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8° Capítulo.

Melissa Mendes Fernandes/ Layla:

Eu só posso está louca por pensar isso, afinal meus pais são Dana e Antônio Mendes Fernandes, mas porque eu sou parecida com a Joyce Spencer e o seu marido.

Desde que os conheci há exatamente uma semana atrás, eu não tiro essa dúvida da minha cabeça.

Olho para uma foto minha que fica na cabeceira da minha cama, e é como se eu visse a Joyce na minha frente, preciso tirar essas dúvidas, mas não posso dizer isso para os meus pais, porque com certeza eu os magoarei com minhas desconfianças, mas a verdade é que eu não me pareço nenhum dos dois.

Aproveito que eles não estão em casa e pego os álbuns de fotos que minha mãe guarda em seu quarto, mas durante minhas buscas, eu percebo que não há nenhuma foto minha recém-nascida ou no parto, coisa que é muito estranha, já que todas as mães possuem fotos dos seus partos, pelo visto minha mãe não é dessas.

Encontro uma foto onde estou sentada sobre a grama, mas meus olhos são tão azuis, já os dos meus pais são bem castanhos, será que sou adotada e meus pais estão encondendo isso de mim, não é possível que eles fizeram isso, mas será que Joyce e Rodrigo são meus pais biológicos? Mas se isso for verdade, porque eles não me quiseram? É tantas perguntas que nem sei o que pensar, mas ela parece que ama os seus filhos, eu vi o carinho e o amor que ela tem por sua filha Ella, além do mais ela está grávida de novo, então porque ela me daria para adoção? Estou cheia de perguntas na minha cabeça

Procuro por mais fotos, e cada vez mais eu fico confusa, realmente não tem nenhum foto antes dos meus 6 meses, o que é muito estranho, mas eu não irei ficar com essas dúvidas, mesmo não falando sobre isso com meus pais, eu irei em busca da verdade, eu preciso saber se sou realmente uma Mendes Fernandes ou uma Spencer.

Continuo folheando os álbuns quando minha mãe entra no meu quarto.

-Filha cheguei, o que você está fazendo? Minha mãe Dana perguntou enquanto se sentava na minha cama, ela pega uma das fotos que estou segurando nas minhas mãos.

-Estou procurando umas fotos para um trabalho da escola. Minto na cara dura.

-Que tipo de fotos? Ela pede me avaliando.

-Preciso de fotos de quando era recém nascida, mas não encontrei nenhuma, sabe onde a senhora guardou as fotos do meu nascimento? Perguntei buscando ver a sua reação.

Vejo minha mãe ficar pálida diante meu questionamento, mas logo ela se recompõe, mas foi na sua reação que percebi que tem algo estranho na minha história de vida, e eu irei descobrir.

-Lamento muito filha, mas essas fotos infelizmente foram perdidas na nossa mudança para Portland, por isso só temos fotos dos seus 6 meses. Essa desculpa não cola mais para mim.

-Mãe posso te fazer uma pergunta?

-Claro que sim filha, o que você quer saber agora?

Ela se ajeita melhor em cima da minha cama, enquanto começa a olhar para os outros álbuns.

-Porque eu não me pareço com você ou o meu pai? Solto a pergunta que não sai da minha cabeça desde que conheci a senhora Spencer.

Minha mãe muda totalmente a postura, ficando tensa e ainda mais pálida.

-Porque disso agora, Melissa, o que está passando nesta sua cabecinha, alguém anda colocando caramiolas na sua cabeça, essa pergunta não tem lógica nenhuma. Ela se levanta para sair do meu quarto, mas não vou desistir.

-Estou perguntando, porque desde pequena eu não tenho semelhança nenhuma com vocês dois, quem da nossa família tem ou tinha olhos azuis ou esses cabelos acobreados como os meus?

-Sua avô, você é a cara da minha mãe, se ela estivesse viva, você saberia o quanto você se parece com ela, agora eu vou ver o que Olivia fez para o almoço, arrume essa bagunça e depois venha almoçar, seu pai deve ter chegado também.

Minha mãe sai sem dizer mais nada, arrasto os álbuns para o lado e deito na cama.

Ela está escondendo algo de mim, agora não resta nenhuma dúvida, mas terei que ser esperta e não desmontrar para os meus pais que estou desconfiando de algo, mas eu tirar essa história a limpo de qualquer jeito.

Preciso falar com alguém sobre isso, pego meu celular e ligo para minha melhor amiga que atende no segundo toque.

-Oi Ingrid, será que você pode almoçar comigo no shopping hoje, preciso muito desabafar com você.

-Você está bem Mel, estou te achando muito nervosa?

-E estou mesmo, mas eu não quero falar por telefone, você pode ou não me encontrar lá hoje?

-É claro que posso, te encontro lá daqui a meia hora.

-Te vejo lá, obrigada amiga.

Desligo o celular e saio da cama, guardo os álbuns na minha gaveta, mas uma foto cai aos meus pés, quando eu a pego para guardar, eu noto que nesta foto estou com 5 anos de idade, mas o mais impressionante é que me pareço muito com Ella, a filha dos Spencer que me abraçou quando eu estava saindo da suíte deles naquele dia.

Realmente eu posso ser uma Spencer também, mas será porque vim parar na casa dos Mendes Fernandes, será porque que eles me deram para adoção, porque eu só posso ter sido adotada, mas porque Antônio e Dana não me disseram nada sobre isso?

Quando percebo já estou chorando, afinal eu posso ter vivido 15 anos em uma mentira, mas meu medo maior agora é descobri a verdade, porque se eu descobri que fui descartada pelo meus pais biológicos vai doer ainda mais, principalmente porque eu gostei da Joyce desde que esbarrei com ela naquele shopping e esse sentimento se estendeu ao seu marido e sua filha, até trocamos mensagens no zap durante essa semJoyce, essa Joyce não pode ser a mesma que não me quis?

Limpo meu rosto, troco de roupa, pego minha bolsa e saio do quarto.

Desço as escadas e aviso minha mãe que não irei almoçar com eles, pois irei me encontrar com a Ingrid.

Estava andando até o shopping, já que moro perto, mas uma movimentação no final no começo da minha rua chama minha atenção, quando chego mais perto, noto que Joyce está entrando na casa que até à pouco tempo estava sendo vendida, pelo visto eles serão meus vizinhos.

Joyce me vê chegando e me recebe com um sorriso enorme, talvez eu possa descobri alguma coisa sobre meu nascimento se falar com ela sobre isso.

Continua...