lado de fora ao pé da porta estava um homem branco vestido de terno preto e óculos escuros que parecia ser o segurança. Assim que Cassidy alcançou o carro o homem abriu a porta. Cassidy entrou. - Vamos ao armazém! – ordenou ele, enquanto se sentava. - Sim chefe! – disse o motorista. O segurança entrou e logo a seguir o motorista colocou-se a conduzir. Cassidy relaxou contra o assento e olhou pela janela. “Quem realmente é Alexandra Cooper?” A viagem foi continuando e depois de quase vinte e cinco minutos o carro parou. Cassidy clicou no botão de vidro e enquanto o vidro baixava ele pôde ver que um homem se aproximava ao carro. O homem era branco, usava goro preto, hoddie, calcas largas e sapatilhas da cor preta e, trazia um envelope castanho na sua mão esquerda. Finalmente o homem aproximou-se a janela. - Chefe! – disse ele, entregando a Cassidy o envelope. Cassidy recebeu o envelope e deu uma vista rápida de olhos ao redor do mesmo. Ele voltou a realidade e olhou pela janela, vendo que o seu subordinado ainda estava ali. - Bom trabalho! Se houver necessidade volto a contactar. Vamos embora! – ordenou ele, ao motorista antes mesmo que o subordinado reagisse. - Sim senhor! – disse o homem, se afastando para trás, vendo o carro já se distanciar. O carro estava em movimento, Cassidy baixou a cabeça e começou a olhar para o envelope sobre as suas pernas. Ele olhou virou o envelope e sobre ele estava escrito, “Alexandra Cooper”. Cassidy suspirou, relaxando contra o assento e olhou pela janela. “Dentro em breve irei descobrir quem é essa mulher e qual é a relação com Alexandra.” (…) Cassidy desceu do carro e foi em direção a uma casa, que parecia mais uma mansão. No exterior da casa haviam algumas arvores e no topo da casa algumas cameras de vigilância. Ele alcançou a porta principal, abriu-a e entrou e, enquanto o fazia foi revelada uma linda sala de estar. A sala era ampla e, parecia estar repartida. A esquerda havia uma mesa vidro larga de jantar e do lado oposto a própria sala de estar com sofás luxuosos de napa branca. Nas paredes, haviam várias pinturas e enormes retratos que pareciam ser de família. Cassidy alcançou a mesinha de estar e pousou o envelope sobre a mesma. De seguida ele foi em direção ao bar que ficava do outro lado da sala, um pouco a frente da mesa de jantar. Ele pegou num copo de whisky e pousou sobre o balcão, a seguir pegou numa garrafa de doze anos e serviu-se um pouco daquela bebida espirituosa. Ele pousou a garrafa sobre a mesa, pegou no seu copo e colocou-se andar em direção a sala de estar. Ele alcançou o sofá e sentou-se, pousando o seu copo sobre a mesinha de centro. Finalmente ele alcançou o envelope, relaxou contra o sofá enquanto abria o item. Ele despejou todos os itens que estavam no interior do envelope sobre a mesa e de dentro foram caindo papéis que pareciam fichas e muitas fotos. Cassidy pegou num papel, ergueu-o levando a fronte da sua face. Naquele momento o papel que ele trazia nas suas mãos parecia ser um assento de nascimento. - Alexandria Cooper… filha de Darius Cooper e Antoniette Copper… nascida aos 3 de julho de 2000… - Cassidy parou a sua leitura “… essa data…” Ele devolveu aquele papel a mesa e pegou noutro. Ele foi dando uma rápida vista de olhos no papel. - Darius Cooper… nascido a bla bla… teve duas filhas… Huh! Duas filhas…! – ele parou e começou a fazer uma leitura silenciosa. – Duas filhas gémeas… Alexandria e Alexandra Cooper. No entanto Alexandra foi assassinada de forma macabra pela mafia e nunca foi encontrado o assassino… - ele fez uma pausa. Logo a seguir atirou aquele papel sobre a mesa, parecendo estar bem irritado. Ele apoiou os braços sobre as suas pernas, inclinando levemente a cabeça