1 semana depois..
Emma Cooper
Durante esses dias eu comecei no meu novo emprego na empresa em que tom trabalhava, eu trabalhava em meio período como contadora, e nesse meio tempo eu poderia ficar perto dele. Desde o dia que Tom me deu um bolo ele tem feito de tudo para me agradar, comprou rosas, bombons, diversos presentes e fora os passeios. Mas eu tenho sido um pouco dura com ele, não vou ceder assim tão fácil, afinal de contas foram 2 bolos em uma única semana.
Ele diz sempre está ocupado com o trabalho, mas agora trabalhando no mesmo ambiente que ele, não vejo nada que ocupe tanto o seu tempo, fora a secretária dele o bajulando o tempo todo. Me controlo por está no meu ambiente de trabalho, mas será que ela não se toca que eu sou a noiva dele? Se não, ela vai passar a entender isso de uma forma ou outra.
- Querida, vamos almoçar hoje naquele restaurante da cidade? A comida de lá é muito boa.-Tom responde entrando em minha sala.
- Sim. Eu só preciso terminar algumas anotações e já te encontro.-Respondo e ele concorda e saí da sala.
Termino umas contas e as anoto. Me levanto e fecho meu laptop, tranco a minha sala e caminho na direção do elevador. Enquanto esperava, a secretária corre em minha direção e se posiciona em meu lado. Era só o que me faltava.
- Esse prédio é enorme, tem tantos andares que perder um elevador é a pior tortura.-Ela responde enquanto arrumava seu decote na blusa.
Olho para os lados e sorriu fraco.
- Você é nova aqui, né? Me desculpa, eu também sou e não fomos apresentadas, eu me chamo Jeni.-Ela estica a mão e eu a comprimento.
- Emma, Emma Cooper.-Respondo e o elevador chega e eu entro. Ela entra em seguida.
- Ai meu Deus, você é a noiva do senhor Tom? -Ela pergunta e eu afirmo com a cabeça.- Meu Deus, ninguém me fala nada nessa eempresa. O Tom é um ótimo patrão, minha tia que conseguiu esse trabalho aqui para mim, mas é claro, se não fosse pela compressão do senhor Tom, eu não estaria aqui.-Ela responde e sorrir.
Ela irá para o mesmo andar que eu, enquanto ela falava percebo que ela não dar em cima do Tom, como eu imaginei. Ela apenas quer ficar no emprego e acha que bajulando o patrão vai conseguir, e sem contar na idade. Ela é nova, acredito que ela prefira homens mais novos que Tom, não que ele seja velho, mas para ela, sim.
- Uma dica, o Tom não gosta muito de bajulação, se você quer ficar nesse emprego apenas seja quem você é. Ele não irá te despedir por ser quem você é.-Respondo e chegamos no andar. Ela sorrir.
- Obrigada, senhora Emma.-Ela responde saindo do elevador ao meu lado.
- Só Emma, querida. E não tem de quê.-Respondo e vejo o Tom, ele acena para mim e eu me despeço dela e me aproximo dele.
- Pensei que iria almoçar em sua sala.-Ele responde com ironia.
- Haha, vamos logo.-Respondo e ele me acompanha para fora da empresa.
Atravessamos a rua e entramos no restaurante que era muito chique por sinal, enquanto o atendente nos guiava até uma mesa vejo Jonh entrar no restaurante. Que estranho, não sabia que ele frequentava esses lugares caros, ele acena com a mão para mim e eu retribuo. Vejo ele se abraçar com uma mulher e eles se sentam, ah, não sabia que ele namorava.
- Querida, já decidiu o que vai querer? -Tom pergunta olhando o cardápio.
- É..-Digo saindo do transe e focando no cardápio - Uma salada de legumes, não estou com muita fome.-Respondo e entrego ao garçom o cardápio, ele anota nossos pedidos e se retira.
- Por que não para de olhar para aquela mesa? Reconhece alguém que esteja alí? -Tom pergunta se referindo a Jonh e a moça.
Jonh estava de costas para ele, então provavelmente ele estava falando necessariamente da mulher.
- É, não.. É, que eles fazem um casal bonito. Não acha? -Pergunto a Tom que os encara novamente, dessa vez Jonh se vira, e Tom consegue ver seu rosto.
Vejo Tom os encarar sem mostrar nenhuma reação.
- Não! Eu não acho que essa pobre moça mereça um cara como o Jonh.-Tom responde com repugnância em sua fala.
- Então você o conhece? -Pergunto curiosa.
- Por que? Você por acaso fala com ele, e eu estou fora disso? -Tom pergunta fazendo uma outra pergunta.
- Eu perguntei pela forma que falou, você não parece gostar dele.-Respondo.
- O conheço, e sei perfeitamente o que eu estou dizendo. Jonh sempre foi assim desde quando estudavamos, aparência de bom moço, mas eu sei coisas sobre ele que ninguém jamais poderia imaginar.-Tom responde enquanto o encarava.
- E que coisas seriam essas? -Pergunto curiosa.
- Não vem ao caso agora. Vamos trocar de assunto, o Jonh não é importante para está fazendo partes das minhas conversas com minha querida, esposa.-Tom responde e segura em minhas mãos.
Sorriu fraco, mas ainda com o que Tom disse sobre Jonh na minha cabeça. Quem é Jonh? Eu sempre vou me fazer essas perguntas, parece que quando eu sei algo, na verdade não é o que aparentava ser. Será que eu nunca vou ter uma vida normal, aonde eu possa confiar nas pessoas que eu me envolvo? Isso é injusto!
Nossos pedidos chegam, comemos e logo vejo Jonh e a moça sair, Jonh olha para mim sério e para Tom. Ele saí do restaurante sem nem ter dado tchau, vejo pelo vidro do restaurante a moça subir em sua moto. E pela última vez ele me olha enquanto colocava o capacete e acelera com a moto.
- Vamos? -Tom responde enquanto pedia a conta ao garçom, que traz e Tom paga.
- Sim.-Afirmo.
Saímos do restaurante e voltamos a empresa, eu fui para minha sala e ele para a dele. Eu não conseguia trabalhar pensando no que Tom disse, a minha curiosidade em saber todos os detalhes me abalava. Não é para menos, é claro, ter sua memória toda apagada, desde o seu nascimento até o seu presente é uma coisa que não escolhemos, então quando acontece sem o seu consentimento é como se estivessem roubando uma parte de você.
Sei que se meus pais estivessem aqui minha vida não estaria essa d***a e confusa, eles me conheciam como ninguém, eles sabiam a filha que tinha. Então seria tão mais fácil, mas a vida foi c***l comigo e me tirou tudo que eu mais amava, eles e as lembranças. Uma lágrima desce e a seco rapidamente e ouço meu celular vibrar, vejo no visor e era a mensagem de um número privado.
"Não pare. Quando precisar de mim é só me chamar que eu estarei sempre por perto."
Olho em volta da minha sala e no lado de fora da janela, e vejo alguém de capuz sumir atrás de uma cortina de um outro prédio. Eu deveria está com medo, mas a pessoa que está fazendo isso me conhece, e por algum motivo desconhecido que eu ainda não sei, não pode se revelar no momento, mas que irá me ajudar mesmo estando no anônimo.