Jonh Smith
A Emma sempre foi o equilíbrio de tudo. Eu a conheci em um momento mais difícil da minha vida, momento no qual eu sentia muita falta da minha mãe, minha mãe morreu de câncer quando minha irmã ainda era um bebê. Eu tinha 6 anos na época, a música para minha mãe sempre foi algo muito especial, e foi através dela que eu passei a gostar de música. Minha mãe era meu tudo.
Minha família é a coisa mais importante para mim, eu sempre me mantive forte em situações que se eu chorasse feito uma criança, às pessoas não se importariam. Mas eu nunca fiz isso. A Emma e eu nos conhecemos em uma festa, Emma sempre foi bem animada, divertida, hoje a vendo, nem parece a Emma que conheci.
Lembranças boas invandem minha mente, ela me tirou do escuro, ela trouxe cor a minha vida. Mas ela me quebrou quando me deixou.
...
Era noite de sexta-feira, eu estava um pouco alterado e virado. Eu não havia dormido, fiquei na casa de um amigo, fomos convidados por outros colegas para uma festa. Chegamos na festa e estava lotada, muita garota e muita bebida.
— Hoje você e o Igor vão me carregar.—Respondo alterado e caminho em direção ao Open bar e peço uma bebida.
Olho para o lado e vejo uma garota de cabelos claros, ou eu estava bêbado, ou o cabelo dela era meio rosé. Ela estava bem chapada, mas consciente.
— Uma gim tônica, moço.—Ela pede ao barmen.
— Bela escolha, experimenta ela com gelo de côco.—Respondo e ela me olhando com um sorriso de lado.
— Vou seguir a sugestão desse gatinho, acrescenta um gelo de côco também.—Ela responde e me olha sorrindo. Me aproximo dela.
— Não costumo ganhar muitos elogios, fiquei até emocionado que vou até te acompanhar na bebida, ou a princesa está acompanhada? —Pergunto jogando uma real.
— Me senti Privilegiada. Pareço está acompanhada? —Ela pergunta enquanto pegava a bebida e dava um gole.
— Nem um pouco.—Respondo e rimos.
— Nossa, realmente é muito bom! —Ela diz dando mais um gole em sua bebida.—Você vai me acompanhar ou vai ficar só nessa água? —Ela pergunta e eu olho para minha mão, e vejo que eu estava segurando uma garrafa.
— Foi m*l. Ressaca, vou te acompanhar na água.—Respondo e ela faz cara de triste.
— Que decepção, mocinho.—Ela responde e eu sorriu de lado.
O Dj muda a música e ela dar um super gole em seu copo.
— Essa música é muito boa, vem dançar comigo.—Ela me puxa bruscamente e quando vi ja estávamos na pista de dança.
Ela dançava no ritmo da música, ela tinha uma energia muito boa. E foi nesse momento tão insignificante para alguns, mais tão importante para mim, que ela despertou algo em mim. Ela sorria e me puxava para dançar e eu ficava parado tímido.
— Eu não sei dançar.—Respondo falando alto, por causa do som.
— Nem eu, só me acompanha.—Ela responde e eu começo a acompanhar.
Era ela, era ela que eu queria para minha vida. Eu precisava dela na minha vida.
....
Falar da Emma é como se eu estivesse pisando em espinhos, ela me fez feliz. Mas também já me fez sofrer muito!
...
Estávamos ficando a alguns meses, eu finalmente havia conseguido ficar com a minha garota. Ela estava deitada sobre minha cama dormindo, eu havia levantado cedo para preparar o seu café da manhã.
Resolvi tomar um banho, após sair do banho a vejo acordada sentada na cama.
— Bom dia, dormiu bem? —Pergunto e ela sorrir.
— Como não dormiria? Vem pra cá, está tão cedo para você já está de pé.—Ela responde batendo na cama e eu me aproximo dela somente de toalha.
A beijo e deito sobre a cama. Me deito ao seu lado, e apóio minha cabeça em minha mão e a encaro.
— Você está mexendo comigo.—Respondo e ela me olha séria.
— Em qual sentindo? —Ela pergunta.
— Você sabe.—Respondo e coloco a mão dela em meu coração.—Nesse sentido.—Respondo e sorriu.
Ela se levanta e se senta na beirada da cama e pega a calça dela no chão e começa a vestir.
— Desculpa, eu lembrei que estou atrasada para um almoço com meus pais. Eu te ligo mais tarde, tá bom? —Ela responde eufórica enquanto se arrumava. Eu sem entender me levanto e a paro fazendo me olhar.
— O que foi? Eu falei algo demais? —Pergunto curioso.
— Não. Você não disse nada demais, pelo contrário, mas o problena sou eu, tá legal? Você merece mais do que isso, e o que você quer eu não posso te dar.—Ela responde colocando a bolsa dela no ombro.
— O seu amor? —Pergunto.
Ela me olha e fecha os olhos por uns segundos e me dar um beijo lento na bochecha.
— Eu sinto muito. Se cuida.—Ela responde e saí do meu quarto as pressas.
Fiquei parado tentando refletir o quão o****o eu sou.
...
Naquele dia eu estava tão disposto a tudo. Eu estava apaixonada por ela, eu seria capaz de qualquer coisa por ela, mas ela era ligeira, aventureira, é claro que ela não iria querer se prender a uma outra pessoa.
Eu por um tempo não aceitava o jeito dela, e isso causou muitas brigas entre nós. Ela para me fazer raiva, ficava com os caras na minha frente, e eu como não era nada, não podia fazer nada. Mas eu nunca me igualei a ela, até que decidi a deixar ir. Ela foi estudar em outro país e depois de alguns anos voltou, ela já não era mais a garota que eu conheci. Ela tinha mudado, e isso era bom, até.
Mas eu senti que ela não queria aquilo, os pais dela a colocava muito pressão. E ela fazia tudo o que eles mandavam, hoje em dia eu a entendo, ela fez a escolha certa. Eu nunca poderei proporcionar nem a metade do que ela merece, ou tem. No máximo o que eu tenho para lhe oferecer foi meu amor, mas amor não enche barriga. E ela foi se encher em outra pessoa.