Joyce Spencer:
-Temos que ir senhora Spencer, John já levou nossas malas para a casa nova. Estávamos deitados na cama da suíte, curtindo os últimos momentos neste hotel.
-Acha que foi uma boa ideia morar na mesma rua onde está a casa da família que roubou nossa Layla? Pergunto ficando insegura com essa decisão de morar tão perto de bandidos, porque é isso que Roger e Elena são, não vejo a hora de vê-los atrás das grades.
-Nós já falamos sobre isso, vai ser bom está mais perto dela, você estava bem animada com isso, porque essa insegurança toda agora? Meu marido pergunta me ajudando a ficar de pé, já que minha barriga enorme já está me deixando mais lenta.
-Não sei porque estou assim, mas qualquer possibilidade de perder nossa filha outra vez me deixa apavorada.
-Isso não vai acontecer, já que eu não vou deixar, além do mais ela já gosta de você, eu notei que ela sempre te manda mensagem no celular. Rodrigo tem razão, eu só não sei porque essa manhã acordei apreensiva.
Meu marido me beija, me fazendo esquecer esse medo descabido, aliás sempre que sua boca beija a minha, eu esqueço até meu nome.
Paramos o beijo quando Ella entra no quarto querendo saber quando iremos para a casa nova, nossa filha está empolgada, principalmente depois que o pai mandou instalar vários brinquedos pra ela no quintal.
-Agora minha princesa. Meu marido diz pegando ela no colo, enquanto fui buscar minha bolsa.
Descemos pelo elevador, e John já estava nos esperando na entrada do Heathman.
Já estava quase na hora do almoço quando John estacionou o carro em frente a nossa casa, Ella saiu correndo para dentro da casa depois que Rodrigo a tirou da cadeirinha.
Quando já estava na calçada, eu dei de cara com Melissa e foi impossível não sorri vendo minha filha na minha frente outra vez, já que desde o nosso esbarrão naquele shopping, nossas conversas foi apenas pelo Wattsapp.
-Melissa. Digo seu nome enquanto eu a abraço.
-Oi, Joyce. Ela diz em resposta, mas noto uma pequena tensão nas suas palavras.
-Você está bem? Pergunta olhando nos seus olhos, mas ela os devia como se não pudesse me encarar.
-Está sim, só fiquei surpresa por saber que seremos vizinhas, mas eu tenho que ir agora, estou indo encontrar com uma amiga no shopping para almoçar e não quero deixar ela me esperando.
-Tudo bem divirta-se, mas depois vou esperar uma visita sua aqui na minha casa, preciso de sua opinião para fazer uma coisa. Digo pensando no quarto que estou decorando pra ela.
Dou um beijo na sua cabeça e ela ajeita sua bolsa antes de ir, mas notei que ela parecia querer perguntar ou dizer alguma coisa, mas ela acabou indo embora depois de me dar um tchau meio tímido.
-Acha que ela está desconfiando de alguma coisa? Rodrigo fica na minha frente, já que continuava olhando para onde Melissa foi.
-Não sei dizer, mas tive essa mesma impressão, só espero que se for isso que esteja acontecendo ela nos deixa contar toda a verdade.
-É assim que vai ser meu amor, afinal ela é nossa filha, tenho certeza que além de herdar a beleza da mãe, ela tem a esperteza dos Spencer e sua inteligência também, agora vamos entrar porque provavelmente Rose já está com o almoço pronto.
Só de pensar na comida da Rose minha boca enche de água, pois estou com desejo de comer muito da sua comida, por isso a trouxe de Seattle para cuidar da nossa casa aqui em Portland, ela chegou tem uns dois dias atrás e estava cuidando de tudo para que pudéssemos vim morar de vez aqui, nossa família ficou de vim pra cá na semana que vem, eles souberam do nosso encontro no shopping e quer saber de todos os detalhes, mas pessoalmente, então faremos um churrasco para recebê-los, vou tentar trazer Melissa para que mesmo sem saber ela conheça as outras pessoas que fazem parte da nossa família.
Entramos dentro de casa, e o cheiro do tempero da Rose perfumou a casa todo, por isso fui direto para a cozinha com Rodrigo ao meu lado.
-Rose que bom ter você aqui conosco.
-Eu também estou feliz por servir vocês aqui também, aquela casa de Seattle sem vocês estava muito sem graça, obrigada por me trazer pra cá.
-Não precisa agradecer, Rose, eu não sei viver sem você, mas agora eu preciso comer sua comida, ou meu filho vai sair da minha barriga e correr para a cozinha. Digo quando meu bebê revira o meu ventre todo.
-A comida está pronta, senhora Spencer, só vou levar tudo para a sala de jantar. Desistir de pedi para ela me chamar de Ana, ela desde que veio trabalhar conosco nos tratar por senhor e senhora, fazer o quê?.
-Não precisa Rose, vamos comer na cozinha mesmo.
Rodrigo e eu nunca nos preocupamos com essas frescuras, claro que usamos a sala de jantar, mas também adoramos fazer as refeições na cozinha.
Seguir Rose até lá, enquanto Rodrigo foi buscar Ella para comer com a gente.
Rose me serve um prato com Meat balls, é um bolo de carne que veio acompanhado de molho, bacon e queijo.
Assim que Rodrigo e Ella chegam, eu devoro meu prato todo e ainda repito a refeição, na gravidez eu fico com uma fome de leão.
Após o almoço, Rodrigo foi para o escritório trabalhar um pouco, e fui brincar com Ella no quintal, na parte da tarde dei um banho nela que foi pra cama dormir um pouco, aproveitei esse tempo para organizar o quarto da Melissa.
Coloquei todas as cartas que escrevi para ela ao longo desses 15 anos dentro da gaveta da escrivaninha, aproveitei para colocar alguns porta-retratos com fotos dela enquanto era bebê, quero que ela veja que ela esteve sempre presente nas nossas vidas, mesmo sem saber do seu paradeiro.
Falta alguma coisa para comprar, mas vou pedi ajuda para ela, pois quero descobrir seus gostos.
Sai dali e fui para o meu quarto tomar um banho, Rodrigo já estava debaixo do chuveiro e me juntei a ele.
Continua.......