Emma Cooper
Havia se passado alguns dias, desde que Jonh me contou sobre nossa relação. Eu não consegui conta a Tom, e muito menos achei coragem. Eu não queria estar mentindo para meu noivo, mas eu não poderia prejudicar Jonh e nem ao meu noivado.
Eu terminei o meu diário sobre minha adolescência, que em minhas expectativas foi uma adolescência boa. Eu era divertida, e bem avançada para tão pouca idade. Meus pais eram bem controladores pelo o que foi lido, eu tinha uma relação estável com minha mãe, do que com o meu pai. Meu pai era muito ciumento, e nunca gostou do ritmo de vida que eu seguia.
Minha mãe sempre me acobertou, hoje eu vejo o quanto eu dei trabalho a eles, eu saía as escondidas a noite para ir as festas e beber, namorar e ir a praia. No final das contas, eles sempre colocavam de castigo e eu fugia. Eu menciono o Jonh diversas vezes, ele até esteve no meu aniversário de 18 anos.
Um dia depois do meu aniversário, Jonh e eu terminamos o nosso lance, e 1 semana depois meus pais me mandaram para um internato. Uma escola para boas meninas, lá eu permaneci por 3 anos. Aos 21 eu voltei novamente para a Califórnia, e agora comecarei a história sobre a minha vida adulta.
— Emma! —Megan grita. E me mostra o look dela.
Megan e eu havíamos ido ao shopping, hoje era o seu aniversário e ela me convidou. Eu até hoje me pergunto aonde estão meus amigos? Será que eu não tinha nenhum amigo?
— Prefiro o rosa, esse dourado está muito "cheguei".—Respondo e ela bufa entrando novamente no provador.
Admito, eu sou muito chata em relação a montar look, se não tiver do meu agrado, eu não me aquieto.
— E então? —Ela pergunta e eu me levanto.
Me aproximo dela de boquiaberta, a faço dar uma girada no ar em frente ao espelho.
— Você está um espetáculo, amiga.—Respondo surpresa e ela sorrir.
— Obrigada! Se não fosse você, acho que eu iria estilo carnaval, toda colorida.—Ela responde em tom de ironia e eu caio na gargalhada.
— Para de ser boba, agora vamos rápido, que você tem cabelo, unha e maquiagem para fazer ainda. Vamos! —Respondo e caminhamos até o caixa. A vejo tirar o cartão.— Eu p**o.
— Que isso, Emma. Não, eu faço isso.—Ela responde.
— Eu a convidei, eu p**o. É um presente meu, presentes não se recusam.—Respondo sorrindo de lado.
— Tá bom, mas só dessa vez.—Ela responde sorrindo de lado e revirando os olhos.
Ao efetuar o p*******o e saímos da loja, fomos direto para o salão. Megan não estava acostumado com essas coisas e eu achava até graça ela dando palpite as profissionais de serviços.
— Não acha que está muito forte? —Ela pergunta a maquiadora que faz em negação com a cabeça.
— Amiga, para. Está ficando perfeita, confia em mim, vai dar tudo certo.—Respondo e ela sorrir e se cala.
Ao terminar, ela estava surpreendida com o resultado.
— Meu Deus, eu estou linda! Nossa, o que uma maquiagem não faz. Não estou me reconhecendo.—Ela diz se olhando ao espelho.
— Viu, só! Lindíssima, agora vamos, já está quase na hora da festa.—Respondo olhando no relógio e saímos do shopping.
Pegamos um táxi e fomos direto para sua casa, ao chegar a decoração estava impecável, tudo muito bem arrumada e simples. Ela sobe para o quarto e eu fico na parte de baixo, dando alguns toques.
— Oi.—Olho para o lado e vejo Jonh.
— Oi.—Sorriu para ele— Como você está? —Pergunto ajeitando as bolas na parede.
— Bem, você quer ajuda? —Ele pergunta.
— Não vai ser preciso, eu só preci..—Não consigo terminar a frase, pois eu me desequilíbrio e caio do andar da escada, mas por sorte Jonh consegue me segurar.— Obrigada, Jonh. Meu Deus, eu e essa mania de não tirar meus saltos para fazer as coisas.—Respondo me levantando de seu colo.
Ele me olha calado e eu o encaro. Ele se aproxima de mim, e eu abaixo a cabeça.
— Jonh, eu estou noiva. Sabe que não podemos.—Respondo baixo.
— Eu sei, mas eu não consigo te olhar e não a desejar.—Ele responde e eu engulo seco.
— Você precisa se controlar.—Respondo e o pai dele entra na sala, ele e eu nos afastamos.
— Atrapalhei alguma coisa? —Ele pergunta.
— Atrapalhou nada, Jonh só estava me ajudando, mas ele já terminou.—Respondo olhando para Jonh, que me olha e fica em silêncio.
— Que bom, então você pode me ajudar arrumar as mesas filho? —O pai de Jonh pergunta.
— Claro, pai.—Jonh responde e caminha na direção do pai.
Seu pai coloca o braço em volta do pescoço de Jonh, e os dois caminham para fora da sala, indo em direção ao jardim, mas antes Jonh me olha sério e logo volta a atençao ao seu pai.
Fiquei pensando no que podia ter acontecido se eu estivesse permitido, eu ficaria com um super peso na consciência, e sem contar que depois do que ele me disse, e eu li sobre ele. Eu o fiz sofrer, não correspondi ao que ele sentia, e por que mesmo assim ele continua afim de mim? Eu não sei se um dia eu cheguei a amar alguém de verdade, como Jonh ou Tom, por que é algo tão estranho. Eu não consigo sentir nada por ambos, mesmo eles demonstrando todo amor do mundo por mim.
— Emma, estou pronta.—Megan responde me tirando dos meus pensamentos. A olho e fico emocionada.
— Ah, você está incrível! —Respondo e vou na direção dela e abraço — Obrigada por está me deixando participar desse momento tão incrível com você, você não imagina o quanto estou feliz.—Respondo emocionada e ela me abraça mais uma vez.
— Você é incrível, me desculpe ter a julgado e tê-la comparado com aquela família, desculpa, é a família do seu noivo. Mas, você é diferente, e somente isso importa.—Ela sorrir e eu sorriu junto.
A família do meu noivo, era essa a outra questão pendente que preciso descobrir, e nada melhor do que começar por quem carrega o sobrenome nas costas, e começou toda essa diversidade, meus sogros.