Capítulo 1 - Quem é quem?

1585 Words
Vitória. Acordei com o despertador do meu celular marcando 10:30 da manhã. Levantei, escovei meus dentes, joguei uma água no rosto, amarrei meu cabelo num coque e desci para tomar café. Meu pai estava sentado no sofá, assistindo tv e limpando a glock dele. Passei por ele dei um beijo em seu rosto e cumprimentei: Vitória: Bom dia meu véio! Gidão: Bom dia minha princesa! - Disse me abraçando. Vitória: Tem café pronto? - Perguntei. Gidão: Tem pô, come lá, comprei uns bagulho. - Disse apontando com a cabeça para a cozinha. Sai da sala, fui até a cozinha, tomei meu café da manhã e subi para o meu quarto. Deitei na cama e escutei meu celular tocar. *Início de ligacão* Leticia: Eae piranh*, tá dormindo ainda caraio? Vitória: Não né fia, mas manda o papo aê. Leticia: Bora para a praia mana? Vitória: Ah cara, mó preguiça Leticia: Hum, que pena que eu não ligo, marca 15 que eu tô passando aí. Vitória: O que você não me pede sorrindo que eu não faço chorando? *Fim de ligação* Levantei num pulo, já separei meu biquini, troquei de roupa, pús um shortinho jeans claro desfiado, e um cropped ciganinha. Arrumei minha bolsa, pús protetor, bronzeador e as coisinhas básicas de praia. Soltei meu cabelo, peguei meu celular, coloquei uma rasteirinha e quando eu desci a Letícia ja tinha chegado e estava me esperando, agarrada com o meu irmão. Vitória: Bora piranhuda. - Me joguei entre entre os dois. Dinho: Ih, qual foi Vitória, sai fora, folgada! - Me empurrou Vitória: Me poupe Diego, bora logo Leticia, ficou me acelerando para ficar nessa? - Encarei a mesma. Letícia: Tô indo já minha aliada, calmô.- Disse levantando. - Até depois, amor. - Beijou o meu irmão Dinho: É nos gata, quer grana?- Perguntou para mim. Vitória: Mesma coisa de oferecer banana pra macaco, né? Quem n**a dinheiro? Manda a bala, bebê. - Falei abrindo a mão e esticando ao mesmo. Dinho: Brinca muito, rapá. - Tirou do bolso um bolo de notas e colocou na minha mão. - Cuidado em, tô de olho. Vitória: Quem vê pensa, doidão - Disse revirando os olhos e soltando uma risadinha. Saimos de casa, a pé mesmo para esperar o uber e assim que chegamos na barreira do morro, a Letícia ja começou a resmungar. Leticía: Ai amiga, eu não vou mais fazer esse papel de trouxa, Não vou! Não nasci para isso, vou acabar meu lance com o Dinho. A Letícia fica com o meu irmão à quatro anos e ela insiste que ele vai assumí-la como namorada, mas ele nem tchum pra ela, ele só faz ela de trouxa, mas ela sempre acaba caindo no papo dele. Eu já cansei de avisar, por isso nem dou muita trela. Vitória: Ah Letícia, já falei para você, que apesar de você gostar dele, você tem que se amar em primeiro lugar cara, ele é meu irmão, mas não deixa de ser um babaca, mulherengo e galinha que só te usa. - Falei com desdém. Letícia: Você não entende Vih, ele sempre promete que vai me assumir, e que gosta de mim, mas eu sei lá mona, outro dia ele me prometeu varias coisas e duas horas depois que ele foi embora, me mandaram fotos dele numa orgi* na casa da ruiva. - Disse cabisbaixa. Vitória: Vamos mudar de assunto, e focar no que nos faz bem, partiu pegar vários na praia e mostrar para o Diego que você é uma gostosa e que se ele não é homem de assumir, outro vem e assume. - Falei tentando consolar. ............................................................................................ *Letícia narrando* Minha amizade com a Vitória, é um bagulho de outro nível, ela é fechamento demais! Ninguém me separa dessa piranh* nunca, amo ela demais. Nos conhecemos no 5° ano da escola, com ela me defendendo de uma briga que eu arrumei, como sempre. No começo, fiquei meio receosa de ser amiga dela, pelo fato dela ser filha do dono do complexo onde moramos, porém depois que conheci a família inteira, me apaixonei de uma forma que nem sei explicar. Inclusive o Gidão, que sempre me dava calafrios só de ver, é um amor de pessoa e me trata como filha. Meus pais apesar de ter um pé atras da minha amizade com ela, aceitaram de boa, o que eu até estranheei por eles serem muito conservadores. ................................................................................................... *Veloster narrando* Paçoca: Pô Veloster, s*******m isso aí. Veloster: Truta, vou dar 5 segundos para tu sair daqui. Paçoca: É isso, então, patrão. - Falou sem me olhar, saindo da boca principal. PATRÃO. Esses