— Por que fez isso? — Sophia m*l esperou entrar no quarto e fechar a porta.
Ela jamais imaginou que levaria alguém para conhecer seus pais, que esse alguém fosse Christian e que ele colocaria uma aliança em seu dedo bem na frente deles. Soph achou que ele estava louco, que não tomaria uma atitude assim se estivesse sã.
— Como você tinha esse anel esse tempo todo, e eu não vi?
Christian, por outro lado, estava gostando de enlouquecer aquela que o enlouquecia. Ele queria se livrar das roupas, tomar um banho e se deitar naquela cama macia. O homem antes não fazia ideia de que, algum dia, estaria feliz porque iria se casar com alguém sem ser na frente das câmeras.
Óbvio que ela poderia não chegar ao altar de verdade. Eles precisavam ser claros um com o outro. Sempre brigavam ou discordavam de algo. Porém, só de ele saber que, oficialmente, ela era dele, ficava empolgado.
— Você não é observadora. — Não ligou para o seu tom desesperado e sussurrado atrás dele.
Sophia se pôs na sua frente e o forçou a se explicar. Seu rosto estava confuso e irritado e seus cabelos estavam bagunçados.
— Não achei que precisasse pedir. Eu tinha o anel há um tempo, só que não pensei em lhe dar antes. Então você veio com aquele papo e fez eu me sentir um i****a por ter um anel de noivado e pensar em colocá-lo no seu dedo, sendo que só estava curtindo este meu corpo sexy. — Puxou-a pela cintura, abriu um sorriso e beijou seu pescoço. — Quero fazer tudo certinho, como diz a tradição.
— Na frente dos meus pais? — Franziu o cenho, imaginando o que eles estavam pensando.
Seu pai era do tipo que não deixava nada passar. Ele era um crítico ferrenho e não gostava nem um pouco do Christian. No passado, Arthur já tinha expressado esse seu pensamento. O que havia feito recentemente, também, com ele em carne e osso. Era óbvio que o homem desconfiaria.
— É o que manda a tradição.
Ela o encarou, cerrou os olhos e buscou pela piada. Ela estava lá, mas também havia verdade e alegria. Os olhos azuis dele estavam radiantes e seu rosto todo estava feliz. Soph achou que Christian estava mudando e que levava a sério essa coisa de casamento.
— Você quer realmente se casar? Ou foi só um teatro?
— Duvida dos meus sentimentos ainda? — Franziu o cenho. — Achei que tinha sido claro.
— E foi. Só que eu não esperava por isso. Quando foi que se tornou alguém que quer se casar? — Ele riu da cara que ela fez e tentou se lembrar de quando havia sorrido tanto ao lado de uma pessoa, estando sóbrio. — O que foi?
— Eu nunca tinha amado ninguém. — Passou os dedos carinhosamente em seu rosto e afastou seus cabelos, colocando-os atrás da orelha e provocando arrepios nela, deixando um rastro de fogo por onde passava. — Jamais pensei que, um dia, eu gostaria de alguém neste nível ou que desejaria ficar a vida toda ao lado dela.
Sophia ouvia isso sentindo seu coração, novamente, pular no peito. Ela nunca tinha visto Christian Harrison tão sentimental e carinhoso. No começo, ele era irritante, gostava de provocá-la e esclareceu que seu interesse era puramente s****l. Só que quanto mais o tempo passava, mais difícil era distinguir as coisas e mais amoroso ele ficava. E isso a pegou de surpresa. Com ele sendo um homem que ela jamais pensou que seria, ela se via se derretendo em sua frente, com os sentimentos explodindo por dentro.
— Você foi a minha surpresa, Sophia Thompson, e eu não me vejo sem você no futuro. Quero tudo que tem um casal: casamento, uma casa, filhos...
— Filhos? — Aí ela ficou surpresa em outro nível. — Quem é você? Christian deixa seu cover sair por aí falando coisas que ele considera tão absurdas?
— Muito engraçado.
— Você não tem cara de quem será uma boa influência — apontou, irônica.
— Posso me esforçar — rebateu.
— Certo. Vamos deixar o papo de filho para depois. Você tem que me ajudar no banheiro.
— Tenho? — Abriu um sorriso safado.
— Caí no banho, e não quero fazer isso de novo. — Mostrou-lhe o pé.
— Foi isso que disse? — Franziu o cenho. — Achei que odiasse mentir para eles.
— Eu não falaria todo aquele drama. Meu pai já me critica demais.
— Certo. — Beijou-a, pegou-a no braço e a levou ao banheiro.