Capítulo 04- Tom Weller

1062 Words
Tom Weller: Emma e eu nos conhecemos quando estávamos ainda no ensino médio, ela sempre foi apaixonada por mim, na época eu não queria compromisso com ninguém, estava curtindo a minha adolescência. Mas sempre tive uma queda por ela, porém negava isso a mim mesmo. Até que no dia da formatura, haveria um baile. E lá estava ela, linda e deslumbrante com aquele vestido vermelho. Seus cabelos castanhos escuros na época com seus olhos azuis, deixavam a mais bela de todas ao meu ver. Naquele momento meu coração acelerou, minha boca secou e minha mão soou. Eu não sei exatamente explicar o que eu estava sentindo naquele momento, mas era bom. Eu queria ela para sempre comigo e não me importava com opiniões. Era ela a garota que eu queria para minha vida. Nesse dia dançamos, nos divertimos e no final a levei pra casa. Nosso primeiro beijo foi no carro, foi o dia mais marcante da minha vida. Naquele momento eu tive certeza que a queria para sempre! 1 ano se passou e decidi a pedir em namoro, estávamos tão apaixonados. Ela aceitou, mas nossas família nunca foram a favor. Seus pais diziam que éramos um bando de interesseiros. Mas eu nunca vi a Emma como um bem lucrativo, eu realmente a amava e não importava para mim suas condições financeiras. Anos foram se passando e eu me tornei um adulto responsável, meu pai que sempre me criticou me colocou como seu braço direito. Até que ele ficou bem doente e perdeu o movimento das pernas, e então eu fiquei responsável por toda empresa. Minha mãe sempre se importou apenas com ela e com o bem estar dela. Com a empresa indo a falência, meus pais me obrigaram a se casar com a Emma. Por mas que eu queria me casar com ela, eu não queria fazer desse jeito, eu não queria usá-la. E como minha mãe sempre foi uma pessoa manipuladora, egoísta e má. Ela me ameaçou. Uma ameaça que eu jamais vou esquecer e eu não podia deixar isso acontecer, pois eu sabia do que minha mãe era capaz. Hoje com 30 anos não estava tendo contato com meus pais, mas voltar a cidade traria de volta tudo de novo e a eles. Está na mesma casa que minha mãe me causava desprezo, nojo e insatisfação pela pessoa que me botou no mundo. Ela não se importava comigo e muito menos com o que eu sentia. Mas com todo esse tempo sendo manipulado pela minha mãe, sendo obrigado a fazer tudo que ela pedia. Inclusive matar.. Eu acabei me tornando uma pessoa totalmente tão r**m e fria como ela, nunca pensei que as consequências de todas as coisas que minha mãe me fez cometer me tornaria quem eu sou hoje. Eu não posso mas a julgar, pois eu me tornei uma cópia barata dela. Da versão dela. Nunca deixei que minha mãe fizesse m*l com as pessoas que eu mais amava, por isso sempre segui seus joguinhos manipuladores. A Emma é tudo que eu mais tenho de precioso nessa vida e com certeza se um dia alguém pensasse em tirá-la de mim eu mataria sem pensar duas vezes! — Filho, querido. Como eu fico feliz em saber que está novamente conosco.—Minha mãe diz vindo me receber com um abraço. — Não precisamos fazer isso.—A Afasto e vejo meu pai se aproximar sorrindo na cadeira de rodas. — Credo meu amor, parece que aquela sem sal não está te fazendo feliz.—Minha mãe diz rindo e se afastando. — Deixa a Emma fora disso. Ela não está aqui para se defender.—Respondo sendo rude. Ela levanta as mãos em forma de rendição e caminha para trás da cadeira de rodas do meu pai. — É bom saber que está de volta, filho.—Meu pai sorrir fraco. Meu pai a cada dia que passa parece que ele só piora. Me aproximo dele. — Oi, pai. Como o senhor está? —Pergunto me agachando ao seu lado ficando em sua altura. — Ele está ótimo, querido.—Minha mãe responde no lugar do meu pai. — Eu perguntei ao papai.—A olho sério. — Não fale assim com sua mãe filho, eu estou bem. Sabia que sua mãe não parava de falar de você? Ela te ama muito. Ama? Imagina se odiasse. Me levanto e dou as costas a eles e caminho na direção das escadas. — Imagino o quanto ela falava de mim, e de seu amor eu não tenho a menor dúvida.—Respondo sendo irônico e subo as escadas. Não é possível que minha mãe consiga ser tão mentirosa assim, como a pessoa consegue ser duas pessoas ao mesmo tempo? Subi para meu quarto e olho no relógio e então me lembro do meu jantar com a Emma. d***a, como eu pude esquecer? A Emma deve está muito zangada e com toda razão. Corri para o banheiro e tomei uma ducha rápida e vesti uma roupa confortável. Entro em meu carro e vou até a casa da Emma. Percebo que as luzes estão todas apagadas, será que ela desistiu de esperar e foi dormir? Olho para trás e a vejo vindo caminhando sozinha. — Oi, eu já jantei. Imaginei que viesse, trouxe para você.—Ela me entrega um saco. Olho para o saco e para ela —É comida japonesa, sua preferida. — Querida, me perdoa, eu..—Ela me interrompe. — Não precisa pedir desculpas, está tudo bem. Não jantamos juntos, mas trouxe a janta até você.—Ela responde sorrindo—Vamos entrar? Está frio aqui fora.—Ela diz pegando a chave na bolsa e abrindo a porta. Entramos e nos sentamos no sofá. Emma pega o controle e liga a televisão. — Não liga para os canais, preciso instalar uma antena boa.—Ela rir. — Não gosto de televisões mesmo.—Nós dois sorrimos. Esse foi sem dúvidas durante o tempo que Emma perdeu a memória o melhor de todos, eu pude sentir ela tão confortável com minha presença e eu principalmente, ela não se lembra, mas nunca gostei de comer comidas j*******s, mas sua intenção foi tão boa que eu não me importei. Até meu celular tocar e aparecer o nome da Elisa. — Quem é Elisa, Tom? —Ela me olha séria. Droga!
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