Emma Cooper
Eu estava sem reação, minha boca secou, meu corpo gelou e minha mão soou. Não podia acreditar que isso estava acontecendo, e o pior de tudo é que eu estou sem minha memória e não sei se ele realmente é o Jonh.
— Emma, você está bem? — Jonh pergunta.
— Si..m, estou bem.—Respondo gaguejando.
— Você está pálida, certeza que está bem? —Megan pergunta segurando minha mão.
Eu não sei o que deu em mim, ou sei lá o que aconteceu, talvez o transe causou isso. Eu desmaiei. Acordei em uma casa, eu estava sozinha. Olhei em volta do ambiente e não reconhecia aonde eu estava, me levanto e vejo alguém se aproximar. Olho para o lado e era o Jonh.
— Você acordou, como está se sentindo? —Ele pergunta se sentando ao meu lado e me dando um copo com água.
— Enjoada. Eu desmaiei? Aqui é a sua casa? —Pergunto confusa enquanto bebia um gole da água.
— Calma. Uma pergunta de cada vez.—Jonh responde e sorrir.— Sim para suas duas perguntas, eu moro aqui. É um lugar pequeno, mas eu me sinto bem aqui.—Olho em volta percebendo a bagunça — E não repara a bagunça, eu ando muito sem tempo para arrumar.—Jonh responde e eu sorriu envergonhada.
— Me desculpa, se quiser eu posso arrumar. Sou ótima com organizações e contabilidade.—Respondo me gabando e ele levanta a sobrancelha e sorrir.
— É mesmo? É uma proposta bem tentadora.—Jonh responde e rir.
Sorrimos juntos e nos olhamos, um silêncio se fez no lugar. Ele não parecia ser o Jonh dos diários, se fosse ele, ele com certeza me diria. Ele parace ser um homem perdido, mas contente com a vida que tem.
Escutamos barulhos da porta e Megan entra com umas sacolas na mão. Jonh se afasta e se levanta caminhando até a cozinha.
— Fui comprar comida, imaginei que quando acordasse estaria com fome. Como você está se sentindo? Você nos deu um baita susto.—Megan responde eufórica enquanto colocava as bolsas na mesa de centro da sala, e se senta ao meu lado.
— Desculpa pelo susto, mas eu estou bem agora. Obrigada a vocês por ter me ajudado.—Respondo olhando para Megan e Jonh, que sorrir fraco e se vira de frente para a pia.
— Que nada, o importante é que está bem. Como não sabíamos o que gostava, eu comprei algumas coisas, Jonh sugeriu comida tailandesa ou japonesa. Você gosta de algumas delas? Porque eu odeio! —Megan responde enquanto colocava as coisas na mesa — Por isso comprei o meu hambúrguer com batata frita.—Ela responde e abocanha o hambúrguer em um desespero.—Nossa, eu estava morrendo de fome.—Ela responde de boca cheia e eu sorriu.
— Gosto muito de comida tailandesa. Seu irmão acertou o meu gosto.
— A sua cara não nega.—Megan responde mastigando e eu a encaro com um leve sorriso no rosto.
— Aé? E o que mais eu pareço gostar? —Pergunto pegando a comida.
— Além dessas comidas sem graças, você parece ser bem simples. Coisas simples lhe deixam felizes. Estou errada? — Ela pergunta e Jonh me olha.
— Às vezes a simplicidade e o silêncio dizem mais que a eloquência planejada.—Respondo e vejo Jonh sorrir de lado.
— William Shakespeare.—Ele responde baixo. Mas Megan e eu ouvimos.
— Então além de cantor, você também ler? —Pergunto curiosa.
— Sim. Os livros são como respostas de muitas perguntas do nosso coração.—Ele responde e se dirigi até a mesa pegando a comida japonesa.—É a minha preferida, bom apetite.—Jonh sorrir e eu fico ainda mais encantada com ele. .
Claro que no bom sentido, não em outro sentido.
Emma Cooper, Emma cooper.—Digo em tom baixo.
— O que você disse? —Megan pergunta.
— É, nada. Essa comida é boa, foi a do centro da cidade, não foi? —Pergunto
saboreando a comida.
— Sim.—Ela responde.
A noite passou voando, a companhia deles era boa. Eles me fizeram dar altas risadas e esquecer o quanto minha vida é uma d***a e confusa. Se eu pudesse ficar aqui para sempre, eu ficava.
Olhei no celular e havia muitas ligações perdidas e mensagens não lidas do Tom. Como sempre ele vai arrumar uma desculpa, desliguei o celular.
— Foi ótima a noite com vocês, por uma vez nessa minha vida tão chata e confusa vocês me fizeram esquecer que eu tinha problemas, agora eu preciso ir. Está tarde.—Respondo me colocando de pé.
— Eu te levo.—Jonh responde.
— Não vai ser preciso, eu vou chamar um táxi. Mesmo assim, obrigada.—Respondo.
— Deixa ele te levar, boba. Está tarde para pegar táxi.—Megan responde deitada no sofá quase dormindo.
Jonh abre a porta e me olha.
— Tá bom, boa noite.—Me despeço da Megan.
— Boa noite, Emma.—Ela responde.
Passo pelo Jonh e ele caminha em direção a uma moto. Ele me entrega um capacete.
— Tem medo? —Ele pergunta se referindo a moto.
— Um pouco, mas tenho uma suposição que minha antiga eu gostava de uma aventura.—Respondo e ele sorrir.
— Então, vamos? —Ele sobe na moto e eu subo em seguida.
— Eu posso? —Pergunto em relação a abraça-lo.
— Sim.—Ele responde e liga a moto.
Envolvo minhas mãos em sua cintura e ele acelera. O vento forte que batia em minha pele me dava arrepios, mas a sensação é boa, e muito boa. Jonh era um cara legal, talvez sejamos grandes amigos.
Ele chega em meu endereço e estaciona a moto em frente a minha casa. Desço da moto e lhe entrego o capacete.
— Obrigada pela noite e pela carona, foi incrível hoje. Espero fazer mais vezes.—Respondo sorrindo.
— Só depende de você, todo sábado tem luau, vai ser um prazer tê-la conosco.—Jonh responde.
— Sorriu e lhe dou um beijo no rosto — Boa noite, Jonh.—Me despeço dele.
— Ele sorrir fraco.—Boa noite, Emma.—Ele liga novamente a moto e acelera com ela.
Caminho em direção a minha porta, procuro minhas chaves e abro minha porta. A fecho novamente e acendo às luzes, olho em volta da minha casa e parecia que alguém esteve aqui. Eu tenho tido essa sensação desde quando recebi esses diários, me sento no sofá e vejo um papel colado na minha televisão.
O pego assustada e olho em volta da minha casa, eu estou começando a ter medo de ficar aqui nessa casa. Mas é através dela que eu tenho descoberto o meu passado. Leio o bilhete que dizia assim...
" Às aparências enganam. Tenha cuidado"
O que essa pessoa que escreveu isso quis dizer com isso? Quem eu devo ter cuidado? Jonh? Megan? Tom? São perguntas que eu nunca encontro respostas e de repente lembro do que John disse.
"Os livros são como respostas de muitas perguntas do nosso coração."
É isso, os diários!