7- Barão

931 Words
Barão narrando : Meu dia foi f**a , cheio de treta pra resolver. Cheguei em casa de madruga já. Entrei no meu quarto, fui até o banheiro, tomei uma ducha na água gelada , me joguei na cama pelado mesmo, porque eu curto dormir assim. Acordei no outro dia ainda era madrugada, o sol tava começando a aparecer. Meu rádio tava apitando, e era o meu sub me chamando pra dar um jeito em um BO aí . Falei pra ele que tô de boa, vou chegar só mais tarde. Hoje tô afim de tomar um café com a minha irmã e ver qual é da mina que ela trouxe. Levantei, tomei uma ducha pra acordar direito, vesti uma roupa confortável, e saí do quarto, desci até a cozinha, e a dona Sandra já tava passando o café. – Bom dia, meu filho – ela diz olhando para mim, e eu concordo com a cabeça. – Bom dia, Dona Sandra. Tudo tranquilo? – eu respondo, encarando-a. Vou até a geladeira, abro ela e pego uma garrafa de água, encho um copo e bebo. Logo a Milena desce as escadas também. – E aí, irmão? – ela diz, olhando para mim. Eu olho para ela e balanço a cabeça. – Minha amiga já chegou, tá? Ela dormiu aqui. Por favor, vê se recebe ela bem. Ela tá passando por muita parada pesada na vida dela. Não precisa de ninguém encarando ela com essa cara de m*l que você faz – ela diz, e eu a encaro. – Qual é, Milena? Tá me tirando – eu respondo, e ela n**a com a cabeça. Na mesma hora, escutamos passos descendo a escada. Olho para a escada e vejo uma mina morena clara dos cabelos pretos , olhos destacados e com um bundão, descendo. Mano, nunca vi uma mina gordinha tão gata assim. Fala sério. Gata demais mesmo. Minha irmã apresenta a gente e ela fica na dela, toda envergonhada. Eu termino de tomar meu café e saio dali rapidão. Cumprimento os manos que tão na segurança do meu barraco. Pego minha moto e saio acelerando até a boca . Chego na frente, estaciono e já vejo a Brenda chegando, se jogando toda. Mas que p***a é essa? Essa mina não dorme não, c*****o. – E aí, Brenda, tá fazendo o que aqui tão cedo, mano? – Eu pergunto encarando ela e ela me olha com um sorriso no rosto. – Credo, amor, pra que me tratar assim? Eu vim te ver. Você não foi me ver aonde? Eu fiquei esperando. – Ela diz e eu n**o com a cabeça. – Já falei pra tu que eu não gosto que fica me chamando de amor, c*****o. E nem que fica vindo aqui na boca. Se eu quiser te ver, eu vou até o seu barraco . De boa. – Eu digo e ela me olha triste. – Credo, barão, você sempre me trata assim. Me usa como se eu fosse um objeto. E quando eu venho atrás de você, me maltrata. – Ela diz com uma voz enjoada – Eu não sei porque tu fica fazendo drama, cara. Tu sabe que entre a gente é só sexo e pronto. Fala logo o que tu quer – eu digo encarando ela de braços cruzados. Eu olho pra baixo pra poder olhar pra ela, que ela é baixinha. – Ah, eu tava precisando de dinheiro. Preciso pagar umas paradas na mercearia. E também queria comprar roupa pro baile de hoje – ela diz olhando pra mim, e eu já sacava que era dinheiro. – Já é. Espera aí que eu já trago uma grana pra tu – eu digo, e ela sorri. Entro na minha sala na boca, abro meu cofre e pego um bolo de 100 reais. Saio lá fora e ela tava esperando na porta. Entrego a grana pra ela e ela sorri, querendo me beijar. – Não tô afim não. Depois a gente se vê – eu digo, e ela concorda. – Beleza, meu amor. Se precisar de algo, só chamar. Vou ficar te esperando – ela diz e vai embora, rebolando. Eu balanço a cabeça, entro na minha sala e vou cuidar dos meus esquemas. Eu estava ligando para alguns fornecedores quando o Naldo entrou na minha sala. Desliguei a ligação e cumprimentei ele. – E aí, suave? – ele diz, apertando minha mão. Eu concordo. – De boa. Tá tudo certo pro baile hoje à noite? – eu pergunto, e ele confirma. – E aí, os manos da contenção falaram que tua irmã chegou ontem com uma mina. Qual é a dela? – ele pergunta, se jogando no sofazinho que tem na minha sala . Eu n**o com a cabeça. – Sei lá, a mina é amiga dela. Melhor não mexer com ela, deixa ela na paz. Tá passando por uns paradas aí –eu digo, e ele ergue a sobrancelha. – Mas e aí, a mina é gata? – ele pergunta, e eu dou de ombros. – Sei lá, pra mim mulher é tudo igual – eu digo, e ele sorri, balançando a cabeça. Ele saiu da minha sala e eu fiquei ali resolvendo umas paradas , ainda tinha que sair pra fazer as cobranças. Passei o resto da manhã cuidando dos detalhes do baile. Gosto de deixar tudo nos trinques. Pra mim, o baile tem que estar impecável. MC bom no palco, bebida sempre no ponto. E as bocas têm que estar abastecidas, e os manos todos trabalhando, vendendo, porque é o dia que mais a grana entra. Continua ......
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