e passou a mão sobre ela. Ele soltou um longo suspiro. - Cassidy? – uma voz feminina foi ouvida. Cassidy ergueu a cabeça e virou-se, olhando em direção de onde vinha aquela voz. Na direção de onde vinha aquela voz feminina, estava uma mulher descendo as escadas de forma suave enquanto pegava o corrimão. A mulher era branca, linda de cabelos curtos e lisos até o pescoço. Naquele momento ela usava um vestido de dormir longo de seda de cor azul e por cima um robe da mesma cor e material a qual ela segurava com a outra mão e nos pés trazia um par de pantufas brancas. - Não devias estar a dormir? – perguntou Cassidy vendo a mulher já perto dele. A mulher aproximou-se e deu-lhe um beijo na testa. Ela sentou-se, pegou no copo de whisky de Cassidy e levou para a boca. Cassidy permanecia sentado olhando para ela. - Ah! – a mulher fez uma cara de satisfação. Ela pousou o copo sobre a mesa. – Não consigo dormir… Cassidy suspirou. - É o Matthew, não? A moça cruzou os braços e desviou o olhar, enquanto abanava a cabeça negativamente. - Ele não dorme em casa já tem uma semana. - Ah… - Cassidy passou a mão sobre a cabeça. – Eu irei falar com ele… - Ainda vai a tempo? Ele não tira aquela mulher da cabeça dele… - Deixa disso…! Não posso negar que ele tenha tido uma química com ela…, mas ela é uma policial… A relação entre eles não ia durar e ademais, do momento ele esta foragido da polícia. Não há como a relação dar certo… São opostos e cada um deles é um veneno para o outro. - Humph! – a moça segurou um sorriso. – Só falas porque não é contigo… - Jeanette… Jeanette… Jeanette olhou por acaso para a mesa e viu inúmeros documentos sobre ela. - O que é isso? – perguntou ela, toda curiosa, alcançando a mesa. - Hmm… é confidencial… - Cassidy tentou lhe parar. Jeanette esquivou - Humph! Confidencial! – disse ela, erguendo o papel. – Huh! – ela ficou surpresa. Ela baixou o papel e olhou fixamente para Cassidy. – Alexandria Cooper? Quem é essa mulher? - Tudo aponta que ela era a irmã gémea de Alexandra… - Não há certeza? - Jeanette olhava fixamente para o papel que trazia sobre na sua mão. - Bem, elas eram irmãs… - E porque começaste a pesquisar sobre essa pessoa? Porque só agora? Depois de três anos…? - A aparição dessa mulher é uma incógnita… conheci ela ontem, na boate… e bem… nós transamos… - Huh! – Jeanette olhou-lhe fixamente. - Foi… foi algo natural… - Cassidy gesticulava com as mãos. – Foi química momentânea… - Ela sabe quem você é? - Duvido… - O que você pensa em fazer sobre isso? - Não sei… - Cassidy abanava a cabeça negativamente. – Sinto que Deus possa estar a dar-me uma segunda chance. - Não sei Cassidy… - Jeanette pousava o papel sobre a mesa. – Como você disse… a aparição dessa mulher é uma incógnita. Não entendo porque só agora ela voltou a Middlesbrough… - É a sua terra natal… pelos arquivos ela estudava fora do país… - E do jeito que você fala… você quer se relacionar com ela? – Jeanette olhava-lhe nos olhos. – Ela não é Alexandra… Cassidy desviou o olhar e soltou um longo suspiro. - Tenho pleno conhecimento disso… Jeanette levantou-se, parou em frente a Cassidy e começou a acariciar-lhe a cabeça. - Mano! Veja bem onde te metes… - disse ela, olhando-lhe nos olhos. Cassidy assentiu. - Eu vou dormir… - Tudo bem. Jeanette baixou-se e deu um beijo na testa de Cassidy. - Até amanha! - Até. Jeanette colocou-se a andar e Cassidy acompanhava-lhe com os olhos. Jeanette finalmente desapareceu entre as escadas e Cassidy olhou para a bagunça de papeis e fotos sobre a mesinha de centro. Ele suspirou. - O que eu realmente estou a fazer? – perguntou-se ele, olhando para os papeis e fotos sobre a mesinha de centro.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD