5

791 Words
capítulo 5 A princípio, Ciroz não tinha certeza do que aconteceu. Ele não viu nenhum monstro, não havia nenhum perto dele, nada. Ele tinha certeza de que nada iria saltar das sombras e atacá-lo agora que ele estava sozinho com seus pensamentos novamente. Depois de um tempo, ele percebeu um som fraco e instintivamente levantou a cabeça, notando uma pequena pilha de pedras se formando à sua frente. Não estava se movendo, toda a pilha de pedra não se moveu e, no entanto, Ciroz estava convencido de que algo estava vindo dela. Com as sobrancelhas franzidas, ele lentamente se aproximou da pilha até que, finalmente, uma das pedras se moveu. Lentamente ele levantou a cabeça, revelando-se enquanto se levantava e revelava quatro olhos cheios de curiosidade e confusão. Ele olhou para Ciroz com puro fascínio e Ciroz olhou para o monstro com os olhos arregalados, incapaz de acreditar no que acabara de presenciar. Ele não se atreveu a mover um músculo, porém, com medo de que essa criatura na frente dele fosse apenas uma invenção de sua imaginação. Quando percebeu que ele não estava fazendo um único movimento, sua expressão caiu lentamente. Ele se virou para olhar para o chão e colocou a cabeça na pedra mais uma vez. Ciroz assistiu, hipnotizado, enquanto as rochas começavam a rolar novamente. Então, quando viu as pedras desaparecerem, Ciroz finalmente se permitiu respirar. Essa... coisa era real. Estava vivo. E definitivamente tinha características humanas! Sua mente instantaneamente voltou para o incidente que ocorrera horas antes. Ele havia corrido pela floresta, esquecendo completamente o monstro que o seguia até que de repente, ele apareceu bem ao lado dele. Ciroz gritou de surpresa e rapidamente se escondeu atrás de uma grande árvore e esperou que o monstro desaparecesse, mas o esqueleto simplesmente continuou andando e desaparecendo entre as árvores sem nunca aparecer pelo menos vinte metros adiante no caminho. Ciroz não queria mais pensar nisso, mas fazia todo o sentido. E embora sua mente lhe dissesse que não era verdade, seu coração se recusou a aceitar. Em seu pânico, ele correu imediatamente, deixando o monstro para trás. Ele não esperava que a coisa parasse de persegui-lo. Ele tinha quase certeza de que iria matá-lo se o pegasse, mas ele não se importou. Seu objetivo era salvar seus irmãos; ele não podia deixá-los lá. Não depois do que o monstro tinha feito com eles. E não depois do que aconteceu com todos antes disso. Se tivesse matado Ciroz, isso significaria que matou todos eles. E havia a possibilidade de que eles ainda vivessem e Ciroz não sabia o que faria se isso fosse verdade. Se eles pudessem ser salvos, então ele queria fazer todo o possível para resgatá-los, para mantê-los seguros, especialmente aqueles com quem mais se importava. Quando a poeira começou a baixar, quando seu coração se acalmou, o medo voltou ao seu cérebro; um medo que ele nunca experimentara desde que chegara àquele terrível buraco infernal. Isso o aterrorizou. Como ele explicaria isso para seus amigos? Como eles reagiriam se descobrissem o quão inútil ele era comparado aos outros? O que eles diriam? Eles o abandonariam? Estariam enojados com ele? Ele não sabia quanto tempo se passou desde que ele caiu no chão, não se importando se era noite ou manhã. Tudo o que ele conseguia se lembrar era de estar perdido em seus pensamentos até ouvir o ruído suave de passos se aproximando dele. Olhando por cima dos ombros, ele viu Milla, que se aproximou e se agachou ao lado dele. Ele podia ver claramente que ela estava cansada, provavelmente tendo viajado tanto quanto ele, mas ela não parecia incomodada com isso. “O que você está fazendo aqui, Ciroz?” ela perguntou baixinho. O corvo nos ombros de Ciroz se animou. "Ela sabe meu nome!", exclamou animadamente. 'Quão?! E o que ela sabe?!' "Eu posso ouvi-lo falando com Milla", ele sussurrou em resposta. “Eu m*l consigo entendê-lo, acho que ele está ferido e que ela está tentando ajudar. Mas isso não soa bem; Preciso descobrir o que está acontecendo.” O corvo em seu ombro balançou a cabeça. ‘Não’, insistiu. ‘Se voltarmos, seremos pegos! E não sabemos se ele vai me reconhecer! Não, não devemos arriscar. Devemos ficar aqui onde é seguro!' Ciroz balançou a cabeça. Ele estava cansado e ferido, mas não podia ficar sentado enquanto aqueles meninos estavam em perigo. E a única maneira de fazer isso era voltar para casa o mais rápido possível. Mas se ele fizesse isso, ele acabaria com sua existência... Ele congelou no lugar enquanto considerava essa possibilidade, sentindo as lágrimas ameaçando cair de seus olhos, mas forçou sua respiração a permanecer estável antes de ousar levantar a cabeça para olhar para Milla.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD