CAPITULO 45

1074 Words
O tempo passou, e a escuridão lá fora começou a se transformar em um tom suave de azul, sinalizando a chegada de um novo dia. Eles ainda não tinham se separado. Helena estava com a cabeça no peito de Bruno, ouvindo o som reconfortante de seu coração. Ela podia sentir a suavidade de seus dedos acariciando seus cabelos castanhos e, com um suspiro triste, ela fechou os olhos e deixou suas mãos vagarem pelo peito dele. Com uma voz suave e rouca, Helena quebrou o silêncio. "Não quero que o dia amanheça, Bruno. Quero ficar aqui, com você, para sempre." Ele beijou o topo de sua cabeça e acariciou seus cabelos. "Eu também, Helena." Eles ficaram ali, em silêncio, compartilhando aqueles momentos preciosos enquanto a manhã avançava. Finalmente, o sol começou a se levantar no horizonte, lançando seus raios dourados no quarto. Bruno suspirou, relutante, e disse, "Precisamos nos levantar, Helena. O dia começou." Ela assentiu, ainda deitada em seus braços. Relutantemente, eles se separaram e se vestiram, cada movimento preenchido com um pesar silencioso. Helena se levantou da cama, pegando suas roupas e começando a se vestir. Bruno a observou em silêncio, seu coração doendo enquanto ela se afastava. Quando Helena terminou de se vestir, ela se aproximou da beira da cama e inclinou-se para beijar Bruno uma última vez. Seus lábios se encontraram em um beijo doce e triste, e ambos sabiam que era a despedida. Quando estavam prontos para partir, eles se olharam nos olhos, como se tentassem gravar a imagem um do outro em suas mentes. Helena pegou a mão de Bruno e a trouxe até seus lábios, deixando um beijo suave ali. "Não é adeus, Bruno", disse ela, com lágrimas brilhando em seus olhos. "É apenas um até breve." Ele assentiu com dificuldade, incapaz de falar porque suas palavras estavam presas na garganta. Com um último beijo apaixonado, eles se separaram, sabendo que suas vidas estavam prestes a seguir caminhos diferentes. Helena caminhou em direção à porta, mas antes de sair, ela olhou para trás, com um sorriso triste nos lábios. "Eu te amo, Bruno. Sempre amarei." Ele sorriu de volta, seus olhos brilhando de amor e gratidão. "Eu também te amo, Helena. Sempre amarei." Com essas palavras de despedida, Helena saiu pela porta, deixando Bruno para trás. Ambos sabiam que aquele não era o fim de sua história, mas sim o começo de uma nova jornada, onde o amor que compartilhavam iria transcender a distância e o tempo. E, até o dia em que se reencontrassem, eles continuariam a amar um ao outro, com o coração cheio de lembranças dos momentos mágicos que haviam compartilhado em Paraty. *** O terminal rodoviário de Paraty era um lugar movimentado, mesmo naquela manhã tranquila de domingo. As pessoas aguardavam seus ônibus, carregando malas e histórias de vida, enquanto o som do alto-falante anunciava chegadas e partidas. No meio dessa cena cotidiana, Helena e Bruno estavam prestes a enfrentar o momento mais difícil de suas vidas. Helena olhou para o bilhete de ônibus em suas mãos, sentindo um aperto no coração. Ela sabia que estava tomando a decisão certa ao aceitar a promoção no escritório de advocacia em São Paulo, mas isso significava que ela e Bruno teriam que se separar. Bruno estava ao seu lado, segurando-a com firmeza pela cintura. Seus olhos encontraram os dela, e Helena viu neles uma mistura de amor e tristeza. "Você entendeu por que estamos fazendo isso, certo?" Bruno perguntou, sua voz embargada. Helena assentiu com dificuldade. " Sim, mas ainda assim eu vou sentir sua falta." Bruno a abraçou mais apertado, como se quisesse fundir seus corpos em um só. "Eu também vou sentir sua falta, Helena, mais do que consigo imaginar. Eu te amo. E eu sinto que você é o amor da minha vida." As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Helena, e ela as enxugou rapidamente. "E você é o meu, Bruno. Sempre será." Eles se beijaram com uma paixão intensa, como se quisessem guardar cada lembrança do cheiro e do gosto um do outro. Os lábios se moveram juntos em um adeus doloroso e amoroso, uma despedida que parecia conter todos os momentos felizes que haviam compartilhado. Finalmente, o anúncio do embarque de Helena ecoou pelo alto-falante da rodoviária. Era hora de se despedirem. Bruno a puxou para um beijo apaixonado, como se quisesse guardar cada lembrança do gosto dos lábios dela. Era um beijo cheio de amor, mas também de despedida. Quando finalmente se afastaram, Bruno acariciou o rosto de Helena com ternura. "Prometa-me que você será feliz, Helena. Prometa que vai aproveitar essa oportunidade ao máximo." Helena assentiu, seus olhos cheios de determinação. "Eu prometo, Bruno. E eu prometo que isso não é um adeus, é apenas um até logo." Bruno sorriu, mas lágrimas também brilhavam em seus olhos. "Até logo, minha Helena." Helena olhou nos olhos de Bruno, tentando memorizar cada detalhe do rosto dele. Ela sabia que sentiria falta de tudo, desde o jeito como ele sorria até o som da risada dele. Ela não queria partir, mas sabia que não tinha escolha. Ela pegou sua mala e se virou para o ônibus, mas antes de subir os degraus, olhou uma última vez para Bruno. "Eu te amo", sussurrou Helena, sua voz embargada pela emoção. Bruno assentiu com a cabeça, incapaz de dizer as palavras que também sentia. Ele não queria que ela fosse, mas não podia pedir a ela que sacrificasse seus sonhos por ele. Helena subiu no ônibus e encontrou seu assento. Ela olhou pela janela para ver Bruno, parado na rodoviária, olhando para ela com olhos cheios de amor e tristeza. O ônibus começou a se mover lentamente, afastando Helena de Bruno e de Paraty. Enquanto o ônibus desaparecia, Helena se perguntou como seria sua vida em São Paulo sem Bruno ao seu lado. Ela sabia que enfrentaria desafios e dificuldades, mas também sabia que tinha que aproveitar a oportunidade que lhe fora dada. Bruno, por sua vez, permaneceu na rodoviária, observando o ônibus desaparecer de vista. Seu coração doía com a dor da separação, mas ele sabia que era a escolha certa. Ele tinha que cuidar de sua família e de sua loja em Paraty. Eles sabiam que um dia, quando o tempo e as circunstâncias permitissem, eles se reuniriam novamente. Até lá, eles carregariam o amor que compartilhavam em seus corações, como uma luz brilhante em meio à escuridão da separação.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD