Um amor desconhecido

Capítulo 05- Um desconhecido

Emma Coller:

— Quem é Elisa, Tom? —Pergunto mais uma vez.

— Elisa é a secretária da empresa querida.—Ele responde sendo bem direto.

— E por qual motivo sua secretária te liga a esses horários? Trabalho com certeza não é.—Pergunto o pressionando.

— Pelo contrário querida, Elisa sempre está trabalhando, até mesmo nos seus tempos vagos.—Ele responde tranquilamente.

— Então essa ligação seria sobre o trabalho? —Pergunto ainda cismada.

— Sim, provavelmente sobre uma reunião. Eu preciso ir para casa e entrar em contato com ela para ver o que ela queria ao telefone.—Ele responde e se levanta.

Me levanto ficando a sua frente.

— Você não quer ficar? —Pergunto.

— Eu queria muito. Mas infelizmente o dever me chama, meu amor. Mas eu prometo que ainda essa semana vamos passar o final de semana juntos.—Ele se aproxima e me dar um beijo na testa.

— Tudo bem, promessa é dívida em.—Sorriu.

— Sou um homem de palavra.—Ele segura em meu queixo sorrindo e solta.

Ele caminha até a porta e eu vou atrás. Me despeço dele e o vejo sair com seu carro. Logo fecho a porta e a tranco, volto para o sofá e percebo que atrás das almofadas tinha uma carteira. Tom havia esquecido sua carteira.

Pego a carteira e por mas que era errado, eu abri. Não sei por qual motivo de verdade eu abri, eu não tinha intenção de nada e muito menos de ver nada. Eu só abri.

Ao abrir vi uma foto escondida atrás de seus cartões. Olhar aquela foto fez meus olhos lacrimejar, era uma foto nossa. Eu não sabia que ele guardava em sua carteira uma foto nossa, eu estava tão bonita na foto. Parecia que estava em um baile de gala. Ao puxar a foto para ver melhor uma outra foto cai, era uma garota totalmente idêntica a mim.. Mas essa não era eu. Confusa decidi ficar com a foto e procurar nos álbuns de fotografia alguma foto minha nessa época. Sem sucesso, minha cabeça não parava de procurar respostas. Até que acabei dormindo no sofá e acordei com o barulho da minha campainha.

Me levanto com uma bela dor nas costas e caminho até a porta, mas não tinha ninguém, que estranho. Olho para o chão e vejo uma caixa embrulhada, a pego e olho para os lados mas não via ninguém. Entro e fecho a porta, coloco a caixa sobre a mesa e fico pensando se abro ou não. Não sei, sei lá, podia ser uma bomba, uma pegadinha ou uma gambá. Não sei! Poderia ser qualquer coisa, menos presente, até porque não tem nenhum cartão postal e nem um nomezinho se quer.

Mas como eu sou uma pessoa bem corajosa decidi abrir, ao abrir era nada mais e nada menos que..

— Diários? —Penso alto.

Quem me enviaria diários antigos de presentes pelo correio? E de quem será esses diários? Cada diário tinha ano e título. O primeiro que eu peguei era do ano de 2011 e o título era "Minha vida no ensino fundamental".

Com certeza foi uma m***a! Ao abrir notei que todos esses diários eram meus. Nunca iria passar pela minha cabeça que eu escrevia diários, mas pode ser que eu nunca tenha escrito e isso seja uma brincadeira de muito m*l gosto.

Decidi pegar um dos diários e abri. Logo no início das folhas era notável que aquilo realmente tinha sido escrito por mim, as fotos, os desenhos e a escrita. Sim, eram meus diários. Mas quem estava com eles e só agora decidiram me enviar?

Comecei a leitura e logo dei bastante gargalhadas com minha antiga eu, como eu era hilária. Aqui dizia que eu tinha bastantes amigos, mas nunca me dava bem com eles. O único que me aturava era.. Taylor? Mas.. Quem é Taylor? Fiquei ainda mais curiosa e comecei a me aprofundar mais nas páginas.

Cada frase era tão emocionante e importante para mim, seja lá quem tenha me enviado com certeza é uma pessoa que quer muito me ajudar a descobrir mais sobre mim. Acabei dormindo com um dos diários por cima do meu peito e fui despertada com meu telefone tocando. Era um número desconhecido.

Estranhei, fiquei até com medo de atender mas resolvi atender.

— Alô?

— Que saudades senti da sua voz.

— Quem está falando?

— Em breve você vai saber, não posso falar muito. Pelo menos não agora.

— O que? Você é estranho, eu vou desligar!

— Não! Não desligue. E por favor, leia em ordem todos os seus diários. Eu separei eles de acordo com os anos, então por favor leia de acordo. Eu sei que deve está com medo, mas não fique, eu estou do seu lado e vou te ajudar, meu amor. Se cuida, não conte a ninguém sobre seus diários, se não vão querer tirá-los de você e impedi-lá de descobrir a verdade.

Tum..tum..tum..

Eu desliguei o telefone pois estava em choque. Quem é esse homem que me ligou e disse todas essas coisas? Ele me chamou de amor. E por que eu não posso contar ninguém sobre meus diários? Será que realmente tem alguém querendo meu m*l?