comédia acha que é facil chegar onde eu cheguei, só Deus sabe o que eu passei pra chegar onde eu cheguei. Quem me vê assim, dono da maré, nem imagina o trampo que eu tive para estar aqui. Eles vê e pensa que é facil, mas coitados, não aguenta nem um terço do que eu passei para ser dono da maré. Desde menor sempre vi meus coroa passando fome tá ligado? Tirando do deles para dar de comer para mim. Ai eu te pergunto, tu gostaria de ver seu seus coroa que te deram a vida passando por isso? Logico que não né porr*, já cheguei a ver minha coroa tirando a última das últimas moeda que ela tinha, para comprar um pão se pá, para eu não passar fome. Mas é isso, chora agora ri depois, hoje nós tá que tá, deixa chover dinheiro. Graças a Deus eu pude retribuir tudo o que essa velha fez por mim. Ela tirava do último para me dar um pão e hoje eu compro uma padaria inteira para ela. Se é honestamente ou não, que se fod*, é problema meu. Meu coroa também, tá firmão o velho, não me esqueço nunca de nada do que ele me ensinou. Aquele homem é f**a! Lembro até hoje da minha coroa levando a merenda que ela pegava escondido da escola que ela trampava pra levar pro coroa não passar fome na obra que ele trampava. Sempre fui muito humilde e tudo o que eu passei de r**m, eu nunca vou deixar meu filho passar! Aquele moleque é minha vida, mato e morro por ele, sem neurose. Sai das neura dos meus pensamento com o cuzão do Turco me chamando. Turco: Qual foi irmão, paçoca saiu nos nervo daqui. - Disse entrando na boca. Veloster: Esse arrombado se achando o pá das ideias...Acho que ele esqueceu que quem manda aqui sou eu. Mais uma mancada e eu mermo estouro os miolo desse filho da p**a. Turco: Iiiih! Já vi que o bagulho ta louco, vamo dá uma desistressada e encostar na praia? Aproveita que eu falei com o cuzão do Carvalho e esse corrupto do c*****o ja limpou nossa ficha. Parei, pensei e... pode pá que nem é má ideia. Veloster: Vamo aí, carai. Da em nada. - Me levantei. ..................................................................................................... *Turco narrando* Eu tava querendo encostar na praia, faz uma cota, já. Troquei ideia com o Carvalho, um policial corrupto, para limpar minha ficha e do Veloster. Falando nele, troquei um papo jogando um verde e ele aceitou na hora, o que eu até estranheei. Esse cara é f**a. Meu irmão mermo, nos se conhece desde menorzinho, bagulho de 6 anos de idade... Ele me tirou da merda, papo reto. Depois de que aqueles que se diziam meus pais, me largarem num bueiro para eu morrer afogado no esgoto, a Maria me achou lá, me levou para a casa dela e cuidou de mim, mesmo não tendo nada. Para mim, minha mãe é ela, e fim de papo. No começo eu e o Veloster,até tentamos estudar, fazer faculdade, trabalhar e pá mas nem colou. Quando a dificuldade é muita, você não tem saída, a unica opção é correr para o lado mais fácil. E olha onde nós chegou, valeu a pena sim, nós é rico, pô. Estávamos a caminho da praia, quando de longe já avistei uma morenona bronzeada. A mina era gostosa demais e, se é louco, só de olhar para aquela b***a dela já me deixava daquele jeito. Só fiquei na espreita, observando de longe, e palmeando a novinha jogando futebol. Estava ela e uma amiga dela, uma branquinha do cabelão, gostosona também, mas a que roubou minha atenção foi a morena. Parei, pensei e pá, vou chegar nela e que se f**a, tô vendo mano nenhum lá. Virei para o Veloster que estava sentado com a juliete no rosto, sem camisa e com um copão de 700ml na mão, bebendo Whisky. Turco: Aê meu bom, vou ali e já volto. Veloster: Demorô, vou acender um e palmear que eu ganho mais. - Falou suave, tirando o skank do bolso. Sai de lá e ja fui logo pedindo para jogar. Turco: Eae gatas, cês tá sozinha? *****: Sozinha não, eu tenho ela e ela tem à mim. - Deu um sorrisinho e eu sorri de lado. Turco: Posso jogar então? Satisfação Arthur. - Não tem nexo eu falar meu nome, mó b.o se elas descobrem que eu sou do crime. *****: Prazer Vitória, e ela é a Letícia. - Tocou na minha mão. - Aproveitando que você está aqui, vou alí comprar uma caipirinha. - Deu um sorriso e saiu correndo me deixando com a morena. Turco: Eai Letícia, qual vai ser? - Olhei para a gata, e senti ela ficar toda envergonhadinha. - Bora jogar, pô. Ela chutou a bola para mim e nós ficou assim, só de toquinho.
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